A Prometida escrita por AnaChristina


Capítulo 23
Finale - parte 2




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/116708/chapter/23

*Pov Edward*

Bella sentou na cama e olhou para o teto. Ela não me disse nada ou demonstrou qualquer expressão. Minha pequena apoiou os dois cotovelos nos joelhos e apoio o queixo nas mãos. Ela estava pensativa como sempre.

- Você está grávida Bella. – eu disse pela segunda vez e ela fechou os olhos.

Eu não sabia se era o desejo dela engravidar, não depois de saber o que eu era, o que os Cullen eram e o que ela viria a se tornar. Deus sabia, que se ela quisesse nunca mais me ver, eu faria o possível para mante-la em segurança, mesmo longe de mim.

Tentei aguçar minha mente, e ouvi Carlisle pensando na carta enviada por Jacob Black, dizendo que já estava na Itália, aproximando-se de Volterra para resgatar Ângela. Pelo menos isso era uma coisa boa.

Olhei para ela e agora ela me olhava com aqueles profundos olhos castanhos, estendeu os braços e eu corri para abraça-la. Com o impacto caímos na cama, meus braços em volta de sua cintura e meu rosto enfiado em seus cabelos. Seu coração estava calmo, os batimentos tranqüilos e regulares.

- Quando você vai me transformar? – eu escutei ela sussurrando.

- Nós só temos no máximo dois meses, os Volturi não são muito pacientes e eles estão a procura de qualquer motivo para invadir a Austria e declarar guerra.

- Faça isso agora então! – eu congelei e senti que ela prendeu a respiração também.

- Bella não precisa ser algo desesperado, ainda há tempo...

- Edward não é questão de tempo, é que...eu vou virar vam...vampira de qualquer jeito não é? Então qual a diferença entre agora e daqui a dois meses?

Eu levantei de seus braços mas continuei sentado na cama, apertando de leve uma de suas mãos. Suas bochechas estavam coradas e eu sorri de leve, mesmo não tendo motivo algum para isso.

- Você pode esperar...

- Eu quero agora Edward. – ela disse com uma convicção que eu não sabia que ela tinha.

*Pov Narrador*

Ângela continuava enclausurada nos porões do castelo Volturi, estava escuro e frio ali dentro. Não havia iluminação ou qualquer entrada de ar, mas as pedras que cercavam a cela minavam e isso esfriava a temperatura.

A garota estava sentada numa das extremidades da cela, seus cabelos soltos e descabelados devido aos atos daquele monstro. Era esse o nome que Angela dava á ele, monstro. De repente, ela escutou sons de passos e rapidamente se levantou.

Uma silhueta feminina surgiu atrás das grades.

- Não estou aqui para lhe fazer mal, de fato, posso até ajudá-la a fugir daqui, mas antes preciso de informações. – uma voz suave e baixa disse.

- Quem é você? – Angela quis saber, se aproximando aos poucos da grade.

- Não sou sua inimiga, mas eu não sou uma pessoa que dá segundas oportunidades. Diga-me, você conhece Carlisle Cullen?

- Eu... – Angela pensou em mentir, mas no momento, ela não estava em condições de brincar com a sorte. – sim, eu o conheço, eu morava no mesmo castelo que ele.

- Ah...você não me parece ser uma Cullen.

- E eu não sou, eu sou dama-de-companhia de uma Cullen.

- Quem?

- Isabella...Cullen.

- Ah...a garota que Aro quer. – ela disse para si mesma.

- Como? Como assim querem matar Bella?

- Shhh, fale baixo e apenas quando eu fizer uma pergunta! – a vampira disse se irritando.

Angela apenas a observou em silencio, mil e uma coisas passando por sua cabeça.

- Por acaso Carlisle disse alguma vez que tem uma Irma?

- Irmã? Não, ele tem um irmão, Eleazar, mas é só.

- Eu já imaginava isso...Escute garota, assim que amanhecer, eu venho lhe buscar, não fale nada e faça tudo conforme eu mandar, uma coisinha errada e eu lhe mato na hora. Estamos entendidas?

Angela apenas assentiu e o vulto da vampira desapareceu.

*_*_*_*_*_*_*_*

Na manhã seguinte Angela foi desperta por um barulho de grade se partindo, viu que o vulto estava ali, usando uma capa negra e rapidamente se levantou.

- Vamos! – ela sussurrou, puxando Angela pelo braço.

Subiram uma escadaria em formato de caracol e começaram a correr por outro corredor, Angela queria dizer a vampira o quão cansada estava, mas sabia que morreria se abrisse a boca. Continuaram a correr e chegaram até uma pequena e estreita porta. A vampira puxou as grades e abriu a porta, Angela foi iluminada pelos raios solares. Do lado de fora, as ruas em pedra estavam abarratoda de gente, e elas começaram a caminhar de forma rápida entre as pessoas.

- Falta pouco, apenas alguns metros e estaremos atrás dos portões...depois disso, você se vira. – a vampira disse.

*Pov Bella*

Já era de noite quando uma serviçal entrou no quarto trazendo consigo uma bandeja de comida. Ela colocou sobre a pequena mesa próxima a janela e então se retirou. Eu fui até a mesa e Edward serviu a mim e a ele.

Nós comemos a refeição em silencio, eu me negava a olhar para ele, mas vontade não me faltava. Ele havia negado o meu pedido de transformação três vezes, o que só significava uma coisa: Ele não me queria ao seu lado por muito tempo.

Eu suspirei e fui em direção ao banheiro lavar minha boca e vesti uma camisola branca por cima de pantalonas*, voltei para a cama e me cobri com a colcha.

*(espécie de roupa íntima)

Eu fechei os olhos e em instantes depois, senti a presença de Edward na cama, ele estava atrás de mim, me puxando para perto e rodeando-me com um de seus braços. Eu continuei de olhos fechados, mas dessa vez, peguei a sua mão e a entrelacei com a minha. Era incrível a sensação de segurança que ele me passava.

Pouco tempo depois, sua mão cedeu até minha barriga, onde ficou acariciando o local onde estava o nosso bebê.

Nosso...

Por meses eu sonhava em engravidar dele. Quando me casei eu sabia que isso um dever meu, dar filhos ao meu marido, mas com o tempo, com a forma como eu me relacionava com Edward, isso se tornou uma necessidade. Eu adorava ficar perto de Liesel, segura-la no colo e vendo que ela recebia toda a atenção da família de uma forma tão boa. Podia ver o quão Alice e Jasper estavam felizes com isso, até a relação confusa deles havia mudado para melhor e eu imaginava se isso seria o mesmo comigo.

Tudo que eu queria era engravidar e aqui estava eu, grávida de um bebê que seria muito amado.

- Edward, nosso filho nascerá...vampiro? – eu perguntei, tendo a súbita curiosidade de saber mais.

- Sim. – ele respondeu após algum tempo. – Como você também será transformada ainda grávida, ele nascerá vampiro sim. Eu nunca ouvi relatos de uma criança nascida de um humano com um vampiro. Basicamente, as mulheres engravidam ainda humanas, mas são transformadas logo depois da confirmação da gravidez.

- Liesel é uma vampira então?

- Sim, aquela pequena anjinha dos cabelos cacheados iguais os de Jasper é uma vampira, que irá crescer naturalmente até chegar á sua maturidade, onde  ela pode decidir em que “idade” quer parar.

- E como isso ocorre?

- Durante a infância até a maturidade, a criança recebe doses mensais de sangue, não mais que cerca de um litro, ao alcançar a maturidade, sua fome aumenta e ela tem que ser alimentar a cada duas ou três semanas, mas o vampiro continua a...envelhecer digamos assim, não tão rápido quanto os humanos, mas há mudanças significativas, ele só para de mudar quando bebe todo o sangue do corpo de algum humano, e então ele pode viver por até 500 anos com aquela mesma forma. É por isso que mulheres vampiras são tão difíceis de engravidar, quase não há mudança no corpo e depois de um tempo..bom..elas param de...voce sabe...menstruar.

- Voce já...matou alguém?

- Ainda não, eu fui o único que ainda não me estabilizei, Jazz, Rose e até Alice já fizeram isso.

- E o que você está esperando?

- Não sei. – ele sussurrou no meu cabelo e aspirou longamente. – O momento certo talvez.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bom, nesse capítulo deu pra entender um pouquinho sobre os "vampiros" da fic.