Vida Cruzada escrita por Razi


Capítulo 28
Verdadeiro




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Acordo sentindo-me meio leve apesar de ainda querer saber o que está acontecendo. Arrumo-me e logo depois ouço o grito de Allan me apressando ainda mais.

O encontro acompanhado de Hana e Hideki que me lança seu sorriso maravilhoso e já minha me abraçar caso Allan não agarrasse a gola de sua camisa.

-Não trisco mais nem o dedo nela – Hideki satiriza.

Allan o puxa para irem na frente ao tempo em que dou um passo sendo impedida por Hana que estende um copo de café com leite pra mim.

-Beba antes que esfrie – ela recomenda pondo as mãos nos bolsos do casaco – E não quero ver seu mau humor.

Olho-a por um segundo antes de retirar a tampa do copo sorvendo um pouco do conteúdo antes de segui-la.

-Sei que não adianta perguntar nada a respeito do que aconteceu ontem – começo tendo certo cuidado – Mais pode me explicar como está as coisas agora?

Ela solta um suspiro cansado.

-Mais tensas do que nunca – ela responde solene – Me desculpa por não poder contar nada, mas é dever do Hajime te explicar sobre essa zona toda.

-Tudo bem – a conforto dando-lhe um puxão de orelha – Ficamos quites assim.

Ela sorri ajeitando sua franja enquanto limito-me a beber o resto de café que restou.

As primeiras horas no colégio seguem-se como sempre com direito briga dentro da sala de aula que me faz ter que intervir levando-os direito para a enfermaria para serem cuidados.

-Sabia que você não era tão generosa – Uruha satiriza enquanto os envolvidos eram atendidos – Hajime-kun estava procurando por você.

A olho por um segundo vendo seu semblante sereno.

-Como foi o encontro com Tayura? – mudo o rumo da conversa notando para onde seu olhar ia parar em Kaoro.

-Ele é gentil e bobo para minha surpresa – ela responde soltando uma risada – Penso que devo ter cuidado não acha?  

-Estou concordando – digo me encostando na porta – Ele te levou para um parque ou fora ao cinema?

-Fomos ao cinema – ela responde e indica com o olhar a esquerda – O filme er de ação com romance, não sabe muito bem dos gostos femininos.

Dou um leve sorriso antes de me endireitar.

-Vou pegar um refrigerante – aviso já me distanciando – Volto logo.

Caminho tranqüila até dobrar a esquerda onde mudo minha rota procurando por Serizawa que sou informada de estar no terraço para onde vou. Acabo o encontrando deitado olhando para o céu, mas logo se endireita ao notar minha presença.

Fico ao seu lado observando o que se estendia a nossa frente calada.

-Não precisa me contar se não quiser – quebro o silêncio.

-Se não contar você ficara se remoendo sobre isso – ele argumenta – E Hana me mataria.

Dou um sorriso sem humor esperado que abrisse a boca novamente.

-Aquele garoto de ontem não possui nenhuma relação com Nara – ele continua solene – Na verdade, foi contratado pela Kaoro para se passar de amigo dele para que houvesse toda a confusão e me fazendo forçar a me casar com ela.

Fico me silêncio absorvendo aquela noticia que não era das melhores, mas que explicava quase tudo que o rodeava.

-Então não é o tradicional casamento arranjando? – indago o olhando – Não é o omiai?

Ele balança a cabeça negativamente deixando-me soltar um sorriso de descrença.

-Não acredito que ela fez algo desse tipo – digo ainda surpresa.

-Esperava que ela fizesse algo do tipo – ele reflete – Nos conhecemos a mais de cinco anos e sabia que ela não deixaria que eu namorasse ninguém que não fosse ela.

Dou-lhe um peteleco causando-lhe assombro.

-Se sabia disso – o critico – Por que deixou as coisas chegarem a esse ponto? Poderia ter cortado isso antes.

Ela solta um suspiro antes de se endireitar.

-Porque às vezes não possuímos escolhas melhores – ele responde sério – A família dela possui o mesmo poder que a minha e criar uma rixa com ela não era uma boa opção.

Olho-o por alguns segundos antes de bufar.

-A cultura desse país ainda me assombra – murmuro olhando para frente.

Vejo um sorriso emoldurar seus lábios por alguns segundos.

-O que vai fazer agora? – pergunto pausadamente.

-Falarei com meus pais e decidiremos qual será a melhor estratégia para ser colocada em prática.

Balanço meu corpo para frente e para trás assimilando e concordando com tudo que tinha acabado de ouvir. Apesar de ainda faltar uma coisa.

-Então o acordo que fez com Nara era sobre se casar com Kaoro? – indago retórica.

-Não – ele nega – Ele apenas colocou suas ações nessa história para que não ocorresse uma briga mais séria, mas foi apenas metade do acordo.

Olho-o diretamente surpresa e curiosa.

-Tenho que assumir o controle de Housen se quero me livrar de tudo que tenho pendente com ele e Kaoro – ele continua solene.

Engulo em seco ainda o encaro na dúvida se dou um soco ou se berro com ele.

-Você possui algum cérebro dentro dessa cabeça? – indago estreitando minhas sobrancelhas.

Ele me olhar neutro enquanto respiro fundo.

-Sabe que isso é algo impossível – continuo – Não importa com que você brigue vai aparecer alguém melhor sempre.

-Então vou sempre passar por cima deles – ele declara olhando pra cima – Não soa divertido?

Passo a mão no meu cabelo antes de olhá-lo.

-Fico surpresa ainda com tamanha estupidez – resmungo relaxando – O que pretende fazer?

-O de sempre – ele me olha – Brigar.

Reviro os olhos antes de colocar minhas mãos na cintura.

-Se é assim – digo séria – Posso apenas pedir que não se machuque muito.

Ele solta um sorriso fazendo pouco caso.

-Estou falando sério – digo dura – Quanto mais seu corpo vai agüentar se continuar nesse ritmo?

Ele me puxa abraçando-me afagando minhas costas.

-Obrigado por se preocupa – ele me agradece com seus lábios perto da minha orelha – Senti falta disso.

Fico calada ao tempo em que afasta me encara tão intensamente que fico incomodada. Ele coloca meu rosto entre suas mãos e logo depois deposita um beijo terno na minha testa.

Estremeço um pouco com o toque antes dele colocar suas mãos em meus ombros fazendo-me encará-lo.

-Quero que não fique preocupada – ele conta – Fique tranqüila que sei o que vou fazer.

Lanço-lhe um olhar inquisitivo que o faz rir novamente antes de se afastar indo embora.

-Que palerma – resmungo ajeitando meu cabelo enquanto já me encaminhava para saída estacando ao ver a figura de Kaoro.


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Notas finais do capítulo

Gostaram de saber o que tanto havia por trás sobre Serizawa?
Próximo!



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