Parallel Souls escrita por Nuvenzinha


Capítulo 7
Roxas' Report IV


Notas iniciais do capítulo

Oiii Pessoal!
Está aqui, mais um capítulo dessa budega de Crossover que eu escrevi inteirinho hoje, na falta de que fazer õ/ YEEEEEEEEEEEEEEEY~



Anyway, esse capítulo está um pouco mais dramático que o normal. Mas, de qualquer maneira, LEIAM O/



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Oh, Gosh. Death the Kid sabe MESMO quem eu sou. E agora, parece que metade da escola também sabe!

Tudo começou com uma manhã normal de quinta-feira, creio eu. Coloquei qualquer blusa e qualquer calça que achei no armário, coloquei aquele tênis amarelo e preto super bizarro (foi o único que encontrei), tomei café da manhã como um cara normal e depois fui para a escola. Bom, seria um café da manhã normal, se eu não tivesse que passar pelo menos meia hora ignorando os assédios de uma mulher que havia aparecido de uma nuvem de fumaça no sofá, onde estava aquele gato, e que Maka me olhava mais estranhamente do que olhou quando "cheguei" aqui.

Acho que nunca tinha ido à escola antes, apesar de que não foi de completo estranho. De qualquer maneira, hoje nem cheguei a ter aula. Maka e eu chegamos andando calmamente ao Shibusen, com Maka andando com passos pesados como pedra logo à minha frente. Quando chegamos nas escadas que davam para o pátio, ela subiu-as correndo e, quando chegou ao topo, disse bem alto:

-Estamos aqui!

Me perguntei o motivo daquele grito, mas continuei subindo calmamente. Quando cheguei ao topo, fui completamente cercado. Bem à minha frente pararam Death the Kid, o diretor e uma menina de cabelos rosa que estava agarrada ao braço de Kid como se fosse sua última salvação, presumi que fosse Chrona. Atrás e aos meus lados, estavam Maka, Black Star, Stein e mais alguns professores, que me intimidaram bastante. Cruzei os braços bruscamente, como se estivesse com frio, enquanto olhava-os com medo do que fossem fazer.

-Kiddo-kun... - Sussurrou Chrona - A-Acho que estamos assustando-o...

-Temos que fazê-lo falar... -Respondeu Kid, sussurrando também

-Não precisa ter medo, Roxas-kun! ~ -Disse o diretor, com uma voz extremamente engraçada.

-E-Espera um pouco! - Gaguejei, olhando surpreso para todos - C-Como...?!

- Eu pude descobrir quem você era simplesmente sentindo sua alma. - Disse Kid, friamente - Por favor, venha conosco.

Virei de costas para ele e tentei correr, mas fui barrado por um professor simplesmente GIGANTE E ASSUSTADOR (bom, tudo parecia assustador naquela hora, até mesmo o jeito que Chrona me olhava com o que parecia pena de mim). Ele tinha pelo menos o dobro do meu tamanho e força, porque ele me impediu de andar com apenas três dedos da mão esquerda.

-Pode parar por aí. -Disse ele - Está tudo bem, só vamos lhe fazer algumas perguntas. Pode se acalmar.

-ME ACALMAR? -Gritei, em pânico, curvando os ombros para dentro e me segurando para não tremer - COMO VOCÊS QUEREM QUE EU ME ACALME SE VOCÊS ESTÃO ME CERCANDO E ME OLHANDO ASSIM?!

-Stein, o que está acontecendo aqui?

Pude ouvir a voz doce de uma mulher vinda da porta da escola. Parece que todos também ouviram e se viraram um pouco, para ver quem era. Aquela era a minha chance imperdível de fugir daquelas pessoas que me cercavam tão assustadoramente. E assim fiz. Corri o mais rápido que pude para a mulher que havia me ajudado a escapar, mesmo ela não querendo, e me escondi atrás dela, tremendo.

Me senti completamente ridículo, como um garoto que fugia da briga com algum coleguinha fortão e corresse direto para os braços da mãe. Depois de enfrentar Heartless do tamanho de um prédio de dois andares e vencer, fugir da forma que fugi é humilhante, porém foi necessário, acho. Foi o que falou primeiro na minha cabeça.

Surpreendentemente a mulher olhou para mim com seu único olho (já que o outro estava tapado com um tapa-olho) preocupada, passou o braço por trás de meus ombros como num abraço e olhou para as pessoas que haviam me cercado.

- Stein... O que acontece aqui? -ela perguntou, confusa - O que aconteceu ao Soul para ele estar tremendo assim? Parece apavorado!

-Não o deixe fugir, Marie. - Respondeu Stein, correndo na nossa direção, seguido pelos outros - Precisamos que Roxas colabore conosco!

-... Roxas? 

Ela olhou confusa pra mim. Disse que sim, meu nome era Roxas, enquanto escondia meu rosto em suas costas. Por algum motivo, por mais que aquela mulher me inspirava um conforto quase maternal, meu pavor só crescia. Apesar de que eles falassem repetidas vezes que só iriam me fazer perguntas, eu senti que havia algo além disso, como se eles fossem me usar de cobaia ou algo assim. Eu tentava me convencer do contrário, mas minha consciência me dizia que aconteceria algo muito ruim comigo. Marie então fechou os olhos, ainda me abraçando e, quando os abriu, me olhou assombrada. Mas, mesmo assim, me abraçou mais forte.

-Eu sinto muito, Roxas... Mas eu não posso impedi-los...

Eu tentei escapar, mas nada que eu fizesse me soltou dos braços dela, enquanto ela chorava de pena de mim. Acabei por chorar também, de pânico, enquanto gritava para que eles parassem, vendo que todos corriam ao meu redor novamente. Mas ninguém me ouviu. Fui cercado de novo, dessa vez com algo à qual me agarrar desesperadamente, mesmo que não fosse ser salvo por Marie. Depois disso, não me lembro exatamente. Acho que Dr. Stein deve ter dado algum tipo de golpe de artes marciais na minha nuca e eu perdi a consciência.

Acordei sentado em uma cadeira de madeira, numa sala completamente branca, com apenas Maka, Death the Kid, Shinigami-sama à minha frente e Marie em pé ao meu lado. Marie ainda parecia meio abalada com o que havia acontecido. Olhei ao redor em pânico, não havia porta alguma. Pelo menos, que eu pudesse ver. E também, fiquei sem coragem de olhar para trás e ver aquele... Gorila azul atrás de mim novamente. E logo, começaram a jogar sobre mim todas as evidências e informações de Almas Paralelas.

-Você, Roxas, é a primeira pessoa em toda Death City que foi capaz de provar isso. -Disse Shinigami-sama, desta vez com uma voz séria - Por isso, precisamos que você fique aqui.

-Como não sabemos o que você realmente pode fazer, Roxas, temos que manter você longe do mundo exterior. -Disse Kid, igualmente sério

-Por quê?! -perguntei, já me desesperando de novo, mas uma calma me invadiu ao Marie pousar a mão sobre meu ombro  e dizer que estava tudo bem.

-Por que, você pergunta. -disse Maka, me encarando fulminantemente - Simples. Que tal porque alguém com más intenções podem tentar usar você? Não sabemos o que uma alma não pertencente à esse mundo pode causar ao espaço-tempo.

-Olha, já viajei para muitos mundos antes e nada de ruim aconteceu... -expliquei- Mas eu nunca tinha estado em outro corpo.

E então, começaram a me olhar estranho. MUITO estranho. Pareciam que eles estavam olhando para algum tipo de leproso, ou então uma aberração da natureza. Pareciam mais aterrorizados comigo do que eu aterrorizados com eles.

-Parem de me olhar assim! -Disse eu, com a voz tremendo- Não ajam como se fossem os grandes assustados aqui, porque não são vocês que estão num mundo completamente estranho e ainda tem que agüentar um bando de gente te cercando, interrogando e aterrorizando!

-Roxas, não... Não precisa chorar... -disse Marie, enxugando meu rosto com a mão.

Eu... Estava chorando? Nem pude sentir enquanto falava. Mas, ao menos, fui deixado em paz depois disso. Me levaram para um quarto-cela no subsolo da escola e me trancaram lá.

E cá estou, agarrado aos meus joelhos, implorando por voltar logo para meu próprio corpo e nunca mais ver esses rostos que me aterrorizaram por todo esse maldito dia. Olhando apenas as paredes cinza deste quarto, no qual irei permanecer até segunda ordem. As paredes que me mantêm preso por algo que não sei o que é.

-Anno... Roxas-kun... P-Posso entrar?

-Chrona?

-H-Hai...

-Pode entrar.

Chrona, que até então nunca havia trocado uma palavra comigo, abriu a porta de meu quarto com uma chave, entrou, deixou a chave em cima da escrivaninha e sentou-se ao meu lado, da mesma maneira que eu. Quis perguntar por que ela fez aquilo, mas percebi que era porque ela tinha aquele costume.

Apesar dela não ter cara de quem faz esse tipo de coisa, ela falou muito comigo. Disse que ela sentia muito pelo que quer que tivessem feito comigo depois que me levaram para aquela sala branca, que não estavam fazendo aquilo por mal e que tudo ficaria bem.  E também acabou denunciando Kid, contando-me que ele contou ao pai dele sobre mim por não saber o que ele mesmo deveria saber. Isso só confirma meu palpite de que ele sabe.

Resumindo, a maioria aqui está achando que eu sou algum tipo de rato de laboratório que deve ser estudado.

E então, Kid entrou no quarto também. Fiquei um pouco surpreso com a presença dele, ainda mais porque agora sabia que fora ele quem havia me denunciado. Ele me entregou você, bloco de anotações, e a caneta com a qual sempre escrevo e depois foi embora, seguido por Chrona, que me trancou novamente. Pude perceber que o quarto de Chrona ficava ao lado do meu, já que pude ouvir claramente a voz dela. Apesar de que não consigo dizer quem foi que disse à ela para que não ficasse minha amiga, e ela negou.

Bom, ao menos terei uma companhia enquanto eu não puder ir embora. Mesmo que Chrona não seja exatamente uma boa pessoa para conversar, ela me parece mais confiável que outras pessoas que eu julguei confiáveis antes. 


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