Eternamente escrita por Joyce_mc


Capítulo 14
Lembranças




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Carlisle agora olhava o dia chuvoso, pela janela. Ele soltou um longo suspiro antes de continuar a falar.

-Eu mal consegui acreditar quando vi Marcos no enorme salão do palácio Volturi. Seus olhos que sempre foram de um verde claro tão intenso que muitas vezes parecia anormal,agora estavam totalmente pretos,não havia nenhuma parte naqueles olhos que não fossem pretos.Pretos como a noite mais escura e mesmo assim podia-se ver a chama do ódio ardendo naqueles pontos negros.O sangue(que surpreendentemente, não parecia incomodar nem mesmo os recém nascidos que se encontravam ali) escorria pelo seu rosto e corpo.As roupas rasgadas deixavam a mostra ferimentos que se curavam em uma velocidade inumana;dois vampiros recém nascidos o seguravam pelos braços e o arrastavam até perto dos líderes Volturi,enquanto ele apenas se deixava levar sem sequer se debater.Mesmo sendo vampiro,levei algum tempo até entender o motivo de ele estar ali.Os olhos pretos.O cheiro. Os ferimentos cicatrizando.Ele era um bruxo.Agora tudo se encaixava perfeitamente.Os olhos daquele que um dia ria da minha “crença” nas lendas de seres místicos e que hoje estava bem a minha frente, como um daqueles seres, me encontraram. Os olhos que até então estavam negros voltaram ao seu tom verde e uma expressão de tristeza surgiu no rosto do meu velho amigo.

   Ele parou novamente. E eu me senti culpada pode fazer meu avô estar revivendo todas essas lembranças que pareciam machucar-lhe tanto.

Carlisle

  Aquelas lembranças...

Não importa quanto tempo passa a dor de se perder um amigo, como o Marcos foi para mim, sempre a mesma.

Eu sabia que todos esperavam eu concluir a “historia” então me lembrei exatamente do dia em que vi marcos...morrer.

Flash Back On

-Ora...ora... Veja só se não o líder dos tão “poderosos”... Bruxos – Caius falou com a voz embargada de ódio. – Diga-me seu verme... quem tem o poder agora? – ele levantou-se e foi até Marcos estava apanhando seu rosto entre as mãos e o levantando com brutalidade - Diga! – ordenou.

-Vá...para...o...inferno – Marcos disse pausadamente,com um sorriso sádico no rosto.A ira de Caius pareceu aumentar e este lhe deu um tapa no rosto,fazendo marcos soltar um grito de dor  ao ter o maxilar quebrado.

-Criatura imunda.Quem vai para o inferno é você – ele esbravejou

-Caius,irmão – Aro falou pondo a mão no ombro de Caius – Não desperdice seu tempo.Eu assumo daqui – Caius pareceu não gostar da idéia mas mesmo assim dirigiu-se até seu “trono”.

-Marcos,certo? – Aro perguntou ao Marcos e este apenas rosnou em resposta – Considerarei isso como um sim. Bem Marcos,devo dizer que seus poderes são surpreendentes e muito valiosos.Seria um desperdício se não aproveitássemos esse poder imenso que você possui. – Ele falava cordialmente com uma calma inquestionável em seu rosto

-Dispenso elogios Aro Volturi – Marcos falou imitando o tom calmo de Aro.

-Não seja tolo meu caro. Veja a oportunidade maravilhosa que tem em suas mãos. Eu estou lhe oferecendo a chance de se juntar a mim,e a meus irmãos.A chance de se juntar a guarda Volturi.Imagine só: você que um ser tão poderoso e o ultimo da sua espécie unindo seus poderes aos nossos.Vamos, o que me diz? – Aro mantinha um sorriso sínico no rosto,como se já estivesse ganho.Marcos deu uma gargalhada alta e olhou para cima encarando o par de olhos vermelhos.

-Um único ser  que realmente é real não pode sozinho fazer uma realeza de verdade.Meu sangue real misturado com a nobreza fajuta de vocês? Faz-me rir Aro Volturi. Títulos de nobreza como o seu e de seus irmão eu e qualquer humano podemos comprar.Ou seja,é um titulo fajuto.Você nem mesmo tem um poder e faz a sua fama de poderoso nas costas dos idiotas que te servem.Criaturas submissas e sem opinião que servem aos propósitos de três incompetentes que não sabem fazer nada.Vocês podem ter vencido os bruxos mas querendo,ou não,o mundo sempre nos enxergara como seres superiores a vocês – Marcos despejou tudo com um sorriso superior nos lábio.Enquanto o sorriso de Aro se desfez por completo e o seus olhos faiscavam de raiva.

Contrai meus músculos sabendo o que viria a seguir.

-Verme desprezível. Como ousa? – Aro pegou o punhal de ouro maciço que um dês “criados” lhe entregou. Os dois vampiros que seguravam Marcos o ergueram fazendo-o ficar de pé.Aro aproximou-se do seus ouvido e falou – Não sabemos fazer nada?Isso é o que você verá – Marcos mantinha o mesmo sorriso no rosto e antes que qualquer coisa fosse feita.Ouvi sua voz soar em minha mente

“Não deixe que eles te transformem em um deles...Meu amigo.O seu coração é nobre e afetuoso e isso é uma dádiva portanto cultive-a e um dia colherá seus frutos. E por favor Carlisle mantenha o presente que eu lhe dei sempre em segurança.Ele protegeu você e protegera sua família quando você menos esperar” Seus olhos encontraram os meus e então o punhal de ouro foi cravado em seu coração e pouco a pouco os batimentos pararam.

Seu corpo foi levado para fora, até a fogueira.

Marcos morrera e nem sequer tentei impedir. O que foi feito... foi feito.

Suas palavras ficaram em minha mente e exato um mês apo sua morte abandonei a guarda Volturi antes de me tornar um deles.

Flash Back Off

  Mesmo depois de séculos,lembrar do meu velho amigo Marcos e da maneira com eu o vi morrer sem fazer nada, me machucava de uma maneira insuportável. Agora eu sei por que demorou tanto tempo até algum vampiro conseguir me transformar. O presente que Marcos havia me dado,não era tão simples como eu pensei,afinal, ele sempre me protegeu dos vampiros e exatamente na noite em que eu,por um descuido, me separei do objeto fui transformado.

  Senti dois braços pequenos e gentis enlaçarem meu pescoço e lágrimas molharam minha camisa.

Minha neta. Minha pequena e frágil Renesmee.

-Vovô... m-me desculpe... eu fiz o senhor reviver isso tudo... – ela desculpou-se enquanto eu acariciava os seus cabelos.

Afastei-a um pouco e lhe dei um sorriso enquanto falei,secando suas lágrimas.

-Não se desculpe minha pequena. Eu sempre revivo essas lembranças...pois elas são a minha cruz e com o tempo tive que aprender a carrega-la.Você pode não ter percebido,mas me fez um favor. – ela me olhou confusa

-Um favor? – perguntou

-Sim,um favor. Mesmo para um vampiro o fardo de se guardar um segredo, as vezes se torna um fardo muito pesado e era isso que estava acontecendo comigo mas agora... não é mais tanto.É como se eu tivesse tirado toneladas e mais toneladas de concreto de cima das minhas costas.A dor quando compartilhada é metade do peso minha querida. – falei lhe dando um sorriso e uma sensação de alivio percorreu o meu corpo ao ver que ela também sorriu,embora timidamente.

-Então quer dizer que os Mitchell  são bruxos? – Emmett perguntou.

  Eu ainda não sabia responder a aquela pergunta por que, por mais que os Mitchell se parecessam com os bruxos à algo neles completamente diferente.E eu não sei o que é.

- Eu tenho motivos pra acreditar que sim Emmett,e ao mesmo tempo que não.À alguma coisa neles que não “confere” com os bruxos.Eles definitivamente não são bruxos quaisquer,eles são algo totalmente novo pra mim.... Eles são diferentes. – respondi.

-Você acha que eles possam representar algum perigo ? – eu não sei por que,mas algo dentro de mim gritava loucamente que a resposta para essa pergunta era não.

-Não Emmett,eu não acho.Mas mesmo assim vamos manter todo o cuidado possível.

-Ok,já chega por hoje. Filha?Vamos? – Bella chamou a Nessie,que assentiu e foi com a mãe até o quarto.

  Todos arrumaram algo para fazer e comecei a me dirigir até meu escritório.Precisava verificar uma coisa.

Percebi que Edward me fitava atento,mas não dei muita importância.

  Abri a porta do escritório e fui até o cofre escondido atrás da replica da Monalisa e retirei de lá a pequena caixa em formato de cubo,onde eu guardava o presente que havia ganhado de Marcos,desde a sua morte.

  Quando abri a caixa um brilho intenso ofuscou um pouco a minha visão, mas em seguida meus olhos o encontraram.


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