A Christmas Carol escrita por Carol Cullen


Capítulo 1
Capítulo único




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/118396/chapter/1

Ah o Natal, manhã cheia de presentes em embalagens coloridas, árvores decoradas, cantores nas ruas, todos felizes... Ou melhor, nem todos.

Isabella sorriu malvadamente para a mulher em sua frente, Jessica Stanley, como pessoa tão burra pode ser atropelada por um carro de Gelo.

-um estúpido humano a menos de certo fato – disse Isabella ao fitar a garota de 20 anos a sua frente, morta.

Saiu da sala, com o queixo empinado, o vestido vermelho curto marcando sua cintura, James lhe pediu que usasse no show da noite por ser véspera de Natal, para ela era mais um dia inútil em que as pessoas não trabalhavam, cuspiu no chão saindo da sala com cheiro de mofo, menos um humano estúpido no mundo repetiu para si mesma, Ângela sua assistente lhe entregou um casaco grosso.

-senhorita Isabella...

-o que deseja Weber... – disse com sua voz acida e destrutiva.

-gostaria que a senhorita me deixasse com o resto do dia de folga, preciso visitar o orfanato e entregar uma doação de roupas que eu mesma fiz, depois irei até Durham visitar minha mãe e meus irmãos, a viagem é um pouco demorada...

-que seja, mas me consiga alguém para estar nesse estúpido salão amanhã as 5h30 da manhã.

-senhora, mas amanhã é feriado, ninguém virá trabalhar, nem mesmo a senhorita.

-então me marque um show, mesmo que seja com essas malditas musicas natalinas e faça todos virem, entendeu Weber.

-sim senhora... – disse a moça com a cabeça baixa

Isabella entrou em sua Ferrari e seguiu até o prédio principal, um grande teatro de apresentações.

Seguiu em direção ao gabinete do diretor do enorme Teatro, sorriu falsamente para o homem a sua frente como sempre fazia, ajeitou o vestido curto quando se sentiu incomodada com os olhares lançados por ele.

-Olá meu querido Aro, é muito bom lhe ver – disse ela ao homem que pousava seus olhos nos seios da moça.

-digo o mesmo querida Isabella, e se me permite dizer, está cada vez mais bela minha querida – falou pela primeira vez contendo a vontade de possuir a mulher a sua frente, se inclinou diante dela e pegou uma de suas mãos para um beijo, Isabella retirou sua mão rapidamente se incomodando com o ato do senhor, Aro não era velho, mas era velho o bastante para passar longe de um possível romance aos olhos castanhos e frívolos da mulher.

-tenho um pedido a lhe fazer senhor Aro – o homem sorriu amplamente fitando a mulher, talvez ela o convidasse a um jantar de Natal pensou, suas esperanças estavam a mil, Isabella era a mulher mais cobiçada de Londres, uma mulher solteira, rica e bonita como Isabella era tudo o que Aro algum dia pediu ao Bom Deus.

-diga minha querida – disse Aro com a expectativa num olhar.

-gostaria que abrisse o teatro amanhã, não comemoro o Natal e pretendo fazer alguns shows nesse dia.

-oh... – disse tristemente – Claro minha doce Isabella, virá à noite para sua apresentação ou poderei somente transferir para o dia seguinte?

-transfira, obrigada Aro, lhe agradeço – sem se despedir ela se virou em um giro, ajeitou seus cabelos castanhos nos ombros e saiu.

Entrou em seu carro e sintonizou em uma rádio qualquer, ligou o motor que mais parecia um rugido de pantera e acelerou seguindo em direção ao Shopping, poderia até não ser uma boa idéia ir a um lugar tão publico, mas ela não ligava para isso.

 Passar pelas ruas decoradas com papais-noéis e bonecos de neve faria qualquer um sorrir, mas Isabella não, sua vontade era de passar em cima de todos os bonecos que ali estavam.

 - Bonecos idiotas, neve idiota, feriado idiota - resmungou desviando de um casal que carregava muitas sacolas cheias de presentes.

 Ao chegar ao shopping percebeu que lá a decoração era maior, e a vontade de acabar com ela também.

 - Boa noite senhorita, temos várias promoções para fazer seu natal fantástico - uma mulher baixinha e gorda falou entregando um panfleto para Isabella, ela trincou os dentes e jogou o panfleto amassado na cara da mulher que a olhava sem entender nada.

 Isabella passou na frente de várias vitrines, mas nenhuma lhe interessava, ainda mais as que tinham um papai Noel na porta, desistiu de comprar alguma coisa e foi para a praça de alimentação.

 Tantas pessoas lá, comendo como animais se morressem engasgadas eu não iria me importar, pensou.

Sentou-se em uma mesa afastada, logo uma garçonete alta e estrábica veio atendê-la.

 - O que a senhorita deseja? - perguntou com um sorriso simpático.

 Isabella revirou os olhos e gargalhou alto ao ver a moça em sua frente.

 - Eu quero um ravióli de cogumelos e que você pare de olhar pra mim, não quero vomitar - a garçonete soluçou e saiu correndo dali, Isabella sorria enquanto via a menina correndo para longe dela, não gostou do meu pedido? Por que perguntou? - ela pensou.

Fechou os olhos e começou a sentir o cheiro de chocolate quente e marshmellows, há quanto tempo não tomava um pouco, ela sabia perfeitamente o dia, saiu da mesa sem se importar com o pedido e foi em direção ao Coffee mais próximo, pediu o chocolate e se deliciou com cada gota daquela bebida, estava de olhos fechados apreciando o delicioso perfume quando sentiu mãos em seus ombros.

-o que quer Jake – disse encarando seu sobrinho, não que não o amasse, mas era que ele lembrava muito a seu irmão.

-é bom te ver também tia Bella e feliz natal – disse com ironia.

-eu odeio Natal, então com certeza não terei um bom natal.

-eu que o diga, mas mesmo assim vim lhe convidar para almoçar em casa, nunca quis conhecer minha esposa, essa é uma boa oportunidade.

-não vou.

-que seja o convite foi feito, espero que aproveite o natal sozinha.- e ele se foi, Isabella se sentia mal, tirou qualquer tipo de sentimento de seu coração gelado e caminhou em direção a seu carro.

No caminho até sua casa, que estava localizada num dos bairros mais nobres da cidade se deparou com um enorme buraco e cones sinalizando que ali ninguém passaria, resolveu então pegar um caminho que não havia movimento algum, estava deserto, começou pela primeira vez em sua vida de anos a sentir um certo tremor.

Parou o carro.

-Ótimo, rua sem saída – bateu com a cabeça no volante e ali ficou, ficou pensando no convite de seu sobrinho, talvez fosse solitária demais, ela nunca fora muito próxima da família, nunca quis ser...

Ouviu um barulho que assustou um pouco, girou a chave na ignição e deu ré, o carro fez uns barulhos estranhos e nada, não saía do lugar, ela bufou de raiva, o barulho voltou, era algo se fossem correntes se batendo, e algo bem afiado sendo riscado em uma superfície de metal, algo que a arrepiou dos pés a cabeça, ela procurou por todos os lugares indícios de algo suspeito e que pudesse assustá-la, nada, suspirou...

A neve caía fortemente, Isabella já estava cansada de permanecer ali, seu celular tinha sinal, mas ela não tinha ninguém a quem pudesse ligar, isso era frustrante em ocasiões assim.

Acabou por cochilar entre os braços cruzados, um barulho, o mesmo de antes a assustou, acordando rapidamente, uma luz atingia seu rosto fazendo seus olhos doerem, ela planejava matar quem estivesse fazendo isso, mas depois pensou a possibilidade de alguém a tirar dali.

Duas batidas no vidro e ela soltou um grito.

-eu estou louca, louca, louca... – a imagem que estava vendo não era real, ela devia estar morta.

Ela atravessou o vidro sorrindo, se sentou ao lado de bella puxando com sigo milhões de correntes aprisionadas em seus finos e pálidos braços, talvez por ficar algum tempo ali enclausurada a estivesse delirando.

-oi Bella! – não, era Jéssica mesmo, a única pessoa que Bella conhecia que poderia romper seus tímpanos.

-olá Stanley.

-Não faz mais de dez horas que eu morri e você ainda está carrancuda? Hum, isso não é bom – parece que não era o bastante ficar presa no carro, tinha de ficar presa junto com Jessica.

-se apresse Stanley, não estou afim de ouvir sua voz, ela me irrita.

-primeiro eu devo te explicar algo, estão nas regras, está vendo essas enormes correntes horrendas presas em meus braços?

-isso é meio obvio não?Se vê de longe.

-e como, eu as odiei, prata nunca foi minha cor, mas continuando, essas correntes representam a amargura, ganância e maldade desse mundo, quanto mais se liga a bens materiais sem se importar com as pessoas e em ajudar ao próximo, mais você vai ficar presa nelas, meu peso estava enorme nesses quesitos, você vai se prendendo cada vez mais, até que se enforca.

-tudo bem, e o que isso tem a ver comigo?

Ela lhe lançou uma risada irônica – Você não se enxerga mesmo não é Bella?Eu e ele que intercedemos por você, você vai receber essas visitas  e vai ouvi-las, ou nenhum de nós poderá jamais ajudá-la.

-e quem seria ele?

-quem mais se importou com você além de mim?Mesmo que me maltratasse?Quem você acha que é ele?

-Emmett –e ela já não estava mais ali, sentiu suas pernas fraquejarem, se afundou na escuridão que a puxava mais e mais...

Despertou no meio da noite, ofegante e com a nuca coberta por gotículas de suor, passou a mão limpando-as e notou suas roupas, seu pijama comum, de seda azul.

-foi só um sonho – falou e repetiu para si mesma.

Voltou a se deitar, o barulho estridente do relógio que anunciava meia noite não a deixou voltar a dormir, por fim , já sem sono saiu em direção a cozinha para pegar um copo de leite, tomou-o rapidamente e já o lavando e colocando do escorredor ouviu um estrondo, não um estrondo qualquer, mas um daqueles que se pode acordar qualquer um, não que já não estivessem todos acordados festejando o natal que havia chego.

Saiu em direção onde o barulho era mais forte, viu uma luz por baixo da porta, a abriu causando um barulho chato e ouviu risadas, altas, grossas e muito familiares.

-Emmett? – disse com a mão sobre a boca e olhando para o teto tentando conter as lágrimas.

-não – respondeu

-você é o Emmett, o que faz aqui? –ele sorriu de canto.

-eu não sou mais o Emmett, eu morri, e hoje deve me chamar de fantasma do natal passado.

-mas Emmett, e eu vou te chamar assim, o que vai fazer? – não respondeu, apenas a fitou pelo canto dos olhos e sorriu do mesmo jeito, seu corpo começou a brilhar e seus olhos castanhos iguais a de Isabella brilharam em um tom amarelo âmbar e ela pode confirmar, aquele não era mais seu Emmett.

-segure minha mão – estendeu sua grande e grossa mão em direção a Isabella, ela aceitou o pedido e se sentou perdida em uma imensidão de cores, seus olhos perderam o foco e ela gritou

Abra os olhos Bella... – disse com uma voz calma – olhe- apontou em direção a uma grande construção – se lembra daqui?

-lembro- Bella deu uma pausa e voltou a mesma expressão – nossa casa.

-veja Bella, é natal, quem é aquela garotinha que ali está?Junto ao irmão sentados próximos ao pé da árvore escolhendo os enfeites e admirando a estrela.

-você sempre me deixava por a estrela, mas esse foi o ponto bom, esse também foi o dia...

-Isabella! – gritou a mãe ao ver que a menina havia quebrado um dos enfeites – pare de mexer e venha me ajudar, hoje quero que os dois conheçam uma pessoa muito especial...

-Phil Dwyer – disse ela ao mesmo tempo em que a mãe anunciava a pequena Isabella, para depois completar – o idiota...

Venha... Sussurrou Emmett enquanto a pequena Isabella conhecia seu futuro padrasto...

Ela se viu envolvida na imensidão de cores novamente, só que dessa vez não achou nada estranho, ela mal notou onde estava indo, somente as lembranças daquele dia vinham em sua cabeça.

-olhe – disse seu irmão mais uma vez...

Outra vez a pequena garotinha no natal, mas o sorriso já não está em seu lindo rosto, ela estava debruçada na grande carteira de madeira olhando num computador símbolos do natal que a faziam se lembrar de antigamente...

Emmett apareceu ofegante, já um jovem adulto, ele tinha 20 anos enquanto Bella tinha apenas dez...

-conseguiu permissão de me tirar daqui? – disse Bella com a voz chorosa

-sabe que não posso por mais que queira – Bella suspirou – pode ficar aqui?

-só um pouco, minha noiva está me esperando, ela também gostaria de vir, mas eles só me deixaram entrar por ser seu irmão, ela está lá fora no carro me esperando – espero que possa ir pelo menos em meu casamento..

-também espero, mas voltando, onde eles estão?

-num cruzeiro pelo Caribe

-nem mesmo mamãe me autorizou? – disse ela com esperança

-Phil nem mesmo passou o telefone pra ela, disse que você era muito chorona que não tinha nada demais ficar aqui, aquele desgraçado de merda...

-eu to bem Emmett, manda um beijo pra Rose por mim... – disse ela tentando segurar as lágrimas.

-se cuida irmãzinha, eu te amo, você sabe disso não é?

-eu sei Emmett e feliz natal.

Ele deu um beijo estalado na bochecha de Bella e saiu, antes deixando uns pedaços de chocotone que ela tanto amava e uns pedaços de peru e refrigerante.

Isabella já deixava as lágrimas escorrerem por seu rosto – eu não queria ficar ali, eu queria ir com você e com a Rose, porque Emmett?Porque eles me obrigaram a sair de casa?A morar naquela estúpida escola?A se esquecer de mim todos os natais?Todas as festas?A me excluírem daquela família?O que de tão errado eu fiz para merecer isso?

-shiu... Bella, se acalme, tem mais para ver ainda...

-eu não quero ver mais nada, eu quero ir embora, me tira daqui Emmett!

Ele segurou em sua mão e a tirou daquele lugar a levando para outro diferente, dessa vez Isabella não precisou ser avisada, logo ela viu...

Isabella já estava com 14 anos visitava mais uma vez o túmulo de seu irmão e a esposa, Emmett havia conseguido depois de muito esforço que Bella ficasse livre todos os Natais, e todos eles enquanto Emmett estava vivo ela passava em sua casa, não era muito luxuosa, Emmett havia se recusado a pegar se quer um pouco do dinheiro de Renée, que o ofereceu assim que Emmet se casou.

Quando estava lá brincava com o filhinho dos dois, um lindo bebê, Jacob, todo cheio de covinhas, tinha cabelos pretos com o de Emmett e a pele mais bronzeada como a de Rose, ria o tempo todo das palhaçadas de Bella

-Bella... – disse pela primeira vez naquele dia.

-ótimo, eu fico esperando ele dizer mama ou mamãe e ele fala Bella – disse Rose rindo e registrando no diário do bebê.

Naquele dia bella chorava, desde que Emmett se fora ela não era mais a mesma, todos os natais visitava seu túmulo, via Jacob raramente, já que sua avó materna lhe tinha a guarda.

-quem é? – escutou uma voz melodiosa e máscula se dirigindo a ela.

-meu irmão e a esposa dele... – disse limpando as lágrimas e prestando mais atenção a aqueles olhos, e que olhos... Verdes como a mais bela esmeralda.

-sinto tanto, seus pais devem estar arrasados com isso, assim como você...

-não estão – disse ela deixando mais algumas lágrimas caírem, por mais que ele fosse um estranho, ele lhe parecia agradável, como se o conhecesse por toda a vida...

-meu nome é Edward, Edward Cullen... – disse lhe estendendo a mão..

-Isabella Swan, mas me chame de Bella – disse sorrindo.

-aceita um chocolate Bella? – disse sorrindo torto totalmente encantador.

-tudo bem...

Isabella deixava as lágrimas caírem, vendo ele, ela o amava tanto, por quê?Ela já não tinha ninguém, porque ele?

Sentiu a mão de Emmett na sua e logo na estava em mais um ambiente...

Era uma casa enorme, de três ou quatro andares, no quarto choros e soluços...

-sou uma idiota – falava para si mesma – ouviu a porta se abrindo e viu Edward, ele estava com os olhos inchados pelo choro

Ambos tinham 22 anos, casados a dois anos...

-como você pode Edward? – disse ela já de pé o encarando, todas as lágrimas já haviam ido embora, sua expressão era fria – vá embora – disse rispidamente.

-Bella...

-não me chame de Bella seu cretino imprestável, arrume suas coisas e vá embora dessa casa...

-Bella, eu não a beijei Bella, aquela mulher praticamente me atacou, eu nunca confiei em Tanya, mas não sabia que ela era capaz de disso, eu juro que não...

-vá embora, eu não quero mais ver essa sua maldita e suja cara de novo...

Ele arrumou as malas rapidamente e antes de ir embora disse palavras que marcaram a vida daquela mulher...

-não se esqueça que eu te amo e sem amarei minha Bella...

Assim que desapareceu ela voltou a chorar, foi em direção ao banheiro, lavou os olhos e se fez uma promessa...

-hoje começa uma nova Isabella, serei inflexível e ninguém jamais me fará sofrer ou chorar novamente...

- se fazendo aquela promessa você se tornou essa pessoa de hoje Bella, se você tivesse escutado o Edward, se você realmente parasse e ouvisse ele, saberia que havia cometido um grande engano ao deixá-lo escapar por suas mãos...

-eu sei, eu encontrei com a tal de Tanya um tempo depois, ela disse que não sabia que Edward era casado, eu perguntei por ele e ela disse que ele havia saído do país.

-sinto muito Bella...

-não há nada...

-precisamos ir... – e então tudo se apagou, Isabella acordou ofegante em sua cama macia e passou a mão na testa molhada...

O relógio badalou... Uma hora da manhã...

Levantou tentando esquecer aquele sonho estranho, saiu do seu quarto e foi para a sala, podia ouvir várias músicas tocando, então ainda havia pessoas fazendo festas.

 - Vai ficar só olhando para o nada? - Isabella pulou de seu lugar ao ouvir a voz de sino de uma mulher.

 Procurou na escuridão da sala, até que a achou ,baixinha e de cabelos negros e espetados, Bella queria gritar, mas não conseguia, a mulher sorriu em sua direção e Bella por mais que estivesse paralisada não conseguiu evitar e retribuiu.

 - Alice? - a mulher balançou a cabeça negativamente.

 Isabella não queria ver ela ali, sua “amiga” a abandonou e nunca mais teve notícias dela.

 - Agora sou fantasma do natal presente - Isabella revirou os olhos.

 Deveria saber que ainda não tinha acabado.

 - Por que isso está acontecendo? - perguntou mais para si mesma do que para Alice, mas a baixinha respondeu.

 - Você já deveria saber, venha comigo - estendeu a mão para Isabella, ela olhou com medo, mas pegou a mão de Alice, a pequena mulher assim como Emmett empalideceu e seus olhos do mais puro verde tomaram um amarelo vivo.

 Fechou os olhos com força, teria que se acostumar com isso, ela podia ouvir uma música baixa tocando, a mulher largou sua mão e sorria para a cena.

 Isabella abriu os olhos e viu Jacob conversando com uma mulher morena, mas não conseguia ver seu rosto.

 - O que fazemos aqui? - perguntou, todos se divertiam e não pareciam se importar com nada.

 - É a festa de Jacob - ela revirou os olhos, podia ver isso.

Jacob estava distraído, a mulher sorria o tempo todo e ele retribuía o sorriso de bom grado, estava feliz, seu pequeno sobrinho que tanto amava estava feliz, por mais que reivindicasse ele, ela ainda o via como aquele garotinho que paparicava, seu pequeno e doce Jake.

-Jake! – chamou, ele não se virou, mas porque ele não a ouvia?Foi ele próprio que a convidou, pensou Bella

-Não adianta, nós só somos meras espectadoras, ele, nem ninguém aqui pode nos ouvir.

- Mas por que estou aqui então?

 - fique quieta e escute

 Isabella fez o que ela pediu e começou a escutar tudo o que falavam.

 - Por que ela não veio Jake? - uma mulher perguntou, sua voz era triste, quase sofrida.

 - Ela odeia o natal - ela balançou a cabeça.

 - Ela é amarga, isso sim - Isabella trincou os dentes.

-Você não a conhece Leah, não sabe pelo que ela passou.

-eu sei Jake, ela adorava seu pai e sua mãe, mas isso não é motivo para toda essa esquisitice, ela é a única parente sua ainda viva, será que ela não vê que você ainda precisa dela?Para mim ela faz isso com as piores intenções.

- Como eles podem ficar falando de mim? - ela fechou os olhos, não querendo acreditar nisso.

- Você fez por merecer Bella, foi por causa disso que fui embora! – disse Alice olhando em direção de Bella, o semblante triste e especulativo.

 - Obrigado por me chamar de amarga - fez uma careta.

 - Venha - Alice pegou a mão de Isabella e a levou para outro lugar.

Ela se inundou naquele temporal de cores e estava em uma cena diferente...

-isso é de algumas horas trás... Apenas observe

Bella viu sendo estacionado na frente de um prédio um mustang 1967, estava mal cuidado, de dentro Ângela saiu sorridente com duas malas, ela tocou a campainha e uma mulher com roupas de dormir abriu a porta sorrindo.

-olá pequena Ângela.

-irmã Mary – disse ela cumprimentando e abraçando a doce senhora.

-o que te trás aqui criança? – perguntou à senhora sorrindo para Ângela.

-trouxe algumas roupas para as meninas – disse ela sorrindo.

-Que lugar é esse Allie? – perguntou Isabella sem tirar os olhos do prédio.

-é um orfanato de meninas, Ângela é uma pessoa muito bondosa, ela sempre que pode trás algo para elas, todas que ali moram perderam os pais muito cedo, irmã Mary as acolhe e todas sobrevivem através de doações.

Ângela pegou uma das garotinhas no colo, ela era linda, pensou Bella vidrada na cena.

-Olá Renesmee – disse Ang sorridente.

-oi tia Ang, obrigada por trazer mais roupas pra gente

-não é nada pequenina, mas eu não trouxe tudo que eu prometi.

-ela não veio não é mesmo?

-de quem elas estão falando Allie?

-só olhe e você saberá.

­-é tão ruim pra mim ver você triste pequena Ness, você sabe que ela trabalha muito, peço desculpas sinceras pequena.

-eu sei que Bella trabalha muito, me desculpe por fazer você pedir isso.

-vamos entrar?Venha ver o que eu trouxe de natal. – a menina assentiu, mesmo estando triste enquanto abria os presentes.

-Bella, você lembra quando era pequena e sempre queria que sua mãe viesse vê-la no internato?

Isabella assentiu olhando para o céu tentando não chorar.

-Vocês duas são muito parecidas Bell, ela não tem ninguém, por mais que esteja rodeada de crianças e da irmã Mary, ela se sente sozinha, você era sozinha e olhe no que se tornou, quer que Ness seja igual a você? Você desejaria para um criança isso que se tornou?

Isabella suspirou - Não...

-pois bem, agora venha.

...

 A casa era simples, Ângela olhava para a rua cheia de neve, suspirou.

 - Mãe... Tenho que ir, daqui a pouco tenho que estar no teatro - a mãe de Ângela balançou a cabeça negativamente.

 - Você deveria ter uma folga, pelo menos no Natal - Ângela sorriu.

 - Deveria, mas não tenho, desculpa, mas não sei que horas volto, guarde um pouco de comida para mim - a mulher assentiu e Ângela saiu para a rua cheia de neve.

 - O que será da minha menina? Passando todos os feriados longe! - ela via a filha ir com lágrimas nos olhos, ela mal via a filha e quando conseguia, ela tinha que ir embora rápido.

 - Por que ela esta chorando? - Isabella perguntou.

 - Ela mal vê a filha, principalmente nesse dia, o natal é uma data muito especial, é o único dia em que as famílias podem se reunir e se sentirem felizes juntas, você sempre quer trabalhar, e Ângela e os outros é que pagam por sua escolha, são obrigados a abandonar a família por sua causa, e você mal liga para eles- Isabella se sentia mal, ela havia feito isso com ela.

- Alice, porque você fica falando essas coisas?

 - Estou apenas falando a verdade - Alice estendeu a mão para Isabella e ela pegou.

 Foram parar na festa de Jacob novamente.

 - Por que voltamos? - Alice apontou para a porta, onde Jacob discutia com alguém.

-olhe...

Jacob olhava para uma mulher morena, mas não era a mesma de antes...

-Lauren, nunca mais fale isso! – disse Jake com a voz elevada.

-Você quer que diga o que?Jake, já é meia noite, a bruxa não vem, não vamos mais esperá-la, ela não se importa com ninguém.

-ela é minha família Lauren, eu não permito que nem você e nem mais ninguém fale assim dela, estamos entendidos?

-sim – sussurrou ela – mas isso é somente por você, eu ainda não suporto o modo que ela te trata, ela nem se quer quis conhecer minha irmã, ela não aprovou o casamento dos dois.

-chega – disse ele e escorregou pela parede.

-Chega Lauren – disse a possível esposa de Jake – é Natal, não vamos brigar.

-ela não era assim antes Leah, eu sei que ela me amava como seu sobrinho antes de meus pais morrerem.

-então vamos brindar, para que Isabella volto a ser a antiga Bella, e para que ela tenha um bom natal – disse ela, sua voz de voz de sinos ecoando o local.

-a Bella! – gritou

-a Bella! – todos responderam.

-eles me defenderam?Até mesmo Leah?

-Jake te ama Bella, você é a família dele, e Leah vai o apoiar enquanto viver, ela é ama.

-eu sou realmente uma péssima pessoa Lice

-até que enfim, o primeiro passo é assumir que tem um problema – disse ela rindo, Bella tentou dar um soquinho fraco em seu ombro, mas tudo que fez foi cair no “chão” da bolha que as encobria.

-hora de ir embora? – perguntou ela

-tudo bem...

-boa sorte com o fantasma do natal futuro – e então desapareceu...

Tudo aconteceu da mesma forma, Bella acordou em sua cama, chamou por Alice, mas ela já não estava ali.

Ouviu o barulho de um trovão e viu uma sombra se aproximar, a sombra a encobriu e ela desapareceu...

-onde estou?Alguém me ajuda?Emmett, Alice? Ajudem-me, por favor...

Ela se sentou no chão, era um dia frio, estava chovendo muito forte, dessa vez não havia um fantasma ao seu lado, e ela pensou que talvez fosse dessa forma que ela trabalhava.

Andou sem rumo, reconheceu as ruas de Londres, ela pedia ajuda, mas ninguém a escutava, estava oculta...

­-Jura que ela morreu? – perguntou uma mulher a outra...

-sim, seu enterro estava vazio, não havia ninguém lá, apenas um homem de aproximadamente 30 anos, e ele não chorava por ela...

-ela era tão horrível assim?

-talvez pior, sempre amarga e mal humorada, não tinha ninguém que amasse aquela víbora.

-concordo querida – e elas saíram rindo

-de quem estão falando!? – gritou Bella em vão

-ela andou mais um pouco até encontrar sua casa, estava vazio, procurou algo seu em qualquer lugar e nada, não havia mais nada ali seu nenhum pertence.

Seus olhos escureceram e ela estava de frente a um túmulo, o nome estava coberto por alguma coisa, ela passou os dedos ali

Isabella Marie Swan

Seus pés perderam a força e ela caiu de joelhos, sentiu uma presença ao seu lado, olhou e viu Jake com uma expressão triste, ele estava acompanhado de duas crianças e a esposa.

-Feliz natal tia Bella – disse ele deixando escapar algumas lágrimas.

-feliz natal tia Bella – disseram as crianças colocando no túmulo biscoitos decorados.

-eu fui tão horrível com você Jake – sussurrou ela, uma neblina cobriu de Jake e ele e a família sumiram

-Jake?Jake!

-não adianta gritar Bella, ele não vai escutá-la? – a voz era a mesma de anos atrás.

- Fantasma do Natal futuro?

-sim, mas sei que está querendo me chamar de Rose querida- seus cabelos loiros enevoavam, seus olhos eram de um vermelho vivo.

-porque seus olhos são diferentes dos outros Rose?

-porque seu futuro é esse, cruel, mal, exatamente como foi sua vida, solitário, Jacob nunca deixou de te amar Bella, ele é aquela mesma criança.

-eu sei... – ela olhou ao redor...

-tem como eu mudar meu futuro?Por favor diga que tem uma maneira... – suplicou ela

-sinto muito querida – e ela sumiu...

-Rose? Rose!

Rose!

Acordou com o sol batendo em seus olhos, ela se moveu assustada na cama, rolando de um lado a outro, a neva havia parado de cair, abriu a janela e olhou lá fora...

Um menino passava lá, estava com uma bicicleta meio velhinha, mas muito feliz.

-Hei garoto! – gritou Bella.

-bom dia Senhorita Isabella.

-bom dia, pode me dizer que dia é hoje? – perguntou Bella.

-é manhã de natal senhorita.

-por favor, me chame de Bella...

Ele já saia pedalando...

-Hey garoto, gostaria de uma bicicleta novinha? – perguntou ela ainda sem tirar o sorriso do rosto.

-muito Bella.

-então me faça um favor, vá até o mercado mais próximo e peça o maior peru que estiver lá, mande entregar nesse endereço – ela anotou numa bolinha de papel o endereço de Jake e jogou para que o garoto pegasse.

Colocou em um saquinho uma quantia em dinheiro, o suficiente para o garoto comprar o peru e ainda sua bicicleta, o amarrou bem e jogou para ele.

-obrigado Bella! – gritou o garoto enquanto saía correndo.

Bella parou em frente ao seu closet, pegou um vestido, uma meia calça, sapatos e um casaco preto, ligou sua Ferrari e foi em direção ao teatro.

Todos seus ajudantes estavam lá, tristes.

-me desculpem o atraso pessoal – todos olharam espantados, Isabella não pedia desculpas.

Ela se levantou e os fitou, todos tremendo de medo.

-me desculpem pelo incômodo em fazê-los vir aqui, resolvi que todos os natais contando com esse estarão de folga, e todos os feriados.

Eles gritaram de alegria e se abraçaram, todos estavam saindo de volta para suas famílias

-Ângela! – gritou Bella para a assistente.

-pois não senhorita Bella.

-esquece o senhorita, eu preciso de um favor seu e sei que pode me ajudar.

-pois não Bella.

-preciso que me leve ao orfanato, aquele que você costuma ir, sei que tenho que conhecer uma pessoinha lá.

Ângela sorriu e saiu em direção a seu carro.

-gostaria de ir comigo Ang, se posso chamá-la assim.

-mas e o meu carro?

-depois só passamos aqui, o que acha? – disse ela sorrindo.

-acho melhor não Bella, do orfanato já vou para casa de minha mãe tentar chegar no almoço.

Ângela entrou em seu mustang e o ligou, Bella a seguiu até aquele mesmo prédio que Alice mostrou, Ângela tocou a campainha e foi atendida pela irmã Mary.

-me desculpe irmã Mary, mas eu preciso ver as meninas e a Nessie, se importa?

-claro que não minha filha –Bella ainda estava em seu carro a pedido de Ângela, viu o aceno da mulher para que se aproximasse.

-o que seria minha surpresa tia Ang?

-Nessie, quero que conheça Bella Swan...

-Bella! – gritou Renesmee pulando em seus braços – sou uma grande fã sua – o abraço e o beijo na bochecha não era o que Bella esperava, ela segurava a pequena Renesmee em seus braços, a menina sorria, logo muitas outras garotas vieram em sua direção, todas sorrindo.

Assim que Nessie desceu do colo de Bella Ângela a chamou baixinho.

-Bella, ela é especial não é mesmo? – disse Ang sorrindo tristemente.

-ela é realmente uma graça, muito linda.

-pena que ninguém nunca se interessou em adotá-la, dizem que ela é muito velha para isso.

-e porque você não a adota Ang?

-eu não posso Bella, eu adoro ela, mas não tenho condições de criá-la

Bella olhava para a pequena, pensando no que ela poderia fazer, Ang havia recém saído para ir à casa da mãe, Bella ainda pensava no que fazer quando irmã Mary a chamou.

 - O que tanto pensas Bella?

 - Queria ajudar Nessie, mas não sei como...

 - Não quer levá-la para passear?

 Bella não havia pensado nisso, sempre passava o natal sozinha.

 - Claro - ela sorriu.

 A irmã pediu para as meninas irem para fora brincar, enquanto ela e Bella conversavam, em poucas horas estava tudo pronto e Bella poderia passar o dia com a pequena.

 A irmã chamou Nessie e contou para ela, a menina sorria com lágrimas nos olhos, abraçou Bella e começou a chorar.

 - Não chore pequena, qual é a utilidade do choro? Sorria - ela sussurrou para a menina e a pegou no colo.

 Aos poucos ela foi parando de chorar e Bella a largou para pegar suas coisas.

 Em poucos meninos as duas já estavam indo para a casa de Jacob, ao chegar lá Bella contou para a pequena quem elas iriam visitar.

 - Será que ele vai gostar de mim? - perguntou a menina se encolhendo no banco do carro.

 - Ele vai te amar pequena - Bella sorriu, pela primeira vez em tempos ela estava sorrindo verdadeiramente.

 - Então vamos - Nessie quicava no banco do carro.

 Bella saiu do carro e abriu a porta para a Nessie, as duas foram de mãos dadas até a porta da casa, Bella bateu na porta e logo ela foi aberta, ela ficou em choque em ver quem havia atendido.

 - Bella? – ele a fitou com as enormes orbes verdes.

 - Edward? - ele sorriu torto e deixou ela passar.

 Jacob conversava com Leah, os dois estavam tentando descobrir quem havia mandado um peru para eles.

 - BELLA? - Jacob quase berrou.

 - Oi Jake - ela sorriu e foi abraçá-lo.

 Depois do abraço Jacob percebeu que havia mais alguém ali.

- Quem é ela? - ele perguntou sorrindo para a criança.

- É a Renesmee, mas a chamem de Nessie ou Ness - Bella sorriu para a pequena e a chamou para mais perto.

- Prazer Nessie - Jacob e Leah falaram juntos, sorrindo encantados para Renesmee assim como Bella ficou e ela os abraçou.

- Desde quando você Isabella Swan sorri? – perguntou Jake ao ver o sorriso de sua tia.

- Desde que acordei, digamos que meus sonhos foram realistas e me ensinaram que tenho que dar a valor a tudo que possuo, principalmente ao que resta da minha família, e não guardar nenhuma magoa do passado.

- Vem cá, me dá um abraço – disse Jake abrindo os barcos enquanto Bella o correspondia com ternura.

- Ah tia Bella, essa é Leah, minha esposa e dona do meu coração – disse ele olhando-a com certa devoção no olhar, Bella ainda se lembrava o que era aquilo,amor.

- É um prazer Leah – disse Bella a abraçando.

- Concordo Bella, posso te chamar assim? – disse ela com um sorriso encantador.

- Claro, e devo te agradecer Leah.

- Pelo que Bella?

- Por fazer meu sobrinho tão feliz – disse ela com os olhos marejados, a esposa de Jacob mais uma vez a abraçou – sei que me irmão e minha cunhada devem estar muito felizes pela escolha de seu filho.

- Obrigada – disse ela já chorando.

- Jake, gostaram do meu presente? – disse ela apontando para o enorme peru.

- Foi você? Não precisava Bell.

- Se eu vinha aqui, o mínimo que devia fazer era contribuir com um pouco não?

- Obrigada.

Eles se sentaram na mesa todos sorrindo, Bella paparicava Nessie como se fosse sua própria filha, o que bem poderia ser, Edward não tirava os olhos dela, e algumas vezes eles se cruzaram e os dois soltavam um meio sorriso.

- De onde conhece Edward, Jake? – disse ela chamando a atenção de seu sobrinho.

- Há um tempo, eu ainda era pequeno... – ele parou e olhou para Edward – posso contar?

- Fique a vontade – disse ele colocando um pedaço de carne na boca, enquanto isso Bella e Nessie estavam atentas esperando Jacob prosseguir.

- Então, continuando, eu saí para comprar uma barra de chocolate e o encontrei sentado em uma banqueta chorando e tomando alguma coisa, eu perguntei para ele o que acontecia e ele disse somente que não tinha mais vida, depois sumiu, um tempo depois eu o encontrei perto de uma ponte tentando se matar e o impedi, ele me disse a mesma coisa, eu disse que isso não valia a pena.

- Daí eu comprei uma passagem para os EUA e vivi lá por um tempo – interrompeu Edward.

- E algumas semanas atrás eu o encontrei de novo...

- Estava procurando uma casa por aqui – simplificou ele.

Bella se sentiu mal, ela sabia a verdade por traz da bebedeira e do quase suicídio, era ela, toda a culpa pesava em suas costas, ela pediu licença e saiu da mesa indo até o lado de fora.

Sentiu uma mão em seu ombro e se virou, viu Edward sorrindo torto.

- Porque realmente tentou se matar? Me fale a verdade.

- Porque eu perdi a minha vida,você. – disse ele olhando em seus olhos, aquela curta declaração tocou em sua alma e ela começou a chorar, a primeira vez em anos.

- Não queria te fazer sofrer – disse Edward limpando lágrimas que escapavam pelos olhos de Bella.

- Se tivesse esperado mais um pouco, teria visto como procurei por você feito uma louca.

- Como você...

- Tanya, ela me contou a verdade um tempo depois, mas já era tarde.

- Eu te amo Bella – disse ele acariciando as maçãs coradas de seu rosto para enfim colar seus lábios com os dela, por anos separados.

Para Bella aquilo era como estar em casa, finalmente ao lugar que sempre pertenceu, junto a ele, envolveu seus braços a sua volta e os aproximou mais, Edward deu fim ao beijo encostando sua testa a de sua amada.

Ouviram as risadas doces de Renesmee dentro da casa.

- De onde conhece a pequenina?

- Ela é órfã, eu a conhecia hoje, uma amiga minha sempre visitava esse orfanato e eu pedi dispensa a ela por hoje.

- Pretende adotá-la?

- Sim – disse sorrindo, enlaçou sua mão na de Edward e eles de costas para o crepúsculo adentraram a casa.

Anos depois:

Bella e Edward estavam casados, finalmente haviam recuperado sua felicidade, eles adotaram Renesmee e viviam felizes, depois da visita dos fantasmas Bella realmente soube viver sua vida, aproveitando cada momento junto das pessoas que amava.

- Parece que conseguimos realmente – suspirou Emmett.

- Finalmente ela sabe o que é ser amava Emmett – disse Rose abraçada a ele

Comentavam os dois ao verem Edward, Bella, Renesmee, Jake, Leah e a primeira filhinha deles chamada Claire.

- Bella – disse a menininha fazendo com que Rose e Emmett rissem.

Fim


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Vampire Cullen: se alguém leu, desejo muita paz e alegria nesse natal
beijos