Sasuke não conseguia concentrar naquela reunião, depois da discussão com Sakura estava inquieto. Estava nervoso e aquela reunião não estava ajudando em nada a se acalmar. Fazia duas semanas que havia voltado a sair com Karen, ela o atormentava, mas após todas aquelas semanas se excitando somente com as lembranças da rosada, já estava o enlouquecendo.

Desejava aquela mulher, agora todas as vezes que se encontravam acabava aos gritos. Ela parecia mais magra que o normal, e também mais abatida, quando a via queria abraçá-la e toma-la onde estivessem, mas quando se lembrava do que Karen havia lhe contado e se não tivesse visto a maneira como os dois estavam íntimos naquela festa estaria sendo enganado até hoje.

De inicio não havia acreditado no que a ruiva havia lhe contado, mas aquele homem tocando Sakura com tanta intimidade e o fato do dia seguinte ter descoberto sua suposta gravidez o fizeram ter a certeza do que ela realmente queria dele, seu dinheiro.

Quando Sakura entrou em sua sala, Karen estava tentando convencer-lo de saírem durante a noite. Quando sua secretaria o havia avisado de que a mesma estava fazendo ameaças de ir à imprensa a ruiva lhe deu o cartão com o telefone do suposto medico que resolveria o problema da gravidez dizia que uma amiga que avia resolvido um problema parecido havia lhe dado.

Era estranho, mas quando Sakura apareceu lhe entregando aquele DVD queria acreditar que era verdade, mas quando se lembrou daquela imagem dela com aquele bastardo, a fúria lhe tomou conta. Sem pensar retirou de sua carteira algumas notas e o cartão que Karen havia lhe dado e a entregou, saiu furioso de sua sala e naquele  momento se encontrava irritado ma sala de reuniões onde estava rodeadas por idiotas incompetentes que falavam e ele nem ao menos estava prestando a mínima atenção.

- Vamos dar uma pausa na reunião, amanhã continuaremos.

Sasuke agradesceu seu amigo loiro mentalmente por ter acabado com aquela reunião, não estava com a menor paciência. O moreno se levantou e caminhou direto para sua sala. Provavelmente Sakura estaria o esperando para continuar aquela discusão que não os levaria a lugar algum.

Quando Sasuke entrou em sua sala, ela já não se encontrava no mesmo, Jogou a pasta de relatórios sobre a mesa. Ela havia ido e lhe deixado um bilhete, o dinheiro que havia deixado em cima da mesa ainda se encontrava no mesmo lugar, ao vê-lo uma estranha sensação de alivio lhe tocou o peito, mas quando sentiu a falta do cartão novamente aquela angustia lhe atingiu.

Sasuke,

Resolvi seguir seu conselho, uma criança não pode vir ao mundo se não é esperada. Sei disto por que como você já sabe, eu fui uma criança como este bebê que carrego dentro de mim, e eu mais do que qualquer um também sei o quanto é doloroso ser rejeitada antes mesmo de nascer, por isto decidi fazer o que você me sugeriu. Não se preocupe, pois não o procurarei mais, assim que tirar está criança que carrego dentro de mim estará tudo resolvido. Assim que sair de seu escritório irei acabar com tudo isto de uma vez.

Ass: Sakura

Aquele bilhete de Sakura fez com que o moreno sentisse um calafrio lhe correndo pelo corpo, não deveria se sentir assim, afinal seu problema estava resolvido. Sentou novamente em sua poltrona e se concentrar em alguns papeis mas não conceguia se concentrar. Lutava para não sair daquela sala, quando foi retirado de seus devaneios por Naruto, que como sempre adentrou o recinto sem se pronunciar.

- O Que deu em você cara?  Durante a reunião, seu corpo estava presente mas a sua cabeça não.- pergunta o loiro totalmente confuso.

- Me deixa em paz Naruto, hoje não estou com humor para te aguentar.- Disse o moreno fingindo que analisava alguns documentos.

- Cara, interrompemos uma reunião importante por sua causa e você me vem com essa de está sem humor.- O loiro não parava de tagarelar enquanto o Uchiha mantinha sua cabeça longe daquela sala.

O moreno se perguntava quanto tempo fazia que a rosada havia saído de sua sala, provavelmente umas três horas. Não queria imaginar, mas naquele momento ela deveria estar tirando a criança, ou até mesmo aquela criança já havia deixado de existir.Seus pensamentos foram tragos de volta pelo amigo loiro que tentava chamar sua atenção.

- Sasuke! Sasuke! TEME!

- Pare de gritar seu Dobe maldito! Eu não sou surdo.

- Estou te chamando e você nem ao menos presta atenção em mim. O que deu em você hoje?

- Fale logo de uma vez o que você quer e vê se me deixe em paz.

- Nossa que humor do cão! Só estava te perguntando que CD é este aqui em cima de sua mesa. Posso ver o que tem nele?ojes sua cabeça estava um     

- Eu vou saber? Vá em frente, faça o que quiser com ele, tenho coisas mais importantes para fazer e você aqui me atormentando com coisas banais.

-

Você é munto chato Teme!

- E você è mesmo um Dobe idiota. Não sei como Hinata teve a coragem de se casar com você. Só espero que sua filha não pareça em nada com você.

- Teme seu maldito! Agora mesmo você estava de mau humor e agora fica fazendo piadinhas sem graça. - O loiro resmungava enquanto caminhava até o aparelho de DVD em uma estante estrategicamente acomodada da sala do moreno. Em questão de segundos havia uma imagem mal definida na tela.

- O que é isto?- Perguntou o  loiro que naquele momento ainda não havia descoberto do que se tratava aquele DVD.

O moreno desvia sua atenção do papel que estava em suas mão e olha para a imensa tela.

- Eu vou saber? Pra mim isso não passa de borrões pretos.

- Isso não me é estranho. Eu me lembro de ter visto algo assim quando acompanhei Hinata-chan em sua ultra-sonografia.

Aquela palavra despertou Sasuke para algo que a mais cedo não havia dado a menor importância. O moreno se perguntava se aquilo era o que realmente era o que estava imaginando. O mesmo não desgrudava os olhos da tv, e como em um passe de mágica uma imagem pode ser vista naquela imensidão de cores. Uma pequena imagem deu forma ao corpo delicado.

- Isso é uma ultra som. Mas por que você tem isso em sua sala Sasuke?

Sasuke não conseguia dizer uma só palavra, sabia a quem pertencia aquele ultra-sonografia, mas seu corpo estava congelado olhando para aquela tela. Naruto também prestava atenção.

- Olha o bebê ta abrindo e fechando a mão.

Sasuke estava hipnotizado por aquela imagem, era algo novo para ele e aquela sensação em seu peito era algo que não poderia descrever. Não sabia o porquê de estar sentido tudo aquilo, a única coisa que sabia era que aquela sensação era muito boa. Era um misto de orgulho, realização que o fazia perder a noção do espaço e tempo. Um barulho inusitado fez com que Sasuke e Naruto se assustassem.

- O que é esse barulho?- Inacreditavelmente aquele barulho fez com que seu corações batesse mais forte.

- Esse barulho é do coração.

- Por que ta batendo assim tão rápido?

- É assim mesmo. É sinal de que ele está vivo.

Vivo! Aquela palavra funcionou como um balde de água gelada sobre Sasuke. Ele havia sugerido que Sakura tirasse a criança, e pelo o que parecia ela havia concordado. Seus punhos se fecharam com a fúria que sentia de si mesmo. Mais que depressa saiu de sua sala deixando um loiro completamente sem perplexo com sua atitude repentina. Enquanto aguardava o elevador, o mesmo retirou o celular do bolso e discou o numero da rosada.

Rezava que Sakura atendesse aquele bendito telefone, se perguntava onde estava com a cabeça ao seguir com aquela idéia de Karen. Mesmo se desconfiasse da paternidade daquela criança, não deveria ter sugerido que ela o abortasse. A rosada não atendia o telefone, e em um ato de desespero para impedir aquele loucura, ligou para a ruiva.

- Sasuke-kun! Que coincidência, estava pensando e você neste momento meu amor.

- Agora não Karen, estou sem tempo para suas bobagens. Quero que você me passe o endereço da clinica de você indicou mais cedo.

- Ah, claro Sasuke-kun...

Sasuke havia anotado o endereço e partido, quando deu partida em seu carro rumou com tudo para a tal clinica. Quando desceu do carro estava rezando para que Sakura não estivesse ido naquele local. A clinica ficava em um bairro residencial, e a casa era acima de qualquer suspeitas. Quando Sasuke estava se aproximando da casa Sakura saia apressada do local, como se fugisse de algo.

Quando ela o viu ficou parada diante dele, e se olharam durante um bom tempo. Ela estava com uma aparência cansada, e pálida, Sasuke sentia uma agonia em seu peito, havia sido egoísta ao sugeri-la um aborto. O silencio era constrangedor, e o olhar que Sakura lhe lançava era um misto de dor e raiva. O silencio fora quebrado por Sakura que lhe confirmou o que não queria escutar.

- Não há mais com que se preocupar. – E dizendo isto Sakura saiu, tremula e abraçada em seu próprio corpo.

- Tchau papai!

- Não fique triste mamãe.