CAROLINE – POV

Felix e Demetri agarraram meu braço contra a minha vontade e me arrastaram até o salão principal, Arthur trazia minha filha logo atrás

- O prazo acabou minha cara, e algum de nós está conseguindo ler mentes, manter-se protegido dos poderes um dos outros, ter visões do futuro? Não

- Me de mais um mês Aro – Pedi

- Os Volturis nunca dão uma segunda chance, e agora sua querida filha vai ter que pagar por seus erros

Arthur se ficou atrás de Aro, Letícia se debatia tentando alguma chance

- Se ele fizer alguma coisa a minha filha, vocês todos estão com os dias contados – Meus braços foram mais apertados

- Você é uma vampira insignificante, fraca, frágil... O que pode fazer contra nós? – Riu torto

- Não vai querer nem saber

- Mas seu tempo acabou, e você não cumpriu sua parte do acordo... A poucos dias atrás já imaginávamos que você não iria conseguir a tempo, então pensamos em um fim bem doloroso a sua filha, em que você pudesse sofrer junto

- Você não teria coragem...

- Nunca duvide de um vampiro – Me interrompeu – Voltando... Concordamos em faze-la sentir a dor de transformá-la em uma de nós, e depois queima-la... viva. Bom plano não?

Aro estalou os dedos e foi para sua cadeira, Arthur puxou o pulso de Letícia até perto de sua boca

- Se você terminar isso considere-se um vampiro morto – Vociferei

- Tarde demais...

- Mãe! – Letícia Gritou em meio ao choro

Arthur a mordeu e logo a soltou no chão, aquilo foi o fim da picada. Eu via minha filha se contorcendo de dor no chão e uma moldura vermelha se formando em torno de minha visão, a raiva pulsava dentro de mim

- Chega!

Uma força surgiu dentro de mim, eu queria mata-los. Consegui me desviar do aperto dos dois

- Cade ela?! Achem ela Renata! – O líderes estavam desesperados

- Eu não consigo sentir o cheiro dela! Ela sumiu – Mais eu estava ainda ali

Eu estava invisível para eles, vou pegar a Letícia e sumir daqui, mas antes...

- Eu vou voltar, malditos... – Corri em direção a Aro, o prensei na parede com minhas mãos apertando seu pescoço – Vampiro inútil, vai pagar muito caro por isso – Enchi minha mão de seu cabelo negro e o puxei com toda força fazendo com que sua cabeça viesse junto – Isso é só o começo!

Todos estavam assustados em posição de ataque procurando freneticamente por mim por todos os lados. Peguei minha filha no colo e me tele transportei para um lugar não muito distante dali

A única coisa que impediria minha filha de se tranformar era sugar seu veneno, nunca fiz isto antes, mas é preciso. A encostei em uma árvore e minha boca assumiu o lugar da mordida, até que senti seu doce sangue livre do veneno, foi muito difícil parar, pois eu estava com sede, mas ela era minha filha eu não podia

- Mãe, cadê você? – Então eu estava invisível para ela também

- Estou aqui filha fica tranqüila, descansa –Sequei o suor de sua testa

- Mãe eles vão te pegar, foge – Sua mão procurou por mim, e peguei e a coloquei em meu rosto

- Não eles não vão me pegar, e nunca mais vão encostar um dedinho sequer em você

Ela relaxou ao saber que estávamos seguras, e cochilou tranqüila. Encostei sua cabeça em meu ombro. Isso não vai ficar assim, eles vão me pagar muito caro

Vou pega-los um a um, e vou deixar o melhor para o final... Aro

Um dia depois...

Depois que consegui ficar visível, acompanhei Letícia até o aeroporto, comprei sua passagem de volta para casa. Dinheiro... não é considerado um problema para nós vampiros...

- Siga rápido para casa, avise a todos que voltarei quando acabar meu trabalho aqui

- Te amo mãe – Me abraçou forte

- Eu também te amo

Correu para o avião sem olhar para trás, pelo menos agora ela está segura. Me virei e fiquei invisível, adorei esse novo poder, eu só queria saber de quem eu o copiei.

Minha vingança acabou de começar...

SETH - POV

Acho que nunca passei tanta tristeza na minha vida, minha branquinha voltou para aqueles sanguessugas idiotas, Letícia nem sabemos se está viva ou morta, Alice não vê nada.

E para ajudar Alex não tinha sinal de melhora, nem Shelsy nem Embry saiam de perto deles. O celular de Shelsy tocou e ela pulou de alegria ao ver quem era

- Letícia! Letícia onde você está, você está bem? E a mamãe? – Fazia tempo que não via um sorriso no rosto de minha filha

- Será que alguém pode vir me buscar, eu estou aqui no aeroporto, estou bem sim – Escutava claramente

- A mamãe está com você?

- Eu explico tudo quando vierem me buscar, por favor dá para vim rápido, eu não gosto de ficar sozinha com vampiros a solta por aí – Sua alegria cessou

- Claro, claro... Já estamos indo – Desligou o telefone e todos estávamos a espera do lado de fora da sala, apesar de já termos escutado toda a conversa – A mamãe não está com ela... Eu sei disso – Disse ela triste

- Não temos certeza ainda, mas vamos busca-la logo antes que nós tenhamos um treco aqui

LETÍCIA – POV

Estava sentada em um banco na frente do aeroporto esperando eles me buscarem, eu queria estar com minha mãe, ajuda-la a acabar com a raça daqueles Volturis de merda, a mas ela vai fazer um belo estrago na vida deles

- Leeh! – Shelsy saiu do carro e veio correndo até mim, eu me levantei e fui de encontro a ela

- Shelsy! – A abracei – Espera aí? Cade meu afiliado? – Seu rosto entristeceu – Não! Você não pode ter perdido eles! – Segurei seus ombros, meu afiliadinho

- Não Letícia, eu não perdi eles, eles estão seguros lá em casa, depois eu explico – Ela tirou minhas mãos de seu ombro

- Filha – Meu pai chegou até nós e me abraçou – Que bom que está bem

- E a mamãe? – Shelsy mantendo sua cara deprimida perguntou

- Ele pediu para dizer que vai voltar em breve, depois que ela terminar o trabalho dela lá

- E o trabalho dela é servir os Volturis, eu sei – Meu pai disse entediado

- Dessa vez é diferente – Mostrei a eles a marca em que Arthur deixou em mim – Ela vai acabar com eles – Eu tenho orgulho da minha mãe

- Ela não vai conseguir sozinha! – Meu pai disse nervoso

- Você que pensa... Ela tem um novo poder, invisibilidade... Muito da hora – disse enquanto caminhávamos para o carro

(...)

Por que eu tenho que ser a diferente da família? A mais que chato, eu sou a única humana... Minha mãe é uma vampira, pai irmã e cunhado lobisomens, ainda bem que tenho meus sobrinhos que jogam no mesmo time que eu

- Shelsy, ele vai ficar bem? – Perguntei olhando para meu sobrinho lindinho, igualzinho ao pai

- Ele não teve melhora, mas eu nunca nunca vou desistir deles – Ela estava vidrada nos filhos, parecia até a mamãe falando

- Sabe, você é igualzinha a mamãe

- Por que fala isso? – Perguntou sem tirar os olhos da incubadora

- A você já sabia que fisicamente, você é uma copia dela, ou eu nunca percebi, ou no meio tempo que estava fora, seu jeito ficou igualzinho o dela, preocupada com tudo e todos, teimosa, carinhosa, sei lá

- E eu ando meio estranha

- Estranha você sempre foi – Antes de sair do quarto baguncei seu cabelo

Eu achei que teria paz, mas pelo jeito a paz se encontra em meu futuro bem distante. Assim que sai do quarto uma tropa de vampiros com mais três lobisomens me esperavam sérios, só vou ter umas mil perguntas pra responder

(...)

Acabou! Acabou eu nem acredito... Eu nunca quis tanto minha boca fechada em toda a minha vida.

“Eles te fizeram alguma coisa? E pra sua mãe”,”Planejam alguma coisa?”, ”Sua mãe conseguiu passar algum poder para eles?” , etc. Só de me fazer ficar lembrando de tudo me deu uma tristeza e cansaço, subi para meu quarto tomei um belo de um banho relaxante e me esparramei na cama.

SHELSY – POV

Depois de tudo o que a Leeh nos contou, eu fiquei ainda mais com raiva daqueles Volturi! Meu sangue ferve só de pensar neles.Mas ela voltaria logo, eu tenho certeza.

Eu e Embry, passávamos a maior parte do tempo com nossos bebes, saiamos só quando realmente era necessário

- Shelsy ela vai voltar

- Eu sei que ela vai, eu sinto... – Encostei minha cabeça em seu ombro

Se ela não voltar logo, eu mesma vou busca-la