A filha do Lord das Trevas, cuja existência era desconhecida por muitos, foi criada por TROUXAS! Isso mesmo, trouxas!

Quando Bellatriz descobriu que estava grávida, foi enviada, por ordem do seu Mestre, pai de sua única filha, para a França. Lá permaneceu durante todo período de gravidez, até o nascimento da menina. Esta foi deixada em um orfanato para que ninguém, exceto os dois, soubessem de sua existência e localização.

Mas outra pessoa sabia sobre a criança.O único que o Lord das Trevas temia e o último que ele gostaria que soubesse: Alvo Dumbledore. Quando ele descobriu a existência dessa menina, (não se sabe como, pois seus conhecimentos e poderes sempre estiveram acima da nossa compreensão) d soube que precisava protegê-la, mas sem que ninguém, principalmente os pais da garota, desconfiassem de sua descoberta.

Três anos se passaram e o Lord das Trevas havia sido derrotado. Derrotado por um bebê e uma magia antiga e poderosa, subestimada por muitos: o AMOR. Neste caso, amor de mãe. E Bella foi então presa como muitos outros seguidores de Voldemort, os chamados Comensais da Morte.

E a criança? Aquele bebezinho abandonado na porta de um orfanato havia se transformado em uma adorável criança, que não fazia idéia do que acontecia no seu mundo e que sua vida estava prestes a mudar totalmente.

Um homem de oclinhos em formato de meia lua, longas barbas e cabelos embranquecidos pelo tempo foi buscá-la.Levou-a para àquela que se tornou sua única e verdadeira família, bem longe de seu país de origem. Em sua nova morada a pequena Júlia foi recebida por um jovem e elegante homem. No início sentiu medo, mas em questão de minutos começou a se sentir à vontade. Não sabia exatamente o porquê, mas sabia que podia confiar em ambos, o homem que a levou, Alvo Dumbledore, e o que a recebeu, Eduardo Mussolin.

Júlia foi adotada por Eduardo e Cristina Mussolin, e de quebra ainda ganhou dois irmãos. Um deles, Murilo, era dois anos mais velho que ela e a outra, Lívia, nasceu um ano após sua chegada a família Mussolin. Seu pai sempre lhe disse a verdade, que ela não era filha biológica deles, que Dumbledore a trouxera de um orfanato da França quando ela tinha três anos. Mas o que ele sempre fez questão de deixar bem claro era o quanto ele a amava, desde o momento em que a viu pela primeira vez.

Assim ela cresceu, feliz e amada, e nunca quis saber quem era sua verdadeira família. A presença de Alvo Dumbledore era constante na casa..Quando ela completou 8 anos, ele contou que ela era diferente dos irmãos, pois era uma bruxa, possuía poderes mágicos herdados dos pais, ambos também bruxos. Nunca explicou realmente o motivo, mas disse que ela não poderia freqüentar a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.Por isso ele pessoalmente cuidaria de sua educação mágica.

Quando completou 17 anos, Júlia passou pelo pior momento da sua vida, pela maior dor e provação: a morte de seu pai. Foi como se uma parte dele tivesse se perdido para sempre. Ele era mais que um pai. Era seu maior companheiro, amigo, confidente. Ela o admirava, confiava nele acima de tudo.Com ele aprendeu a ser determinada, destemida, a fazer o que é certo mesmo que isso doesse no fundo da alma. Com o passar do tempo,ela aceitou melhor essa grande perda e seguiu sua vida da melhor maneira possível. Ela sabia que jamais o esqueceria, e nem deixaria de sentir saudades.De alguma maneira ela o sentia por perto, em algum lugar, pois as pessoas que amamos jamais nos deixam realmente.

Agora, já com 20 anos, a imagem de Júlia refletida no espelho mostrava uma linda e madura mulher. De fato ela era muito mais madura que as garotas de sua idade, mas naquele momento a única coisa que ela conseguia ver era uma criança que precisava desesperadamente de ajuda.