Sobrado Azul escrita por Chiisana Hana


Capítulo 24
Capítulo XXIV




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/11765/chapter/24

Os personagens de Saint Seiya pertencem ao tio Kurumada e é ele quem enche os bolsinhos. Todos os outros personagens são meus e eu não ganho nenhum centavo com eles.

SOBRADO AZUL

Chiisana Hana

Capítulo XXIV

– Então, quem será o próximo casal a assinar os papeis? – Saori pergunta, sentada à mesa que divide com os recém-casados e os outros amigos, exceto Ikki, que está correndo atrás de Penélope.

– Com certeza, Shiryu e Shunrei! – Seiya exclama.

– Posso até apostar nisso – Saori completa.

– Mas somos os mais óbvios mesmo – Shiryu concorda, para surpresa de todos. Ele lembra que durante a semana de férias em Rozan, antes do acidente que o deixou cego, começou a fazer planos de casar-se com Shunrei. – Eu já estou quase me formando, vou continuar trabalhando com o Siegfried e, bom, realmente estamos nos preparando para o grande dia.

– Verdade – Shunrei assente. – Até já andamos dando uma olhada numas casas, mas ainda não encontramos nada que nos agradasse ou que coubesse no nosso orçamento.

– E o sobrado vai ficar mais vazio... – constata Shun tristemente.

– Isso é inevitável, não? – Shiryu diz.

Shun é obrigado a concordar. Um dia ele e Ikki também se separariam e, suspeitava ele, esse dia se aproximava velozmente. Ikki já está formado, trabalhando, tem uma filha e um relacionamento estável com Minu. Certamente ele não ia demorar a pedir a mão dela em casamento e então restariam apenas duas alternativas: vender a casa e dividir o dinheiro ou decidir qual dos dois ficaria lá. “E se ele resolver continuar morando no sobrado”, Shun pensa, “o que é muito provável, como é que vai ser?”

Ikki vem à mesa com Penélope e senta-se ao lado de Shun, interrompendo os pensamentos do irmão.

– Essa menina tem pilha alcalina e um gênio forte dos diabos – Ikki diz.

– A quem será que ela puxou? – ironiza Seiya e Ikki vê que não tem argumentos para discordar.

– Dá doce? – Pepê pede, puxando a gola da camisa do pai.

– Dou, dou – ele diz pra ela, e lhe entrega um docinho. – Suspeito que isso vai deixá-la com energia para correr mais duas horas. E eu não tive tempo de provar nada e ainda não vi a Minu direito aqui na festa porque ela também está ocupada com os guris.

– Fica aí e come um pouco – diz Shun. – Eu tomo conta dela.

– Pô, valeu mesmo, Shun! – Ikki agradece e entrega a menina a Shun.

– Pra isso que servem os tios! – Shun diz e leva Penélope para onde estão as outras crianças.

– Daqui a alguns anos teremos a nossa princesinha, né, Eiri? – derrete-se Hyoga.

– Ou principezinho – ela corrige. Sente-se pronta para ser mãe, mas quer curtir um pouco esse comecinho da vida a dois. Além de ter um filho biológico, ela também pensa em adotar uma criança do orfanato, embora ache que vai ferir os sentimentos dos que não forem escolhidos.

– Vai ser um loirinho tão lindo – encanta-se Minu. Acaba de chegar à mesa e senta ao lado de Ikki, a quem cumprimenta com um beijo. Deixara as crianças sob a supervisão de Shun e correra para a mesa. – Em alguns anos, também vou querer meu marrentinho.

– Como é? – Ikki indaga.

– Claro! Quando nos casarmos, vou querer ter um filho. E pelo que estou vendo na Penélope, o menino vai ser pura marra. Vou ter trabalho para colocar na linha, mas eu coloco, viu? Sou ótima nisso.

– Quero só ver... – Ikki ri. – Aliás, quando o escritório começar a dar dinheiro mesmo, a gente podia casar logo, hein?

Minu surpreende-se com a repentina proposta de Ikki.

– É, podíamos! – ela diz.

– Então fica assim: quando a grana entrar, a gente casa – ele diz, lembrando-se de como fizera esse plano com Esmeralda minutos antes do acidente que a matou. Uma recordação que o deixa com uma sensação sinistra, mas Ikki obstina-se a afastá-la, colocando na cabeça que aquilo não poderia acontecer de novo.

– Tomara que entre logo! – Minu exclama, empolgada com a ideia de casar-se com Ikki, apesar de também sentir certa inquietação. O matrimônio significava ter de deixar o orfanato e ir morar em outro lugar, talvez longe, e ela não sabia se conseguiria lidar bem com a distância dos seus pequenos.

– Parece que estávamos enganados sobre qual seria o próximo casal a oficializar a parada – Seiya constata, e todos à mesa concordam.

A certa altura da festa, Eiri e Hyoga despedem-se dos amigos e vão para o hotel onde passarão a noite de núpcias. No dia seguinte, viajarão para Okinawa, onde pretendem concluir o passeio interrompido pelo pai do Hyoga. Escolheram esse destino também porque não queriam gastar muito fazendo uma viagem internacional. Estavam apenas começando a vida juntos e não podiam esbanjar a herança que Hyoga acabara de receber.

Já no hotel, Hyoga carrega Eiri até a cama preparada para recebê-los. Pétalas de rosas vermelhas foram espalhadas sobre os lençóis brancos e na mesa de cabeceira há um balde de gelo com champanhe e duas taças.

– A banheira também já deve estar pronta – Hyoga sussurra no ouvido dela.

– Então vamos para lá – ela sussurra de volta. – Me ajude a tirar o vestido.

– Será um prazer – ele diz, e detém-se a desamarrar o corpete de Eiri, intercalando a tarefa com beijos na nuca e nas costas da esposa, que arfa de prazer a cada toque. Quando a livra da parte de cima do traje, ele abre o fecho da saia dela e puxa gentilmente a peça, revelando uma delicada calcinha de renda branca, à qual ele não dá muita importância, pois o que ela escondia parcialmente é muito mais interessante e ele pretende demorar-se ali.

– Isso – Eiri diz entre gemidos, quando Hyoga toca seu ponto mais sensível. – Bem aí...

–S -A -

Uma semana depois...

Seiya espera no aeroporto com uma plaquinha onde estava escrito “Seika” em japonês, em grego e romanizado. Com a ajuda de seus funcionários gregos, Saori providenciara um exame de DNA que comprovou que os dois eram mesmo irmãos e, agora que ela está chegando a Tóquio, Seiya sente um misto de medo e expectativa. Como ela é? Vai reconhecê-lo? O laço fraterno se refará instantaneamente ou serão como dois estranhos e levará tempo para que se sintam próximos?

Os passageiros do voo dela começam a desembarcar e a cada um que aparece Seiya sente o coração aos saltos. Demora uma eternidade até ele vislumbrar uma moça na qual se reconheceu. Seika parece uma versão feminina de si mesmo, apenas com o cabelo um pouco mais claro.

Os olhos dela pousam no cartaz que ele segura. Não lembrava os kanjis do próprio nome, mas reconhece-o nas outras formas e também reconhece o rapaz. Surpreende-se ao perceber que Seiya ainda parece aquele mesmo menininho de cabelos rebeldes e as lágrimas são inevitáveis. Há todo um passado perdido, de lembranças que ela bloqueara enquanto esteve na Grécia, mas ao reencontrar o irmão, Seika sente que pode recuperar tudo isso.

Tinha sido sequestrada e levada para Atenas ainda criança por uma rede internacional de pedofilia. Sofreu todo tipo de abuso por anos, quando foi libertada pela polícia e encaminhada a um abrigo, enquanto os policiais tentavam localizar algum parente. Sem sucesso nas buscas, ela acabou ficando lá até atingir a maioridade, quando foi obrigada a sair. Refugiou-se numa pensão suja e arranjou vários trabalhos para pagar o quarto e manter-se. Vez ou outra empreendia nova tentativa de procurar o irmão, mas diante de inúmeros fracassos Seika acabou por resignar-se e desistir. Sua mente agora é um emaranhado de lembranças confusas dessa época tormentosa, mas a sensação de voltar para casa ainda está presente, apesar de não saber o que realmente a espera.

Quando se aproxima do irmão, Seika não sabe bem o que fazer ou dizer, mas logo é abraçada por ele.

– Ah, Seika, se eu soubesse... – ele diz, consternado. – Se eu pudesse ter feito alguma coisa...

– Você não podia... – ela murmura, surpresa por ver que, com algum esforço, ainda consegue entender e falar japonês. – Você era só um menininho quando me levaram.

– Está tudo bem agora, eu vou cuidar de você – ele diz, com tamanha certeza que deixa Seika ainda mais comovida.

Saori, que acompanha o namorado, observa emocionada o reencontro.

– Essa é a Saori, minha namorada – Seiya a apresenta. As duas mulheres trocam um aperto de mão cordial. – Foi ela quem mexeu os pauzinhos para encontrar você.

– Obrigada, senhorita Saori – agradece Seika, finalmente lembrando-se de onde a conhecia. Quando foi procurada em Atenas pelo homem que disse saber onde estava Seiya, ele mencionou que vinha em nome da Srta. Kido, sobrenome que lhe soou familiar. Imaginou tratar-se de alguém muito rico, o que foi confirmado pela postura e pelas roupas que Saori está usando. Somente ao vê-la Seika soube quem era: a neta do dono do orfanato onde ela e Seiya viveram na infância.

– Eu realmente não tinha como fazer isso – Seika continua, ainda pensando sobre Saori e imaginando como era possível que ela e Seiya fossem namorados. – E olha que eu tentei.

– De nada – Saori diz. Vocês mereciam esse reencontro. E pode me chamar de Saori, sim?

– Está bem, Saori – assente Seika, meio sem jeito.

– Você vai ficar morando comigo – Seiya diz. – Eu divido uma casa com uns amigos. É legal lá!

Seika sorri e deixa-se conduzir pelos dois até o estacionamento, onde uma limusine os espera.

– Você vai gostar daqui – Seiya diz a ela assim que chegam ao sobrado. Não parara de tagarelar o caminho inteiro, falando de sua vida, de Saori, dos amigos. Ele apresenta a irmã a todos os moradores, que a recebem com um lanche preparado por Shunrei.

– Tenho certeza de que serei feliz aqui – ela diz, depois da comilança. Já se sente parte daquele grupo, mesmo tendo acabado de chegar.

– Quando cheguei aqui, também tive essa sensação – diz Shunrei, lembrando-se do dia em que foi acolhida pelos rapazes. – Acredite, essa casa tem uma energia muito boa.

– Estou vendo! Agora eu só preciso arrumar um trabalho.

– Esquenta com isso, não, mana – Seiya diz. – Eu dou meu jeito. Depois você vê isso.

– Ehr... Seika, você gostaria de trabalhar com crianças? – Saori pergunta, surpreendendo a todos. Esse, no entanto, era seu plano desde que Seika foi encontrada. – Eu mantenho um orfanato, o mesmo onde você e Seiya viveram na infância, e nós estamos precisando de alguém para trabalhar lá.

– Nossa, seria bom! – ela diz e completa em pensamento: “Então é isso! É do orfanato que eu a conheço. É a neta do senhor Kido!”

– Pois então se considere contratada!

– Então agora não falta mais nada, né? – indaga Seiya, abraçando-a novamente. Seika não está acostumada com tanto contato físico. Sempre evitava aproximar-se demais das pessoas, mas o carinho de Seiya já começa a vencer suas barreiras psicológicas.

– É – Seika diz, retribuindo o abraço. “Sim”, pensou, “não falta mais nada, meu irmão.”

Mais tarde, quando os irmãos ficaram sozinhos no quartinho que agora era dela, os dois puderam conversar mais à vontade.

– A Saori me contou tudo o que aconteceu com você lá em Atenas – ele diz tristemente, referindo-se ao abuso.

– Já faz muito tempo... foi tanta coisa ruim... – ela diz, dando indícios de não querer falar sobre isso.

– Eu sei que deve ter sido horrível, mas aqui você está protegida.

– Eu já sinto isso, Seiya. Seus amigos parecem muito legais.

– Eles são mais que amigos. Nós somos praticamente como irmãos. Bom, o Shun e o Ikki são irmãos de verdade, mas isso é outra coisa. Eles serão uma família para você também.

– Espero que sim. Acha que eu devo mesmo ir trabalhar no orfanato? Eu quero ir, mas não sei se devo. Ele pertence a sua namorada.

–Deve sim. Não tem problema, não. Eu mesmo trabalho pra ela. Mas um dia eu termino a faculdade e vou trabalhar em outra coisa.

– Um dia? – ri Seika.

– É... Sabe como é, às vezes é meio difícil passar nas matérias...

– E você faz faculdade de quê?

– Ecoturismo – ele diz, coçando a cabeça.

– Parece interessante.

– Vou deixar você em paz, tá? – ele diz e aponta para uma porta. – Tem o banheirinho ali, e você pode ficar à vontade.

– Obrigada, irmão. É bom estar de volta.

No dia seguinte, Seiya leva a irmã ao orfanato e apresenta-a a Minu. A moça surpreende-se ao ver que a irmã de Seiya era a nova funcionária do orfanato.

– Seja bem-vinda de volta – Minu cumprimenta. Eu me lembro de você como se fosse hoje, Seika.

– Também me lembro de você. Seiya vivia perturbando-a, né?

– Ainda vive! Ele não mudou muito. Só cresceu e nem foi tanto assim.

Seiya faz uma cara de profunda indignação.

– Tá me chamando de baixinho, Minu?

– É, eu estou.

– Olha quem fala! Você é tão alta, tão super modelo.

– Vem, vou te mostrar as instalações – ela diz para Seika, ignorando Seiya. – As crianças agora estão na escola, o que é bom, você vai poder ver tudo com calma. Aliás, Seiya, você não devia estar na aula?

– Shhhhhhhh... Se a Saori souber, ela vai me passar um sermão. Falei que traria a Seika e iria para a faculdade, mas agora eu tô com preguiça.

– Você não toma jeito mesmo... – Minu diz. – Só não vou contar a Saori, porque não sou dedo-duro.

– Valeu, Minu! – ele agradece e abraça a moça de um jeito exagerado. –Você é um anjo, um amor!!

– Ai, Seiya, para com isso! – ela pede, empurrando-o para o lado e continuando a caminhar com Seika.

“As coisas mudaram bastante no orfanato”, constata a irmã de Seiya depois de visitar tudo. Minu explicara que cuidava de organizar as refeições das crianças, preparadas por uma cozinheira. Depois do café, mandava os pequenos para a escola, onde ficavam às três da tarde. Nesse período, organizava as coisas, colocava as roupas das crianças para lavar, passava as que estavam secas. Quando as crianças voltavam da escola, Minu servia-lhes um lanche e mandava que fizessem a lição. Depois, podiam brincar e ver tevê até a hora do jantar. A cozinheira deixava a refeição pronta e as monitoras deviam servi-lo. Na hora de lavar os pratos, era importante que as crianças se revezassem para ajudar. Então, com a cozinha limpa e arrumada, Seika poderia ir embora. Como Minu morava no orfanato, ela é quem ficaria com as crianças durante a noite.

– Quando éramos crianças – Minu fala –, o orfanato não tinha essa estrutura toda e uma só monitora enlouquecia cuidando da gente.

– Verdade – Seika afirma e sorri. Lembra-se vagamente da moça roliça que tomava conta deles e lembra também que, por ser um pouco mais velha, costumava ajudá-la a cuidar dos menores. “Espero que consiga cuidar bem deles. Melhor do que cuidaram de mim.”

– Depois que você sumiu – Minu prossegue –, também tomaram muitas medidas de segurança. Ninguém quer que sua história se repita.

– Não pode se repetir – Seika diz.

–S -A -

– Eu nem acredito que estamos no nosso cantinho! – suspira Eiri, assim que põe os pés em seu apartamento. Ela e Hyoga exibem um bronzeado intenso, resultado dos dias de ócio na praia. – É tudo um sonho, meu amor! E eu nunca pensei que aconteceria.

– Depois de tudo que passamos, merecemos essa felicidade – Hyoga diz, abraçando a esposa. Os dois aconchegam-se no sofá.

– Sim, nós merecemos!

– Estava pensando em chamar o pessoal no final de semana para vir aqui, fazer um lanchinho, o que acha?

– Acho uma ótima ideia!!

– Vou combinar tudo com a galera. Vai ser legal fazer uma reuniãozinha na nossa casa nova.

– Vai, sim – Eiri diz e, sorrindo, observa Hyoga pegar o telefone. Sabe que apesar de estar muito feliz com o casamento, ele também sente uma tremenda falta dos amigos. – Peça para o Seiya trazer o vídeo game! – ela completa. – Enquanto não compramos o nosso, porque vamos comprar, não vamos?

“Um monte de homens gritando na minha sala novinha enquanto se matam no jogo”, ela pensa. “Sujando meu sofá e meu tapete de comida, gritando palavrões inimagináveis, pedindo para eu ir buscar mais bebida, mais comida. E o pior é que eu acho que vou gostar disso!”

Na manhã do domingo seguinte, a cena que Eiri imaginara materializa-se diante de seus olhos. Seiya e Hyoga parecem enfurecidos jogando, enquanto Ikki e Shun torcem para que o jogo acabe logo e chegue a vez deles. Há pedaços de batata frita pelo chão e um copo de cerveja está ameaçadoramente perto da borda da mesa de centro.

Enquanto os meninos jogam, ela, Shunrei, Shiryu, Minu e Saori estão sentados à mesa, conversando. De vez em quando, Eiri vai à cozinha e traz mais alguns petiscos e bebidas.

Os rapazes dão uma pausa nos jogos quando a fome bate e o almoço é servido. Enquanto comem, Shiryu e Shunrei fazem um anúncio.

– Sabem a casa vizinha ao sobrado? – o rapaz indaga. Os amigos respondem que sim.

– Nós a compramos! – Shunrei completa.

– Sério? – indaga Seiya. – Caramba!

– Ai, que ótimo! – Minu diz. Os outros também parabenizam o casal.

– Pois é – Shiryu diz. – Quando a casa foi posta à venda, não pensamos duas vezes e demos entrada no financiamento. É um negócio arriscado, cujas prestações vão comprometer uma boa parte da nossa renda, mas resolvemos que valia a pena.

– Então vocês já vão casar? – indaga Shun.

– Não. Ainda teremos que fazer algumas reformas. Não vai ser tão rápido.

– A casa é exatamente o que sonhávamos – Shurei fala. – Recuada, com um bom jardim na frente e um quintal atrás. Agora há só um mato alto nesses espaços, mas já posso imaginar como ficará o jardim, quais árvores vamos plantar no quintal e como será a horta.

– Não estamos com pressa, então há tempo para todas as modificações que queremos fazer, além de comprar os móveis e todo o enxoval.

– Sim – Shunrei concorda, com um olhar sonhador. Assim que se encantou por Shiryu, ela imaginou como seria viver com ele na China, nas montanhas, perto da cachoeira. Agora não pensa mais em voltar para lá. Está feliz em Tóquio, fazendo planos para a casa nova e para o casamento. Não vai dar para ter uma cachoeira na casa nova, mas Shunrei acha que uma piscina com cascata pode resolver esse problema.

Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Sobrado Azul" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.