Simpatias de Ano Novo escrita por Choko


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Primeiro...isto é uma one-shot!

E de SSL, ou seja, os personagens de Hakuouki na escola!

É recomendado que tenha visto algumas imagens para ter ideia do que falo, pode ajudar a compreender melhor a fic também!

Agora...Boa leitura! *0*/



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[One-Shot]  Simpatias de Ano Novo

Naquele último dia do ano, Chizuru estava animada. Tinha recebido um convite, de passar o ano novo no colégio, para ver o fogos de artificio do terraço.

Aliás, todos os alunos tinham recebido este convite, mas Chizuru estava entre os poucos que passariam lá.

Estava cantarolando animada, logo de manhã no café. Mas alguém parecia não se animar muito com sua cantoria.

-Chizuru, pare de cantar! Você é muito desafinada! -disse Kaoru, seu irmão, que já estava incomodado com isso.

-Kaoru, deixe sua irmã cantar. Não vê como ela está alegre? - repreendeu o pai.

-Mesmo assim...porque sou obrigado à ouvi-la?!  -resmungou.

Chizuru estava tão absorta em seus pensamentos, que nem percebia que estavam falando dela. Apenas pegou uma torrada de cima da mesa e subiu ao seu quarto, com ela na boca.

Koudou fez uma cara de reprovação para Kaoru, assim que Chizuru não estava mais presente.

-Satisfeito agora? 

-Sim...meus ouvidos agradecem.  -Kaoru tentou desviar o olhar, e colocou um pão na boca.

-Sabe o que sua irmã vai fazer hoje à noite para estar tão alegre?

-Hmmm... não faço a menor ideia...  -falou, de boca cheia.

-Me preocupa ela não passar aqui. Será que vai para casa daquela amiga estranha dela? A tal de Osen...?

-Acho que ela vai passar na escola...recebemos um convite...

-Na escola? Que comunicado? Não me avisaram disso!  

Kaoru suspirou desanimado. Sempre esquecia de dar os comunicados para o pai.

-E você não vai? Devia acompanhar sua irmã!

-Eu não quero ir...prefiro ver a queima de fogos da TV.... -resmungou.

Enquanto os dois tomavam seu costumeiro café da manhã, na cozinha, Chizuru já estava em seu quarto, deitada na cama e olhando para o teto. Falava também com Osen-chan ao celular.

-Eu não acredito que você vai lá!   -exclamou indignada a amiga, do outro lado da linha.

-Claro que vou! Hijikata-san vai estar lá! 

-O que? De novo aquele professor ranzinza? Não quero nem ouvir o nome dele!

-Isso é porque você ficou de recuperação na matéria dele, não é? Por isso teve que fazer as aulas extras nessas férias.

-E você também ficou! Não entendo como ainda quer vê-lo depois dele quase nos reprovar!

-Ah...Osen-chan...você nunca vai entender... -Chizuru suspirou, não adiantaria mais insistir nesse assunto com a amiga.

E o motivo de sua alegria era este: poder passar o ano novo com seu amado sensei! Ir a escola passava a ser menos chato por causa dele.

-Mas...ei! Tenho uma simpatia de ano novo para você...talvez irá funcionar!  -disse Osen-chan, e Chizuru passou a ouvi-la com mais atenção.

-...que tipo de simpatia? -perguntou.

-Para fazer um amor dar certo no próximo ano!

Agora sim o assunto lhe interessava. Mesmo que simpatias não funcionassem...não custava tentar, não é?

-Vamos, Osen-chan! Diga logo! -apressava- a, ansiosa.

-Bem...dizem que se você der as mãos ao seu amado antes de acabar a queima de fogos... à meia noite...o amor de vocês pode dar certo no próximo ano.

Chizuru agora ficava mais animada ainda. Uma simpatia fácil até...dar às mãos à ele. Mas, sua alegria foi desmanchada com a próxima fala de Osen:

-...porém...depois dessa simpatia, para que realmente dê certo, você deve beijá-lo de alguma forma até o fim do primeiro dia do novo ano! 

-Nããoo... -lamentou Chizuru, derrotada.

Dar às mãos seria...até que fácil sim. Bastava uma pequena dose de coragem e cara de pau que daria tudo certo. Mas, beijá-lo já seria algo muito complicado, próximo do impossível.

-Osen-chan...não sei se conseguiria cumprir a última....condição...

-Pois é...por isso que dizem que simpatias nem sempre dão certo.

Chizuru ficou a refletir alguns segundos. Não, não se daria por vencida se tivesse ao menos uma chance! 

-Vou tentar!

-O que? Está falando sério mesmo? Eu não imagino você...e o...não!Não consigo nem imaginar!!

-Ei...devia ao menos torcer por sua amiga! 

Mesmo que Chizuru quisesse sua torcida, devia admitir que nem ela mesma acreditava que pudesse conseguir.

Antes que dissesse mais alguma coisa, Kaoru bate à sua porta.

-Chizuru? O que está fazendo? -perguntou.

Chizuru desligou o telefone celular e o colocou debaixo do travesseiro. Sua amiga talvez fosse esganá-la quando a encontrasse...mas...deixaria para pensar isso em outra hora.

-Pode entrar, nii-san!  -disse, abrindo um largo sorriso.

Kaoru abriu a porta e ficou observando a expressão da irmã, desconfiado.

-Eu...gostaria de saber porque você resolveu passar o ano novo na escola. -começou.

-Eu gosto de lá...é por isso...

-Chizuru, você nunca gostou de lá. Antes queria ser a primeira a ir para casa!

Antes, era mesmo assim. Antes daquele professor lhe dar aula, quando entrou para o colegial.

-Hmm...bem...mas agora eu gosto mesmo de lá!  -tentou falar, da maneira mais verdadeira que podia.

Kaoru ainda não se convencia. Conhecia bem a irmã. Mas, resolveu deixar passar. Iria observá-la atentamente depois.

-Bem...só espero que não volte muito tarde...  -disse, já saindo do quarto.

-Pode deixar! Voltarei logo!  -Chizuru mantinha o sorriso para disfarçar o nervosismo.

Ele fechou a porta, com força. E ela pôde respirar mais tranquila.

-Ah...será que eu ligo de novo para Osen-chan? -pegou o celular que estava debaixo do travesseiro.

Ficou observando o aparelho. Ligaria ou não?

Imaginou o quanto sua amiga gritaria pelo telefone. É, era melhor ligar mais tarde. Depois de voltar, contaria a ela se tinha conseguido concluir a simpatia ou não.

Mas, por hora, ficaria deitada, imaginado como seria aquela passagem de ano com seu amado.

E ficou mais algumas horas a fio, a imaginar as mais diversas situações.

Como era bom amar. E seria melhor ainda se fosse correspondida.

Estava depositando muitas esperanças naquela simpatia, mesmo que intimamente soubesse que ela não funcionaria. Simpatias não costumam funcionar.

Mas, se permitiria sonhar mais um pouco.

Quando em seu relógio marcou exatamente dez horas da noite, ela se levantou. Começaria a se arrumar, para chegar à escola até onze e meia.

Meia hora antes da virada, acharia seu professor, e daria um jeito de passar o tempo com ele. 

-Dará tudo certo!  -falou, para si mesma.

Abriu o guarda roupa. Nele, onde estariam todas às suas opções.

-Talvez...usar uma yukata não fosse mal...

Se imaginou, com a yukata amarela e estampada com flores brancas, que usava nos festivais e algumas vezes em algumas passagens de ano.

Mas, só de pensar em como seria difícil se locomover com aquilo, logo desistiu.

Olhou para o restante das roupas do armário. Até sua atenção se voltar para um vestido branco, com rendas.

Usá-lo não seria má ideia também, pensava.

-Mas...teria que usar um salto para combinar... -suspirou.

Odiava aquela invenção de calçado de plataforma. Andar com ele seria além de desconfortável...um verdadeiro mico. Tropeçaria o tempo todo.

Sentiu-sem mal, imaginando como seria espatifar no chão com seu professor a vendo.

Não, não iria mesmo usar um salto.

Depois, ficou indecisa, se usaria uma roupa mais básica como um jeans e alguma blusinha simples ou algo mais...provocante.

Corou. Nem conseguia se imaginar usando a roupa mais indiscreta que tinha em seu guarda-roupa.

Básica. Iria assim. Mas...seria um desafio escolher agora a tal blusinha.

Instintivamente olhou para o relógio. E se espantou com a hora que ele marcava.

-Onze horas?! -exclamou.

Se demorava quase meia hora para ela chegar  ao colégio, teria que sair exatamente agora se pretendia ainda passar os trinta minutos com o sensei.

Vestiu a primeira roupa que lhe vinha à mente quando pensava no ambiente escolar: o uniforme.

Prendeu a ponta cabelo, desajeitadamente. Lamentando muito ter que ir vestida dessa forma.

Depois saiu correndo para buscar o sapato, que estava na entrada para a sala.

Kaoru, que já estava na sala, no sofá assistindo TV estanhou a pressa da irmã.

-Ora...você ainda vai a essa hora, Chizuru? 

 Ela nada respondeu. Calçou a sapato e correu. Saiu de sua casa às pressas, deixando a porta aberta para Kaoru fechar.

Ele se levantou, com muita preguiça, minutos depois, para fechar a porta.

-Que irmã inconsequente eu tenho... -suspirou.

E antes que pudesse fechá-la apareceram dois de seus vizinhos.

Vizinhos que ele odiava.  Viviam a rodear sua irmã.

-Kaoru...Chizuru-chan está? -apareceu à sua frente Okita.

E ele quase teve vontade de fechar a porta em sua cara.

-Ei...não acredito que você já está aqui!! -Gritou o outro vizinho. Era Heisuke, que tinha acabado de chegar também e avistou Okita.

-Vocês...não podem voltar outra hora? Não quero recebê-los.  -disse Kaoru, sincero.

-Então chame a Chizuru...ela não vai se importar de me receber. -disse Heisuke, convicto.

-A mim também!  -disse Okita, alegremente.

-Não...você não!  -exclamaram, Kaoru e Heisuke juntos. Este era o único ponto em que concordavam.

Okita lhes direcionou um olhar bem gélido como resposta. 

E o assunto assim se encerrava.

-Vou então ligar para Chizuru... e vocês esperem aqui fora!  -Kaoru não queria que aqueles dois entrassem. Já tinha transtorno suficiente por um dia.

Okita e Heisuke ficaram do lado de fora, olhando feio um para o outro. Estavam os dois lá para comemorar com Chizuru, mas não esperavam que ela não estivesse em casa. Ainda mais quando tinham os dois trazido taças e champanhe.

Kaoru já estava ligando para irmã. Mas seu celular tocou e ele pôde ouvir. 

-Não posso acreditar que aquela doida esqueceu o celular!! -gritou.

-Oh...parece que vamos esperar Chizuru-chan chegar...aqui...  -disse Okita, divertido, já entrando na casa sem pedir permissão.

Heisuke fez o mesmo, fechando a porta em seguida.

E Kaoru não teria aquele ano, um ano novo muito feliz. 

Ele, e seus odiados vizinhos passaram à dividir o mesmo sofá para ver a queima de fogos da TV.

Mesmo que Kaoru quisesse matar sua irmã, ainda estava preocupado. Todos ali estavam. E esperando ansiosamente Chizuru voltar.

Ela, naquele momento já chegava à porta do colégio, ofegante. Estava exausta.

E não era para menos, tinha corrido por quase vinte minutos, sem paradas. 

Tudo por aquele professor, pensou. Por ele tudo faria. E para cumprir a simpatia também!

Mas, ainda faltava chegar ao terraço. 

Chegar até ele seria o verdadeiro problema. Percorrer aquelas longas escadarias...não queria nem pensar.

Tentou se acalmar, mesmo que a respiração ainda estivesse descompassada.

E corajosamente foi, arrastando, tropeçando, segurando no corrimão que nada ajudava. Praguejava, aquelas escadas! Era como se pagasse por seus pecados com elas. Mas, quem disse que seria fácil? Ela sabia desde o inicio que seria assim.

Pior seria se tivesse escolhido o tenebroso salto. Ou a apertada Yukata com seu chinelo de madeira.

Pensou em um momento em seu irmão. Ele, que devia estar tranquilo no sofá agora, comendo pipoca e assistindo os fogos pela TV.

Tinha um pouco de inveja dele. 

E ele se assustaria ao ver seus ematomas pelas quedas que teve na escada. É, ele ficaria assustado quando a visse voltar.

Mal sabia ela o que Kaoru passava, ao lado de seus "amados" vizinhos.

Quando chegou, no último andar, a porta para o terraço estava aberta. Ela olhou novamente para o relógio, faltavam ainda cinco minutos.

A corrida tinha sido em vão, então? Tinha caído tanto naquelas irritantes escadas que até ter forças e levantar... já teria atrasado mais ainda.

Cinco minutos para achar seu professor...não era hora para se lamentar!

Reuniu o restante de suas forças e andou até o terraço. Fazendo um imenso esforço para parecer bem.

E se alegrou verdadeiramente, abrindo um largo sorriso ao avistar Hijikata, apoiado na grade e com seu habitual cigarro na boca.

Poucos alunos tinham comparecido, como sempre. Estava ela feliz também por ser um desses.

Andou, apressadamente até ele, que nem notou sua presença até ela chamar.

-Hijikata-san...?  -disse, já ao seu lado, timidamente.

Ele voltou um pouco de sua atenção à ela, parecendo entediado.

-Hum...é você...Chizuru, não é? 

-Sim. Eu...tinha ficado de recuperação na sua matéria...

-Hmm... -concordou. E soltou a fumaça pela boca.

Chizuru podia jurar que já estava começando a ficar corada, com aquela presença. Nada passava em sua cabeça, apenas ficava a admirar a bela imagem daquele professor, com aquele estúpido cigarro que...não sabia porque...conseguia combinar com ele.

-Eu...ainda tinha prometido parar de fumar mas...como pode ver...  -suspirou ele. Aquela seria mais uma falsa promessa de virada de ano. 

Promessa que ele sempre fazia, mas nunca cumpria.

-Ora, sensei...ainda dá tempo...logo vai começar o novo ano e...

Chizuru não consegui completar a fala.  Mal tinha chegado e já não sabia mais o que falar, as palavras foram fugindo da mente.

Agradeceu mentalmente quando ouviu o estouro dos primeiros fogos de artifício no céu, seguidos de sua falta de fala.

Sim, isso serviria para camuflar seu nervosismo, afinal!

E ele, tinha desencostado daquela grade e apagou o cigarro. E passou a fitar o céu, com certa esperança.

-É...acho que tem razão. Não é bom começar o ano dessa forma.

Chizuru, passou a observar o céu também. Ficando encantada, vendo a quantidade de fogos, das mais variadas formas e cores estourando. Um verdadeiro espetáculo.

Parecia mesmo uma criança, com o mesmo brilho no olhar de uma que acaba de ganhar um doce.

-Você gosta mesmo disso ,não é? -perguntou. E ela respondeu, movimentando a cabeça. 

Depois de alguns minutos em silencio, observando quase sem piscar os fogos que ofuscavam até o brilho das estrelas , ela pensou sobre a tal simpatia da virada.

Olhou discretamente para uma mão dele, que estava desocupada agora que tinha jogado fora o cigarro. 

Estava bem ao seu lado, pertinho da sua. Não teria problema se...a segurasse certo? 

E foi o que fez, timidamente segurou a mão dele, olhando para o lado oposto, como se fizesse isso sem querer.

Assim, ele não poderia ver o seu rosto que estava mais vermelho, como um tomate.

Hijikata tirou um pouco sua atenção dos fogos quando sentiu aquela pequenina e fina mão que segurava a sua. 

E por fim conseguiu concluir que Chizuru era outra de suas alunas estranhas. 

Aliás, alunas e alunos estranhos... era o que mais tinha naquela escola avessa. Desde delinquentes, pervertidos, anões, parentes da yakuza, loucos...de tudo tinha!

Salvavam-se na sua opinião, apenas os do conselho estudantil, que era disciplinados.

Isso lhe fazia lembrar de como era um desgosto trabalhar naquele colégio. Aquele diretor, que dava à todos folga no natal, mas que os fazia trabalhar no ano novo e na véspera. 

Quando viu, já estava novamente estressado. 

E assim, logo acabou a queima de fogos. 

Chizuru soltou de sua mão bruscamente, ainda se encará-lo.

Ele novamente não entendia as atitudes daquela estranha aluna que vivia a ficar com dificuldades em sua matéria.

-A-a-acho que...agora tenho que ir...  -disse Chizuru, ainda sem conseguir virar o rosto.

-Aonde está aquela sua amiga...ela não veio te acompanhar?

-Osen-chan?

-É...acho que é esse o nome...

-Ela não está aqui...vim sozinha mesmo... -suspirou.

Agora tinha ficado mais desconcertada, já que percebeu que estavam sozinhos no terraço. Todos os outros foram embora, assim que os fogos acabaram.

-Como assim?! E você ainda voltaria sozinha à essa hora?! -ele exclamou, segurando o ombro dela. Fazendo assim ela se virar bruscamente.

E aquele encontro de olhares que ela estava tentando evitar, aconteceu. Voltava a ficar corada e tentando olhar para baixo.

-É mesmo uma aluna irresponsável...  - ele concluiu.

Iria dizer estranha também, ainda mais vendo a cara que ela fazia, mas guardaria sua opinião.

-Sinto muito... -respondeu, baixinho.

Depois de alguns minutos, num desconfortável e sufocante silêncio para Chizuru, Hijikata encontrou uma solução viável:

-Vou acompanhá-la então... até sua casa.

Seria um problema para ele mais tarde, se acontecesse algo à aquela aluna. Sabia disso, aquela escola infeliz ainda tinha mais essa norma: segurança dos alunos em primeiro lugar.

Os olhinhos de Chizuru brilharam com essa possibilidade. Passaria então os trinta minutos de caminhada até sua casa, agora acompanhada por seu amado sensei.

A simpatia estava dando certo! Faltava agora à última para fechar. A que poderia garantir seu sucesso ou não.

Então foram. Ela animada, seguia na frente, guiando seu sensei pelas ruas desertas, o caminho até o lar. E ele estava mais atrás, a acompanhando com desgosto.

Seguiam então em silêncio.

Chizuru estava feliz apenas com sua presença, mas sentia certa necessidade de lhe falar conversar. Mas, para isso faltava lhe apenas o necessário... coragem e assunto!

Pouco metros, antes de chegar em casa ela pára. 

-Sensei...já está bom me acompanhar até aqui. Minha casa é logo ali.  -disse, de costas para ele.

Estava nervosa. O coração começava a bater e nem tinha completado a última simpatia. Seria agora ou nunca.

-Esta bem...nos vemos depois...nesse novo ano letivo.  

E ele se virou, para começar a caminhar. Mas antes que desse o primeiro passo ela lhe chamou novamente.

-Sensei...

Praguejou. Agora que tinha se livrado, o que mais poderia querer aquela aluna?!

Virando-se com a cara mais entediada que podia, foi surpreendido quando encontrou com os lábios dela, que estava na ponta dos para alcança-lo. Um simples e doce selinho.

-Feliz ano novo, sensei! -disse ela, que depois saiu correndo em seguida.

Até  a sua casa, que estava próxima. Deixando para trás um professor com os olhos arregalados.

A última simpatia, ela tinha conseguido cumprir!

Entrou, fechando a porta rapidamente atrás de si. E jogou os sapatos num canto na entrada.

Foi suspirando até às escadas. 

Onde tinha mesmo arrumado coragem para aquilo? Nem ela acreditava no que acabara de fazer...ela...e o professor...era demais até para imaginar.

-Chizuru-chan! Fico feliz que tenha chegado! Estava te esperando! -Okita foi o primeiro a se manifestar no sofá, alegre.

-Eu também estava esperando a Chizuru!! -resmungou, Heisuke, puxando Okita de volta, antes que ele fosse em direção à ela.

E Chizuru passou por eles sem nem notar. Estava nas nuvens. Tanto que nem respondeu.

Kaoru ficou rindo alto, mesmo que os outros dois lhe direcionassem um olhar nada amigável. 

-Não acredito!! Ela ignorou vocês!!  -continuava rindo.

-Que tal uma champanhe? -Okita sugeriu, olhando malignamente para Kaoru.

-Boa ideia. - concordou Heisuke, já buscando a garrafa.

O que fariam com a garrafa à seguir? Ninguém saberia até o dia seguinte. Mas era certo que...o pobre irmão de Chizuru sairia disso com alguns leves ematomas.

E Chizuru estava já em seu quarto, animada. Ia pegando o telefone celular para ligar para Osen-chan e contar as novidades.

Hijikata ainda estava lá fora, estático. O que aquela aluna doida acabara de fazer?!

Ainda  ficava confuso ao rever à cena em sua mente. Podia sentir o coração bater estranhamente acelerado e o rosto aquecer.

Balançou a cabeça, em reprovação. Não podia estar sentindo aquilo!

Seria falta de cigarro, pensava. 

Sim, era melhor pensar dessa forma. Colocando a culpa na terrível abstinência. 

E seguiu, por todo o caminho rumo à sua casa, tentando se convencer disso.

Seria aquele o apenas o inicio de um novo ano? Ou também... seria o início de um novo amor?

FIM


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Notas finais do capítulo

Yo!
Começo 2011 com esta pequena One-shot!
E não colocarei longas notas finais dessa vez... xD

Nada como um bom e leve romance!

Gostaram? Então...reviews!Please!! *.*
Quero reviews para começar bem este bom ano! :D



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