Procura-se Um Amor escrita por Anny Taisho


Capítulo 1
Em seu lugar




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/116042/chapter/1

Procura-se um amor

Quando o coração não agüenta mais sofrer por um amor errôneo, a única saída é tentar gostar de um outro alguém... E pior do que não ser correspondido, é ter seu amor arrancado de você sem poder fazer nada para impedir. O que resta a esses corações além de curar as feridas um do outro? Mas e se as coisas não fossem tão fáceis assim e houvesse outro coração no meio? Qual seria o final dessa história? [ByakuyaXNanaoXShunsui]

Capítulo I – Em seu lugar

Olá amores, mais uma fic de sua autora favorita, hahahha... Então, gostria de dizer que a citação sobre o jardim não é plágio, ela pertence a ficwriter Senju Yume que me permitiu usar sua idéia do Byakuya admirador de jardinagem... Kiss Kiss Senju! E um mega Kiss para todos meus adoráveis leitores!

-------------------------------------------------------------------------------------

Era uma noite amena de lua cheia na Soul Society, todo o céu estava coberto por pontos brilhantes que tornavam a vista ainda mais linda, no entanto, na Hachi bantai, ninguém prestava atenção naquilo. Todos estavam entretidos demais com a festa oferecida pelo velho capitão Kyouraku Shunsui, já que segundo ele, era necessário comemorar a vitória contra Aizen.

Bem, era de conhecimento geral que não eram todos que aprovavam tal idéia, mas desde quando Shunsui ligava para tão pequenos detalhes? O Capitão apenas decidira e convidara as pessoas, o resto se resolveria depois... E claro que a compra de bebidas, alimentos, organização do som, das mesas e tudo mais ficou a cargo da competente Ise Fukutaisho que apesar de desprezar a idéia não desobedeceria uma ordem de seu Taisho.

Tudo estava ocorrendo na mais perfeita ordem, se tratando de uma festa, claro. E nesse instante, Nanao estava sentada em uma das mesas com Rangiku e companhia. Certamente não era de total vontade da moça estar ali, mas a ruiva não permitiu que ela fosse embora dizendo que se divertir ás vezes não fazia mal.

Música alta, muita gente dançando e se agarrando, muita bebida... Tudo ali era exagerado! Será que as pessoas não sabiam se divertir sem precisar de tamanho estardalhaço? Sinceramente, como alguém poderia gostar de passar o dia seguinte morrendo de dor de cabeça e vomito quando havia toda uma estrutura para ser reconstruída?

Nanao jamais conseguiria compreender a mente da maioria das pessoas. A morena olhou para o lado e viu a amiga em uma discussão inútil com Kira sobre quem era capaz de beber mais sake em menos tempo... Do seu outro lado estava Kenpachi que bebia e ria vendo sua “filha” irritar Ikkaku que tentava inutilmente xavercar Isane. A Fukutaisho não entendia muito bem, mas não sentia-se muito a vontade naquele ambiente, era como se tudo ali fosse muito distante de seu mundo.

Os orbes azuis correram o jardim da Hachi a procura de nada especifico, ou talvez soubessem muito bem o que queriam achar, mas isso era o de menos. Todos estavam ali, o que incluía o velho comandante Yamamoto, Ukitake e acreditem se quiser, até mesmo o temido capitão da Roku Bantai estava ali, em uma mesa juntamente com Ukitake, Retsu, Yamamoto e SoiFon. O moreno não parecia estar exatamente se divertindo, mas também não mostrava sinais de incômodo.

Sua face estava indecifrável, o que não surpreendeu a Ise, aquele não era o tipo de homem que mostrava a qualquer um o que pensava. Mas com certeza era uma surpresa o fato dele ter se juntado a todos naquela festa tão... geral? Somente sobre uma coisa ela tinha certeza, aquele também não era o mundo do Líder do Clã Kuchiki.

A morena estava tão perdida pensando, que não notou que um par de olhos cinza passou a fitá-la, e no instante que notou isso desviou o olhar levemente constrangida, será que ele havia notado que ela o observava? Kami-sama, por que esse tipo de coisa só acontecia com ela?

No entanto, ao desviar os olhos azuis a mulher preferiu não tê-lo feito. A imagem que seus orbes viram não foi nem de longe agradável, Kyouraku sentado em um sofá com uma moça de cada lado de seu corpo se insinuando, esfregando, e ele não fazendo nada para impedi-las!!

Céus! Naquele instante uma cólera sem precedentes invadiu as veias da shinigami a deixando com uma vontade botar fim aquela festinha maldita! Ela sabia que não deveria ter ficado, aquele não era o seu mundo, era o mundo de Kyouraku, e esse lugar lhe era proibido!

Sem pestanejar, a moça desviou o olhar para o tampo da mesa de madeira, ficar olhando aquilo agredia seu bom senso e sanidade. Fazia a mulher sentir-se a menor e mais insignificante das criaturas... No final, era sempre a mesma história. E seu coração, por mais que tentasse, não a ouvia e continuava a nutrir esperanças a partir das migalhas que lhe eram oferecidas.

Não era justo ela ter se apaixonado pelo único homem que não estava ao seu alcance. Shunsui só amou uma vez na vida e infelizmente, a mulher em questão não era ela. E aquilo não era apenas uma especulação, ela havia perguntado a Ukitake algum tempo atrás, esse que relutantemente, respondeu o que seus ouvidos não queriam ouvir.

A Ise não notou, mas o copo de suco, porque ela não bebia, que estava em sua mão estava sendo apertado como uma maneira de deixar extravasar sua frustração. E no final, não deu outra, ele partiu-se na pequena e delicada mão da Fukutaisho, fazendo-a sangrar.

E infelizmente, não era só sua mão que sangrava.

- Nanao!!!! – Rangiku assustou-se ao ouvir o copo quebrando –

- Oh... – a Ise assustou-se, não tinha notado a força com que segurava o objeto – Nossa!!! Olha o que fiz? Porcaria...

A shinigami começava a juntar os cacos que ficaram sobre a mesa com a mão boa, estava tão nervosa que suas mãos tremiam descontroladamente. Por mais que ela tentasse esconder de todos, estava mal.

E Rangiku que não era idiota, não demorando para descobrir o motivo daquele repentino acontecimento. Pobre Nanao... talvez se não fosse tão teimosa e orgulhosa não estaria passando por aquilo.

- Deixe isso, Nanao, vamos cuidar dessa mão! Isane-san, me ajude aqui...

- Claro, venha aqui Nanao-san, tem alguma caixa de primeiros socorros por aqui??

- N... Não é necessário!! Podem ficar aqui, não se preocupem comigo!

A Ise levantou-se mantendo o olhar o baixo para não correr o risco de ver aquela cena perturbante novamente e começou a sair da mesa. Não queria mais ficar ali, seu coração novamente estava pequenininho e doendo como se tivesse levado uma facada.

As lágrimas que ela sempre fazia questão de suprimir por orgulho agora começavam a marejar seus lindos olhos púrpuros.

- Mas os cacos podem infeccionar! Não seja boba! – argumentou Isane –

- Não é nada, não percam a festa por minha culpa, tem uma caixinha de primeiros socorros na minha mesa... Vou lá, limpo e enfaixo isso rapidinho!

- Mas...

- Mas nada, Isane-san! Eu não sou uma médica, mas também não sou totalmente leiga no assunto... Um simples curativo eu sei fazer! – dando um sorriso amarelo, a morena começou a sair –

Só que Rangiku não estava satisfeita com aquilo, sabia o que viria agora, Nanao choraria o resto da noite agarrada os joelhos sem permitir que ninguém a consolasse. A Ise sentia-se culpada por aquele sentimento que trazia no peito e por isso achava que era merecido aquele sofrimento.

E então, a ruiva segurou o braço da amiga.

- Não fique assim, ou todos vão notar que está com ciúmes!

Nanao apenas franziu o cenho mostrando reprovação pelo comentário de Matsumoto e soltou seu pulso saindo de fininho pela lateral do jardim da Hachi. Aquela noite com certeza seria memorável, mas não pelo motivo certo.

Mas ao contrário do que a moça pensou, sua escapada não foi totalmente a francesa, um par de olhos cinza havia visto tudo. Inclusive a situação deplorável em que se encontrava Kyouraku. Aquele tipo de coisa era o cúmulo... Era incrível como alguns homens podiam desperdiçar de maneira tão idiota o que lhes era oferecido.

Byakuya não era o tipo de pessoa que se metia em assuntos alheios, mas daquela vez ele sentia que deveria seguir a moça para ajudá-la, não era algo muito racional, visto que mal conhecia a Ise, no entanto... Ela era muito parecida consigo mesmo, o que o fazia compreender um pouco os sentimentos da moça.

Não era de hoje que o líder da casa Kuchiki observava a fukutaisho da hachi, visto que Nanao possuía uma beleza diferente, os cabelos presos sempre tão bem alinhados, as lentes corretivas, a face sempre séria, o jeito organizado, a maneira como era dedicada ao trabalho... Deveria ser uma excelente companhia para um chá.

- Onde vai, Byakuya-san? Não me diga que já irá nos deixar? – perguntou Ukitake simpaticamente –

- Hn... Não, vou apenas atrás de um pouco de chá, não gosto de sake. – foi a desculpa que conseguiu arrumar –

- Hum... Acho que a Ise-san deve ter alguns, sempre me oferece quando venho ver o Kyo-kun! Ela estava com Matsumoto... – o velho capitão olhou na direção da mesa onde esperava encontrar a moça – Eto... Será que ela já se foi?

- Não se preocupe, Ukitake-taisho, eu vou procurá-la.

Dito isso, o capitão da Roku Bantai saiu a passos firmes na mesma direção tomada pela moça alguns segundos antes. E também sua saída não causou grande comoção dos presentes que estavam mais preocupados com seus copos cheios de bebida.

---------------------

----------------------------------

Nanao ao contrário do que Isane pensou, não foi para a sede da hachi e sim para uma parte mais afastada que ficava atrás do imponente prédio. Na região mais profunda das dependências, atrás do pequeno bosque que cercava o lugar. O caminho não era difícil apesar da ausência de luz, toda a trilha era formada por pedras lisas e tinha pouco mais de um metro de largura, o que não era muito, mas também o lugar para onde estava indo não era muito popular entre os membros do Bantai, então não precisava ser uma estrutura que suportasse grandes contingentes de pessoas.

O lugar para onde a moça se dirigia era a estufa, uma pequena sala toda de vidro trabalhando formando mosaicos coloridos de formas semelhantes as das flores que ali viviam. Aquele ali era o cantinho da Ise, o lugar onde podia ser apenas Nanao, mulher calma que além de gostar de livros, gostava de cultivar flores.

Aquela pequena estufa sempre existiu, apesar dela não saber o motivo, mas estava abandonada quando ingressara naquele Bantai a mais de cem anos, o que não impediu-a de pouco a pouco transformar o abandono em zelo. Atualmente, suas flores cobriam e enfeitavam o lugar.

Nanao podia muito bem ter feito aquilo no quintal de sua casa, no entanto, como passava a maior parte de seu tempo no esquadrão, ter as flores ali era muito mais prático e como o lugar era afastado de tudo... Mesmo que estivesse de folga e fosse para ali, ninguém a incomodaria.

- Maldito!! – xingou a Ise enquanto entrava e procurava  por uma caixa de primeiros socorros – Por... Por que precisava fazer aquilo para todos verem...? E... Eu... Eu não sou obrigada a ficar olhando aquela cena deprimente!

As lágrimas sempre reprimidas começaram a escorrer contra a vontade da moça. Não era justo aquilo. Era quase desumano fazer aquilo depois de jurar amor a ela o dia todo... Será que Shunsui achava que ela não tinha um coração? Ou será ele quem não tinha um?

Aquele homem judiava dos sentimentos dela cada vez que tentava conquistá-la e depois se jogava nos braços de outras como se ela não existisse... E pior que isso, se que era possível, só mesmo quando ele se agarrava com outra em frente aos olhos azuis da Ise.

As mãos trêmulas, mal conseguiam segurar a pinça usada para retirar os cacos que se afundaram na carne da moça, sem dizer que as lágrimas embaçavam as lentes de seus óculos dificultando mais o trabalho... Mas que por fim foi completado, de maneira que ela limpou o ferimento e o enfaixou.

Estava uma pilha de nervos, tudo o que queria no momento era ir até seu capitão jogar-lhe na cara o quanto sua brincadeira a machucava para ver se ele parava, ou então oferecia seu coração... Doce ilusão! Isso jamais aconteceria, Kyouraku não era esse tipo de homem.

Entre soluços e resmungos irados, a shinigami não notou a presença de um certo Kuchiki que seguiu sua reiatsu até a pequena e delicada estufa que não era iluminada por luz alguma além da do luar.

Byakuya viu o que já suspeitava, a fukutaisho se debulhava em lágrimas. Ela parecia sofrer tanto por aquele homem que não lhe dava o mínimo valor... Não parecia muito justo. Enquanto ela chorava, ele se divertia...

- Ise-san, com licença!

Aquela voz masculina que ela não reconheceu a arrancou de seus devaneios fazendo-a fitar quem estava adentrando sua estufa. Foi algo mais que anormal a presença do importante capitão Kuchiki ali e a morena estava tão inapresentável... Os olhos deveriam estar inchados e vermelhos, os óculos uma coisa horripilante de se olhar e seu estado de espírito completamente nauseante.

Mais que depressa a moça procurou enxugar as lágrimas para assim poder falar com sua visita inesperada.

- Kuchiki Taisho! – exclamou – Aconteceu algo? Em que posso ajudá-lo! – disse muito prestativa -

Nanao era realmente excepcional, qualquer outra mulher permaneceria chorando a espera de um consolo, mas ela não. Preferia chorar sozinha a abandonar seu orgulho perante outra pessoa.

- Eu gostaria de um pouco de chá já que não bebo, Ukitake me disse para procurá-la... Espero não ter sido incômodo ao seguir sua reiatsu.

- Oh... Imagine, o senhor é um convidado em meu esquadrão, não tem problema algum. Vamos até a cozinha, acho que ainda tenho alguns chás apesar de não ter colhido nada esse mês!

- Bebe chá natural? – indagou o Kuchiki com um tom que beirava simpatia –

- Sim, gosto de cultivar o que bebo, aproveito essa estufa para isso também.

- Interessante, eu também possuo um jardim bem variado em minha propriedade, achei que só eu preferia o chá natural.

- Agora sabe que não, Taisho... – ela deu um sorriso que não mostrava os dentes - Creio que deve estar estranhando uma estufa aqui, mas é devido a minha falta de tempo em permanecer na minha residência. Sem dizer que a estrutura estava abandonada...

- Ao contrário, não me surpreendeu tanto assim, Ise-san. Você me parece o tipo de pessoa que aprecia coisas como a jardinagem e vejo que possui belas flores... Está tentando cultivar todas as insígnias do Gotei 13?

Perguntou Byakuya enquanto caminhava perto das mesas admirando as flores e o cuidado com que eram tratadas. Tudo excepcionalmente organizado e limpo mostrava o cuidado da moça com tudo o que fazia.

Todas possuíam uma identificação e ficavam no lugar onde melhor aproveitavam a luz solar. Imaginava ele que até a angulação da incidência solar foi calculada por Nanao.

- Estou sim, mas nem todas são tão fáceis de encontrar... Ainda faltam algumas.

Era incrível, mas Nanao sentia-se muito mais calma desde a chegada do capitão Kuchiki, ao contrário das outras raras vezes que o encontrara, ela não sentia-se acuada por sua reaitsu e nem mesmo por sua pessoa. Naquele instante, Byakuya estava sendo muito gentil e cavalheiro. Não fizera uma única pergunta sobre seu choro.

- Eu possuo todas, quem sabe não possamos trocar? Você me parece ter algumas espécies que não possuo...

Naquele instante, o taisho chegou a mesa central onde se encontrava um vaso mais pomposo que era ocupado por uma roseira especial. Essa que estava florida naquela noite. As pétalas exalavam um odor único e eram de uma delicadeza fora do comum, parecia que ao mais singelo toque, se dispersariam em pétalas avulsas.

Era uma espécie que não conhecia, rosas muito grandes... E muito vermelhas.

- Uma espécie especial de rosas colombianas, só florescem uma vez a cada dez anos... – Nanao se aproximou com um singelo sorriso nos lábios – As adquiri há uns noventa anos, na primeira vez em que fui ao Mundo Real.

- São esplêndidas, jamais vi rosas tão belas...

- Pena que só florescem uma vez a cada dez anos...

- Talvez esteja nessa demora o fascínio oferecido por esse florescer, não seriam tão belas se não demorassem tanto para florir. Veja, um humano que adquiri uma dessa aos dez anos... Veja talvez sete ou oito vezes esse monumento da natureza, se ela durar tanto.

- Está certo, Kuchiki Taisho, não poderia pedir mais a essa roseira!

- E nessa noite estou sendo privilegiado, porque se não visse hoje, teria de esperar uma década para ter a chance novamente.

- Hai... – Nanao se pegou olhando para o belo rosto do capitão, iluminado pela luz da lua, ele ficava ainda mais belo –

- Bem, não nos ausentemos mais da festa ou nos chamarão de anti-sociais! Ou será que prefere ir embora? Se for o caso, lhe acompanharei, já é muito tarde!

- Oh... Não, não... Vamos voltar! Mas primeiro vou buscar seu chá, capitão, se quiser pode voltar a sua mesa!

- Tudo bem, estarei esperando.

E assim, os dois sérios integrantes do Gotei 13 caminharam de volta aos jardins onde ocorria animadamente a festa. No caminho, conversaram um pouco sobre o que mudaria na Soul Society agora que a Guerra do Inverno terminara. Concordaram que nada voltaria a ser como antes e que a dúvida sempre estaria pairando a cabeça de todos, no entanto, o Kuchiki não aprovava a integração do Kurosaki como capitão, achava que o rapaz não tinha a preparação necessária para tal ato, já Nanao achava que Ichigo merecia o beneficio da dúvida e que para todos os efeitos deveria freqüentar a academia de artes espirituais.

Quando chegaram novamente a festa, cada um foi por um caminho, não queriam se alvo de comentários maldosos apenas por estarem caminhando juntos. Não seria bom para nenhum dos dois.

Era estranho, mas a Ise estava muito mais calma, quase nem se lembrava do motivo de ter chorado tanto. Aquele homem havia lhe feito um grande favor sem perceber...

Byakuya voltou a mesa sem maiores problemas, avistando Kyouraku sentado a mesma conversando com Ukitake, esse que possuía uma paciência assustadora com o amigo. O Comandante já havia se retirado, esperto ele.

- Byakuya-kun!! Pensei que tivesse ido embora... Não quer me acompanhar em um brinde? – perguntou o mole Shunsui, que postura decadente para um capitão –

- Não, obrigado, não bebo. – disse polido –

- Mas só uma dosezinha para molhar a garganta não faz mal... Vamos!! Aposto que se provar, vai gostar!

- Desculpe a indelicadeza, mas terei de recusar, realmente não bebo, Kyouraku Taisho!

Aquele homem acabava com sua paciência, será que não possuía o mínino de boas maneiras? Nanao realmente não tivera sorte ao escolher aquele esquadrão.

- Eto... Tão jovem e já tão ranzinza! – resmungou Kyouraku antes de levar mais uma dose a boca –

E nesse instante, Nanao apareceu com uma bandeja com algumas xícaras de chá e um bule fumegante. Sem dizer da delicadeza de também trazer alguns biscoitos que ele imaginou serem feitos pela mesma.

- Desculpe a demora, mas não sabia quem mais gostaria de chá, então fiz mais para não faltar.

- Nanao-chan!!! – os olhos de ébano de Shunsui brilharam – Pensei que tivesse me abandonado!!

- Aceita chá, Ukitake Taisho? – o homem acenou positivamente com a cabeça – Unohana Taisho? – a médica também aceitou –

- Estás me ignorando, cruel Nanao-chan? Por quê? O que foi que te fiz?

- Alguém tem que atender seus convidados visto que o anfitrião está bêbado demais para isso! – respondeu ríspida, mas não mal-educada – Alguém aceita biscoitos? Eu mesma preparei hoje, estão muito bons, posso garantir.

Nesse instante, a Ise usou a mão machucada para levar a cestinha com o doce até os convidados, o que levou essa parte de seu corpo a ser tomada pelas grandes e nada delicadas mãos de seu capitão.

- Minha Nanao-chan se machucou? O que aconteceu? Está doendo? Ahhhhhh, venha cá que vou dar um abraço apertado na minha Nanao-chan para ela sarar logo!!

- Me largue, taisho!! – a moça tentava se desvencilhar dos braços do seu capitão irresponsável –

Ela se debatia e ninguém fazia nada, o que estava fazendo muito mal a Byakuya. O capitão da Roku estava prestes a se levantar para acabar com aquela palhaçada, será que ninguém notava que moça não estava gostando daquela atitude rude? Aquilo era abuso de autoridade!

Céus! Que espécie de lugar era aquele onde uma mulher era desrespeitada daquela forma e ninguém fazia nada a respeito? Só mesmo com sua paciência infinita que a morena conseguia agüentar aquele homem!

- Não seja impertinente, Taisho! – a Ise acertou um grande tapa na face de seu superior sendo solta em seguida –

- Cruel, Nanao-chan! – ele acariciava a face avariada – Eu só queria ser gentil...

- Expresse sua gentileza mantendo suas mãos longe de mim, por favor!

E dessa maneira, a moça sentou-se na única cadeira livre da mesa para também tomar um pouco de chá. Kyouraku era demasiadamente inoportuno às vezes. Sem contar que agora a moça estava morta de vergonha, o que o capitão Kuchiki pensaria dela depois daquela cena deplorável?

- Está bem, Ise-san? Não se machucou? – perguntou o moreno cavalheiro –

- Oh... Estou bem, obrigada. Foi só uma cena constrangedora...

E assim, sem querer, os olhos se cruzaram de maneira especial!

Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu sei, eu sei que não é uma coisa esperada jogar o bya-kun numa fic shunsui e nanao, mas gente precisamos inovar para que as fics não caiam na rotina!!!!*-* Espero mesmo que gostem, estou trabalhando nessa fic ha algum tempo.... Esperando coments!!!
kiss kiss
Riizinha (Anny Taisho)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Procura-se Um Amor" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.