Soldados da Dor escrita por Natii_C


Capítulo 21
Capítulo 21 - A primeira vez


Notas iniciais do capítulo

Demoreei, mas postei.
Aviso: Capitulo muito hot (666'
kkk
espero que gostem, beeijos



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/119394/chapter/21

Certa vez, me disseram muitas vezes que o prato mais saboroso o da vingana, doce como o mel,delicado como o fel. Tantas palavras pensandas muito bem por quem talvez tinha experiências. Podiam ser palavras simples, num linguajar comum, porém, agora que isso acontecia comigo, percebia que tais palavras eram sábias. Não pelo lado positivo da coisa e sim pelo negativo. O que estou querendo dizer, na verdade, é que as palavras nunca nos enganam.

Podia sentir o sangue ferver dentro de mim, a adrenalina percorrer solta todo o meu corpo, que formigava freneticamente. E junto a isso se misturava uma dose de sentimentos. Eu sentia medo de fracassar, sentia a felicidade de estar numa guerra, sentia a dor por saber que estaria matando inocentes, mas, principalmente, sentia que a vingança era o melhor de todos esses sentimentos tão contraditórios. Me sentia bem em ter a vingança dentro de mim, por saber que os humanos deixariam de existir.  Se isso tivesse acontecido tempo atrás, quando os bons sentimentos humanos se apossaram de mim antes que eu tentasse reagir, o mínimo que eu faria era ficar ao lado dos humanos, lutar com eles contra as almas. Só que agora era diferente. Só sentia pena por eles, porque eu não deixaria de lado as minhas raízes para lutar ao lado dos que me enganaram, dos que tanto me quiseram mal.

A guerra estava só no começo. Muito sangue seria derramado dali pra frente.

Os corpos não estavam estirados mais sobre a areia. Tinham desaparecido como num passe de mágica. Fiquei boquiaberta com isso. Como eles podiam ter fugido tão rápido sem que nós soubessemos ou percebéssemos? Pelo jeito, os humanos eram mais inteligentes nesse ponto. Porém, essa sua perspicácia não duraria muito. Tinha certeza absoluta disso. Seu fim estava mais perto do que imaginavam.

O barco não estava no mesmo lugar também. A praia estava deserta. Pelo horizonte, o sol estava quase nascendo, o céu cor de anil aparecendo com o toque alaranjado dos raios solares. Toda a obscuridade da noite dava lugar a claridade. 

Não sei se essa poderia ser a melhor hora para atacar. A única coisa de que tinha certeza era de que queria ver todos mortos, caídos no chão. Pode parecer crueldade. Mas se coloque no meu lugar e vai entender muito bem o que eu passava. Era a revolta que crescia em mim e por isso pensava assim. Não importava o preço, só queria que nada mais do que me acontecera viesse a tona mais uma vez. Pedir isso era demais? Pelo jeito seria. Porém, estava mais preparada do que nunca pra colocar o meu plano de ataque em prática, mesmo que isso custasse minha vida.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------

Passamos a noite acampados no meio da floresta, esperando as ordens de Edward para nos dizer a hora mais propícia para o ataque final.

O tempo se arrastava devagar. E apesar disso, olhar aqueles olhos verdes brilhantes de Edward me dava a sensação de conforto. Sei que pensar assim dele era bobagem minha, ou pior, idiotice minha. Só que não tinha como negar: toda vez que olhava para Edward, começava a tremer, suar frio, não tinha controle sobre mim. Sintomas de paixão! Sim, só podia ser isso. Não! Não! Nunca! Eu não podia sentir isso. Edward era meu inimigo e somente agora, somente pela guerra na defesa da minha espécie, é que tinha aceitado ficar do seu lado. Em outros casos, isso jamais aconteceria. Mesmo que ele fosse somente um corpo hospedeiro, não esqueci da frieza com a qual me tratara quando chegara ao Alasca. A dor era alucinante e imperdoável.

-Renesmee? - ouvi sua voz rouca, tão sexy.

-Estou aqui, Edward. - disse, levantando a mão para o alto. - O que quer? Algum problema?

-Não, não é nada disso. Bem, na realidade, tem um problema sim. E dos grandes.

-Então diga logo o que é, ora! Tem alguma coisa a ver com a nossa missão?

-Não. É muito mais sério que isso.

-Diga logo! Estou perdendo a paciência! Do que se trata? - completei.

-Do meu coração.

-Hã? O que? Você está querendo me dizer que... que está com algum problema cardíaco? O que é? Foi algum derrame?

-Como você é ingênua, Renesmee. - Edward disse, rindo, zombando de mim. - Não é uma doença. Mas sim uma compulsão. - ele estava me deixando cada vez mais nervosa. - Uma compulsão por você!

As palavras saíram com pressa da sua boca e, por um instante, pensei não ter ouvido direito. Edward me querendo? Que tipo de milagre era esse? Ou seria mais uma das suas armações? Acho que essa última hipótese era impossível, porque ele a verdade estava em seus olhos, no seu jeito de falar.

-Edward, pare de brincadeiras.

-Renesmee, é sério. Sei de tudo o que fiz com você. Não vêe o quanto eu te quero bem? Sim, sim. Eu te magoei muito, magoei ainda mais a Bella zombando dos seus sentimentos, só que agora é diferente. Sou apenas um corpo que hospeda essa alma dentro de mim e mesmo assim meus sentimentos andam a flor da pele e eu descobri, tarde demais, talvez, que eu amo você.

As três últimas palavras - ''eu amo você'' - arrombaram meu coração. Agora sim tinha certeza absoluta de que todas as suas palavras eram a mais pura verdade. Mesmo assim, o ódio que sentia por ele permanecia vivo, prestes a retornar a vida.

-Edward, por favor. Não quero ser grossa contigo, mas não acredito no que diz.

-Tudo bem. Eu aceito sua opinião. Mas me deixe fazer isso...

Senti suas mãos geladas ao redor da minha cintura, nossos corpos colados num encaixe perfeito, como se fossemos moldados um para o outro. Seu hálito ventilando em meu pescoço me trazia arrepios. Minha pele estava quente, a temperatura aumentando a cada toque seu. Seus lábios roçando os meus traziam a sensação de que era hora de se entregar. Era agora ou nunca!

O calor da minha pele sob a pele de gelo de Edward dava um clima anormal, os dois corpos presos em um transe sexual.  E a medida que nos movimentavamos, o calor só me excitava mais. Seu cheiro me entorpecia. Seu beijo me enlouquecia. O frênesi tomava conta de mim como o fogo na lareira.

Não posso negar. Era melhor do que imaginei, todo esse contato físico.

Sentia a boca de Edward passar por cada centímetro do meu corpo, me fazendo arrepiar.

Ouvi um barulho de algo se rasgando. Um vento gelado transpassou toda a floresta. Foi só então que percebi que aquele barulho vinha da minha roupa. Como um selvagem, mas com muito carinho e cuidado, Edward tirou minha roupa e fez o mesmo com a sua.

Seu corpo nu a minha frente me fez delirar, soltar suspiros. Tamanha perfeição era a sua! Cada centímetro seu parecia ter sido moldado, proporcional.

Mordi a boca de tanto desejo várias vezes. Como aquele homem era sexy! Duvido que haveria alguma mulher no mundo que resistiria aquele corpo, aquela boca, aquele pedaço de mal caminho!

E assim foi a noite. Escondidos, na floresta.

Minha primeira vez.

Tanto desejo. Tanto amor.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Soldados da Dor" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.