Pulei nos ombros de uma empousai e prendi seu pescoço com minhas coxas. Girei a cabeça dela para os dois lados e ouvi um estalido bem forte. Eu tinha quebrado o pescoço dela, mas ela se regenerava rápido então enfiei logo meu punhal em sua barriga e puxei pra cima fazendo um buraco grande nela e assim fazer com que ela virasse pó. Depois fui ajudar a Lucy com mais uma.

Guardei meu punhal e esfreguei o anel rapidamente. Penetrei a espada nas costas da Empousai que explodiu em pó. Olhei para Alice que tinha acabado de matar mais uma. Quando mais matávamos, mais chegavam e a gente estava ficando cansada e tudo e tal. Até que uma flecha cortou o ar e atingiu em cheio o ombro de uma Empousai. Olhei para os lados e um monte de garotas saíram por detrás das árvores.Uma delas usava uma tiara e eu sabia quem era: Thalia.

A professora Annabeth tinha falado dela nas aulas de história do acampamento. Olhei pro lado e  a vi. Percebi que era Artemis logo de cara. Ela tinha 15 anos, mas esbanjava ter muito mais. Ela sorriu pra mim como uma irmã mais velha e falou:

-Permissão para matar caçadoras!- e começou a chuva de flechas que foi atingindo as empousais até não sobrar nenhuma. Artemis veio até mim sorrindo. – Olá! Tabatha, filha de Zéfiro. Me falaram tanto de você.

-Você não é a irmã do Apollo? E tipo... Ele não é inimigo do meu pai e odeia meus irmãos?

-Se uma pessoa odeia ou não gosta da outra, não significa que as outras pessoas devem odiar ela. Lady Artemis não tem os mesmos inimigos que o seu irmão. Eles são só irmãos. Nada mais. Não são as mesmas pessoas. Entendeu? – Thalia disse. Sorri para ela.

***

As caçadoras montaram um acampamento. Sete tendas grandes e prateadas, formando uma lua ao redor de uma fogueira. Lobos rodeavam o acampamento para nos proteger. Alice estava conversando com Artemis não sei o que eu uma das filhas de Nyx tinha adorado as caçadoras e fez o juramento. Eu não contestei. A vida é dela ela faz o que quiser. Quem não gostou muito foi a outra irmã.

-Ai que droga! Vou chegar muito atrasada- Reclamei. – Já são 2 da manhã. Já devia estar lá.

-Calma Tabhs! Vai dar tudo certo amiga! Artemis falou que ia arranjar alguma carona para a gente.- respirei fundo pensando em minha mãe. Olhei pro livro que eu ia dar a ela. O Caçador de Pipas. Tinha achado a cara dela. Sorri ao imaginar a cara dela e depois pensei nela triste por eu não estar lá em seu aniversário e meu sorriso se desfez. -Você já leu a carta do Mike? – Lucy perguntou pra mim. Era o segundo turno da vigília.

-Não. Não tive coragem.

-Não acredito Tabhs! O que está esperando? Morrer pra nunca saber o que ele lhe mandou? Abra logo agora!!-ela me ordenou e eu ri.

-Tá bom. – falei e abri a carta. Olhei para ela, engoli em seco e comecei a ler:

Tabatha,

Se estiver lendo isso é porque eu morri. Quero que saiba que nada do que aconteceu foi culpa sua ou de qualquer outra pessoa, antes de tudo. A culpa foi minha. Eu escolhi isso. Quando eu aceitei essa missão, me deram uma profecia:

Para a filha da brisa buscar

Só um semideus bastará

Com o filho da terra ele irá lutar

E entre o amor e a vida escolherá.

Eu escolhi amar você Tabhs. Desde o momento em que pus meus olhos em você. Desculpe por ser tão egoísta e fazer você sofrer com minha morte, mas foi impossível não me apaixonar. Eu te amo tabhs e nada vai mudar isso. Nem mesmo a minha morte.

Fale para a Lucy que ela não precisa escutar o que nossos irmãos dizem dela. Fale que ela tem que ser ela mesma e tome conta dela e de uma grande amiga minha, Alice. Não sei o que vai acontecer com ela, mas eu acho que logo de cara ela não vai gostar de você. Mas entenda a ela. Converse com ela sei que ela vai te contar a história dela, o por que dela ser tão chata. Essa é a única coisa que te peço meu amor.

Mike

Comecei a chorar de súbito com o que ele tinha escrevido. Sei que era verdade, mas eu não conseguia acreditar. Só pensava que aquilo tudo era culpa de Apollo.

-O que foi Tabhs? O que ele escreveu? Tabhs! –ela falou indo pro meu lado. Pegou a carta da minha mão e começou a ler. –Ai meu deus! –ela falou e me abraçou me consolando.

***

-Meninas. Lady Artemis chama vocês. - Thalia falou. Eram 4 horas da manhã ee eu queria gritar com raiva.

-Ok. – Falei e me levantei. Andamos até sua tenda. Eu já estava nervosa e estressada com o negocio da minha mãe. Entramos nela e vimos uma caçadora fazendo uma trança em Julie, a filha de Nyx que se tornou caçadora.

-Meninas. Bom quero comunicar a você que duas semideusas se uniram a mim essa noite. June e... Alice. – abri a boca e olhei para Alice.

-Por que Alice? Nunca imaginei que você pudesse se tornar uma caçadora.- perguntei

-Por que? Acha que eu sou igual as meninas é? Não. Meu padrasto abusou de mim quando eu tinha 12 anos. Eu contei para minha mãe. Sabe o que ela fez? Me bateu e falou que se eu falasse para alguém ela me matava. Fugi de casa no mesmo dia. Depois de 3 anos, eu namorava um cara, filho de Deimos. Ele estava louquinho para transar comigo. Quase me abusou, mas Dionísio chegou e ele foi expulso do acampamento. Desde então não confio em ninguém Tabatha. Acho que todos vão ser iguais a ele. – ela falou e lágrimas começaram a descer. – Aquelas idiotas que eu chamo de amigas nem ligam para a história. Até já fizeram chacota dela. E o que a pobre filha de Momo fará? Nada. Ela é a filha do deus do Sarcasmo. Só pode ironizar de tudo. – falou com raiva.

-Não Alice. Você não é nada. Você tem o seu valor. Assim como Carla falou. Podemos ser filha de deuses menores, mas somo tão poderosos quanto eles. Uma vez alguém me disse: as palavras pesam mais que atitudes. Isso que você faz pode não parecer nada, mas esse sarcasmo acaba tornando você poderosa. Quantas vezes você já magoou alguém falando essas coisas?

-Milhares

-Então Alice? O que você acha que é? Fraca?

-Não. Obrigada Tabatha.

-Agora que você conseguiu suas semideusas como vamos voltar pra casa? – prgntei com raiva. – Eu tenho o aniversario de minha mãe e o Inicio do festival de primavera que eu não perco desde que estou na barriga de minha mãe e daqui para que eu chegue na droga do lugar já vai ser tarde. E eu ainda tenho que ajudar minha mãe a arrumar o carro de flores. – falei com raiva

-Calma Semideusa! Eu já dei um jeito. Meu irmão vem buscar vocês e ele te leva lá.

-Quem? Hermes? Ares?

-Não. Apollo. – Coloquei a mão na cabeça e respirei fundo.

-Você tá brincando com a minha cara não é?

-Por que? – ela perguntou com a voz divertida como se estivesse rindo da situação.

-Eu estou estressada, acabo de saber que meu namorado se matou, vou perder o aniversário da minha mãe e estou sem dormir há um dia. – falai com muita raiva. – E você ainda quer colocar o seu irmão na minha frente? Pra que? Pra eu tentar matar ele e ele me matar?

-Você não vai matar ele. Só vai entrar em seu carro e ir até Las Vegas. Simples assim.

-Não vou nem chegar perto daquele carro.

-Ah vai sim!

-EU NÃO QUERO IR COM ELE!- gritei e comecei a chorar me lembrando do Mike e da maldição

-Calma Tabhs. – Lucy falou

-Até você Lucy? Ele matou o Mike!

-Não. O Mike foi morto por Anteu e ele mesmo sabia do que ia acontecer se namorasse você

-Eu não sei se eu vou aguentar nem olhar pra cara daquele cretino, desgraçado! Eu nem nasci e já tinha uma merda de uma maldição! Já tinha um ara que eu nem conheço me odiando, pelos erros do meu lindo pai. – falei sarcástica e a brisa ricocheteou em minha cara como se me desse uma punição.

-Tabhs, eu vou estar com você. Vou te ajudar miga. – ela falou e olhou em meus olhos. Me senti tranqüila e respirei fundo. Me acalmei e olhei para Artemis.

-Ele sabe de mim?

-Sabe – ela falou e sorriu pacientemente.

-E por que vai me deixar entrar em seu carro.

-Por que Lady Artemis raramente pede alguma coisa a Apollo carinhosamente.

-Ok. – falei – Que horas começa a tortura?

-Ao amanhecer. Daqui a uma hora e meia

***

-Tabatha?- ouvi a voz de Alice me chamar. Eu estava treinando com minhas adagas nas arvores com raiva.

-Sim? – respondi e vi ela olhando pra mim.

-As coisas que as meninas disseram de você foi mentira não? O meu grupinho de lá do acampamento.

-O que?- perguntei confusa

-Elas dizem que você que matou o Mike. Por causa da maldição. - uma dor cortou meu peito. – por isso que eu tinha raiva de você. O Mike e eu tipo... Ele me protegia. Sabe?- ela falou – E eu o considerava como um irmão, mas ninguém do acampamento sabe disso.

-Eu me sinto culpada Alice. Não vou mentir. Essa maldição arruinou minha vida e tudo por causa de Apollo. Se eu pudesse eu estraçalhava ele com minhas próprias mãos. – Falei com raiva e ela riu. Ficamos em silêncio. – Mas mesmo que eu não queira admitir o Mike se matou sabe?- ficamos em silêncio.

-Queria ter amigas que nem você. – ela falou chutando uma pedra

-Como assim?

-Assim. Que nem a Lucy. Que se preocupa de verdade com você. Se eu estivesse com elas aqui elas nem iam ligar para mim triste por isso por aquilo. Sabe Tabatha. As aparências enganam. – ela falou e eu sorri pra ela. – Eu me enganei com você. Assim como eu me engano com alguns. Desculpa.

-Eu já te perdoei Alice. E você tem que prometer uma coisa pra mim.

-O que?

-Não usar essa mascara de durona sarcástica. Se você é legal não precisa esconder isso dos outros.- falei e ela sorriu

-Eu prometo Tabhs.

***

Avistamos um carro cortar o céu ao amanhecer. Ele veio em direção á nós rapidamente. E parou bem do nosso lado. Era um desses carros esportivos que se vê muito com gente rica em Las Vegas. Ele emitia u calor infernal. Conjurei a brisa para ficar ao meu redor me refrescando. A porta se abriu e saiu um cara alto e loiro muito bonito. As meninas de Nyx, April e May , suspiraram e eu revirei os olhos.Ele usava um óculos escuros , uma blusa branca e uma calça preta. Parecia um adolescente. Tirou os óculos e exibiu seus par de olhos que pareciam ouro líquido. Me fuzilou com o olhar. Eu rangi meus dentes com raiva e devolvi o olhar pra ele mais intenso ainda. Ele olhou para Artemis que tinha acabado de falar:

-Apollo. Chega. – ela o advertiu percebendo a tensão.

-Oi maninha. – ele falou sorrindo e abraçando a Artemis, que fez cara de desgosto. – Oi projeto de tia. – ele falou espalhando os cachos da Lucy. – Oi coisinhas fofas. – ele falou com filhas de Nyx que coraram e deram uma Risadinha.

-Oii.- elas falaram em coro

-Oi. – ele falou frio comigo estendendo a mão.

-Oi. – Apertei ela e senti um calor abrasante me envolver. Me arrepiei com aquilo e tirei minha mão. Ele olhou pra mim como se não entendesse alguma coisa e por um instante pensei que ele não ia mais ser mau comigo, que tudo aquilo ia acabar, mas depois ele me lançou um olhar terrível. Abaixei a cabeça.

-Er... Por que não entramos no carro?- Lucy sugeriu e ela e as meninas entraram no carro na parte de trás. Sobrou eu para sentar na frente. Não reclamei só peguei minha bolsa e entrei. Apollo entrou e deu a partida e o carro começou a “voar” pelo céu. Liguei meu Ipod e comecei a escutar música ignorando as coisas ao meu redor. Fechei os olhos e descansei profundamente e um sono profundo.

Pov. Apollo

Quando toquei na mão dela travei uma batalha interna para não puxá-la para um beijo. Ela era muito linda para ser verdade e tudo nela despertava meu interesse. E quando eu a toquei, correntes elétrica passaram pelo meu corpo. Ela puxou sua mão e eu retirei a minha. Me lembrei do que Zéfiro fez com Jacinto e olhei pra ela furiosamente. Ela era filha do meu inimigo e eu não podia fraquejar com ela. Mas quando eu a vi abaixar a cabeça eu queria abraçá-la e pedir desculpas

-Er... Por que não entramos no carro?- Lucy sugeriu e ela e as meninas entraram no carro na parte de trás. Tabatha entrou na frente para ir do meu dado. Apertei meu maxilar quando entrei no carro e dei a partida logo para terminar com aquilo bem rápido.

Pov. Tabatha

-Tabatha- Acordei meia hora depois com o toque quente do Apollo em meus braços.

-Sim?

-Chegamos. – ele falou sério com os óculos escuros.

-Obrigada – falei sorrindo sem mostrar os dentes. – Tchau

-Tchau. – ele falou. E eu saí do carro.

Abri aporta da casa já que eram seis e meia da manhã e minha mãe não acordava antes das 8 horas. Subi até seu quarto em silênci e a vi adormecida em sua cama. Sorri e fui pro meu quarto. Do mesmo jeito de sempre. Entrei no banheiro e tomei um banho quente e depois vesti um pijama confortável. Prendi meu cabelo em um coque frouxo e fui até o quarto da minha mãe. Não dormia lá desde que tinha 8 anos de idade, mas dessa vez nem liguei. O que eu mais queria era abraçar minha mãe. Me deitei do seu lado e abracei ela, que virou e sorriu pra mim.

-Bom dia. –ela murmurou

-Bom dia. – respondi e sorrimos uma pra outra. Fechei os olhos e dormi