A onde eu estou? Dentro de um carro ouvindo um cd de musica clássica da minha mãe, com o Josh gritando e brigando comigo, reclamando que eu estou com a maior parte do banco (sim, ele tem a idade mental de 10 anos, coitado).Eu to me lixando pra isso.Eu estou linda, maravilhosa (ô mentira desgramada).Ouvindo minha banda favorita: Paramore,mas isso não vem ao caso agora.O importante é que estamos chegando no aeroporto, a caminho de Londres.

16 horas depois de avião, chegamos à cidade com um dos índices pluviométricos mais altos da Inglaterra: Londres.

     Demos o nome da escola ao taxista, vi que o internato era mais afastado da cidade, porque o taxista suspirou depois de ouvir o nome da escola.

Ele nos deixou na frente de um grande portão de ferro, logo que entramos meu queixo caiu, e olha que eu não sou de deixar o queixo cair por qualquer coisa.

     O internato era extremamente grande, a construção principal era linda, acho que era para ser um castelo feito de pedras, onde tem as aulas e onde eram os dormitórios, tinha um campo de futebol (eu quase gritei com isso, porque nos EUA não tem a tradição do futebol, e aqui tem.), duas piscinas cobertas (estamos na Inglaterra!!), uma quadra de tênis, tinha um salão de festas e uma parte cheia de grama e árvores onde, presumi, que os estudantes da escola deviam fazer piquenique e/ou dormir nas redes numa tarde de domingo (ô que meigo).

   Chegamos à construção principal. Quando avistei um pontinho vermelho, presumi que era a diretora, li em seu uniforme: Sra.Truscoth, diretora, a mulher tinha a aparência doce.

-Bem vindos a Academia Oliver Vincent Chase!

-Obrigada-disse a minha mãe.

-Vocês devem ser Joanne e Josh Brenan – assentimos – Bom, garanto que vocês vão adorar a escola. E vocês devem ser os pais, Amanda e Steve Brenan - eles assentiram – eu sou Clarisse Truscoth, a diretora. Asseguro-lhes que seus filhos vão ficar bem, senhores.

Enquanto isso a gente ficou olhando a escola, como eu disse antes, esta era enormemente enorme (existe isso?), a gente já estava indo para a sala da diretora,assinar a papelada,quando uma coisa bateu na minha cabeça,me virei, foi ai que eu vi a coisa mais importante da minha vidinha miserável: UMA BOLA DE FUTEBOL.

  Eu admito que eu não sou uma ótima jogadora mas eu dou minhas embaixadinhas.

-Mãe, vão na frente,estou atrás de vocês,só quero ver uma coisa.

   Minha mãe não aprova que eu goste tanto de futebol (“é coisa de menino”) diz ela. Comecei a dar embaixadinha (eu já estava nos 27) então eu me lembrei que a bola não era minha,ou seja,ela tinha dono (ah vá,é mesmo!), olhei do lado e tinha uns 6 garotos olhando pra mim de boca aberta, corei. Chutei a bola de volta e corri de encontro a minha família.

    Chegamos no “castelo”, a Sra.Truscoth abriu a porta e meu queixo foi pro chão mais uma vez (eu tenho que controlar os meus instintos de admiração). A primeira coisa que eu vi foi o hall de estrada com a escada bem na frente, varias mesinhas para estudo.

- Bem vindos ao novo lar! –disse minha mãe toda emocionada.

    -Viva!- disse eu, com uma emoção ironicamente falsa.

    -Bom, aqui em baixo ficam hall e a sala de estudos, a cozinha e o refeitório ficam a direita e a biblioteca e a sala de computação ficam a esquerda. As salas de aulas ficam naqueles corredores do lado da escada. -Disse a diretora.

“Aquela escada ali vai dar á direita, nos dormitórios femininos e a esquerda, nos dormitórios masculinos. Cada quarto a briga três pessoas e tem um banheiro.”

    -Vamos até os seus quartos - Disse a diretora levando a gente até a escada e fomos pela direita (ótimo, meu quarto é o primeiro).

  Entramos pela porta branca, vimos três camas separadas (pelo menos não vou ter que dormir em um beliche), todas arrumadas com lençóis brancos e um edredom cor de creme (e grosso, muito grosso) e do lado de cada cama havia um criado-mudo com um abajur. Havia também três cômodas e três armários. E um mural em cima de cada cama.

  Vi que as duas camas mais perto da porta estavam ocupadas. Então peguei  a debaixo da janela. Coloquei minha mala em cima da cama desocupada e fui ver o banheiro.

  O banheiro era claro com uma bancada em mármore claro e uma cuba cor de creme, um vaso (como qualquer banheiro), um pequeno box e uma banheira.

  Depois fomos ver o quarto do Josh.

  O quarto era igual ao das meninas só que azul-marinho.

Vi que muitos alunos já tinham chego. Todas as meninas olhavam meu irmão com verdadeiro interesse. Os olhares delas diziam “Oba,carne nova no pedaço”. E quando eu digo todas, eu quero dizer todas MESMO.

E ele ainda piscava para elas.

Os garotos fuzilavam-no com o olhar, querendo dizer “Quem você pensa que é para pegar todas as garotas da escola”.

Eu admito que quase ri com isso.

Até que chegamos ao hall de entrada, vi uma coisa que me surpreendeu de verdade: tinha uma menina que não estava olhando para ele.

Eu quase fui lá e a cumprimentei.

Ele olhou ela com profundo interesse, ela olhou para ele, mas não demonstrou nenhuma reação, Josh ficou com uma cara de “Por que ela não olhou pra mim?”

Eu quase respondi “Porque você é um perfeito idiota!”

Fomos até a sala da diretora, que era enorme. Com o teto um pouco mais alto que o normal, as paredes cheias de livros.

Sentamo-nos na frente da grande mesa dela, que começou a falar, eu nem estava prestando atenção. Fiquei reparando em todos os livros, até achei alguns títulos interessantes, que eu, com certeza, pediria emprestado a diretora.

Depois de meus pais assinarem toda a papelada, fomos aos jardins nos despedir.

-Oh filha, não fique triste. Vamos nos ver de novo daqui 2 meses.- Disse minha mãe me abraçando, depois foi se despedir do meu irmão que estava caindo em prantos.

-Cuide de seu irmão por nós garota. Não confio nele pra fazer isso!- Disse meu pai me abraçando. - Nos vemos daqui 2 meses.-Disse passando a mão em meus cabelos.