Justin’s pov.

Eu coloquei uma de minhas pernas por entre as dela, e me apoiei no sofá com uma de minhas mãos. Senti o corpo frágil e pequeno dela por debaixo do meu, estremecer ao sentir minhas mãos acariciarem seu rosto. Ela fechou os olhos e sorriu. Aproximei meus lábios ao dela novamente e os mordi suavemente, a fazendo abrir os olhos. Ela me encarou, enquanto as suas mãos passeavam pelo o meu corpo por debaixo da camisa. Eu não sabia exatamente como agir, nem se devia ou não dizer alguma coisa. Ela me deixava... tonto. É. Eu sei o que você deve estar pensando... Eu já nasci tonto, mas enfim... Esse é o efeito que ela tem sob mim e eu não posso fazer nada quanto a isso. E só para constar... Esse tonto não é no sentindo que você está pensando.

Ela puxou minha camisa para cima, mas segurei a sua mão, a impedindo. Ela me olhou confusa e eu sorri em resposta, abaixando meu rosto e depositando um beijo sob seu pescoço. Eu ergui os olhos, a observando e notando que ela havia fechado os olhos novamente. Abaixei a cabeça outra vez e dei uma mordida de leve em seu pescoço a fazendo encolher o corpo. Minhas mãos trêmulas desceram pelo seu corpo escultural lentamente, ainda coberto, até chegarem em sua barriga. Eu ergui a sua blusa, e beijei a sua barriga, sentindo as suas mãos apertarem levemente um de meus braços. Quando eu levantei a mão para finalmente erguer toda a sua blusa, alguma coisa começou a...

Vibrar? Oh, não, não, não! Tá tirando uma com a minha cara, né? Só pode! Eu fechei os olhos e me deitei sob ela.

- Você não vai atender?

- Não – falei preguiçosamente.

- Pode ser importante... – eu não respondi e ela riu, tirando o celular do meu bolso.

- Não, Nic! Não atende... – mas já era tarde demais.

- Oi Scooter! – ah, tinha que ser! – Ahn, é... claro que eu posso...

- Não! Você não pode – eu falei erguendo a cabeça e a encarando.

- É... O Justin tá aqui comigo. Não, ele não vai se importar, nós estávamos só... – ela olhou para mim – assistindo tv.

- É. E estava passando um programa muito interessante, obrigado por interromper, Scooter!

- Ahn, um programa muito educativo – ela completou. Eles falaram mais alguma coisa e desligaram em seguida.

- Então, onde nós estávamos? – perguntei abrindo um grande sorriso para ela, que segurou uma das minhas mãos.

- Agora não dá, Justin – ela se desviou de mim, tentando se levantar.

- Eu fiz alguma coisa errada?

- Não! Eu... é... estava gostando – ela falou, desviando o olhar para o chão. Vi suas bochechas corarem – mas o Kenny vai passar aqui para te buscar e eu tenho que ir a uma loja pegar um terno para você...

- Não! Eu não quero sair. Quero ficar aqui, com você – ela riu, me ajudando a se levantar.

- Eu também, mas não dá... Olha, ele disse alguma coisa sob uma festa, eu vou te encontrar lá depois – mais tarde ela quem vai ter que acabar com o meu mau humor! 

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Nicole olhava para todos os lados, impaciente esperando que a atendente lhe trouxesse o terno. Scooter disse que o terno era apenas emprestado para a estréia de Never Say Never, então ela teria que cuidar daquele terno como se fosse a sua vida, pois ele custava mais que toda a coleção de Supras do Justin. E olha que ele tinha vários, sem contar...

- Aqui está querida – a mulher falou numa voz sonolenta, entregando o terno para Nicole – as instruções estão aí dentro... E não se esqueça: o devolva no sábado dia 12 inteiro ou nem precisa aparecer aqui – espera... ela ouviu bem? Instruções? Um terno tinha manual de instruções? Hilário.

- Ahn, ok – ela respondeu com um sorriso no rosto, que foi correspondido por outro, sem vontade da mulher.

Nic saiu da loja e seguiu até o carro, que estava estacionado ali por perto. Ela tentou segurar o terno e procurar a chave dentro da bolsa, mais falhou, quase deixando o terno cair no chão, numa possa de água. E tudo só piorou quando seu celular – seu não, da Melinda né... porque o seu estava nas mãos daquela... agora não é hora, Nicole -  começou a tocar sem parar. Ela se arrependia por carregar tantas coisas desnecessárias dentro da bolsa. Se acontecesse algo aquele terno do jeito que o Scooter é pirado ia dar um ataque e... Ah, finalmente ela achou o celular, deixando algumas coisas caírem ao chão. Ela viu o batom caríssimo que ela havia comprado rolar pela calçada. Ela se xingou mentalmente por isso.

- Alô? – ela falou mal humorada, arrancando uma risada de Justin.

- Oi, shawty... Vejo que seu mau humor voltou. Nós temos que resolver isso mais tarde...

- Bieber, eu não tenho tempo pra isso – ela respondeu, mas não pôde conter o sorriso.

- Qual é... Eu tenho novidades...

- Quais?

- Adivinha onde eu estou agora – o que ele estava achando? que ela tinha uma bola de cristal ou coisa parecida? Nicole revirou os olhos, enquanto pegava a chave do carro, e tentava equilibrar o terno, a chave e o celular ao mesmo tempo.

- Bieber...

- No quarto da Melinda.

- Justin, e... – ela começou a falar, mas... o quê? ela ouviu bem? quarto da Melinda? – o que você está fazendo aí, Justin Drew Bieber? Eu j...

- Ei, calma shawty – ele começou dizendo entre risos – sabe o que eu estou segurando?

- Não me importa – ele não parava de rir e a raiva de Nicole não parava de crescer...

- O seu celular – ele respondeu mesmo assim, e de repente a raiva de Nicole começou a diminuir – o Ryan e a Tina estão aqui comigo... quer dizer, não necessariamente aqui, mas...

- A festa é na casa da Melinda?

- É... eu estou te esperando, não demora – e ele nem deu tempo para Nicole responder, pois já havia desligado o celular. Nicole ainda estava tentando entender o que havia acabado de ouvir.

Justin. Quarto da Melinda. Era impressão sua ou essas palavras não combinavam em uma mesma frase?

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Não dava tempo de voltar em casa para deixar o terno – até dava, mas Nicole estava preocupada, quer dizer... Justin no quarto da Melinda? Suspeito – então, ela resolveu que seria melhor deixá-lo em um lugar seguro. Ela estava descendo do carro, segurando o terno quando ouviu alguém gritar seu nome. E no minuto seguinte havia uma Tina em cima dela. A garota havia tropeçado nos próprios pés enquanto corria em direção a Nicole. Esta por sua vez, teve que se virar para poder proteger o terno.

- Cuidado!

- Tudo bem, eu estou ótima – Tina falou se levantando e ajeitando o vestido.

- Não, eu estou falando do terno! Tome cuidado com o terno! Você quase derrubou o copo em cima dele e de mim!

- Ah – Tina disse desinteressada – mas eu estou bem, viu? Obrigada por perguntar – Nicole revirou os olhos, fechando a porta do carro.

- Desculpa, mas é que isso custa muito caro e se acontecer alguma coisa com ele, nem quero imaginar o que o Scooter vai fazer.

- Ahn... ele vai surtar só isso.

- Só? Do jeito que as coisas estão ele vai tirar do meu salário pra poder pagar o estrago – ela dizia enquanto fechava o porta-malas – pronto, ele está seguro!

- Por falar em Scooter... Já falou com ele?

- Não...

- Nic, eu disse que ia te ajudar, mas você precisava também...

- Esquece, isso – Nicole puxou a amiga pelo braço, ambas andaram em direção a porta da grande casa. Lá de fora dava para escutar a música alta – onde está o Bieber? E que estória é aquela de quarto da Melinda?

- Ele conseguiu o telefone de volta... do que importa o resto?

- Eu quero saber como ele conseguiu entrar lá... quer dizer, eu sei que ele é o Justin Bieber e...

- Nic, a Melinda deixaria qualquer um entrar no quarto dela.

- Ah, obrigada. Isso era tudo o que precisava ouvir! – Tina riu.

- Mas então, as coisas estão mesmo esquentando entre vocês, não é?

- O quê? – Nicole se fez de desentendida, enquanto passavam pela pista de dança e subiam as escadas.

- Eu ouvi a conversa do Justin com o Ryan.

- Eles estavam falando de mim?

- É... E o Justin estava planejando uma noite pra vocês. Isso significa alguma coisa? Ele também disse alguma coisa em relação a você tirar o mau humor dele – ela continuou deixando a amiga vermelhinha. Elas pararam em frente a uma porta e Tina bateu.

- Eu não me lembro de ter te convidado, Campbell – a voz áspera de Melinda invadiu seus ouvidos, ambas as garotas se viraram e lá estava Melinda.

- Ela está acompanhando Justin Bieber, não precisa ser convidada por você – Tina rebateu com um sorriso no rosto, a porta se abriu atrás delas, e Melinda se calou. Elas se viraram novamente. Era Ryan.

- Entrem – ele as puxou para dentro do quarto, batendo a porta na cara de Melinda. Ela não fez nada por que afinal de contas, a festa ainda não havia terminado, o melhor ficaria para o final...

...

Enquanto isso do lado de fora...

- Você tem certeza que consegue abrir o porta malas com um grampo? – a garota perguntou, o observando. O garoto não respondeu, apenas continuou tentando, tentando, tentando, até que... Clique.

- Eu não disse? – ele respondeu, com um sorriso bobo nos lábios, a garota revirou os olhos e o empurrou para o lado.

- Não tem nada aqui... só... um terno – ele se aproximou.

- Não é só um terno. É só um terno que deve custar mais que os seus cachinhos falsos – ela lhe respondeu com um tapa – ei, que foi? Mais é verdade!

- Cala a boca, pegue isso e feche o porta malas – ela falou – ah, e volte para a festa para que ninguém suspeite de você.

...

- Não importa como eu peguei, importa que eu peguei e ela nem percebeu, qual é! Você queria o celular de volta e ele está aqui!

- Ela apagou as fotos, Justin! Do que adianta?

- Mas eu acredito em você – ele falou se aproximando dela, que estava de braços cruzados, sentada na cama.

- Aham... Eu acho que nós temos que ir agora, não é Ryan?

- Agora que a coisa ia ficar boa! – Tina lhe deu um tapa no ombro.

- Nós estamos lá embaixo, Nic... se precisar – ela terminou dizendo, trocando um olhar com Nicole. Tina arrastou Ryan para fora do quarto, sob protestos. Deixando Justin e Nicole a sós, enfim. Ele se sentou ao lado de Nicole, que permaneceu ali, de braços cruzados olhando para o chão. Justin apenas sorriu. Sabia que o mau humor ia acabar logo logo...