Point Of View escrita por Aphroditte Glabes


Capítulo 13
Capítulo 12 - Emergency


Notas iniciais do capítulo

Oláa, pessoas!

Aqui é a Carol *---*

Nos desculpem pela demora. Eu demorei pra escrever o resto do capítulo e tava no meu pc e eu tava com preguiça e sempre esquecia de pegar, então.. Aqui estou eu!

"Recado da Ditte: OI AMORES *_* Bem, esse cap ficou perfeito, na minha opinão, espero que gostem. E AAAAH, eu não vou no M&G no show do BLG, mas minha amiga disse que vai levar meu CD pra eles autografarem, tipo *-----*.

Legenda: M&G - Meet And Greeting, eu acho. O_O Que é quando você entra no camarim dos artistas. Santo! Ditte, morra! G_G

Maas... Eu supero. :)

Como vocês sabem, eu amei o recado da Ditte, porque eu amo ela *---* Então, que medo de mim, né?

Cade os reviews, hein povo? To procurando! Hunf -qqq

Bem... Obrigada, Thalia_Grace. Fofa, thanks pela recomendação. Obrigada mesmo :)

Espero que gostem.

Beeeijos

Ps: Minha nova fic Original, "Haunted". Quem quiser ler, a ditte que fez a capa. Só ir no meu perfil ,viu?



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-O que tem meu pai? – perguntou Silena, caminhando até sua cama e sentando, com as mãos na cabeça.

-Querida...

-Não me chame de ‘querida’ – cuspiu Silena – Só me diga o que aconteceu...

Afrodite suspirou e sentou-se ao lado da filha, que se afastou. Como se tivesse levado um tapa na cara, Afrodite recuou.

-Hoje de manhã, Alícia ligou...

-O que aconteceu?

-Filha.

-Me diga o que aconteceu! – disse Silena, alterando a voz. Levantou, cruzou os braços e se virou para a mãe – O que foi?

-Hoje de manhã seu pai estava fazendo uma entrega para um cliente, quando foi tentar ultrapassar ele... bateu com um carro que vinha na direção contrária.

Foi como um grande baque para Silena. Por mais que não gostasse do pai, não podia deixar de ficar com pena dele. Um acidente de carro, ou qualquer outro tipo de acidente era algo que ela não desejaria ao pior inimigo. Ela ainda lembrava como o pai era uma pessoal gentil antes de conhecer a madrasta, ela o tinha mudado completamente em questão de dias.

Flashback.

-Papai, papai – chamou a menininha de cabelos loiros encaracolados. Ela parecia ter por volta dos quatro anos de idade, usava um vestido branco com flores roxas bordadas e uma sandália da mesma cor. Corria em um parque, na direção do pai que segurava uma garrafa da água.

-O que foi, querida? – perguntou o Sr. Beauregard, agachando-se para falar com a filha.

-Papai, aquela menina jogou areia em mim – disse com lágrimas nos olhos.

-Ah, querida. Venha cá, deixa que eu tiro a areia.

A menininha assentiu, enquanto aproximava-se do pai, que passava a mão pelo cabelo dela e pelos ombros para tirar os grãos de areia, que eram mínimos.

-Obrigada papai.

-De nada, querida. Quer um sorvete?

-Não – ela disse – Eu quero uma daquelas maçãs coloridas, me dá uma delas, papai, por favor... – pediu, fazendo beicinho.

Ele sorriu.

-Claro, querida.

Agora Silena já era uma menina de oito anos de idade. Estava mais alta, os cabelos loiros não estavam mais tão encaracolados e chegavam quase até sua cintura. Não usava mais as mesmas roupas de antes, porém adorava ver revistas de moda.

Estava debruçada sobre a cama, fazendo o dever de casa. O rádio estava ligado, tocando baixinho uma das músicas preferidas dela. A campainha tocou.

Silena largou os livros em cima da cama, pos as pantufas rosas e foi até a porta. Espiou pela janelinha ao lado dela a abriu.

-Olá – disse a mulher. Era alta, tinha os cabelos até os ombros pretos, olhos castanhos e segurava ao lado do corpo uma bolsa feita de couro de jacaré. Falsificada, notou Silena com um sorriso.

-Oi – ela disse, encarando a senhora – Quem é você?

-Sou Alícia. Seu pai falou de mim?

-Sim – ela sorriu, com os dentes brancos – Ele saiu agora, mas volta logo.

-Ah, posso entrar para esperá-lo?

-Pode – disse, abrindo a porta para a futura madrasta, sem saber de todas as conseqüências.

Agora Silena estava com onze anos. Os cabelos estavam mal cuidados, tinha olheiras e estava levemente acima do peso. Estava mais alta, com o corpo formado. Andava, tentando parecer invisível por um corredor lotado de estudantes em uma escola pública.

Ela estava tentando ler a folha de inglês que a professora havia passado, mas algo a impedia. Sua visão ficava borrada, confusa e as letras mudavam de lugar conforme tentava prosseguir a leitura.

-Cuidado por onde anda – disse um garoto ruivo, quando deu um encontrão em Silena de propósito.

-Sai da frente, garota – disse uma morena, abraçando o ruivo.

-Olhem pra frente, então – resmungou Silena, levantando os olhos.

-O que disse?

-O que você ouviu – retrucou. Estava cansada de ser submissa.

A sua volta, algumas pessoas paravam para ver. Se houvesse briga, estariam ali para assistir, como as pessoas que se juntam ao redor de celas de leões para os verem caçando a presa.

-Quem é você, mesmo?

-Silena Beauregard – disse levantando o rosto.

-Ah, sim, a disléxica.

-Ela mesmo – disse sorrindo.

-E você se acha por isso?

-Se for para as pessoas souberem que eu sou, sim – disse jogando a franja para o lado.

-Está se achando demais, não acha não?

-Que nada, só estou te imitando. Mas não se preocupe, nunca vou chegar no seu nível de imbecilidade.

-O QUE DISSE?

-O que ouviu, piranha – disse Silena, sorrindo vitoriosa, enquanto voltava a caminhar. Aquele foi o dia mais marcante de sua vida, até lá.

Agora Silena estava com dezessete anos. Estava debruçada sobre o vaso sanitário. Usava um pijama, e havia prendido o cabelo para não atrapalha-la. O chuveiro estava ligado, a musica no celular também. Ela estava ajoelhada, com uma escova de dentes em uma mão e usando a outra para apoiar-se.

Pos a escova na garganta e não conseguiu vomitar da primeira vez, então a pos de novo, e com um pouco de dor, vomitou. Repetiu a ação várias vezes, até que tudo o que comera naquele dia havia sido descartado. Durante vários meses, fazia a mesma coisa depois das poucas refeições, pois mal comia.

Quando seu pai voltou mais cedo do trabalho e a escutou vomitando, indagou porque ela estava fazendo aquilo. A filha começou a chorar, e contou para o pai tudo que estava acontecendo.

Na mesma noite, ele ligou para a mãe da garota, que veio desesperada atrás da filha, tentando ser uma mãe presente, coisa que nunca foi.

Uns meses depois, ela volta para casa. Está mais madura, mais responsável e ciente dos seus atos. Entra em casa, pensando em ter um novo começo. Assim que passou pela soleira da porta, notou algo diferente. Havia novas fotos nas paredes, algumas de pessoas desconhecidas, mas o que lhe chamou a atenção foi uma de seu pai e daquela mesma mulher morena de tantos anos atrás, trocando anéis em um cartório. O que era aquilo?! Era o que ela se perguntava enquanto levava a bolsa para o quarto. Assim que abriu a porta, levou um susto.

-Que porra é essa? – sussurrou.

-Essa ‘porra’ agora é o meu quarto – disse uma voz atrás de si.

Lá estava um garoto. Alguns centímetros mais alto, cabelos negros, olhos verdes. Ele tinha uma toalha jogada sobre os ombros, cabelos úmidos e vestia apenas uma bermuda vermelha.

-O que aconteceu com o meu quarto? – ela perguntou cruzando os braços.

-O seu quarto, agora é em outro lugar – ele retrucou, empurrando-a para entrar no cômodo – Pode colocar suas coisas lá.

Sorriu com escárnio.

Fim do Flashback.

-Como... como ele está?

-Está na UTI. Estado grave. O médico disse que ele sofreu várias fraturas de costelas, na perna, na bacia e perdeu muito sangue, porque uma costela perfurou o baço...

Isso foi o que bastou para que as lágrimas escorressem livremente pelo rosto de Silena, que se afastou quando a mãe tentou abraçá-la.

-Me... deixe sozinha – disse Silena para a mãe, que assentiu e saiu do quarto, fechando a porta atrás de si.

Então, ela pouco se importou com o que fez. Começou a chorar descontroladamente, abriu de supetão a porta do closet e correu para abraçar Charles, que estava no fundo do armário, com uma cara de aflição.  Silena correu até o garoto e o abraçou com força, sentindo as lágrimas continuarem a cair.

- Que droga! – Praguejou Thalia, agarrando seu celular e o deixando cair logo em seguida. O barulho parecia infernal e a garota tentou pegá-lo em muitas tentativas sem sucesso. Por fim, Nico o fez para ela. – Valeu.

Apertou o botão para receber a ligação e o garoto começou a encará-la avidamente. Os olhos dela percorriam por todos os cantos da casa da árvore, capturando todos os detalhes, mesmo que parecesse um pouco inerte em seus próprios pensamentos. Parecia apenas procurar um local para prender a concentração.

- Certo, certo. Sabe que sei me cuidar, mãe. – Bufou, impaciente – Não, não preciso de Jason para me buscar. Estou com Nico. – Uma pausa – É claro que é meu primo, mãe! Que outro Nico você conhece?

Nico percebeu que a conversa parecia um pouco privada demais e decidiu olhar para outro lugar, para não deixar Thalia desconfortável demais. Ela finalmente desligou o aparelho e suspirou.

- Minha mãe disse que tenho que ir embora, Nico. Pelo menos, é o que ela quer.

- Você vai obedecer? – Perguntou, dando um sorriso de lado que pareceu bem sedutor para a garota. Por alguns segundos, ela se imaginou em seus braços novamente, porém tirou essa idéia de sua cabeça, parecendo sonhadora demais.

- Já fiquei tempo demais na rua por hoje. Sabe como é... Mães tem surto de superproteção. E mães também têm surtos quando seu padrasto chega de viajem...

- Peter chegou?! Já?

- É... Faz apenas alguns meses – Respondeu realmente impressionada – Ele geralmente demora mais do que dois míseros meses.

- Sei. Nem me lembro como ele é...

- Nem queira. Bem... Eu vou indo, Nico. Foi ótimo passar o dia com você,  mas as coisas boas acabam cedo demais para aproveitarmos até o final.

- Ei! – Gritou, fazendo a garota se virar – Deixe-me leva-la em casa. Creio que posso dar um “oi” para meu tio.

- Já que insiste.

- Insisto mesmo. – Disse, sorrindo.

- Ótimo. Tenho guarda-costas agora! – Exclamou Thalia jogando os braços para cima.

Luke ficou com o queixo caído, literalmente, quando as duas garotas saíram de perto dele. Rachel cortara o assunto que ele tentava ter com Dianna, com muita dificuldade e que demorara alguns minutos de raciocínio. Dianna era uma garota complicada de se lidar, afinal.

O garoto, então, se lembrou de Silena e sentiu o remorso assumindo seu controle de emoções. Deixara a garota sozinha, plantada e esperando por atenção enquanto ele sanava suas dúvidas sobre a vida de outra menina de seu passado distante. Isso não era uma coisa boa de se fazer!

Ele não tinha um rumo em si e, quando percebeu, estava na frente do bar em que costumava ir com seus amigos. Sentia-se solitário e necessitado de uma velha amiga: A cerveja.

Adentrou no local, olhando ao redor e se concentrou em uma mesa do outro lado do bar. Deu um pequeno sorriso e se dirigiu à mesa em que Grover se encontrava todo espalhado em um sofá em volta do móvel de madeira.

- Grover! – Exclamou, acordando seu amigo de um sono profundo – Como vai, meu velho amigo?

- Melhor antes de você chegar, Luke. O que quer? – Perguntou ríspido.

- Apenas vim dar um “oi” para meu amigo.

- Quer dizer que veio se embebedar comigo?

- Quase isso. E ai? Quantas já tomou?

- 5, eu acho. Perdi a conta a partir do segundo copo. Peça uma e se junto aos bons!

Grover abriu os braços como se abrangesse o mundo todo em seus dois membros e deu uma longa gargalhada. Luke imaginou se o amigo realmente só tomara 5 latinhas.

- Tem certeza que foram só 5, Grover?

- 5, 10... Qual diferença isso faz? Vamos todos morrer no final mesmo!

E voltou a rir como uma hiena desesperada.

- Percy? – Chamou Annabeth, chacoalhando o namorado na cama. O rapaz dormia tão profundamente que babava pelo canto da boca. – Percy!

Percy acordou alerta e jogando todos os travesseiros no chão. Annabeth bateu de leve em seu rosto e o fez se virar em sua direção.

- O que foi, Annie? – Questionou, olhando por toda a extensão do corpo da garota, procurando por ferimentos ou coisas nesse sentido. Ela revirou os olhos.

- Estou com desejo. – Disse simplesmente.

- De qual tipo de desejo estamos falando? – O sorriso promiscuo de Percy delatou suas idéias obscenas.

- Não assim, Percy! Quero dizer... Desejo de comida.

- Ah sim – A vergonha passou pelos olhos do garoto, mas logo se dissipou – Do que tem desejo?

- Amoras. Amoras bem grandes.

- Mas, Annie, estamos fora da época de amoras.

- Na casa da sua mãe tem, Percy. Acabei assaltando algumas, porém já as engoli há algum tempo.

- Certo. E...? – Annabeth revirou os olhos.

- Vá busca-la, oras! Estou com fome!

- Er... Certo. – E fechou os olhos, como se nada tivesse acontecido. Enfurecida, Annabeth o empurrou com toda a sua força, o jogando ao chão.

- Vá. Agora. Por. Favor. – Sibilou.

Percy entendeu isso como uma deixa e saiu correndo, pegando seu casaco no caminho. Fechou a porta e a garota sorriu, satisfeita.


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Notas finais do capítulo

Quem gostou levanta a mão? o/