Minha Vida depois de o Último Olimpiano escrita por Mari_Carlie


Capítulo 6
Capítulo6 - Impedidos e décima quinta namorada


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal!!!!
Quem fala comigo no msn ou no twitter, sabe que eu to participando de um musical, Mamma Mia, e to cantando dançando, atuando e tocando e devia estar treinando no meu teclado Money Money Money, mas vim terminar de escrever o capito e postar para vocês, por tanto se meu prof de teatro brigar pq não sei toda a musica no piano eu coloco a culpa em vocês( tô de brinks).
Não sei se está bom, mas espero que gostem.



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''É impossível ter problemas com uma namorada que não é mais minha.''

Holly Black.White Cat.

Antes que Annabeth pudesse continuar uma voz ressoou atrás de mim.

-Peixinho!! – era Damen, filho de Ares, gostava de encher o saco tanto quanto a sua irmã, Clarisse.

 Mas antes que ele pudesse chegar a nós Annabeth me puxou para o seu chalé.

-O que está fazendo? –perguntei.

Ela não me respondeu, apenas foi até uma estante cheia de livros (nos chalés de Atena, eles fazem isso parecer normal), e começou a procurar como louca.

-Annabeth ? – perguntei.

 Apenas disse:

-Shiii!!!!

Olhei para ela assustado,apesar de tudo, não era exatamente assim que Annie me tratava.

-Desculpe, mas você......

Não consegui terminar, pois ela me cortou.

-Cale-se!!

Olhei arregalado para ela, finalmente Annabeth pareceu achar o que queria,veio até mim com um livro na mão.

Parecia tão antigo que me perguntei que lhe escrevera, Hittler ou George Kennedy.

A expressão da filha de Atena, não era de raiva ou de ódio, mas sim uma coisa que eu conhecia bem.

Medo.

Ela abriu o livro e disse:

-Olhe bem aqui, gigantes, filhos de Poseidon, tentaram raptar Artemis e Hera.

-Meus irmãos? – perguntei. 

Ela assentiu e começou a me mostrar imagens e parágrafos, que com o tempo começaram a fazer sentido.

-Quando Poseidon teve esses gigantes, eles ficaram apaixonados pelas deusas, Hera e Artemis, felizmente, quando um deles tentou pegar Artemis, ela fugiu, e Poseidon os trancafiou em seu castelo submarino para sempre.

-Para sempre? –perguntei – Mas o castelo foi destruído.

-Sim, é o que diz a história, mas pensar-se que Poseidon teria seu castelo intacto pela eternidade.

-Então...Agora eles estão livres?

-Não só eles, muitos outros monstros foram trancafiados lá também, e agora todos devem estar livres.

-Todos? –exclamei, assustado – mas alguma coisa deve ter morrido quando o reino foi a baixo.

 Ela deu de ombros.

-Sim e daí? Assim eles reconstruíram no Tartáro, e depois voltarão, que diferença fará?

Mordi o lábio, indeciso.

-Você acha que...Com todos esses monstros soltos por aí...E o Ofiotauro desaparecido.....

Eu tinha certeza de que estava certo, mas ela apenas balançou a cabeça negativamente.

-Quem...Quem quer que roubou o Ofiotauro dos deuses, é muito mais esperto que alguns monstros raivosos em busca de vingança.Não, quem fez isso deve ter uma habilidade enorme, algo que despistou os próprios deuses.

Ela começou a sussurrar, pois alguns irmãos começavam a entrar no chalé.

-Mas é um azar terrível, tudo isso acontecer ao mesmo tempo,Poseidon já deve ter soado o alarme, e quem quer que seja o ladrão é mais esperto do que deixa parecer.

-O que quer dizer?

-Os deuses devem estar paranóicos – refletiu ela – ninguém sabe onde o Ofiotauro está,e a era dos deuses pode acabar a qualquer momento, os deuses devem estar bem assustados com esse terrorismo.

-Terrorismo ? –perguntei cético.

-Qual é o objetivo do terrorismo Percy?

-Colocar medo, por questões governantes – falei automaticamente, aquilo havia caído em uma das minhas provas geografia (?)- ah sim, sim entendi.

A maioria dos filhos de Atena estavam saindo, mas um filho do deus da guerra entrou.

-Peixinho!Vocês não vão começar a se agarrar aqui neh? – Perguntou Irônico Damen, entrado – não, não vocês não são assim tão safadinhos..Ou será que são?!

Lancei á ele o meu melhor olhar de: Você não vai sair vivo desse chalé.

- O que você quer? –perguntei irritado enquanto Annabeth suspirava e guardava o livro.

-Você ta atrasado, querem você no treino de esgrima – falou como se fosse algo obvio.

-Que você participa também certo?

-E eu tenho escolha?

Não respondi, apenas ri mentalmente, Annabeth olhou para mim como se adivinhasse meus planos, e seus lábios disseram:
Vá logo!

Sorri, mas quando olhei para Damen, deixei meu rosto ficar desanimado, hoje eu mato ele!

Fomos caminhando até a arena, quando estávamos quase chegando lá ele perguntou:

-E ai?Qual é a da loirinha que tu namora?

-Cala a boca – falei.

-Ela é bonitinha.

-Eu disse para calar a boca – falei enquanto passávamos para dentro da arena.

Ele ia dizer alguma coisa, mas foi impedido quando me virei e fui conversar com os campistas, do treino de esgrima.

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-Muito bom pessoal! –falei para os meio-sangues a minha frente, todos pareciam exaustos, suspirei e coloquei a tampa em Contracorrente, transformando-a novamente em caneta – a gente se vê amanhã.

O pessoal começou a sair aos poucos, e eu fiz tudo o que podia para ignorar Damen, passando a maior parte do tempo conversando com Elliot, e pensando na Annabeth, até a hora do jantar que acabou chegando mais devagar do que eu imaginava, bem mais devagar.

Na hora do jantar, eu havia perdido a hora, mas é claro que não me dei conta disso, até mandar Elliot ir para o pavilhão, e fui até o chalé 6 e vi que o chalé já estava vazio.

Eu mereço!

Voltei para o pavilhão do jantar. Annabeth, na parte das mesas de Atena, sorriu para mim e se virou para um dos irmãos.
Sentei-me com Elliot, e Quíron bateu os cascos no chão chamando nossa atenção e começou a recitar os nomes do novatos para dar boas vindas.

-Ah e mais uma coisa – falou antes de sair – teremos algumas regras a mais.Exigência dos deuses.

  O grupo de semideuses gemeu, isso não acabaria bem.

-Ninguém poderá ser visto fora do chalé, ou no chalé de outro deus ou deusa depois das 20:00h  e ninguém pode sair do acampamento até o problema com os deuses acabar.

Um ponto de interrogação começou a surgir na minha cabeça, vi que isso acontecia com a maioria dos campistas, exceto os filhos de Atena, eles pareciam totalmente cientes do que estava acontecendo.

Como sempre.

E pelo rosto de Annie eu percebi que as coisas não iriam melhorar, nem um pouco.

-Mas e quando o verão acabar? –perguntou um campista numa mesa de Apolo.

Quíron olhou para baixo e respirou fundo, depois falou:

-As ordens dos deuses são claras, ninguém sai do acampamento até o Ofiotauro... Ser devolvido.  

No mesmo instante começou a confusão no ano.

Todos falavam ao mesmo tempo, pensei que Quíron fosse chamar deles, mas ele apenas suspirou e começou a sair de lá, sem nem mesmo tocar na comida.

-Quíron! – gritei antes que ele saísse, e em um momento todos os campistas olhavam para mim – e as missões?

-Não terão missões esse verão. – disse simplesmente e se afastou.

Olhei para Annabeth assustado. Sem missões?Com aqueles monstros soltos por ai?Com tudo?

Me virei para Elliot que estava completamente pálido, e parecia alguém que tinha acabado de levar um choque elétrico.

-Você está bem?

Ele fitou seu jantar quase intocado e pareceu pensar um pouco, suspirou, mas não me olhou nos olhos.

 -Eu..Eu tinha que ir para casa. –sua voz tremeu um pouco – acho que minha mãe está doente, se eu não tivesse sido atacado provavelmente ainda estaria lá.

-Essa história ainda não certa, que monstro tentou te matar?

Ele desviou o olhar para fora das colunas do pavilhão do refeitório, e respondeu depois de um minuto confuso:

-É...Foi estranho, eu não sei descrever direito, só sentia que estava sendo seguido e quando olhei para trás.....Não consegui ver direito, mas alguma coisa enorme me seguia, eu só lembro que George, o sátiro, me encontrou.

-Bem estranho. –confirmei.

Ele apenas assentiu, e ficou calado por alguns minutos olhando por ai, mas sua mente parecia concentrada, como se tentasse descobrir como terminava uma composição de Schubert, a Inacabada. (Culpe a Rachel, ela que fica me enchendo com essas coisas).

 -Ei - eu falei tentando animá-lo – às vezes essas brigas dos deuses não são tão ruins como a gente costuma pensar.

São bem piores, acrescentei mentalmente, mas não ia dizer aquilo a ele.

 Ele não disse nada de novo, e não parecia que estava encontrado as notas certas para a composição inacabada (Tá, parei) até que soou uma voz doce atrás de mim.

-Percy?

Me virei e vi Annabeth com um sorriso bem forçado para mim.

-Posso falar com você rapidinho?- e acrescentou -Em particular.

Elliot deu de ombros e se levantou.

-Vejo você no chalé.

-Ok.

Ele saiu e Annabeth puxou a cadeira e se sentou rapidamente ao meu lado.

-Isso está pior do que eu pensava. –murmurou.

Ela segurou minha mão, enquanto olhava o pessoal ir para a fogueira e para os chalés.

Apertei sua mão.

-Eu sei.

-Percy, já, já eles vão impedir que meio-sangues venham ao acampamento.

-Mas eles não podem –intervim – eles prometeram, no verão passado, juraram pelo Estige.

Annabeth deu uma risada meio forçada.

-Poseidon jurou pelo Estige que você não nasceria também.E você está aqui certo?Os deuses não tem limites, só gostam que pensem que tem.

Talvez por que eles sejam deuses, pensei, mas não disse.

Ela ia dizer mais alguma coisa, mas Quíron apareceu.

-Está na hora de vocês não?E Annabeth, querida, acho que sabe que a mesa de Poseidon é apenas para filhos de Poseidon.

 Ela assentiu e me abraçou, depois saiu, deixando-me sozinho com Quíron.

-Por que?O que está realmente acontecendo?Por que não nos deixam ajudar?

Ele suspirou e olhou para as estrelas como se pudesse ver algo além de pequenos brilhos na noite escura, o que ele provavelmente podia.

-Olhe Percy, eu sei que você tem direito de respostas, mas eu simplesmente... Não posso dá-las.

-Vocês quer dizer que vamos deixar os deuses serem vencidos?E não poderemos fazer nada?

-Rachel me ligou, disse-me que demoraria algumas semanas para voltar.

-Eu sei.

-Uma pessoa a menos que poderia ajudar, uma grande ajuda, e de qualquer modo, os deuses vão se resolver, de um modo ou de outro.

E eu não queria saber qual seria o outro modo por tanto sai de lá logo, mas antes disse tristemente:

-A sua ajuda já seria o bastante, Quíron.

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Estava no caminho do meu chalé quando vejo uma coisa, meio estranha, meio engraçada.

O mesmo garoto, filho de Apolo que fora o primeiro a questionar Quíron no refeitório, que devia ter uns 15 anos, estava sentado com as costas encostadas na parede do chalé de Apolo.

Ele chorava, seus olhos deixavam cair lágrimas enormes e ele soluçava alto, de modo que quando passei pelo chalé de Apolo não dava para ignorar.

Depois que o chalé de Hermes deixou de ficar lotado, Apolo ganhou o recorde de chalé mais cheio de campistas.Acho que é porque se apaixonava por cada mulher que via na frente. Ou talvez não. Vai entender.

De qualquer modo, até eu que não era muito bom com essas coisas mais sentimentais senti pena do garoto, e parei ao lado dele.

Imediatamente ele parou e me olhou cínico.

-O que você ta fazendo aqui?

-Eu..Eu...Eu...Eu...Eu...Eu...Eu...Eu...Eu..Eu....Bem, como é mesmo seu nome?

Ele riu, meio fraco, mas um riso.

-Jesse, Jesse Goldman.

Goldman, homem de ouro. Típico.

-E você não respondeu minha pergunta. –replicou olhando para fora tirando uma ultima lágrima do rosto.

-Bem, é que...Assim...Eu tava conversando com a minha namorada, Annabeth....

E ai ele começou a chorar de novo, mais alto.

-Namorada...Namorada!Ahhhhhhhh!!!!Minha namorada,Minha namorada!Ahhhhhhhhhhhhhh!!Ela vai ficar preocupada!Ah ela vai morrer se eu não for visitá-la!

Olhei cético para ele, o que o fez se acalmar.

Por algum tempo.

Depois voltou a gritaria.

-Eu gostava taaanto dela!!!Ela gostava tanto de mim!E ai eu nem sei quando vou sair daqui...Era minha décima quinta namorado no ano...

Eu o interrompi.

-Décima quinta namorada?

-No ano – ele acrescentou com algo que parecia um sorriso de deboche, mas depois ficou triste – sabe, eu gosto de tantas garotas diferente entende?
-Não.

Ele bufou, mas continuou.

-Mas ela era diferente,bem diferente, e estudava comigo no colégio, eu a conheci quando terminei com a minha décima quarta namorada, que eu conheci um pouco antes de terminar com a minha décima terceira namorada, que eu conheci quando a minha décima segunda namorada terminou comigo, que eu conheci depois que a minha décima primeira....

-Eu entendi – falei antes que ele pudesse terminar e comecei a me arrepender de ter parado para falar com Jesse.

-Mas, isso é claro é nesse ano –continuou – ano passado foi mais parado, foi tipo umas....

-Não sei se eu quero saber. –murmurei.

-Ah claro, mas....

-Garotos! – disse Calipso vindo até nós – vocês estão doidos?Se Quíron pegar vocês aqui vai sair matando todo mundo.

-Ah Calipso – disse Jesse desgostoso ao ver a filha de Atlas – nós não...

Por experiência própria, eu sabia que de um filho de Apolo aquilo não terminaria bem, por isso falei antes que ele completasse.

-Nós estamos indo não é? - Me levantei,e me despedi deles.

Quando cheguei ao chalé, Elliot já estava dormindo, e de vez em quando murmurava alguma coisa impossível de entender, e me deitei na cama.

E antes de adormecer meu ultimo pensamento, foi que embora eu tivesse que agüentar toda aquela confusão: coisas poderosas roubadas, garotas ciumentas, garotas que se odeiam, eu tinha muita sorte.

 Nunca tivera muitos casos amorosos, mas Annabeth era a coisa mais importante para mim, e mesmo a gente se odiando e se amando, sou sortudo por nunca termos nenhum grande briga séria( ou quase isso) e por que ela sempre seria única para mim, sem décimas, décimas primeiras, décimas segundas, décimas terceiras,décimas quartas...

Única, apenas Annabeth.


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Notas finais do capítulo

Muita doidera?O que vocês acham?Ah, os gigantes eu tirei de um livro que eu ganhei quando tinha nove anos,meu primeiro livro de mitologia grega
Bjussss
Mari.