Innocence escrita por Anna, Thalia_Chase, bibi_di_angelo


Capítulo 26
Capítulo 26 - Quase tocamos fogo na casa


Notas iniciais do capítulo

Oi povo que me odeia *w*
Desculpem a demora, fiz o melhor que pude DD;



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POV Annabeth

– Promete que não vai as deixa-lás tocarem fogo na casa? – Insisti.

Alex assentiu. Ela era a garota que eu considerava mais... Responsável. Depois de Melanie e Raíssa. Só que as duas estavam muito ocupadas vendo filme de terror.

– Prometo. – Disse, colocando a boina sobre meu cabelo.      

Franzi a sobrancelha e observei a minha roupa. Até que não estava tão mal assim. Usava uma bota preta, de couro, de salto. Ela estava por fora da calça jeans clara skinny. Na parte de cima, uma blusa branca coberta por um sobretudo preto. Sobre ele, um cachecol listrado preto e branco em volta do pescoço. No rosto, um delineador preto, blush claro, um simples gloss e uma sombrinha preta. A boina era preta.

Com os acessórios fui mais simples. Usei um brinco, que não usava faz tempo. Meu bracelete, um relógio, uma bolsa branca e um par de luvas pretas.

Arrumei-me desse jeito em menos de 10 minutos. Até que conviver com a Silena tem lá suas vantagens...

– A propósito, você está linda. – Falou.

Agradeci e saí do quarto. Silena assobiou.

– Até que não está tão mal assim. O tipo visual “pariense”. – Fez aspas.

E ela? Linda como sempre.

– Você também. E o Percy?

– Foi lá em cima. Na verdade, ele vai morrer quando chegar em casa. É a mãe dele no celular. Dava pra ouvir os berros daqui. Perto dela, a Silena é um ratinho. – Disse Nico, levando um tapa na cabeça de sua namorada. – Ai.

– Foi sem querer. – Debochou.

Revirei os olhos e sentei-me na poltrona. Ouvi os gritos vindos da sala TV.

– Quando tiverem pesadelos à noite, não me culpem... – Murmurei.

Percy desceu as escadas com o olhar vazio.

– E aí, cara? Sua mãe teve um ataque? – Luke perguntou, sorrindo.

– Não era a minha mãe... – Engoliu em seco e me fitou. – Era o seu pai.

– COMO É QUE É? – Levantei o tom de voz.

– Ele disse pra você... Voltar pra casa depois de amanhã.

Fiquei furiosa, mas me senti culpada por me sentir furiosa. Então me senti furiosa por me sentir culpada. [Ficou confuso, é; eu sei. Mas eu gostei dessa frase =DD]

– Mas que droga. – Resmunguei, botei as mãos na cabeça e fitei o chão.

Braços me envolveram.

– O que ele disse? – Indaguei, com o olhar fixamente em minhas botas.          

– Que não vai... Te deixar sozinha comigo.

De repente o ambiente ficou mais frio.

– Você... – Solucei. – Disse pra ele que...

– A Silena e a Thalia estão aqui? – Cortou-me. – Sim. Mas ele ignorou.

Respirei fundo e fechei os olhos. Os abri logo em seguida.

– Nem ligo. – Fiquei de pé. – Ele pode esperar. Agora eu quero só me divertir.

Silena soltou um gritinho.

– ESSE É O ESPÍRITO! – Exclamou.

– Isso é maldade, Silena. As meninas estão tendo um troço ali na sala. O filme é horroroso. – Alex disse, entrando na salinha. – A Marina comeu a pipoca toda, cheia de medo.

Thalia resmungou alguma coisa sobre meninas medrosas.

– A Lorena e a Penny subiram para conversar. – Continuou. – A Melanie, Raíssa e Anna estão vendo o filme. – Alex estreitou os olhos. – Na verdade, a Raíssa está. Ela parece à única que não está com medo.

– EBA! Tem sangue voando para todos os lados? – Thalia perguntou.

Franzi o cenho e a encarei. Todos fizeram o mesmo. Ela se encolheu.

– Ah, fala sério. Quem é que não gosta de filme de terror? – Então levantou o indicador. – Com exceção da Silena. Vocês são um bando de medrosos.

– Nós não somos medrosos. Você que é louca. – Rebati.

– Faz diferença? – Perguntou.

Revirei os olhos.

– Entre medrosos e loucos? Sim.

AIMEUDEUS, COITADO! OLHA A ORELHA DELE! – Ouvi a voz de Marina.

– AH, NÃO! VAI CORTAR A LÍNGUA FORA! NÃO! – Dessa vez foi a voz de Melanie.

– MEU DEUS DO CÉU, ESSE CARA TÁ MALUCO! ESSA MULHER É O MAL! – Anna exclamou e soltou um gritinho estrangulado. Previ que a pipoca a havia engasgado.

– Vocês são medrosas, hein... – Raíssa resmungou e soltou um gritinho. – PELAOAMORDEDEUS, NO OLHO NÃO!

– Meu Deus. Que horror. – Silena murmurou.

– QUE LEGAL! – Thalia disse e foi pra sala. – AIMEUDEUS, QUE NOJO! – E voltou logo em seguida.

– Você é louca. – Falei.

– Jura? Percebeu quando?

– Desde o dia que conheci você no playground.

– Em que parte do playground? – Desafiou.

– Na hora em que as patricinhas não devolveram sua bota. Então, você se levantou e enfiou as meias das outras crianças nas bocas rosadas delas.

Thalia levantou as sobrancelhas, perplexa.

– Isso é... Bizarro. Como se lembra?

– Nunca vou esquecer. – Mandei uma piscadela.

– Sério. Isso faz mais de 10 anos. – Replicou.

– Não é por que é uma lembrança que tenho que esquecer. – Retruquei.

– Ah, tá. E eu? – Silena perguntou, “jogando”.

– Quando conheci você, eu tinha três ou quatro anos. Te conheci quando estava na loja de bijuterias. Você era doida. Não pior do que hoje, mas era.

– MEU DEUS, ESSA MULHER É LOUCA! – Alex gritou da sala.

– Eu vou embora antes que comece a dar gritos na televisão. – Silena disse, se levantando.

– Somos duas. – Concordei.

– Somos três. – Thalia falou.

– Isso é tão... Lindo. – Falei.

– Bota lindo nisso. – Silena concordou, observando.

– Torre Eiffel... – Thalia murmurou.

– Eu tô apaixonada por isso. – Brinquei.

– Torre Eiffel ao vivo e a cores. – Silena disse.

– Gostaram? – Percy perguntou.

Virei-me para Nico.

– Foi você que deu a ideia à Silena, né?

– Hã... Não. Quer dizer, sim. Não.

Levantei as sobrancelhas.

– Tá bem. Foi sim. Eu e os meninos.

Dei um sorrisinho.

– Obrigada. – Eu, Silena e Thalia dissemos em uníssono.

POV Alex

AIMEUDEUS, TIRA ESSE FILME! – Reclamei.

– Isso! Isso! – Marina concordou, se levantou e tirou o CD do DVD.

Fitei o além.

– Vamos pedir pizza? – Anna perguntou do nada.

– PIZZA DE CALABRESA! – Raíssa disparou correndo para o telefone.

– REFRIGERANTE DE COCA! – Melanie berrou ao meu lado.

– Vou subir e chamar as Lorena e Penny. – Marina disse.

– Eu vou fazer alguma coisa. – Anna falou, tirando a almofada do colo e indo até a janela para fechar a janela.

E assim sobrou apenas eu, Melanie e o barulhinho de grilo na sala.

– Quer ir na locadora? – Perguntei.

Ela confirmou com a cabeça.

– Que filme é esse? – Perguntou Mel quando já estávamos voltando.

– Sei lá. Jogos Mortais 7?

– Isso é pirata? – Dei uma beliscada no copo de coca.

– Não. Pirata é você ir na internet e baixar.

– Isso não é piratear. Isso é fazer download. – Rebateu, estreitando os olhos.

– Sério? Nem sabia. – Fui sarcástica. Pensei o motivo daquela locadora estar aberta aquela hora...

– Só espero que não botem fogo na casa...

– Que horas são? – Perguntou.

Olhei meu relógio e custei a ver a hora.

– 01hs12min.

– SÓ? – Berrou. Um cara que estava passando pela rua deserta nos olhos como se fossemos loucas. É, nós somos mesmo. – Desculpa. – Sussurrou para mim.

Soltei uma risadinha. Abri a porta e entrei. Estava um cheiro de queimado... Arregalei os olhos e corri até a cozinha. Adivinha? Tinha um pano pegando fogo.

– QUE DIABOS ACONTECEU AQUI?!

Cookie se aproximou do fogo. Por reflexo, a peguei nos braços. Olhei para os lados.

– MEU DEUS! – Penny disse, entrando.

– VOCÊS TOCARAM FOGO NO PANO! – Lorena rebateu.

– VOCÊS?! A GENTE NÃO FEZ NADA! – Marina retrucou.

– EU NÃO FIZ NADA. – Raíssa levantou os braços, em sinal de rendição.

– ALGUÉM PEGA UM EXTINTOR DE INCÊNDIO! – Mandei e tossi um pouco.

Anna apareceu, tossindo, com um extintor. Botei Cookie na direção contrária do fogo e... “Mandei brasa”.

– DROGA! – Praguejei quando o... Extintor acabou e ainda tinha uma pequena labareda de fogo. Raíssa apareceu batendo o pé no fogo.

Tossi um pouco quando o foguinho acabou.

– VOCÊS QUEREM TORRAR A CASA? – Perguntei nervosa.

– A gente não fez nada... Juramos. – Penny tossiu.

Anna fez o mesmo e abriu as janelas para a fumaça sair.

– Se a casa pegasse fogo, o que a gente iria falar à Silena?!

– Mais é sério. A gente tava lá na sala esperando vocês e a pizza chegar, e vimos um vulto passando pela sala, você. – Lorena devolveu e tossiu novamente.

– Liguem os ventiladores. – Mandei. Elas fizeram o que pedi.

– O-Oque aconteceu? – Marina murmurou para si mesma.

Do nada, Penny arregalou os olhos e subiu as escadas.

– Kitty? – Ouvi sua voz ao longe.

A gatinha de hoje cedo roçou em minha perna. A peguei nos braços.

– Ei gatinha; você viu quem causou o pano pegando fogo? – Brinquei. Notei um palito de fósforo pregado em seu pelo pretinho. O peguei e vi que estava usado. – Foi você.

Estreitei os olhos me perguntando como aquilo aconteceu.

– PENNY! – Lorena berrou.

– QUE É, CRIATURA? – A outra gritou lá de cima, descendo as escadas.

– A sua gatinha quase matou a gente.

– Como assim? – Marina perguntou.

POV Silena

Chegamos em casa e estava um silêncio do caramba. Fiz sinal de silêncio para meu namorado e meus amigos. Lentamente, botei a chave na fechadura e abri a porta. Bem, a visão que eu tive naquela sala foi a mais engraçada que eu já tive em toda a minha vida. Penny estava deitada no chão, dormindo. Marina estava de... Cabeça pra baixo no sofá. Melanie estava deitada com o corpo sobre o sofá, sua cabeça pendia no ar. Raíssa era a mais engraçada: Ela estava com a cabeça pendida para fora do sofá, suas pernas estavam em cima do encosto e seu tronco estava sobre a parte do meio do sofá.

Lorena estava com a cabeça encostada na de Alex, como se elas estivessem conversando e de repente, caíssem no sono. Anna estava deitada no chão, com os cabelos pro alto. Todas elas estavam viradas para a tevê de plasma.

– O que aconteceu aqui? – Estranhei, pois não tinha sinal de festa nenhuma.

Thalia prendeu a risada.

– Silena, sua câmera tá aí?

Confirmei com a cabeça.


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Notas finais do capítulo

Roupa da Annie: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=27746054&.locale=pt-br

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