até em Meu Trabalho Você Me Persegue! escrita por lBruuHxD, Mike2LF-S


Capítulo 23
Misteriosos acontecimentos


Notas iniciais do capítulo

XXXeeente. Capítulo fresquinho. Espero que gostem uashuashuaash. Espero mesmo, pq eu com minha perda de talento me arrasto pra escrever essa fic. Daí hj eu sonhei (????????) com o SIeghart (?????????) e me deu inspiração loool. Cara ele é mt sexy mano, mds. Quem concorda levanta a mão o/
Ps: Obrigada pelos reviews, me incentivam mt cara.



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Pisquei os olhos, acordando. Senti um frio pelas minhas pernas, o lado direito do meu braço parecia duro com o gélido ar, mas em contrapartida o lado contrário se envolvia em um aconchegante morno. Algo frio e pequeno bateu contra minha barriga, outro contra minha perna.

Abri as pálpebras pesadas, olhando pedras pelos olhos dentro do meu sonho. Mas a realidade chocou-se assim que minha visão captou o que acontecia ao redor. Gritei.

– Eita, maluca – grunhiu o homem à minha frente e ao que tudo indicava, ele me jogava moedas como esmolas. Eu estava no chão. Olhei ao redor, reconhecendo a porta do restaurante que eu trabalhava, logo encontrando o travesseiro aconchegante que eu dormia sentada em cima: Sieghart.

Ele estava desacordado. Pulei para longe de olhos arregalados enquanto o homem da esmola se afastava com um olhar de estranheza. Ao julgar pela quantidade de moedas ao nosso redor confirmava-se que ele não fora nem de longe o primeiro. Grunhi. Esse bando de imbecis, e eu tinha cara de mendiga por acaso?

– Quando é pra dar pra mendigos de verdade fecham a mão... – resmunguei ao que me agachava de frente para Sieghart – Ei, acorda. Porque a gente tá aqui do nada? Ei.

Sieghart manteve os olhos fechados. Eu podia jurar que era uma brincadeira, mas estava durando mais tempo do que eu podia aturar como saudável. Tentei ouvir sua respiração, ela quase não saía. Mas que porcaria estava acontecendo?!

– Olha... Finalmente esses inúteis decidiram chegar cedo. Antes de mim, muito bem, mas isso não dá aumento – virei-me em um só relance para o chefe que abria o estabelecimento.

A porta se abriu e, como se eu acompanhasse o movimento, carreguei o corpo de Sieghart de uma só vez para cima do meu ombro e me ergui. Corri pra dentro do restaurante e joguei-o em cima da primeira mesa grande que vi.

– Que isso, garota? Que matar o menino?!

– Eu acho que ele não tá respirando – engoli em seco – Meu Deus, meu Deus!

O chefe se aproximou com a tez franzida – Eu hein, faça respiração boca a boca nele.

– Certo, você sabe fazer isso?

– Eu n... AH! EI! – forcei a cabeça do chefe para a de Sieghart desesperadamente. – EI SUA LOUCA! EU VOU TE DEMIT... – empurrei suas bocas – EEEEEEEEEI!!!

Pelo canto do olho vi Sheldon, o cozinheiro chefe, se aproximando. Dio estava ao seu lado, de cenho vincado. Ryan tampava a boca com os olhos assustados.

– ME AJUDA ELE TÁ MORRENDO! – gritei.

– Ele quem... exatamente? – perguntou Dio. Arregalei os olhos para o rosto sufocado do chefe, que se avermelhava à medida que o ar falhava pela garganta que eu apertava.

– Ai meu Deus – larguei-o.

– Tá, o que tá acontecendo? – perguntou Sheldon com calma.

– Eu... eu acordei. Do nada. Daí jogaram moedas e Sieghart tava no chão comigo e o cara me chamou de maluca. Eu vi o chefe. Daí ele não tava respirando e eu joguei ele na mesa... daí...

– Tá – Sheldon me parou, se aproximando.

– Ele tá morto? – os olhos de Ryan aumentaram brilhosos – A Elesis vai ser só minha agora?

– Tem cara de inocente, mas na verdade é um aproveitador... – falou Dio, quase como se admirasse – Esperto.

– Faça uma respiração boca a boca nele! – falei pra Sheldon enquanto ele analisava Sieghart.

– Tá... cof cof... demitida! – o chefe cambaleou sem ar até sua sala. Eu ficaria desesperada com aquela decisão... Se não a ouvisse uma vez a cada semana, é claro.

– Já descobri o problema dele! – Sheldon ergueu o dedo indicador – Está engasgado.

– Ele não está engasgado – disse Dio se aproximando – Se tivesse estaria no mínimo roxo agora. E nem está sem ar, a respiração só tá lenta porque está desmaiado. Ai!

Um urso de pelúcia acertou a cabeça de Dio, fazendo-o franzir o cenho para o lugar de origem. Um papel grudado na parede mostrava “Você não sabe de nada! Ele tá morto!”. E, em uma tentativa frustrada de se esconder, um cabelo alaranjado escapava pela entrada da porta. Dio fulminou o lugar.

Cutuquei Sieghart. Se ele estivesse só desmaiado então acordaria com uma pequena perturbação, não era? Movi seu braço com o dedo, logo empurrando com a mão inteira, mas ele não acordou.

– Sieghart! – balancei-o mais, usando as duas mãos.

– Ei! Cuidado, ele vai cair da mesa – Sheldon me parou.

– Mas que diabos! – vociferei, sem saber o que fazer.

– Vamos fazer o seguinte...

– Levar ao médico?

– Não! Tá louca? Enfrentar aquela fila? Precisamos de algo mais útil... Vamos...

– Fazer uma oração?

– Claro que não! Tem dinheiro? O pastor tá cobrando uns 80 contos por salvação.

– E o que a gente vai fazer?

Ele me encarou nos olhos, sério. Senti algo negro emanar-se por trás de seus ombros – Macumba.

– Quê?!

Pelo canto do olho vi Dio se arrepiar.

– Vocês vão fazer macumba? – Ryan esticou o pescoço, mas depois voltou à sua posição como se lembrasse que estava escondido.

– Porque você não faz logo uma respiração boca a boca no menino e... – Dio foi interrompido enquanto apontava com a mão para Sieghart. Um segundo urso de pelúcia que eu sinceramente não sabia a origem, pois Ryan não carregava nada quando chegara aqui – ARG! Já chega, moleque!

Dio marchou até a entrada, os cabelos laranjas estremeceram.

– Afinal, como vocês vieram parar aqui? Você disse que acordou? – perguntou-me Sheldon, mas minha cabeça girava e eu não conseguia me lembrar de nada que antecedesse essa manhã.

– Eu não faço ideia!

– Tente, Elesis. Talvez consigamos algo daí.

Apertei os olhos. Puxei as lembranças para perto de mim, elas pareciam vazias, mas tentei devolver-lhes a forma. Algo veio. Eu estava em um pula-pula e Sieghart me tirava de lá, no entanto... Eu era uma criança. Balancei a cabeça, afastando o sonho e procurando algo real.

No balanço, Sieghart me deu um sorvete. Eu deu sorvete na boca dele e ele estava sorrindo... Um sorriso lind... Balancei a cabeça, afastando aquela ilusão da mesma forma. Porque eu só conseguia lembrar desse sonho? Grunhi, tentando mais uma vez.

Nós andávamos de mãos dadas e... uma fumaça vermelha nos engoliu. Lembrei-me de sentir meu corpo bem maior. Sieghart arregalou os olhos e suspirou de alívio. Eu não sabia por que, mas estava com uma vontade louca de... Curvei-me do repentino pensamento pervertido constrangedor que envolvia sua língua e o sorvete e concentrei-me na sombra preta logo atrás dele. E...

– O que você está fazendo? – Dio franziu os olhos pra mim. Ryan estava chorando no canto do restaurante. Saí de minha posição agachada e desfiz os nós apertados de meus dedos.

– Parecia que tava cagan...

– CALA BOCA! – corei – Me ajudou a lembrar, tá bom?

– E você lembrou?

Franzi o cenho. Ele perguntou de uma forma estranha. Cruzei os braços.

– Está com medo de alguma coisa? – apertei mais os olhos.

– Pff... É claro que não.

– Hum...

– Do que você lembrou, Elesis? – Sheldon me apressou.

– Tinha alguém atrás de Sieghart. Calma – fechei novamente os olhos e espiei ligeiramente para me certificar de que não estava sendo observada enquanto voltava às minhas lembranças.

A pessoa atrás de Sieghart tomou forma. Formas curvas e delineadas. A luz pouco a pouco revelou sua face. Era uma menina de cabelos negros e saia curta. Abraçou Sieghart por trás de repente e cheirou seu pescoço. Grunhi, não só na memória, e soltei sua mão, deixando-os para trás.

– Ei, ruivinha... – Sieghart me chamou.

Ouvi-o se desentrelaçar da menina, mas isso não diminuiu minha raiva. Não porque eu estivesse com ciúmes, óbvio, mas eu odiava pegação. Principalmente na minha frente, principalmente quando aquele idiota imbecil me falou que só tinha olhos pra mim. Ah, mentiroso de uma figa. Eu só odiava mentira, isso claramente não era ciúme.

– Ruivinha! – fui abraçada por trás.

– Eu vou te dar um murro, vagabundo!

– Pode me esmurrar, adoro quando você me bate.

Meu rosto ferveu de vergonha. Tudo proveniente da boca travessa daquele indivíduo se transformava em malícia. O toque de sua voz baixa contra meu ouvido me fez perder o fôlego. Escondi meu rosto de vergonha diante da imagem fictícia que se formou em minha mente.

– Eu juro que vou esfregar essa sua boca suja até deformá-la de tão limpa – senti seus lábios se entreabrirem, mas emendei rápido – Não ouse transformar isso em outro duplo sentido! Não ouse...

Sieghart deu um risinho suave. Virou-me. Encontrei algo que não esperava. Olhos curiosos. Ele me examinava, como se não me visse a bastante tempo.

– Ela tá se lembrando de alguma coisa mesmo ou só tá fingindo? Essas caretas estão, tipo assim, muito forçadas.

Abri os olhos pra olhar a menininha à minha frente. Meu coração pulou por um segundo de engano ao olhar aquele tom de negro nas mechas salientes e rebeldes de cabelo e os olhos cinzentos perfurando-me com profundidade. Era a irmã mais nova de Sieghart.

– Mas o que diabos...

– Eu liguei – o chefe saiu de sua sala. Por algum motivo ele de repente mancava – Antes que ele morra no meu restaurante e cause nojo aos clientes, levem-no pra casa dele.

Virei o rosto pra Sieghart. Três médicos o assistiam.

– Nã-nã. A consulta será feita aqui-bem-aqui. – a menina cruzou os braços – Não dá tempo de levarmos o Onii-chan até em casa para fazermos a consulta quando nossos médicos particulares podem resolver bem aqui.

Do lugar que eu estava pude ver a limusine e o motorista particular esfregando na minha cara que eu era pobre. Fulminei-os com o olhar. Minha vida de repente pareceu mais seca.

– Nada disso – o chefe veio argumentar, mas a menina desenrolou um papel que chegou até o chão.

– Ordem judicial, plebe.

– Onde diabos uma criança conseguiu...

– Terminamos – os médicos tiraram as luvas.

– Mas já? – franzi o cenho – O que ele tem?

– Nada. Está apenas dormindo.

– Como assim? Ele não tá acordando de jeito nenhum – prendi a respiração, a ideia vindo pela primeira vez em minha cabeça – Ele tá me enganando?

– Não, senhora, ele não está acordado.

– Ele está sob o efeito de algum feitiço? – perguntou Sheldon. Vi Dio se arrepiar de novo. Meus sentidos se alertaram para ele.

– Não somos desse ramo, senhor.

– Ah, mas eu vou descobrir já já... – apertei os olhos mais uma vez.

Puxei a memória daquela noite escura, mas as lembranças pareceram pular. Nós estávamos em uma rua conhecida. Tentei reconhecer, mas demorei até descobrir que era a rua do restaurando. Isso! Eu estava quase lá. Outra sombra apareceu, eu havia percebido com o canto do olho, mas não dei atenção na hora. Estava à espreita...

– Que nojoo...

– Eu sei, né?

Fulminei a irmã de Sieghart e Dio com o olhar enquanto me encaravam.

– É muita falta do que fazer mesmo... – resmunguei, indo pra cozinha batendo o pé. Passei pela porta dupla que balançou atrás de mim e cruzei os braços enquanto respirava fundo. Recostei-me em uma bancada e concentrei-me pela milésima vez. Apertei os olhos, mas de tanto tentar as memórias pareciam bagunçadas quando viram.

Novamente a imagem de uma versão muito mais nova de mim surgiu por minha mente. Eu estava no colo de Sieghart em um dos momentos daquela tarde. Eu estava furiosa, lágrimas queriam sair do meu rosto, mas eu não permitia. Ele... brigava comigo? Não.

Minhas lembranças voltaram um pouco mais. Um garoto puxou meu cabelo e fugiu, rindo. Xinguei-o, saindo do balanço e correndo para pegá-lo, mas tropecei e a surpresa dolorida da queda derreteu meus olhos.

Em um borrão vi Sieghart segurando o garoto pelo colarinho.

– Você não acha que devia pedir desculpas? – ouvi sua voz em meio à visão turva. O garoto se debateu, mas não lutou por muito tempo.

– Tá! Desculpa!

E foi solto. Fui carregada e abraçada até um banco. O sorriso no rosto mais velho me irritou.

– Porque está chorando? Nem arranhou.

– Eu não estou chorando! – puxei em uma rígida fungada pelo nariz, segurando as gotas de lágrimas com todas as minhas forças – Eu não choro!

– É claro, ruivinha – aquela voz divertida me fez trincar ainda mais os dentes.

– O que está fazendo?

Arregalei meus olhos assim que captei o dono da voz. Sieghart estava acordado, apoiando os dois braços ao redor de mim na bancada. Prendia uma gargalhada típica de sua travessura. Desfiz a posição vergonhosa em que estava e me endireitei, corando. Usei o resto da minha dignidade para me manter séria e afastei-o, mas ele manteve o corpo parado no lugar. Perto.

– Ajuda na concentração, mas isso não vem ao caso porque você ainda agora estava semimorto nas mesas do restaurante! Era alguma piada?

– Não. Você não lembra?

– Não lembro de quê?

Ele abriu a boca para falar, mas pude ver a dúvida em sua feição. E, como se fosse um choque, a onde de lembranças me percorreu, completando os espaços vazios.

A sombra saiu do vão obscuro e... Era masculina. Seu corpo tomou forma e vi. Era um garoto careca, blusa branca e furioso. Apontou uma arma pra gente e Sieghart arregalou os olhos, puxando meu pulso pra trás de si.

– Você quer o que com minha namorada, seu imbecil?! – gritou e atirou. Do cano saiu um spray que me faria bufar se Sieghart não tivesse caído desmaiado à minha frente. Outra arma foi apontada pra mim e desacordei da mesma forma.

Ainda no inconsciente senti meu corpo sendo arrastado até a parede do restaurante e lixo foi jogado em cima da gente.

– Lixo pra lixo!

E foi embora. Olhei alguém nos observando de longe, um borrão vinho. De uma forma quase mágica o lixo sumira de nosso redor quando acordamos. Meu queixo caiu.

– Que absurdo! Isso... Que loucura!

– Pois é. Mas saiba que enquanto estava desacordado eu ouvi muita coisa. Como por exemplo você não dá 80 contos por minha salvação.

Dei um sorriso amarelo – Hehe... É a crise, sabe.

– E empurrar a boca do chefe na minha.

– Hehehe...

– Elesis – o chamado fez meus olhos saírem do canto do restaurante até suas órbitas. Tão profundas, fixas em mim, severas, mas ao mesmo tempo acolhedoras – Quero minha respiração boca a boca.

Engoli em seco – I-isso não está no meu encargo.

– “I-isso não está no meu encargo” – imitou, sua voz soando engraçada ao tentar imitar a minha em uma versão sensualizada. Conti um riso.

– Eu não falo as...

Mas antes que eu pudesse continuar, ele roubou o que tanto evitei lhe dar.


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Notas finais do capítulo

Gente desculpa, eu N CONSIGO revisar capítulo. Eu sou mt afobada quero postar logo, então desculpem os erros macabros. QM ACHA O SIEGHART SEX... zoa parei.
Bjos bjos o/!!
(Acho que a fic vai ter mais um cap e fim. Já prolonguei demais. Se eu não pensar em nada e passar, sei lá, um mês, vou fechar a fic por aqui. Por isso qro logo dizer o quão especial isso tudo foi pra mim. Amo vcs caraaa, cs n tem noção, mas é vdd saca? ashusauasu. Obrigada por tudo. Vou tentar terminar a minha outra fic que tá mais tartaruga que essa)



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