Prólogo

1998 - Ravenna, Itália

Fuoco... O que se via naquela grande sala era o fogo selado na lareira. A noite de fora da mansão caia fria e estrelada, nenhuma nuvem, lua cheia. Nada poderia se esconder naquela noite de primaveira.

Dentro da mansão as únicas coisas que se encontravam eram, um casal e um garotinho de pouco menos de um ano.

A mulher sentada em frente a lareira encarava ferozmente as chamas alaranjadas. Em outra poltrona o homem carregava a criança no colo com um sorriso bobo e paternal no rosto, o casal se encontravam de terno.

A criança no colo do homem, um garoto apenas de bermuda e sorriso travesso, tirava a gravata negra de dentro do terno que o homem arrumava, ainda sorrindo.

- A garotão... Não faça isso comigo. - O homem de aparentemente 20 e poucos anos dizia para o garoto, seus cabelos e olhos eram escondidos pelo chápeu italiano.

- Se você parar de mimalo talvez ele te obedeça. - Disse a mulher com um sorriso minimo e caminhando até o homem, tinha também pouco mais de 20 anos e tinha os cabelos longos dourados, ao típico italiano.

O homem deu a lingua para a parceira e sentiu a gravata ser puxada novamente.

- Por favor, mestre... Pare. - O homem pediu melancólico. - Desse jeito Quartzo vai brigar mais comigo.

- Não fale dele. - A mulher disse irritada.

O homem riu e mostrou a língua para a loura que lhe deu um cascudo. Arancando "Ai"s sucessivos do rapaz.

Do lado de fora um arbusto se mexeu. Nada alto o suficiente para que eles pudessem ouvir... Mas a criança ouviu, e sentiu a presença hostil e assassina. O garoto encarou furioso o homem e começou a socar-lhe o peito, visivelmente furioso.

- Desculpa, desculpa... - O rapaz pedia.

A criança deu uma cotovelada na costela do rapaz fazendo-o quase soltar o garoto.

- O que houve, mestre? - A mulher segurou a criança, que ao ver uma expressão maternal no rosto da mulher se assustou e depois de alguns segundos apontou para fora e começou a chorar, imediatamente a mulher compreendeu. - Está tudo bem, Mestre... Você está se- A mulher se interrompeu quando a criança começou a bater nela, apontando ela. - O-

- Ele quer você segura... Ele quer nós seguros... - O rapaz disse abaixando o chápeu.

A mulher se calou e encarou a criança que sorria para ela de uma forma bem travessa... Como o parceiro, ela se lembrou.

A mulher engoliu em seco e negou.

- Ciao, ciao. - Ela disse espantando o garoto que foi colocado em um local escondido, menos de meio minuto depois a mansão foi arrombada por três homens armados e mascarados por mascaras que lembravam caveiras.

- Aonde ele está? - Um dos armados disse e recebeu um tiro no ombro.

A mulher nada respondeu e desparava balas com seu revolver, não entregaria o garoto aos homens, este havia sido seu juramento. Proteger o Mestre nem que isso lhe custasse a vida.

O tiroteio foi destruidor, mal o casal estava caido apenas sobrava um dos mascarados, em estado precário e preocupador, cheio de furos e com a mascara rachada. O mascarado ouviu um grito estridente e furioso.

O mais rápido possível o mascarado se seguiu para perto do choro e quando abriu a caixa viu um garoto visivelmente furioso que estava vermelho de raiva e os olhos semicerrados davam medo. Quando o mascarado viu a criança pegou-a no colo e a carregou para fora, o garoto emburrou-se e nem se mexeu direito.

- Vou te levar para minha filha... - O mascarado disse brincando com a criança, porém a voz era séria.

Uma enorme interrogação apareceu no rosto do garoto que foi levado, sem deixar vestígios de que havia sobrevivido ao pequeno tiroteio entre os subordinados das duas famiglias inimigas.

Pouco depois um subordinado de uma forte famiglia saiu da máfia para viver calmamente com seu neto e a filha na Slovenia. Longe da máfia e qualquer acusação.

É... O rapaz crescia nas mãos de Sylvia e se via sempre feliz, além de bastante travesso. E... Ele concerteza teria uma história imprecionante...