You Have Me escrita por Nyh_Cah


Capítulo 37
Family ?!




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Alice
A assistente social voltou um pouco depois de eu ter desligado o telefone com duas sandes e duas latas de refrigerante para comermos. Ainda nem tinha tomado o pequeno-almoço por isso estava com fome. Ela passou-me uma sandes e um refrigerante e eu comi tudo num instante. Ela voltou para o trabalho e não falou mais comigo. Passado um bocado bateram à porta do escritório. Ela levantou-se calmamente e foi atender. Não consegui ver quem era porque ela fechou a porta, logo de seguida. Fiquei à espera no sofá. Estava entediada. Não fazia nada no escritório da assistente social. O tempo começou a passar e ela nunca mais vinha. Estava a ficar farta de estar ali. Para não falar que a Rose ainda não tinha aparecido. Será que ela ainda não tinha dado com o edifício? Eu não sabia explicar melhor onde isto se situava.
Passado muito mais do que uma hora, a assistente social voltou a entrar no escritório. Quando me encarou sorriu abertamente. Olhei confusa para ela. O que se tinha passado?
- Já não precisas de ir para uma instituição. – Informou-me ela. Olhei ainda mais confusa. Se não iria para uma instituição, iria para onde? – Apareceram umas pessoas que te vão acolher. Eles querem adoptar-te, mas o processo de adopção vai ser mais demorado. Por enquanto vão ser a tua família de acolhimento. – Explicou ela. Quem é que me iria acolher? Para onde é que eu iria? – Não é preciso ficares assustada. Acho que vais gostar desta família e vais voltar para Forks. – Com isso animei-me um pouco. Pelo menos não tinha que sair de Forks. – Anda. – Incentivou-me. Levantei-me do sofá um pouco a medo e saí do escritório com ela. A Rose estava do lado de fora com um sorriso radiante no rosto.
- Rose. – Chamei. Ela virou-se para mim e sorriu. Fui instantaneamente ter com ela. - Vou para uma família de acolhimento em Forks. – Disse-lhe com um pouco de medo. Eu não sabia o que esperar disto. – Porque não entraste? Estive à tua espera.
- Não pude. – Respondeu ela. – Estive com os meus pais a falar com a assistente social.
- Porque é que estiveste a falar com a assistente social? – Perguntei confusa.
- Ainda não percebeste, pois não? – Perguntou ela divertida. Neguei com a cabeça. Estava cada vez mais confusa, não percebia nada do que ela estava para ali a dizer. – A família de acolhimento para que vais, somos nós.
- Vocês? – Murmurei para fazer se fazia sentido na minha cabeça. A Esme e o Carlisle iam acolher-me? Olhei para a Rose para ver se ela não estava a brincar, mas ela apenas sorria para mim. A porta de outro escritório abriu-se e de lá saíram o Carlisle e a Esme. Eles sorriram carinhosamente para mim. Foi aí que a ficha caiu. Eu ia viver para casa da Esme e do Carlisle. Eles iam mesmo acolher-me e queriam adoptar-me. Comecei a chorar. Não foi bem uma reacção pensada. As lágrimas simplesmente começaram a cair.
- Querida, porque estás a chorar? – Perguntou a Esme vindo abraçar-me. Abracei-a com força e escondi o meu rosto no ombro dela.
- Obrigada. – Disse entre soluços.
- Ó querida, não precisas de agradecer. – Disse a Esme abraçando-me com mais força. Eu não conseguir dizer mais nada. Eu não sabia o que dizer. Saber que eles me queriam na família deles era tão especial. Eu nem conseguia agradecer. Eu queria arranjar uma palavra que significasse mais do que obrigada, porque obrigada neste momento não chegava para agradecer o que eles estavam a fazer por mim. Saí dos braços da Esme e fui ter com o Carlisle. Ele sorria ternamente para mim. Sorri para ele entre as lágrimas que ainda caiam.
- Obrigada, Carlisle. Não sabe o que isto significa para mim. – Disse. Ele chegou-se ao pé de mim e abraçou-me também. Aconcheguei-me no abraço dele. Eu nem sabia o que dizer mais. Eu queria arranjar uma forma que desse para lhes agradecer, como eles mereciam. Um obrigado, simplesmente não chegava.
- Alice, vamos buscar as tuas coisas? – Perguntou-me a assistente social sorrindo para mim. Afirmei com a cabeça e fui com ela até ao carro para tirar as minhas mochilas. Voltámos outra vez para dentro e eu fui para o pé da Rose. Eu estava tão feliz que ainda não tinha parado de sorrir. Eu ainda não acreditava que o Carlisle e a Esme iam-me acolher.
- Vamos, queridas? – Perguntou a Esme para mim e para a Rose. Afirmámos as duas com a cabeça, mas antes fui-me despedir da assistente social.
- Boa sorte. – Disse ela para mim quando me despedi. Sorri para ela e depois segui-os para fora do edifício. Entrámos dentro do carro e o Carlisle dirigiu para Forks. Fomos o caminho todo num silêncio agradável. Eu ainda não acreditava que ia morar para casa da Esme e do Carlisle. Não tinha que viver mais na instituição. Eu nem conseguia dizer o quanto eu estava feliz. Chegámos a casa deles em vinte minutos. Saímos do carro e depois a Esme e a Rose levaram-me para um quarto já mobilado.
- Querida, é o quarto de hóspedes, foi uma mudança repentina, mas vou tratar de fazer um quarto para ti. – Explicou a Esme. Para mim este quarto estava perfeito. Era muito maior que o da instituição e definitivamente muito maior que o quarto onde eu dormia quando ainda vivia com os meus pais.
-Não é preciso Esme, este está perfeito. – Respondi sorrindo. Tirei a mochila do meu ombro, pois já estava a pesar, e encostei-a à parede.
- Nem venhas com isso, Alice, vais ter um quarto e ponto final. – Teimou a Rose.
- Sim, querida, vamos fazer-te um quarto, não vais ficar no quarto de hóspedes. – Disse a Esme. – Vá, agora, vamos deixar-te à vontade para arrumares as coisas. Se precisares de alguma coisa, estamos lá em baixo. – A Esme e a Rose saíram do meu quarto e eu comecei a arrumar as minhas roupas no armário. Depois de ter tudo arrumado, fui tomar um banho e de seguida, vesti uma roupa confortável para andar por casa. Ainda não conseguia acreditar que estava em casa do Carlisle e da Esme, parecia tudo um sonho. Desci e encontrei a Rose na sala a ver um filme que estava a passar na televisão. Aconcheguei-me ao lado dela e fiquei a ver o filme também.
- Como estás? – Perguntou a Rose.
- Bem, e feliz por não ter que ir para outra instituição. Eu não iria aguentar viver lá por muito tempo. Ainda por cima devia ser longe de Forks e eu teria que mudar de escola e passaria a não poder vê-los. – Expliquei. - Eu estava com medo, Rose. – Desabafei.
- Eu sei, que sim, mas agora está tudo bem e vais ficar aqui o tempo que quiseres.
- “O tempo que quiseres” incluiu o para sempre? – Perguntei.
- Claro, que incluiu. – Responder a Rose a sorrir. – Quem é que achas que disse à assistente social que tu vivias sozinha? – Perguntou a Rose.
- Não sei. Só te contei a ti. Mais ninguém sabia, pelo menos que eu soubesse.
- Eu também não contei a ninguém. Não sei como vieram a saber.
- Não me quero preocupar com isso. – Respondi. Estava farta de problemas, só queria ter um pouco de paz.
- Como está o teu pulso? Muito marcado? – Perguntou a Rose preocupada.
- Está bom. Um bocado marcado mas ainda é recente, vai tornar-se menos visível. – Respondi. - Mais uma cicatriz para a colecção. – Suspirei. Nesse momento, a porta de entrada abriu-se e apareceram na sala o Jasper e o Edward. O Jasper fixou o olhar em mim e pareceu-me intrigado. Como é que eu me pude esquecer? Como é que eu me pude esquecer que iria viver na casa onde o Jasper também vivia? Desviei o olhar e fingi prestar atenção à televisão.
- Queridos, já chegaram! – Exclamou a Esme mal entrou na sala. – Eu e o vosso pai queremos falar convosco. Podem vir até ao escritório? – Perguntou-lhes. Eles assentiram os dois com a cabeça e seguiram a Esme até ao escritório.
- A minha mãe vai contar-lhes que te acolhemos. – Explicou a Rose.
- E se eles não me quiserem cá em casa?
- Têm de se aguentar. Os meus pais não vão voltar com a palavra atrás. Se te disseram que te iam acolher é porque vão mesmo. – Disse ela convicta. – Podes ficar descansada. Eu não iria deixar que te mandasse de volta para a assistente social. 
- Obrigada, Rose. – Agradeci sorrindo um pouco.
- De nada, já sabes que eu vou estar sempre aqui para te ajudar. – Disse ela abraçando-me. Nesse momento, ouvimos a porta do escritório a ser aberta bruscamente e vimos o Jasper a dirigir-se ao piso de cima, rapidamente. Voltámos a ouvir uma porta a bater violentamente e depois a casa ficou em silêncio. Passados uns minutos, um barulho arrepiante voltou a ecoar pela casa. Pareciam coisas a serem atiradas contra uma parede. Ouvia-se vidro a partir. Olhei para a Rose assustada.
- Está tudo bem, Alice. Ele apenas precisa de descarregar em alguma coisa. – Explicou ela misteriosamente. A Esme saiu do escritório com uma expressão preocupada no rosto e subiu as escadas para ir ter com o Jasper. A casa voltou a ficar em silêncio. Eu não conseguia perceber a atitude do Jasper. Não percebi porque é que ele reagiu assim. Olhei para a televisão mas não estava minimamente interessada no que estava a dar. Será que o Jasper não me queria cá em casa? Era provável. Olhei tristemente para as minhas mãos. Eu ainda amava-o. – Alice, olha para mim. – Pediu a Rose. Olhei para ela hesitantemente. – Está tudo bem. Não é preciso ficares assim.
- Vou para o quarto. Está bem?
- Está bem. – Suspirou ela. Levantei-me do sofá e fui calmamente para o quarto onde dormia. Deitei-me na cama a pensar e acabei por adormecer. Voltei a acordar com o quarto um pouco escuro e com a Esme.
- Querida, estás bem? – Perguntou a Esme preocupada. Reparei que estava coberta de suor. Devia estar a ter um pesadelo mas não me lembrava com o que estava a sonhar. – Com o que é que estavas a sonhar? – Perguntou passando a mão na minha testa.
- Não me lembro. – Respondi sinceramente. – Devia ser o pesadelo do costume. – Respondi. Ela continuou a olhar para mim preocupada.
- Precisas de comer. – Disse ela. – Já está tarde. Fiquei à espera que acordasses, mas como nunca mais o fazias, tive que te acordar. – Explicou ela. – Come. – Pediu passando-me uma tigela com sopa para a mão. Comi satisfatoriamente. Já estava com fome. Quando acabei, a Esme pegou na tigela, beijou-me a testa e desejou-me as boas noites. Sorri e desejei-lhe as boas noites também. Vesti o meu pijama num instante e meti-me dentro da cama, voltando a adormecer de seguida.


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Notas finais do capítulo

Bem, a pergunta que tanto faziam foi respondida. O que acharam? Porque é que acham que o Jasper reagiu daquela maneira? No próximo capitulo vou responder a isso! Espero que tenham gostado do capitulo! :p Espero os vossos comentários e quem sabe um recomendação :p
Beijinhos
S2