“Me despi de todas as teorias para amar você. Eu amei você, enquanto esperava o telefone tocar nos finais de semana vazios e cansativos. Eu amei você, enquanto a noite caia e eu tinha certeza da sua vida longe da minha. Eu amei você, quando sempre achávamos um jeito de construir nosso mundinho de ilusões necessárias. Eu amei você, nas minhas festas sozinhas, nas madrugadas tristonhas deparadas com meus erros. Eu não controlei todas as coisas, nem a mim. Eu não deixei que as pessoas vigiassem meus sonhos e me dissessem o quanto era loucura ou o quanto de erro tinha na nossa estória. Ficaram os restos de você que o tempo se encarregou de guardar aqui dentro e resgatar uma vez ou outra pra que eu ache conforto enquanto choro por alguém que não chega aos seus pés. Agora eu sei que te encontrei pra entender todas as coisas que entendo hoje. E sobretudo, que o muito será sempre pouco pra quem provou um amor (incomparável) como o seu” -http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=39957078. A autora desse texto é Fabiana Borges

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Sentada no chão do quarto, escrevo mais uma vez o que sinto, enquanto ouço essa música ao longe. Onde está você? É uma das perguntas que mais me faço, desde aquele dia em que você foi embora. Cinco anos. Cinco malditos anos. Eu tive outros amores. Eu me envolvi e gostei de outras pessoas. Mas nessas noites, nessas horas, eu imagino o que você estará fazendo. E nunca me perdoei por ter deixado você ir.

Você disse que me amava. Não foi o primeiro, mas foi aquele em que eu mais acreditei. Aquele que eu mais confiei, aquele que me fez acreditar que podia, aquele que me incentivou a crescer. O único do meu pensamento “véu, grinalda, filhos”. Hoje encontrei minhas amigas e entre outras conversas, falamos de novo em amor. Uma delas, disse que o ex tinha se declarado de novo, mas que ela agora sofria por outro. A outra, disse que estava em crise. E a outra disse que às vezes as pequenas coisas irritam um relacionamento. E os meus pensamentos me levaram até você, embora eu não seja mais a mesma. Eu acho que não sei mais amar.

Antes você ligava. E eu tremia quando ouvia o telefone tocar de madrugada, ou quando olhava no celular e via “não identificado”. Mas de ligações eu estava farta. Queria você perto de mim. Você dizia que voltava. Mas nunca voltou. E quando eu conheci outro, você se fez de vítima. E eu me tornei a vilã.

E por você eu quis crescer. Foi em você que eu me espelhei. Dane-se!! Você mentiu, e eu não fui a única vilã dessa história! Você mentiu sempre. No entanto, não tenho raiva de você. Quando ela me ligou pedindo para que eu deixasse vocês dois em paz, dizendo que era sua noiva, dizendo para que eu me colocasse no meu lugar de mulher abandonada, eu me desfiz de você. Aquele foi o dia da minha primeira morte. Foi o dia em que eu disse: “Se você o ama, então fique com ele. Faça-o feliz. Por que eu quero vê-lo feliz, mesmo que... não seja comigo”

Minha amiga disse que a pior coisa é a indiferença. É você não saber. “Saudade é nunca mais saber de quem se ama e ainda assim, doer.” Ainda dói? Eu não sei mais. Só que essa sensação de algo inacabado me corrói.