Soldados da Dor escrita por Natii_C


Capítulo 23
Capítulo 23 - A Guerra (Parte Final)


Notas iniciais do capítulo

Galeriinha,
desculpaa a demoora por postar!
Mass blz.
Táa ai mais um cap.
Beijokas



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/119394/chapter/23

P.S: galera, achei uma música que tem mto a ver com essa parte da fic. Queem quiseer ouvir e ir lendo, tá ai:http://www.youtube.com/watch?v=GemKqzILV4w

O que que estava acontecendo comigo? Onde que eu estava com a cabea em fazer aquilo?

Estava agindo por impulso mais uma vez.

Renesmee, o que é que você está tentando fazer?

Bella, eu não te devo satisfações. Por favor, não me impeça de nada.

Bella bufou.

Isso era o de menos. Agora eu tinha que salvar a vida daqueles humanos. Se quando eu chegara aqui eles já eram poucos, agora é que estavam numa quantidade ainda mais escassa. Vários corpos mortos estavam esparramados no chão, o sangue brotando de seus corpos. O cheiro de ferrugem do sangue é que era o pior. Enquanto corria pelo túnel escuro, meu estômago se revirava e a qualquer momento podia jogar tudo pra fora.

Com a visão escurecida, meus sentidos falhavam. Vez ou outra sentia meu corpo sendo rasgado pelas pedras pontudas da caverna. Sentia um ardor nas feridas e mesmo assim continuava em frente.Várias vidas dependiam de mim.

Veloz como um raio, sai desesperado até que tropecei em um corpo.

Com a pouca luz que havia na caverna consegui identificar a quem aquele corpo pertencia: Billy Black. Levei um susto tão grande que quase cai no chão, tamanho fora o choque, me deixando desconexa do resto do mundo.

Em vários momentos pensei em fazer mal a todos os humanos, com excessão de Billy. Afinal de contas, ele havia sido como um pai para mim e apesar da sua desconfiança, fora ele o único a me tratar bem ali. Mas veja só você como o destino é realmente algo inesperado.

Esse inútil não merece a sua ajuda. Renesmee, pare! Pare já com isso! PORRA! Dá pra me ouvir?!

Fiz de conta que não estava ouvindo Bella, porque não queria que ela continuasse empacando minha vida. Já estava cansada da sua interferência em tudo o que eu fazia.

-Billy, você está bem?

-Renesmee, ajude os outros. Não se preocupe comigo. Vou ficar bem.

-Vocês, humanos, sempre dizem que vão ficar bem e na verdade isso raras vezes acontece. Não quero te perder, Billy. Te devo muito ainda e quero pagar por tudo o que fez por mim e a primeira forma de fazer isso é salvando você.

-Renesmee, olhe bem para mim - ele pegou meu queixo com suas mãos fraquinhas, havia perdido muito sangue; sua pele estava amarelada, tão pálida. Prestei muita atenção em cada palavra que saia da sua boca - Eu sei me virar. Salve os outros. É só isso que eu lhe peço. Vai ser também uma forma de você me pagar o que deve. Tudo bem?

Não sei se o que fiz foi o mais certo, porém segui as ordens de Billy. Via a verdade em seus olhos - que eram tão estranhos agora. Quero dizer, davam a impressão de que a morte logo se apossaria dele e isso eu jamais desejaria. Queria que Billy sobrevivesse.

Sai de volta para o túnel e comecei a atirar nas almas. Estava completamente cega, não dava para explicar qual o sentimento que me tomava naquele instante. Estava mesmo era preocupada em salvar a vidas daqueles humanos, mesmo que eles tenham sido tão arrogantes e ignorantes em não compreender a minha situação, isso era o de menos.

-Jéssica! Jéssica! - ela se virou violentamente para meu lado. A visão daquele rosto me fez sentir ainda mais pertubada. Jéssica era tão linda, com seu ar tão angelical e apesar da sua ignorância comigo, eu a achava uma ótima pessoa. E agora ali estava ela: a dor queimando em seus olhos, completamente derrotada.

-Renesmee! Por favor, nos ajude! Por favor! Olhe só toda essa destruição. Eu lhe peço, lhe imporo que acabe com isso. Sei que tenho que te pedir desculpas pelo modo como te julguei...

-Jéssica, chega! Não é hora pra esse blá-blá-blá. Precisamos agir. Depois conversamos sobre esse nosso impasse.

Senti o brilho retornar em seu olhar. Um sorrisinho fraco brotou no rosto. Ver que ela estava melhor já era o suficiente para me fazer sentir melhor também.

Nós duas começamos a correr em direção às almas. No caminho, haviam algumas armas poderosas espalhadas pelo chão de terra. Pegamos essas armas e começamos a contra-atacar.

De repente, me virei para o lado e vi que nós duas não éramos as únicas que guerreavam. Do nosso lado, os humanos mais fortes que foram capazes de resistir, lutavam. Com as armas em punho, sabia que nós venceríamos. Não pela violência, muito menos por causa da quantidade - afinal, estávamos em desvantagem numérica -, e sim pela vontade mútua.

Fiquei momentaneamente cega de raiva. Mais uma vez, o sentimento de ódio se apossava de mim só que dessa vez era por uma causa justa. Salvaria a espécie que, apesar de todos os problemas, me salvou. Devia a minha vida a eles. Seria assim então que pagaria a minha dívida.

Só via almas sendo destruídas, caídas no chão duro e, por uma fração de segundos, me senti bem em ver toda aquela destruição. Você pode pensar que sou louca, mas não. Isso não tem simplesmente nada a ver. Estou dizendo isso porque naquele instante percebi que minha missão na Terra tinha se cumprido. Não era a missãso que Emmet me pressionara a realizar, mas tinha muito mais valor.

A cavernaficou em repleto silêncio. Os rostos negros, sujos de terra se direcionaram para mim. Senti meu rosto perder a cor. Estava com vergonha. Aqueles amplos sorrisos tão lindos eram o sinal de que a dor tinha passado, que a destruição não existia mais. Era tão bom saber disso!

De repente, senti um calor ao meu redor.

Dezenas de braços me acalentavam num abraço mútuo.

Não havia nada naquele mundo que pudesse me pagar para tirar dali.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí, o que acharaam!?
o.O
Beijs



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Soldados da Dor" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.