– Por que eu hein? – perguntava Milo sem entender o porquê só ele ter que cuidar de um aspirante a cavaleiro menina. Todos os seus amigos cuidariam de meninos, o que em sua opinião era mais fácil.  Meninas para ele significava frescura, fraqueza, indisposição e metideza. Coisas básicas que Miro não suportava.

– Fica frio. – disse Aiolia zoando com a cara do amigo. – Vai ver ela morre no seu treinamento e você fica livre de treinar uma menina! – soltou uma risada.

– Muito engraçado Aiolia, muito engraçado mesmo. – enfureceu-se com a brincadeira do amigo.

– Parem com isso. – disse Shaka. – Olha talvez treinar uma menina seja melhor do que um menino. E por ter certeza que em briga você não vai precisar se meter. Meninas são mais “cabeça no lugar” – e fez aspas quando falou isso.

– Pra você, meu amigo Shaka, que adora meninas, por que as acha mais educadas é bom. Mas, pra mim não! – gritou o pobre do Milo irritado. – Não gosto de moleza. –  cruzou os braços com uma tromba que até fazia curvas.

– Não gosta de moleza senta na lajota. – disse Mascara da Morte baixo.

– O que quê você está dizendo aí? – perguntou Milo voltando-se para Mascara da Morte.

– Nada... Não disse nada. Vocês me ouviram falando alguma coisa? – e olhou para os amigos em volta.

Todos eles fizeram com a cabeça que “não”.

– Ai to indo. Amanhã tenho que acordar cedo para buscar a pirralha no aeroporto. – disse Miro andando em direção a saída.

– De onde ela é? – perguntou Mu.

– Da Argentina...! – disse num tom alto, pois, já estava longe de seus companheiros.

– Longe hein... – disse Mascara da Morte cruzando os braços e fechando os olhos.

– Vamos nessa também. – sugeriu Saga já saindo do templo de Athena. – Todos nós temos que acordar cedo amanhã e ir ao aeroporto. – todos concordaram e seguiram Saga.

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No dia seguinte, às sete da manhã os cavaleiros já estavam nos aeroportos esperando seus queridos pupilos. Saga esperava Seiya, Camus espera Hyoga, Shura esperava Shiryu, Afrodite esperava Shun e Shaka esperava Ikki. Todos vindos do Japão e da mesma idade (nove anos).

E Milo estava bem longe deles em outro aeroporto. Estava bufando de raiva, sentado no banco esperando a pequena.

Logo o avião pousou e desceu uma menina de oito anos, cabelos claros e olhos azul-claros vestida com um vestido até os joelhos rosa - claro e sandálias gregas. Enfim já estava vestida como uma grega.

Foi até a menina que por sinal a achou uma graça e tratou de se apresentar:

– Olá meu nome é Milo o cavaleiro de ouro de escorpião. Vim buscá-la. – disse com um sorriso.

– Oi meu nome é Kiara. – sorriu. – Prazer em conhecê-lo. – levantou-se.

– Vamos? – perguntou gentil.

– Sim. – pegou na mão de Milo.

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Andavam tranquilamente pelas ruas e viram os outros cavaleiros não muito longe dali e logo gritou:

– Ei!

Os cavaleiros olharam todos juntos até os aspirantes a cavaleiros.

– É o Milo gente! – disse Mu animado com a presença do amigo.

– É ela que será sua nova pupila? – perguntou Aiolia. – Ela é uma graça. – sorriu.

– O nome dela é Kiara. – apresentou-a.

– Kiara? Nome estranho para uma argentina. – disse Máscara já implicando.

– Hunf... – murmurou à pequena virando o rosto.

– Nervosa! – disse Máscara notando no jeito da garota.

– Bem vamos parar de conversa e voltar logo para o Santuário. – disse Shaka já saindo andando com Ikki. Ele era um cara que não gostava de andar muito pelas ruas.

– Tem razão. As crianças devem estar cansadas. - disse Camus saindo andando com Hyoga acompanhando Shaka e Ikki.

Todos eles fizeram o mesmo.

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– Até que enfim... – disse Seiya já se soltando.

– Vamos levá-los para os quartos e deixaremos se instalarem hoje. Amanhã começaremos a treiná-los. – disse Saga sorrindo. Adorava treinar jovens, até que estes não tivessem força alguma para ficar de pé.

Os outros levaram seus pupilos aos quartos. Miro ia subindo as escadas com Kiara. Olhou para trás e viu que esta já começara a abrir a boca de cansaço e de sono.

– Ai não falei? Já ta com frescura... – reclamou em pensamentos enquanto se virava novamente para frente.

Entraram na casa de escorpião e este a levou para o quarto.

– Se ajeite, daqui pouco venho ver como estão às coisas. – e saiu.

A menina olhou a cama e a achou tão fofinha e gostosa que não resistiu: se jogou e acabou pegando no sono.

Milo entrava no quarto e logo viu que ela tinha pegado no sono. Sorriu ao olhar o corpo da menina todo torto na cama de solteiro. Andou até ela e a ajeitou. Cobriu-a depois saiu fechando a porta.

Foi se deitar amanhã seria um dia cansativo. Torcia pela menina aguentar o treinamento que ia dar a ela.

Continua...