Secrets Of a Life 2 escrita por Ester Liveranni


Capítulo 10
Capítulo 10 - O pedido


Notas iniciais do capítulo

Pra tudo tem uma explicação, e no meu caso vem lá em baixo depois do cap.Boa leitura.



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Depois do café Jas me levou pra casa. Nos despedimos com um beijo, e não me demorei pra entrar já que em duas horas ele estaria de volta pra juntos irmos ao colégio. Entrei na ponta dos pés e fui pro meu quarto tomar um banho.

– Deus abençoe o cara que inventou a banheira! – falei antes de mergulhar o corpo na água morna.

Lembrei da hora em que eu o agarrei e não pude deixar de sorrir. Eu sei foi louco, mas na hora eu entrei em pânico sei - lá eu podia beijá-lo ou o deixar abrir a boca e correr o risco de estragar tudo o que eu havia imaginado, ai já viu né, deu no que deu.

Depois do banho coloquei uma roupa confortável, e sentei na cama esperando a minha mãe aparecer.

– Bom dia. - Minha mãe falou entrando no quarto.

– Bom dia! - Respondi.

– Já está acordada? E vestida?- perguntou surpresa enquanto aplicava a insulina.

– Simmm! – respondi, incapaz de conter o sorriso.

– Sei. – falou desconfiada. – E essa felicidade toda tem motivo?

– Além de ter a mãe mais maravilhosa e mais linda do Canadá, além desses motivos? Umm deixa eu pensar.- falei teatralmente. – Não, não tenho mais nenhum não.

– Ahhh não vai falar não?

– Não. – a desafiei.

– É a sua ultima chance!- ela falou rindo.

– Não conto nem sob pena de morte. – falei subindo na cama com as mãos na cintura, interpretando uma heroína de gibi.

– Eu avisei! – Ela disse me atacando.

– Ai mãe não, cosquinha não, SoCOrrO!- gritei me rendendo.

Nós duas caímos gargalhando na cama feito duas locas, e quando as coisas se acalmaram ela falou.

– Alice, seja lá o que for, sabe que pode contar comigo. – disse me olhando nos olhos.

– Eu sei, por isso é que você é a mãe mais perfeita do mundo! – falei a abraçando enquanto afundava meu rosto em seu cabelo.

***

Eu mal havia acabado de morder a maçã e a moto dele já estava rosnando no meu portão.

– É pra mim!- falei como se ninguém soubesse.

Olhei pela janela pra ter certeza de que era ele e ao constatar que estava certa peguei minha bolsa e corri em sua direção. Jasper estava tão perfeito!

Eu não sabia se havia alguém olhando pela janela, então quando ele veio me beijar eu desviei.

– Foi mal...

– Desculpa, é que eu não falei nada a ninguém. – disse torcendo pra que ele entendesse.

– Tudo bem! – falou me beijando o rosto. – A gente deixa rolar e vê o que acontece!

– Beleza!- falei olhando pra trás, pra ter certeza de que ninguém nos via.

Selei nossos lábios brevemente, com um beijo travesso e cheio de alegria. Ele por sua vez o retribuiu com um sorriso que alegrou meu dia.

As semanas passaram rápido desde então. Assistimos algumas aulas juntos e ficamos entre os intervalos. Eu sei, nós não estamos namorando e no fundo isso nem importa já que eu sei que a gente se gosta e isso basta. Sem falar que namoro é só um título, não que eu já não tenha cogitado isso, mas é que eu já passei por essa situação com o Alec e não queria saber que ele tomou essa atitude por imposição ou precipitação, queria que as coisas fluíssem sabe, com naturalidade, sem pressão.

Hoje a tarde ele vem aqui em casa, como tem feito quase todas as tardes. Meu pai estava na cozinha com a minha mãe enquanto Carl e eu assistíamos TV. A campainha tocou e eu atendi. Nos cumprimentamos sem nos tocar (como colegas de classe), então entramos em casa e nos sentamos na sala.

Depois do lanche da tarde, eu fui ajudar minha mãe com a louça enquanto Carl jogava videogame com o Jas. Meu pai estava na cozinha comendo uma torta quando minha mãe falou.

– Então Alice, como vai na escola?

– Bem!- respondi pegando um prato.

– E aquele garoto, parou de perturbar?

– O Ben? Parou, graças a Deus!

– Que bom, sabe eu não gosto desse garoto, e também não gostava do Alec! Ainda bem que você anda com o Jasper, ele sim é um garoto com quem você devia namorar. – ela falou e o meu pai a encarou prestando atenção.

– Sério? – falei tentando conter o riso.

– Sim, por que não!

– JASPER!!!- gritei.

– Tô indo! - ele respondeu.

– Alice o que você vai fazer? – ela me olhou surpresa.

– Nada. –disse sínica.

Não demorou muito e Jasper estava ao meu lado.

– Fala Alice!

– Quer namorar comigo?

Ele olhou pro meu pai que havia parado de mastigar, pra minha mãe que havia parado de respirar e por fim olhou pra mim sorrindo abertamente. E imaginando que fosse uma piada, ele respondeu.

– Quero!

– Tá bom era só! – falei o dispensando.

Jasper voltou a sala enquanto eu olhava meus pais boquiabertos.

– Que foi?

– Vocês são doidos! – minha mãe falou rindo, enquanto meu pai bufava do outro lado da mesa.

Pensei que fosse mais difícil, que isso seria um problema, mas analisando a realidade, acho até que eu me sai bem! Ahhh e com relação ao título... pois é, eu estou n.a.m.o.r.a.n.d.o!

***

Hoje depois da aula marquei de ir com o Jas ao cinema, pra ver se assim a gente consegue namorar em paz, digo sem a supervisão de alguém. Vimos um filme romântico, Amor e outras drogas, isso depois de eu insistir muito já que ele prefere mil vezes um filme de ação, o que não fez diferença nenhuma, pois logo nas primeiras cenas do filme um casal de atores se beijava, enquanto Jasper segurava minha mão no braço da cadeira. A sessão estava vazia e nós estávamos quase no fim da sala. O momento era propício e a oportunidade única, eu não resisti, tive que atentar ele. Cruzei as pernas sem nenhum cuidado, fazendo com que a minha saia subisse alguns centímetros acima da coxa. Vi o Jas me olhando de canto de olho e como eu não presto claro que não parei por ai. Tirei nossas mãos da cadeira e as e as repousei sobre o meu colo, fazendo com que ele se curvasse um pouco mais em minha direção. Nossos braços estavam entrelaçados e o seu rosto estava a centímetros do meu. Pensei em aproximar minha boca de sua orelha a fim de mordiscá-la, mas ele se virou para me encarar, com um sorriso safado no rosto, e antes que pudesse completar o meu plano ele já esta estava me arrebatando com um de seus beijos.

Um beijo quente, lascivo, mas cheio de carinho que foi se tornando cada vez mais urgente a medida que o prolongávamos. Em uma fração de segundos eu me esqueci onde estava, lapso esse que me colocou sentada no colo do Jasper. Desde que começamos a namorar ele nunca havia tentado algo digamos mais ousado, não que já estejamos namorando á muito tempo ou que ele não queira, entretanto sempre que estamos juntos há alguém nos rodeando, ou seja, privacidade zero.

Eu sei que não foi grande coisa, mas já foi o bastante pra me arrepiar por inteiro. Enquanto eu estava sentada em seu colo degustando um de seus insaciáveis beijos ele deslizou uma de suas mãos para debaixo da minha blusa, fazendo com que eu arqueasse ao toque de sua mão em minha pele.

– É melhor a gente parar. – falei em seu ouvido quase que como um gemido.

– Também acho...- respondeu ofegante.

Relutante, sai do seu colo e voltei para o meu lugar. Sorrimos que nem idiotas, enquanto tentávamos voltar a assistir o tal filme. Quando a sessão acabou ele me levou em casa para que meu pai não pegasse no nosso pé por causa do horário. Em casa tomei um banho demorado, comi um sanduiche e fui dormir.

No dia seguinte levantei cedo, com um pouco de mau estar. A glicemia um pouco baixa, mas eu já havia passado por isso antes então não me desesperei. Apliquei uma dose de veneno e fiquei esperando fazer efeito. Depois que já estava tudo bem voltei a dormir. Minha mãe é “o meu anjo cuidador”, então quando deu a hora ela já estava no meu quarto pronta pra checar minha glicose e aplicar a minha dose matinal de veneno, mas eu contei o que havia acontecido e como a glicemia parecia controlada resolvemos não aplicar nada, ao invés disso eu fiquei em casa pra manter o monitoramento. Durante o dia ela caiu mais um pouco o que me preocupou, pois se eu não melhorasse certamente não poderia sair, o que seria uma pena já que á semanas eu venho esperando por esse show que o Jasper iria fazer, visto que o ultimo eu perdi graças a esse mesmo motivo.

No começo da tarde a danada estabilizou então eu me animei, fiz as unhas e o cabelo. A noite preparei mais uma vez o discurso de responsabilidade que eu digo aos meus pais todas as vezes que vou voltar tarde. Coloquei a roupa que havia separado no dia anterior e fiquei na sala esperando o Jasper chegar. O telefone tocou e eu pensei que fosse ele dizendo que iria se atrasar.

– Mãe é o Jas? - perguntei quando ela atendeu.

– Não filha, é a Irmã Agnes! – minha mãe falou tapando o bocal.

– Manda um beijo pra ela.

– Pode deixar! – ela falou animada, enquanto voltava a falar no telefone.

Irmã Agnes é uma das freiras do orfanato de onde minha mãe e eu viemos. Ela era muito engraçada, e muito insistente também, sempre tentando me fazer comer.

***

Meia hora depois Jasper apareceu com os integrantes da banda, Jared, Philip e Mark.

– Você demorou!- ralhei cruzando os braços na frente do peito e fazendo bico.

– Eu sei minha Deusa, me perdoa, foi tudo culpa do Mark! – ele falou vindo me beijar.

– Tá bom vai, eu perdôo, mas que isso não se repita!- falei fingindo estar brava.

– Anda logo, a gente tem um show pra fazer! – gritou o Mark.

– Agora a noivinha tá com pressa? – respondeu o Jasper.

– Cala a boca o mané! – disse o Jared dando um cascudo no Mark.

– Quer saber, vamos embora antes que eles acabem se matando. – falei rindo antes de entrarmos no carro, da banda...


A ida pro show foi hilária, Jasper foi dirigindo e eu fui ao seu lado, enquanto Mark, Jared e Philip guerreavam por espaço no banco de trás.

Ao chegar, a casa ainda estava fechada. O lugar lembrava um bar de blues, super organizado, com um balcão de madeira e um palco enorme na frente. Eu fiquei no camarim com a Lily, empresária da banda, e Brian o roadie. Esse seria o primeiro show só deles, e eu estava super feliz de poder presenciar esse momento. Os garotos estavam super animados senti uma tonteira e fui até o bar comprar uma Coca - Zero já que no camarim só tinha água e cevada.

– Isso deve adiantar. – falei comigo mesma antes de voltar ao camarim.

Tomei uns goles da Coca e a tontura logo passou, a Glicemia estava baixa de novo, mas nada que precisasse de uma dose alta de insulina.

Na hora seguinte a casa de show estava lotada e os meninos estavam em concentração nos bastidores, onde fizeram uma ultima oração, antes de subir no palco. Jasper estava incrível, tirei varias fotos, então me infiltrei no meio da platéia, afim de arrumar novos ângulos para as fotos. As pessoas gritavam e apesar do empurra-empurra às pessoas pareciam estar se divertindo bastante. Depois de uma hora e meia de show eles se preparavam pra encerrar. Eu estava com um pouco de dor de cabeça, então sentei no bar pra descansar um pouco, foi quando eu pude ouvir o meu Jasper falando.

– Valeu galera, essa última canção vai pra minha deusa Alice...- ele começou mas o Mark o interrompeu.

– Levanta a mão ai Alice, pra galera te ver!

Ele falou e eu quase enfartei. Senti minhas bochechas queimando e pra não prolongar mais o momento levantei a mão e fiz um aceno pro palco. Esse Mark me paga! O povo todo virou em minha direção, mas logo se viraram de volta.

– Bom, essa é a minha deusa que tem me apoiado e me acompanhado sempre que pode, então Alice, essa é pra você!

Oh os seus olhos, os seus olhos

Fazem as estrelas parecerem que não têm brilho

Seu cabelo, seu cabelo

Recai perfeitamente sem ela precisar fazer nada

Ela é tão linda

E eu digo isso pra ela todo dia

Sim eu sei, sei

Quando eu a elogio

Ela não acredita

E é tão, é tão

Triste saber que ela não vê o que eu vejo

Mas sempre que ela me pergunta se está bonita

Eu digo

Quando eu vejo o seu rosto

Não há nada que eu mudaria

Pois você é incrível

Exatamente como você é

E quando você sorri

O mundo inteiro para e fica olhando por um tempo

Pois, garota, você é incrível

Exatamente como você é

Seus lábios, seus lábios

Eu poderia beijá-los o dia todo se ela me permitisse

Sua risada, sua risada

Ela odeia, mas eu acho super sexy

Ela é tão linda

E eu digo isso pra ela todo dia

Oh você sabe, você sabe, você sabe

Eu jamais pediria para você mudar alguma coisa

Se a perfeição é o que você busca

Então continue assim

Então nem se preocupe em perguntar

Se você está bonita

Você sabe que eu vou dizer

Quando eu vejo o seu rosto

Não há nada que eu mudaria

Pois você é incrível

Exatamente como você é

E quando você sorri

O mundo inteiro para e fica olhando por um tempo

Pois, garota, você é incrível

Exatamente como você é

Como você é

Como você é

Garota, você é incrível

Exatamente como você é

Quando eu vejo o seu rosto

Não há nada que eu mudaria

Pois você é incrível

Exatamente como você é

E quando você sorri

O mundo inteiro para e fica olhando por um tempo

Pois, garota, você é incrível

Exatamente como você é

Quando a música acabou eu estava super emocionada. Essa música era a nossa cara, ele sempre dizia essas coisas e eu nunca acreditava, igualzinho na letra. Pude ver ele falar com as pessoas que o vinham cumprimentar e fiquei de longe esperando a minha vez. De repente a minha vista ficou turva, meus lábios ficaram dormentes e eu comecei a tremer.

– Droga agora não...- falei indo até o banheiro.

Esbarrei na Lily e me segurei pra não cair.

– Alice, o quê que foi? Ta passando mal?

– Eu vou no banheiro lavar o rosto e já volto. – Falei suando frio.

– Tá eu vou com você. – ela falou me segurando pelo braço. – Nossa, você ta gelada!

Parei na frente do espelho, lavei o rosto e respirei fundo.

– Garota você tá pálida! Cadê sua bolsa? Eu vou te levar pra casa, depois eu aviso alguém.

– Tá no camarim. – falei me apoiando na pia.

– Ok espera aqui que eu vou buscar. – confirmei com a cabeça e assim que ela se virou eu não agüentei, encostei na parede e escorreguei até o chão.

– SOCORRO, ALGUÉM AJUDA AQUI!

Jasper PDV

Depois do Show ficamos cumprimentando o pessoal que estava perto do palco. Mas o que eu queria mesmo era beijar a minha Alice. Quando o a galera se distraiu eu dei uma fugida, mas Alice não estava mais no bar. Vi se formar uma bagunça no banheiro.

– Sabe o que ta acontecendo?- perguntei a um segurança.

– Parece que tem uma garota passando mal no banheiro.

Na hora eu gelei, era Alice, eu tinha certeza! Abri passagem pelas pessoas que se amontoavam na porta e com muito custo consegui entrar no banheiro.

– ALICE!!! – falei me ajoelhando ao seu lado.

– ELA TA PASSANDO MAL, CHAMA A AMBULÂNCIA!!!


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Notas finais do capítulo

O cap. ficou curto mas um pouco mais esclarecedor.Foi mal não ter postado ontem, mas é que a vaquinha da minha cunhada tava aqui ocupando o PC.
Em fim, se tudo der certo hoje eu posto um cap. caso contrário posto um grande a amanhã ok?
Obrigada pelos review, e por todo carinho.
Recomendação do dia:Memórias escrita por AneHalfenGente eu nunca vi uma fic tão interativa, de boa, vale a pena conferir... Segue o link:http://fanfiction.nyah.com.br/historia/99257/Memorias
*Bjox*