[Bella] 


Eu estava com aquela roupinha ridícula de hospital com o traseiro de fora, e em uma posição nada amigável, quando há homens por perto.
Respirei fundo, hoje seria a primeira inseminação, retiraram meu óvulo há uma semana. E depois de fecundado com o sêmen do Edward vamos ver se eu fico grávida. Por isso eu estou hospedada na casa dele, até ver se eu engravidei completamente, pra falar a verdade eu não gosto de ficar lá, além de sempre ser vazia, é fria, é muito triste. Então eu vou passar uns dias na casa da Esme, ela é super gentil e me trata bem. Não que Rosalie não trate, mas o dela é por educação.

- Isabella? – Edward me chamou.

- Sim. – Olhei pra ele.

- Vai dar certo, fique calma. 

- Arrã.

Comecei a respirar devagar até que me acalmei, pensei em aquários, aquários me deixa calma.

Com o maior cuidado do mundo eu segui para a casa da Esme, pra falar a verdade meu útero doía um pouco.
Esme fez questão de eu me sentar a mesa com eles para o jantar, eles eram bem animados e me incluíram na conversa com facilidade.
Até que na hora da sobremesa apareceu uma mulher / menina, enfim devia ter a minha idade, ela tinha cabelos escuros, porém o mesmo tom dos olhos de Carlisle cor de mel.

- Nem me esperaram seus fominhas. – Ela se sentou e sorriu. – Olá, boa noite, sou Ângela e você é?

- Isabella, mas eu prefiro que me chamem de Bella. 

- Então é você? Prazer em te conhecer. Eu sou a caçula dos Cullens. 

- Ahh. – Eu sorri e me levantei. – Se me dão licença eu gostaria de descansar.

- Claro que sim Bella. Venha, vou lhe mostrar o quarto. Edward ajude-a a subir também.

- Não é necessário. 

- Claro que sim, se algo acontece a você imagina o que faremos. Onde acharemos outra Bella? 

Eu apenas sorri, e Edward passou seus braços pela minha cintura levando quase todo meu peso. Fomos até um quarto grandioso, era azul com móveis modernos e alguns objetos de decoração também.
- Espero que goste do meu antigo quarto. – Edward sussurrou no meu ouvido.

- Hm, obrigada. – Senti meu pescoço se arrepiando.

- Espero que goste Bella, qualquer coisa não hesite em me chamar. – Esme disse e saiu.

- Precisa de ajuda com as malas? 

- Não eu pego algo agora pra tomar um banho e eu vejo amanhã, obrigada.

- Então eu tenho que ir, já está tarde. Qualquer coisa me ligue. – Ele beijou minha testa e naquele momento eu desejei seus lábios. – Até amanhã, e obrigado.

- Por nada. – Sorri e fui tomar um banho, com muito cuidado.

Naquela noite não pude dormir muito bem, por dois motivos, o cheiro do Edward incendiava o local e também não queria me mexer muito, já que a monstruosa doutora Davis me pediu pra me mexer o quanto menos possível. 

Pela manhã tive uma aparência de cansada, porém Esme deixou passar no café da manhã, tive uma manhã vadia, eu fiquei vendo TV e depois desisti e fui ler.

Hoje faz quatro semanas que foi feita a inseminação, estou muito nervosa quero saber qual o resultado, nessas quatro semanas me senti uma inútil, qualquer coisa tinha alguém fazendo por mim era meio tedioso, então esse um mês fiquei muito tempo na biblioteca no jardim da Esme, com Ângela vendo filmes, Alice e minha mãe às vezes, já Emmet fora duas vezes apenas e eu fiquei triste com isso.

Chegamos ao consultório da Sra. Davis, e dessa vez Esme nos acompanhou. 
Assim que cheguei, ela me fez um questionário sobre alimentação, rotina, hábitos alimentares. Enfim tudo sobre mim. 

Em seguida verificou a pressão arterial, peso, diâmetro da barriga, coração, diabetes, colesterol, temperatura.

Ela me pediu pra colocar a camisola hospitalar e me deitar na maca. E ela colocou os dedos na minha intimidade. Eu fiquei com tanta vergonha, ela mexeu e depois saiu. Foi como se tivesse apalpado. 
Ela tirou as luvas, lavou as mãos, e foi até a sua mesa retirando o exame de sangue que eu fiz há dois dias por pedido dela.
Esse suspense me mata.

- Isabella continue na maca.
Ela abriu o exame, leu, avaliou, em minha opinião ela tava enrolando.

- Hm pelo que eu vejo, além do exame de toque, ela está grávida sim.

Esme e Edward se abraçaram ambos chorando, e eu imediatamente passei a mão na barriga foi tão automático. 

- Com licença vou deixá-los a sós.

Desci da maca e fui me trocar. Assim que sai Esme me sufocou em um abraço.


- Muito obrigada, obrigada Bella, meu netinho.

Em seguida Edward me sufocou mais uma vez, e me rodopiou no ar. 

- Eu fiquei tonta. 

- Me desculpe, é que... Eu vou ser pai. E isso é tão maravilhoso.

Eu não sabia o que dizer. Apenas sorri.

Depois do escritório, fui para a casa da Esme, e repousei,

[Edward]

Fui para a minha casa, muito contente, eu finalmente vou ser pai. É tão... É indescritível tal sensação.
Assim que cheguei Rose estava na sala vendo TV. 

- Rose. 

Ela se levantou abruptamente. E eu a abracei.

- Deu certo, meu amor, nós vamos finalmente estar completos.
- O que foi Edward?
- A Isabella está grávida.
- Está? 
- Não é maravilhoso?
- É, é.

Eu a beijei apaixonadamente e a mesma retribuiu, ela se separou de mim e pegou o telefone.

- Vou contar aos meus pais.

[Rosalie] 
Passei uma tarde vadia em casa, não estava a fim de revisar desenhos na editora, nem passear pelo shopping, ou qualquer outra coisa; de repente Edward surge gritando, os olhos dele estavam brilhando. A garçonetezinha lá vai ter o bastardinho. Como o Edward pode surtar com tal notícia?
Apenas concordei com suas palavras e fui ligar pra mamãe, enquanto Edward tomava banho.

- Residência dos Hale.

- Quero falar com a minha mãe, Martha, aqui é a Rosalie.

- Sim senhora. – Ela passou pra minha mãe. - Rosalie?

- Mãe a garçonetezinha lá tá grávida.

- Não acredito, Edward vai ter o bastardo?

- Vai e está todo feliz e saltitante.

- E você o que vai fazer?

Escutei o chuveiro sendo desligado.

- Acho que aquilo mesmo, preciso desligar, não conte ao papai.

- Tchau.

- Beijos.

E nós desligamos.

Edward estava vestido pra sair.

- Vai a algum lugar?

- Vou sim, a casa da minha mãe. Marcar algumas coisas do bebê, que tal ir também?

- Hm, claro, por que não? Espere eu me trocar.

Coloquei uma roupa bem bonita e que me deixasse sexy acima da garçonete. 

Edward só falou do bebê no carro, estava até pronto pra abrir o fundo de universidade.
Fingi que escutava e rapidamente chegamos à casa dos meus sogros. Tinha mais gente lá, a outra bastarda Ângela, a garçonete e mais outra lá, que eu acho que conheço de algum lugar.

Essa outra me olhou parecia pensar o mesmo.

[Bella] 



Depois que cheguei do consultório tomei um banho e liguei pra Alice, Esme que gostou muito dela e a chamou pra comemorar. Edward também veio, com Rosalie e ela encarava Alice de um jeito diferente, fez cara de nojo pra Ângela e pra mim também; ela estava incrivelmente linda.

- Oi Bella. – Edward disse e acariciou a minha barriga.

- Oi Edward.

- Olá Isabella. – Rosalie disse em tom prepotente.

- Olá. – Apenas ignorei. E em seguida me voltei a Alice e Ângela. 

O jantar foi um pouco chato, porque Carlisle tentava incluir Rosalie na conversa, mas nada dava certo. Alice, Ângela e eu interagimos sozinhas. E Edward não sabia onde se encaixava.

Coitada dessa criança.

Depois fomos para a sobremesa e ao fim do jantar, Rosalie começou a falar com Ângela. Subi com Alice.

- O que há Alice?
- Essa esposa do Edward, eu... É melhor esquecer isso nem é problema meu.
- Alice ela é muito influente, pode acabar com a gente em um estalar de dedos.
- Verdade. Vou esquecer isso amiga.

Batidas soaram na porta.

- Posso entrar? – Era a voz de Edward.
- Claro. 
- Hm eu já estou indo, Rose está cansada. 
- Ahh. 
- Amanhã Ângela vai te levar ao shopping pra comprar suas primeiras roupas de grávida. Que tal?
- Ainda não tá cedo?
- É bom se precaver, ver quais os matérias seguram melhor à barriga. Eu encontro vocês para almoçar. Tudo bem?
- Tudo sim.
- Boa noite e obrigada.
- Boa noite.
- Até mais Alice. Por que não as acompanha amanhã?
- Não posso, amanhã começo um estágio.
- Boa sorte, até mais.
- Até.

Spoiler.

- Não Rose, quem sabe ir a consulta, pra saber que você será mãe de uma menina. Ou ao menos saber como anda a saúde dela, afinal a garçonete é que nos deu tudo isso. – Não me agrada que falem mal da Bella, ela simplesmente trouxe toda a felicidade que eu preciso, a minha filha.