O Casamento do Escorpião escrita por GiullieneChan


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Este fic tem spoilers de outros fics.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/118297/chapter/2

—Vejam isso! Não é a coisinha mais linda que já viram? -Milo exibia orgulhoso as imagens do ultrassom aos amigos.

—É uma mancha bonita... -Saga comentou, olhando e tentando decifrar o que estava ali.

—Não tô vendo porra nenhuma! -exclamou Máscara da Morte pegando as fotos na mão.

—Ah, olhem direito! -tomando a foto da mão do cavaleiro de Câncer. -Deu uma emoção, pessoal...sei que é só uma manchinha, mas é meu filho!

—É... quando eu vi da Ângela também fiquei assim. -Máscara colocou a mão no ombro de Milo. -Mas a tua cara de babaca tá pior que a minha na época.

—Tá afim de uma sessão de acupuntura? -Milo exibindo sua unha escarlate para Giovanni. -Prometo que será lento e bem doloroso!

—Não aguenta uma piada? -Câncer defendeu-se.

—E aí? O que contam de novo? -Aldebaran chegava a roda de amigos, comendo um sanduíche.

—Milo está mostrando as fotos do ultrassom que a Dione fez. -Camus comentou.

—Sério? Deixa eu ver? -Aldebaran pediu.

—Hã... Aldebaran, o que está comendo? -Milo perguntou, com uma careta.

—Pão com mortadela. Minha família mandou do Brasil uma peça enorme! Eu adoro pão com mortadela. -oferece para Milo. -Quer?

Milo fica verde e sai correndo.

—O que houve? -Aldebaran perguntou sem entender.

—Enjoos matinais. -Camus respondeu, segurando a vontade de rir.

—Como é? -Saga e Máscara acharam aquilo engraçado.

—Ele me explicou algo como empatia. A noiva fica grávida, ele que sente os sintomas. -Camus respondeu.

Não teve quem não risse disso.

—Isso! Riam da minha desgraça! -Milo voltava com cara amarrada. -Com coisa que nunca passaram por uma situação destas!

—Eu não. -responderam todos ao mesmo tempo.

—Com amigos como vocês, quem precisa de inimigos. –todos voltaram a rir. -Bem, tenho que ir. Dione foi fazer a prova do vestido de noiva. E eu tenho que fazer companhia pro...Demos. -Milo se arrepia.

—Não deve ser tão terrível assim. -Saga comentou.

—É terrível sim! -Camus e Milo responderam ao mesmo tempo.

—E falando no diabo. -Máscara comenta ao ver Demos surgindo, acompanhado pelo seu tio Ulisses.

—Aí estão vocês. -o cavaleiro aposentado apontou para os jovens. -Preciso de ajuda para carregar algumas coisas para a festa de noivado de amanhã. Ajudam?

—Nós? -Camus perguntou.

—Sim. Coisa rápida. Não é, Ulisses? -perguntou ao amigo.

—Coisa rápida. -concordou o outro senhor.

—Está bem então, ajudamos Demos. -falou Milo e os demais o olharam bravos. -Ah, gente. Cadê o espírito de amizade de vocês?

x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x

Meia hora depois...

—Ah, gente. Cadê o espírito de amizade de vocês? -Máscara imitava Milo, carregando uma caixa enorme e pesada nas costas nas escadarias das Doze Casas.

—Eu deixei o meu espírito de amizade em algum lugar no Hades! -resmungou Saga, também no pesado.

—Desculpa, gente... -Milo pedia.

—DE QUEM FOI A INFELIZ IDÉIA DE FAZER A FESTA DO NOIVADO NA DÉCIMA TERCEIRA CASA? -Máscara berrou, largando a caixa no chão.

—Foi minha... -todos olharam para Dione, que parecia querer chorar. -Desculpem!

Todos os presentes lançaram olhares reprovadores ao Cavaleiro de Câncer.

—Tão olhando o que? Eu não vou me desculpar! E quero ver quem é macho pra me fazer pedir desculpas! -de repente, recebeu um sonoro tapa na nuca, virou para socar o atrevido e estancou diante de tal pessoa. -Mamma!?

—Impiastro! -outro tapa. -Carregue esta caixa direito! Dio, a carga que eu tenho que carregar é muito maior! É esta cruz que colocaram em meu caminho. -apontando para Máscara da Morte, que contava mentalmente até cem para não mandar a senhora para o outro mundo. -Muoviti, disgraziato! Lavore!

—O que a senhora está fazendo aqui?

—Eu vim para o noivado, é claro! -abraça Milo e Dione. -Que lindo casal! Dio os abençoe e a este bambino que está para chegar! Mas por que está carregando esta caixa pesada? É o noivo! Giovanni, carregue esta caixa também! -ordenou a italiana.

—Eu não vou...! -a senhora lançou um olhar mortal ao cavaleiro que pegou a caixa imediatamente. -Sorte que prometi tentar não matar ninguém que eu conheço este ano!

—Quem é esta adorável senhora? -Ulisses chegou, pegando na mão de Mamma Julia, Giovanni largou as caixas imediatamente.

—Canastrão! -Giovanni resmungou.

—Eu me chamo, Julia. -respondeu corando e arrumando os cabelos.

—Que nome lindo...como a dona. -beijando a mão.

—O que ele está fazendo? –Máscara da Morte começa a ficar indignado.

—Vamos levar estas caixas? -Saga falou, empurrando Giovanni enquanto isso.

—É um belo ragazzo, signore?

—Ulisses. Seu humilde criado!

—Ele tá beijando a mão da minha mãe! -Máscara berrou, sendo carregado por Aldebaran.

—Acho que esta festa de noivado vai ser bem agitada, mona mi. -Camus comentou, passando pelo casal. -Isto é, se não houver derramamento de sangue nela. Agora sei de onde herdou sua personalidade mundana!

—Tio... -Milo de cabeça baixa, depois levanta num rompante. -Ei! Sem ofender, Camus!

—Será que deveríamos cancelar a festa? -Dione perguntou, olhando o casal trocando olhares e Máscara da Morte querendo brigar com Ulisses, mas detido e arrastado por Saga e Aldebaran escada acima.

—Não! De modo algum! -Aquário e Escorpião tentavam amenizar.

—Tudo sairá perfeito, Dione! -garantiu Milo, subindo as escadas.

—Nem que eu tenha que congelar alguns convidados para isso. -assegurou Camus, acompanhando-o.

—Você congela mesmo? -Milo perguntou.

—Oui.

—Certo! Poderia começar com meu sogro e... -Camus o olhou sério. -Não podem me culpar por tentar.

x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x

Na noite seguinte...a festa de noivado.

Milo e Dione recebiam os convidados à medida que chegavam. Camus, Saga e Aldebaran traçaram um plano para manter Máscara da Morte longe de Ulisses e evitar confusões.

—Já sabem o que fazer quando perceberem que Máscara estiver elevando seu cosmo? -perguntou Camus.

—Sim. Levar ele para beber na varanda. -falou Saga.

—E se falhar? -Camus voltou a perguntar.

—Eu acerto ele! -respondeu Aldebaran.

—Certo! -Camus concordou. -Chegaram.

Neste momento, Máscara da Morte chegava com Maeve, e Mamma Julia também. Ulisses a avistou e veio a cumprimentá-la, Giovanni fechou a cara, mas Maeve o deteve com um gesto delicado em seu braço.

—Até agora...tudo bem. -comentou Aldebaran.

—Mas vamos vigiar incansavelmente se for necessário e... -Saga viu Celeste. -A gente se vê por aí!

—Mas que irresponsabilidade é essa? Não combinamos de manter a ordem na festa por Dione? -Camus não acreditava em ver Saga saindo de fininho com Celeste. -Ainda bem que você, Aldebaran, é responsável e...

Aldebaran havia sumido, estava na mesa do buffet conversando animadamente com uma garota.

—Tá desertando? -Camus ficou indignado.

—Vamos dançar, Camus? -Desirée chegou e perguntou.

Camus olhou para o vestido vermelho que ela usava e concordou imediatamente.

Ao contrário do que os três cavaleiros achavam, a festa transcorreu muito bem. Talvez fosse a presença de Maeve, que conseguia controlar a personalidade difícil do Cavaleiro de Câncer, que o fez ficar relativamente "calmo" durante a recepção.

Chegou o momento dos noivos trocarem alianças, discursos, piadinhas entre amigos e um brinde com champanhe, no caso a noiva preferiu suco, evitando o álcool.

A música tomou conta do lugar, os casais invadiam a pista bailando ao som de músicas mais modernas, um clima contagiante...até que.

—Tio! -Kenny chamou Saga, puxando-o pelo paletó do terno. –Quelo fazê xixi! I nu banhero!

—Cadê seus pais? -perguntou olhando ao redor.

—Foiam tocá o Junnon qui sujou! -explicou o menino. –Falaram pá fica cô voxê!

—Mas já não aprendeu a usar o banheiro sozinho? -Saga perguntou.

—Saga! Ele tem só quatro anos! Leva ele, que o coitadinho está apertado. -Celeste pediu.

—Eu quiria ir, tia...sei i sozinho...mais tem dois tios nu banhero que não sai di lá fazi tempo! -explicou o menino. –Devê tá dodói!

—Dodói?

—É. Ficam faiando assi: Aiii... aiiii... uiiii... –Kenny imitou os gemidos. –Devi tá cô dô de barriga!

Os dois adultos se olharam, riram ao imaginarem que algum casal estava namorando no banheiro.

—Do que estão rindo? -Máscara perguntou, se juntando a mesa de Saga com Maeve.

—Nada não. -Celeste disse, tentando parar de rir.

—I os dois q tão nu banhero cô dô di barriga. -continuava o menino. -São u tio do tio Milo e a tia Julia!

Saga e Celeste pararam de rir. Máscara da Morte olhou para o menino.

—COMO É QUE É?!

De repente Máscara da Morte correu na direção dos banheiros, Saga logo atrás fazendo gesto para Camus, Aldebaran e Milo. Os três pararam o que faziam e correram atrás de Gêmeos.

—Ai, caramba! -dizia Milo. -Que a Dione não perceba!

—CADÊ ELES! -Máscara entrou no banheiro feminino, olhando as portas.

Algumas garotas gritaram e jogaram nele papeis higiênicos e até mesmo seus sapatos.

—Tarado!

—O que está havendo! -a confusão chamou a atenção de outros por perto, incluindo Shaka.

—Estou procurando o tio do Milo...PARA CAPÁR O MALLEDETO! -berrava o canceriano.

Nisso saiu Raga-Si do banheiro, vermelha de raiva.

—Prepare-se para perder os seus sentidos! -ela ameaçou. -Que história é essa de invadir o banheiro feminino!

—Estava espionando minha esposa no banheiro?! -Shaka ficou lívido.

—EU NÃO ESTAVA ESPIONANDO NADA! -falava o cavaleiro. -TÔ PROCURANDO O TIO TARADO DESTE INFELIZ! -apontando para Milo.

—Giovanni Pierino Mastrangelo! -Maeve chegou acompanhada de Celeste e Kenny. -O que está havendo?

—Fala guri! Cadê eles? -perguntava ao menino.

—Nu banhero. -respondeu.

—Não tão aqui!

—"Nu banhero dos homis. -o menino cruzou os braços e suspirou, colocando a mão na testa, balançando a cabeça negativamente. -Eu sou minino, não entro nu banhero de minina!

—Banheiro masculino. Claro! -Máscara da Morte entrou no banheiro masculino, com Milo logo atrás, para defender seu tio.

—Calma lá! -pedia Milo. -Eles são adultos!

—Não me venha com este papo, inseto! -falava abrindo as portas e depois que abriu a última, fechou os olhos e ela rapidamente. -MAMMA! COLOCA A BLUSA!

—MEUS OLHOS! -Milo fechava os olhos.

—SEM PIADAS, INSETO! -Máscara ameaçava. -SEU TIO ESTAVA ABUSANDO DA MINHA MAMMA!

—ELA PARECIA MUITO FELIZ!

—PREPARE-SE PARA MORRER! -ele fecha os olhos. -Que visão do inferno! EU VI A BUNDA MURCHA DO SEU TIO!

—Pois é, terei pesadelos! Obrigado por isso! –nervoso.

De repente, os dois receberam sonoros tapas nas cabeças, seguido de puxões de orelhas.

—Não se pode namorar em paz! -dizia a senhora, segurando os dois pelas orelhas.

—Aiaiaiai...calma dona Julia. -Milo vê o tio saindo do box. -Tio! Arruma a calça! Tem mulheres e crianças lá fora!

—Aiaiaiaiai... Mamma, estou defendendo sua honra! -Máscara da Morte dizia entre os tapas que recebia.

—Que honra o que? -largando as orelhas dos dois e abraça o tio de Milo. -Ulisses e eu estamos decididos a contar a todos que estamos namorando.

—Legal! -Milo sorriu.

—NÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOOOOOOO! -Máscara entrou em crise.

—Para, impiastro! -falava a matriarca. -Você acaso acha que desde que mio marido morreu eu nunca mais dei minhas namoradinhas por aí? Eu sempre tive um fogo dentro de mim, Giovanni!

—Não quero ouvir isso! -tampando as orelhas.

—Namorei e muito! Mas nunca tinha encontrado um homem que despertasse novamente em mim...

—A mulher avassaladora e quente que você tem escondida, Juju! -Ulisses beijando ela.

—Preciso beber algo forte! Cicuta! -Máscara saia do banheiro.

—Céus... -Milo saia logo atrás. -Deixa eu ir junto!

x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x

Ao final da festa, todos já estavam mais calmos. Ulisses e Julia dançavam, mostrando a todos que estavam namorando. Máscara da Morte, mais conformado, prometeu a Maeve que tentaria não intrometer-se no namoro deles.

Dione e Milo dançavam suavemente, e ela perguntou:

—Que confusão foi aquela nos banheiros?

—Ah...falta de papel higiênico. -respondeu imediatamente e ela ergueu a sobrancelha, como quem não acreditou. -Nada demais!

—Acha que superaremos nossas famílias até o nosso casamento? -ela perguntou sorrindo.

—Claro! Para o nosso casamento, falta um mês...depois mais sete para termos nosso meninão no colo! Vai ser moleza! -dizia.

—Ou menina. –ela sorri.

—Ou uma meninona linda!

—Milo! -Demos aproximou-se do casal. -Acabei de usar o banheiro. É melhor avisar para que ninguém entre lá até o cheiro acabar, tá?

Milo arregalou os olhos, Dione suspirou.

—A gente consegue. -garantiu Milo.

Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

A seguir...despedida de solteiro e a cerimônia...



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Casamento do Escorpião" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.