Percy Jackson e a Grande Exploração escrita por bibi_di_angelo


Capítulo 22
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

E ae gente!!!
mais um capítulo pra vocês
espero que gostem, eu gostei muito de escrever
bjos
:*



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POV Olivia

Fui para o meu chalé arrumar minhas coisas, meus irmãos ainda estavam dormindo quando eu acordei e fui tomar café, só acordaram depois que eu voltei do refeitório. Tirei minha mala debaixo da minha cama e comecei a arrumar minhas coisas devagar.

- Vocês pegaram todas as suas coisas? – Eu perguntei a eles antes de ir embora.

- Liv, você não acha que já ficou de babá tempo demais? – Tony disse e os outros três concordaram. Eu sorri e abracei cada um deles, apesar de nosso pai não ser muito “pai”, nós éramos uma família e eu sempre sentia falta deles quando não estava no acampamento, mas também sabia que tinha minha mãe me esperando do lado de fora do acampamento, comecei a carregar minha mala para a colina onde eu esperaria o carro da minha mãe chegar.

- Liv! – Sam e Meg vieram me abraçar.

- Cuidem-se meninas. Eu vou procurá-la na Califórnia, ok? – Eu disse, elas assentiram chateadas, todas nós sentíamos muita falta de Allyson, a morena dos olhos verdes escuros que era maluquinha e sempre nos fazia rir. – Qualquer coisa mandem uma mensagem pra mim. Vou sentir saudades de vocês meninas.

- Nós também Liv. – Elas responderam em uníssono.

- E nós tampinha? – Will perguntou, eu corri e o abracei.

- Tchau gigante. – Eu disse ao neto de Zeus, cumprimentei os outros meninos.

- Tchau Liv. – Ouvi a voz do irmão da Sam.

- Vou sentir sua falta também Micke. – Eu disse para ele, faz mais ou menos um ano que eu dou umas indiretas para ele e o menino não percebe que eu sou louca por ele. Nem a Sam percebe isso, o que me faz rir muito da situação.

- Olivia! – Uma cabeça ruiva correu até mim e me abraçou. – Se esqueceu de mim?

- Mas é claro que não Rach, eu estava indo para a Casa Grande agora mesmo. – Eu abracei o Oráculo fortemente, quando eu precisava de alguns conselhos, principalmente sobre sonhos, eu recorri a Rachel, ela era bem legal e sempre me escutou. Nós temos muitas coisas em comum, minha mãe é uma grande empresária e quer que eu seja que nem ela, ela casou com meu padrasto faz uns três anos, ele é bem legal comigo, mas nunca contraria a minha mãe, o que não me ajuda muito, às vezes.

- Se cuida viu? Eu dou um jeito de falar com você se precisar. – Ela disse e eu assenti.

- Obrigada Rachel.

Cumprimentei Quíron, Percy e Annabeth antes de ir embora, minha mãe já me esperava no carro, eu entrei nele rapidamente e o motorista nos guiou para casa.

- Como foi o seu verão? – Minha mãe perguntou.

- Foi legal. – Eu menti, não queria ter que falar sobre Ally com ninguém. Por sorte, o celular da minha mãe tocou e ela começou a falar com os caras da empresa, eu fechei os olhos e pousei minha cabeça em seu colo, ela acariciava meus cabelos delicadamente, para minha mãe, às vezes era um pouco difícil ficar comigo e me dar atenção. Principalmente pelas minhas condições, mas mesmo assim, sempre tivemos pequenos momentos em que nem precisávamos falar algo, apenas trocávamos gestos carinhosos e eu adormecia em seu colo, era uma das poucas horas que elas esquecia do trabalho e se dedicava apenas a mim.

POV Allyson

Eu sabia que meu irmão iria chegar daqui a pouco, ainda bem que meus pais só contariam a ele o que decidimos na viagem e eu o faria prometer que não contaria a ninguém que eu voltei. Estava arrumando meus cabelos, mas eles nunca tinham jeito, então eu passei as mãos desordenadamente e arrumei minha franja, passei meu lápis preto e coloquei uma camiseta e uma calça capre. Ouvi a porta se abrindo e eu corri para abraçar Jake.

- Maninho! – Ele estava surpreso e aliviado ao mesmo tempo.

- A-Ally?

- Não seu bobão, é o vovô. – Sentimos um tremor de leve. – Desculpe vô.

- O que deu em você sua maluca? Faz idéia de como a Sam, Meg e Liv estão arrasadas? Eu preciso falar com elas agora mesmo.

- Epa! Espera aí mano, você não pode contar a elas que eu voltei. – Ele se virou surpreso para papai e mamãe, eles apenas assentiram com as cabeças.

- E por que não posso?

- É complicado Jake, eu não sei ainda se um dia vou voltar para o acampamento. Não quero alimentar falsas esperanças para os outros. E além do mais, eu consegui uma bolsa de estudos numa faculdade longe daqui, vou ter que me virar sozinha daqui pra frente.

- Mas. – Ele começou e sua voz foi falhando.

- Eu prometo que vou te visitar sempre que puder. – Eu disse.

- Você vai me abandonar?

- Não Jake, sua irmã precisa apenas de um tempinho para por as coisas no lugar filho, nós vamos ficar aqui com você. – Mamãe disse.

- E os deveres de deus? – Ele perguntou desconfiado.

- Que se dane! – Minha mãe disse e nós rimos. – Vocês dois são mais importantes para nós no momento que qualquer outra coisa. – Papai assentiu, Jake me contou o que houve no acampamento depois que eu fui embora e me contou sobre o último capture a bandeira.

- A cara da Sam naquela hora foi sinistra, acho que ela andou muito com você. – Ele disse enquanto eu me emburrava. – Não sente saudades delas?

- Sinto, mas acho que é melhor assim. – Eu disse.

- Elas combinaram de procurar por você durante esse período que estarão fora do acampamento. – Ele disse.

- Minha faculdade fica longe de onde elas moram. – Eu retruquei.

- Pode, pelo menos, me explicar o que aconteceu?

- Eu fui ingênua demais, foi isso. Acreditei nas palavras de um deus galinha e me dei mal no final Jake. Não tem nada para explicar. – Eu disse fria.

- Eu não apóio essa sua decisão de fugir, você sempre faz isso Ally. Quando as coisas não estão bem, você foge. – Ele disse amargurado, em partes, eu sabia que era verdade, mas não deixaria que Jake soubesse disso.

- Deixe disso menino, você já é bem grandinho, não precisa mais de mim, nem os outros. – Eu disse.

- Mas você precisa deles, agora, nesse momento. Você precisa deles e não quer admitir, eu te conheço maninha. – Ele sério

- Jacob Di Ângelo, pare de provocar sua irmã. – Ouvi mamãe gritar do andar de baixo. Nós rimos juntos, eu estava um pouco desconfortável ainda pensando no que ele tinha falado.

Confesso que passei uma semana maravilhosa com Jake, íamos ao cinema, shoppings e vários lugares diferentes, as aulas dele iriam começar e as minhas também, estava em casa arrumando minhas coisas e embalando meus pertences. Andei pensando muito no que o meu irmão falou sobre os outros estarem pirando, não era certo fazer isso com eles, mas eu não estava pronta para ressurgir, tive uma idéia e peguei alguns papéis e uma caneta, escrevi cartas aos meus amigos tranqüilizando-os e pedi ao meu irmão que as entregasse a eles.

- Ok Ally, mas eles vão desconfiar disso. – Ele disse.

- Seja evasivo com eles, vão pensar que você está triste ainda e não vão querer tocar no assunto. Ele assentiu e eu continuei a colocar minhas coisas em uma caixa de papelão, fiquei o que pareciam horas ali, ouvi uma batida na porta.

- Entra. – Eu disse ainda concentrada nas coisas.

- Allyson? – Era a voz do meu pai, apesar do que aconteceu, eu não consigo olhar nos olhos dele, principalmente porque me lembro do sonho que tive com meus pais.

- Oi pai.

- Filha, tens certeza de que queres isso? – Ele perguntou. Eu bufei, minha visão ficando turva, senti seu abraço terno e um beijo na testa.

- Eu não sei pai. Parece certo sabe? – Eu disse.

- Allyson, quero que entenda uma coisa. Fico muito feliz pela sua faculdade, eu acho que isso vai ser bom pra você, mas você tem que ir lá não para fugir de quem você é e sim para ter novas experiências. Você é uma semideusa, uma das mais habilidosas que eu já vi e não digo isso só porque sou seu pai, mas porque eu vejo isso. Você faz coisas incríveis com uma espada, tem um equilíbrio perfeito e uma coisa ainda mais importante, pessoas que irão te ajudar a levantar se você cair. – Ele disse e eu o abracei fortemente.

- Prometo que não vou fugir de quem eu sou, mas preciso ficar um pouco longe disso, tentar ser normal um pouco. – Eu disse e ele assentiu.

Continuei o que estava fazendo pensando nas palavras do meu pai, na verdade, pensava em muitas coisas que ouvi, desde a visita de Afrodite, Jake, minha mãe, meu pai, meus sonhos, etc.

Fui até o quarto do Jake e peguei as cartas de volta da mochila dele, voltei para o meu quarto e redigi outras, dessa vez, sendo sincera sobre tudo. Uma eu pedi para meus pais levarem a Liv, sabia que ela não estaria aqui e sei que ela também estava preocupada comigo.

Comecei a escrever, quando terminei tudo coloquei as cartas na bolsa de Jake, ele não iria entender, mas certamente os outros iriam. Quem sabe isso ajude a me recuperar do que aconteceu mais rápido? Agora eu precisava tomar um banho e ir me deitar, tirei a roupa e entrei na banheira, fiquei curtindo o poder que a água tem sobre mim enquanto me lavava, sentia também meus problemas se esvaindo nesses minutos na banheira, quando terminei, vesti um roupão preto e fui para o meu quarto, coloquei um pijama de seda também preto e fui me deitar, notei uma coisa diferente na minha mesa, era uma caixa dourada com um bilhete grudado nela, a letra era bem caprichada.

“Talvez tenha sido por um olhar

Talvez por um sorriso

Talvez tenha sido por aquelas palavras

Ou talvez aquele instante contigo

Talvez um dia estaremos juntos e talvez tudo será esquecido

Talvez possa existir outros momentos e aí quem sabe...

Nem tudo estará perdido.

                               Estou arrependido, por favor, me perdoe. A.”

Abri a caixa e dentro havia uma gargantilha preta com uma rosa vermelha no centro, era linda, ainda haviam alguns papéis dentro, depois notei que eram poemas dele. Os poemas mais lindos que eu já havia lido, podia ver o sentimento colocado em cada frase de cada poema de cada pagina. Fechei a caixa de novo e a coloquei dentro das minhas coisas.

- Não pense que já te perdoei, ainda não consigo olhar pra você, mas eu irei pensar. – Disse para o vazio, mas com a certeza de que ele iria me ouvir. Por mais que doesse um pouco pensar nele, algo dentro de mim se iluminava com as lembranças felizes de nós juntos.

POV Afrodite

Há dias que todas as bandas do mundo entraram em depressão e não se tocam mais músicas felizes em lugar nenhum, eu sabia que isso era culpa de Apolo, ele estava muito triste, vivia em seu palácio, não sorria mais e ficava horas escrevendo poemas.

Mas hoje algo chamou minha atenção, eu estava olhando os mortais até que percebi que os lugares estavam um pouco mais alegres, as músicas estavam menos deprimentes, o humor de várias pessoas melhorou, o sol brilhava fazendo o dia ficar perfeito. Então eu vi a pequena Ally lendo os poemas de Apolo.

- Não pense que já te perdoei, ainda não consigo olhar pra você, mas eu irei pensar. – Ela disse para o nada, mas eu sabia que ele a escutava. Ela guardou a caixinha dourada nas suas coisas e foi se deitar. – Você tinha razão Afrodite, sua desmiolada. – Ela disse e depois riu, eu ri também.

- Sempre dê segundas chances para você mesma querida. – Eu apareci no quarto dela, Allyson não gritou comigo, nem me olhou feio, dava para ver que ainda havia mágoa no seu coração, mas ela não estava mais cega pela raiva como antes.

- Você não me odeia, não é? – Ela perguntou tímida, eu dei uma risada baixa.

- Não criança, eu te entendo. Se o amor fosse fácil, as pessoas não iriam querer alcançá-lo tanto assim. – Eu disse e ela assentiu. – Eu não te odeio, apenas apareci numa hora ruim.

- Ainda dói quando penso nele. Isso vai passar? – Ela perguntou.

- Isso depende somente de você, mas não é bom guardar mágoas. Apenas siga em frente com a cabeça erguida. – Eu disse e ela me abraçou. – Eu tenho que ir agora querida.

- Obrigada por tudo senhora. – Ela disse e eu sorri desaparecendo e voltando para o Olimpo.

- Afrodite! – Deuses! Esse pessoal não me deixa em paz não?

- Percy! Como vai a vida? – Eu disse simpática.

- Afrodite, não me venha com essas conversinhas. O que você fez com minha filha?

- Nossa! Acho que a esposa de alguém dormiu de calça jeans ontem. – Eu disse e ele ficou vermelho de raiva.

- Sem brincadeiras Afrodite, como pôde fazer minha filha gostar daquele projeto de pára raios? – Ele disse.

- Thalia não vai gostar nada quando ouvir isso. – Eu cantarolei.

- Perseu! – Ouvi uma voz conhecida e ri alto com a cara de desesperado de Percy. – O que você pensa que está fazendo? - Ele congelou no lugar, eu ri mais ainda ao perceber que a dona da voz estava acompanhada.

- Eu acho que você devia olha para trás. – Eu disse divertida enquanto ele me fuzilava.

- Amorzinho. – Ele disse.

- O que você está aprontando? – Annabeth disse colocando as mãos na cintura brava e ao seu lado estava uma Thalia furiosa.

- Você chamou o meu filho de projeto de pára raios? – Thalia disse com os olhos faiscando, nós recuamos um passo por instinto.

- Não Thalia, priminha. É só que... – Começou Percy enquanto eu gargalhava altamente.

- Pessoal, acalmem-se. – Eu disse quando me recuperei da dor de barriga que tive de tanto rir. – Vou esclarecer algumas coisas aqui.  Primeiro: Sam e Will são meu novo casal mortal preferido. Segundo: Se vocês não gostarem eu não estou nem aí. E terceiro: Qualquer um que acabe com a minha alegria de agora vai sofrer muito, então não me façam perder a paciência. – Eu disse e eles assentiram. Thalia e Percy saíram resmungando enquanto Annabeth ria atrás deles.

- Afrodite você arrasa! – Sam apareceu atrás de uma coluna me abraçando.

- Obrigada querida. – Eu disse continuando a caminhar pelo Olimpo.

POV Will

As férias passaram tão rápido, o importante foi que eu fiquei a maior parte do tempo com minha namorada, eu já conhecia os pais dela e parece que agora o pai de Sam está aceitando o namoro. Minha mãe e meu pai gostam bastante da Sam, eles a convidam para jantar conosco quase todas as noites, minha namorada sempre aceita com um grande sorriso.

- Você me lembra muito o seu pai Samantha. – Minha mãe disse e meu pai concordou.

- Minha mãe vive falando isso também. – Sam concordou.

- Não se preocupe, seu pai tem muitas qualidades, ele é um ótimo esgrimista e um ótimo amigo, sempre leal, nunca desiste de quem ele ama. – Meu pai acrescentou.

- Eu não sabia disso, eles não falam muito da grande profecia que teve. – Sam disse.

- Acho que é porque eles seguiram em frente, aquela história pode machucar um pouco. – Papai disse. – Principalmente os dois.

- É verdade. Sua mãe era da nossa família. – Minha mãe acrescentava enquanto nós prestávamos bastante a atenção. – Eu não sei de todas as histórias completas, mas conheço um pouco de cada do que Annabeth já me contou. – Ela foi nos contando sobre as histórias, Sam estava atenta a todos os detalhes na narrativa de minha mãe e eu apenas ouvia distraído. Ficamos jogando conversa fora durante muito tempo e depois eu levei minha namorada para o palácio dos pais dela, despedimo-nos com um beijo suave e ela entrou pela porta da frente.

Voltando para casa, mamãe já tinha ido dormir e papai me esperava acordado sentado na poltrona, ele estava submerso em seus pensamentos, mas saiu do transe logo que ouviu a porta se fechando, ele se virou e viu que era apenas eu.

- Sabe filho, eu sou o deus do arrependimento e perdão. Sou isso porque sei que errei muito na vida, e aprendi a recomeçar. Mas não poderia ser esse deus se eu não tivesse o que mais importa para o perdão: amigos. Foram meus amigos que me trouxeram de volta, eu pedi o perdão de todos, principalmente aos pais da Sam. Eu demorei bastante para aprender que, apesar de serem ocupados, nossos pais nos amam muito e isso é uma das coisas por qual vale a pena lutar no lado deles. Eu passei muito tempo da minha vida achando que os deuses não se importavam conosco, e no final, percebi que estava me iludindo.

- A Sam me disse que seu pai falou que apesar de tudo o que aconteceu, a batalha foi positiva, pois abriu os olhos dos deuses para seus filhos. – Eu disse e ele assentiu. Ele se levantou e me desejou boa noite, eu entrei em meu quarto e me joguei na cama exausto, quando você é filho de deuses, principalmente um esgrimista excelente como meu pai, é preciso treinar dobrado por causa da reputação.

POV Allyson

Acordei com o sol acariciando meus olhos e minha pele através da janela, meu irmão já tinha ido para a aula, eu entrei no banheiro e tomei uma ducha, a água me renovando. Coloquei uma camiseta regata azul, uma calça jeans escura e meu all star preto, penteei meus cabelos e os prendi em um rabo de cavalo. Desci para tomar café da manhã, comi umas coisas da mesa e voltei para o meu quarto, comecei a pegar as caixas de papelão e as coloquei no meu carro com a ajuda dos meus pais.

- Acho que essa foi a última gente. – Eu disse fechando o porta-malas. Minha mãe se jogou em mim me abraçando.

- Promete que vai mandar mensagens sempre que puder? – Ela perguntou fazendo biquinho, eu sorri assentindo. Depois me virei para meu pai e o abracei fortemente.

- Obrigada por tudo. – Eu disse e ele assentiu. Entrei no meu carro e dei partida, saí com a imagem de meus pais acenando pra mim, comecei a dirigir pelas avenidas até que uma idéia maluca surgiu na minha mente, dirigi até a escola onde meu irmão estava, estacionei em um lugar distante e andei até o lugar, avistei de longe meus amigos conversando com Jake, ele entregava as cartas a eles. Sam foi se sentar no local onde sempre conversávamos antes da aula começar, eu a segui sem ser vista. Ela abriu a carta e leu para si mesma.

- “Querida Sam, eu fico feliz por você não ter desistido de me procurar. Quero que saiba que eu estou bem e que já voltei para casa. Consegui uma bolsa de estudos num lugar longe daqui e vou morar por lá, espero que possamos nos falar enquanto eu estiver lá. Não se preocupe comigo, eu estou bem melhor agora, mas eu preciso dar um tempo nessa rotina maluca que eu estava vivendo, sei que você melhor que ninguém pode me entender. Espero que tudo dê certo entre você e o Will. Deve estar se perguntando se eu vou voltar para o acampamento, não é? A resposta é sim, mas somente quando eu estiver preparada, o que pode demorar um pouquinho. Cuide do meu diário por mim, sei que você vai gostar das anotações que tem nele, embaixo eu estou colocando meu novo endereço, se quiser mandar uma mensagem pra mim. Vou morrer de saudades de você amiga. Assinado Ally.” – Uma lágrima caiu no papel e ela dobrou a cartinha cuidadosamente e a guardou na bolsa. – Eu também vou sentir saudades Ally. – Ela disse para o nada, eu sorri e voltei para o meu carro observando meus amigos, percebi que Leon tinha uma expressão triste no rosto e fiquei me perguntando o motivo disso, não podia ser por minha causa, claro.

Voltei para o carro e retomei meu caminho para a estrada, sentia o vento nos meus cabelos e no meu rosto, o dia estava perfeito e eu não iria demorar muito para chegar a meu novo apê. Era um lugar simples, porém aconchegante. Cheguei ao endereço e estacionei a carro na garagem e comecei entrei no apartamento pequeno, era amarelo apagado, um quarto, cozinha, banheiro e uma sala pequena. Descarreguei minhas coisas e comecei a arrumar tudo, depois saí por aí e comprei tintas e pinceis. Deixei a minha imaginação flutuar e fiz pinturas com tinta azul, flores e linhas aleatórias, ficou muito bonito, comprei algumas coisas para a casa e fiz uma pequena despesa na cozinha. Voltei para o meu quarto e vi uma tulipa amarela dentro de um vaso azul.

Eu ainda te amo. A. Estava escrito num bilhete no vaso, coloquei-o na mesa da cozinha e terminei de arrumar minhas coisas, com certeza, eu voltaria melhor quando estivesse pronta.


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Notas finais do capítulo

então gostaram?
mereço rewiews?
também quero dizer que se alguém tiver alguma sugestão, pedido, qualquer coisa. pode me falar, eu sempre gosto de saber o que agrada meus leitores e o que eu poderia fazer para agradá-los cada vez mais. a opinião de vocês é importantíssima pra mim, então não fiquem com vergonha, dêem sugestões e façam seus pedidos que eu sempre arrumo um jeitinho de colocá-los na minha história.
bjos
:*



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