Além do Destino escrita por AnaBonagamba


Capítulo 13
O Gato e o Violino.


Notas iniciais do capítulo

Para a Eliza, que ela continue postando sua linha fic pra nós, do Riddle's fanclub, hahahaha o/
E para todos vocês, meus queridíssimos, que estão acompanhando!
Beijos&abraços!



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- No meu quarto, aprisionada na cama, com minha serpente de estimação vigiando-lhe o tempo todo. – respondeu Tom. – Não vou deixa-la ir embora.

Hermione, vendo que a magia havia dado certo, o abraçou firmemente, deixando-o confuso.

- Eu não irei a lugar algum sem você. – ela o beijou.

- Era o que eu esperava ouvir. – respondeu, continuando o beijo. – Você passará as férias comigo, Hermione, e isso não é uma pergunta.

O resto do baile foi exatamente igual ao que havia passado. A conversa com seus amigos, a raiva estampada nos rostos dos amigos de Tom, os olhares de Felipe e as risadas de Dérek.

A única coisa diferente era que Tom não havia dado a aliança para a menina.

- Por que não me contou? – disse Rebeca, tristemente. – Por que não me disse que iria passar as férias com Riddle? Eu ainda perguntei! Não confia mais em mim?

- Não é isso, Rebs, é que eu não sabia! – disse Hermione, abraçando a amiga. Mesmo que longe por algumas horas, já sentia falta de tudo ali. – Ele acabou de me convidar.

- Sério? – os olhos da outra brilharam. – Hmm, isso me cheira puro romance! – ela riu. – Mas tome cuidado! Não queremos uma mamãe em alguns meses.

- Rebeca! – Hermione se surpreendeu. – Eu e Tom não fazemos essas coisas. – ruborizou.

- Amiga...ainda não. – Rebeca sorriu sarcástica. – Vocês irão viajar juntos, ficar juntos num lugar só... depois você me conta se não aconteceu.

- Sua pervertida! – ela riu. – Acho melhor voltar para os braços do seu príncipe encantado. – indicou Felipe. – Está na hora de acordar a bela adormecida.

- Sim. – a maior riu. – Irei acordar sim.

- Hermione? – chamou Tom.

- Sim, querido. – aproximou-se dele, apoiando suas mãos em seus ombros.

- Ficará comigo hoje, não? – ele sussurrou. Será que Rebeca estava louca ou tinha lido os pensamentos de Riddle?

Hermione estremeceu.

- Ficarei? – ela sussurrou de volta.

- Sim, você ficará. – ele riu. – Vá até seu quarto pegar suas coisas e me encontre no meu. Traga suas malas para partirmos amanhã.

Hermione não questionou Tom para onde iriam. Ela já sabia de todos os detalhes.

Não deu nenhuma resposta a Riddle. Somente virou-se para a saída do Salão, mandou um aceno para os amigos que dançavam em conjunto e foi para seu quarto.

Rapidamente, arrancou o vestido e o colar, guardando-os na bolsa, e colocou um vestido mais leve. Estava muito quente. Este outro era curto, de um tecido suave...seda. Tinha uma cor azulada que lembrava-lhe os olhos de Tom.  

- Por que tudo na minha vida me lembra de você, agora? – ela sorriu, dando uma olhada no quarto. – Até daqui uns dias, velha Hogwarts. – saiu.

Os corredores estavam desertos. Os alunos mais novos já deviam ter partido para suas casas e o restante deles se divertia no baile. Hermione seguiu seu caminho com passos apressados, ansiosa para o que estava acontecendo.

Foi quando, do nada, ela parou.

Rebeca poderia, sim, estar certa. Tom poderia querer fazer algo mais com ela, afinal, era sua namorada e isso era extremamente normal.

Mas isso era completamente errado. Jamais poderia. Ela se tornaria Lord Voldemort. (N/A: garota idiota, quem liga? D:) O engraçado era que, ao mesmo tempo, sentia como se um monstro estivesse crescendo em sua garganta, extasiando um nervosismo que jamais sentira. Ela amava Tom, não havia nada de errado nisso.

- Não. Nunca lhe disse que estava mexendo com Lord Voldemort. – repreendeu Dumbledore, compreendendo o ponto de vista da menina. – O nosso foco é e sempre será Tom Riddle.

- Mas Tom Riddle é Lord Voldemort. – ela disse, ainda não entendendo.

- Sim, no nosso atual presente. – explicou Dumbledore. – Para o tempo que a Srta. está indo, Tom Riddle é apenas Tom Riddle, um garoto órfão, inteligente e bonito.

- Então Lord Voldemort não irá se lembrar se eu o marcar, quando jovem, profundamente?

- Se a Srta. for capaz, talvez. – Dumbledore sorriu.

Poderia arriscar-se dessa forma, não poderia? Não sentiria remorso depois? Estaria traindo seus amigos e sua família.

Não.

Era Tom Riddle ali, não Lord Voldemort, e Hermione amava Tom Riddle tanto quanto seus amigos e sua família... um erro inevitável.

- Por que está parada aí? – perguntou Tom, observando a menina no meio do caminho. – Não está se sentindo bem?

- Estou...meia...tonta. É. – respondeu.

- Então, - disse Riddle, suspendendo-a em seus braços. – acho melhor eu tirá-la daqui antes que alguém se machuque. – riu.

Com um feitiço simples, Tom fez com que as coisas de Hermione fossem seguindo-os, enquanto carregava a garota até seu quarto. Lá, colocou-a delicadamente sobre sua cama, enquanto se espalhava por ela toda.

- Tem certeza de que está tonta?

- Não agora. Meus pensamentos estão mais claros. Fico tonta quanto penso em você. – ela sorriu, sentando-se.

- Oh, isso me surpreende, pois a ultima coisa que sinto perto da milady é tontura. – ele riu.

- Porque você é muito, mas muito forte, Sr. Riddle.

- Eu sei. – disse, praticamente jogando-se sobre a cama e Hermione.

Esta surpreendeu-se com um risinho, enquanto aninhava-o em seus braços.

- Você é bem mais alto que eu. – reparou.

- Algo consideravelmente normal. – disse Tom. – Desagrada-lhe?

- Não, não teria porquê. – disse afetivamente.

- Não vai me perguntar aonde vamos nessas férias? – disse, olhando-a nos olhos.

- Não. Nós vamos atrás do seu pai. – sorriu.

- Como sabe disso, Srta. Granger? – Tom se sentou. – Andou me espionando?

- Eu não! – ela riu. – Se eu espionasse você ficaria muito surpresa, e extremamente enciumada.

- Claro, pois todas as moças desse colégio dariam tudo para estar no seu lugar, aqui. – disse com desdém. – Mas nem todos podem ter tudo o que querem. – ele a olhou. – Vamos atrás do meu pai, sim, Hermione.

- Tem alguma ideia do que fazer? – perguntou com interesse para Tom não desconfiar que já sabia todo o paradeiro.

- Ainda não. Somente sei para onde vamos, mas não tenho ideia alguma do que falar, como agir. – respondeu sem olhar para ela. Um mau sinal.

- Sabe como ele é? – perguntou mais uma vez naquela noite.

- Sim. Você tinha razão. Ele é exatamente, ou melhor, eu sou exatamente igual a ele...fisicamente, claro.

- Descobriu mais alguém da sua família? – Hermione acariciou os fios pretos que se soltavam do gel.

- Interessante me perguntar isso. – ele riu maldoso. – Quando descobri meu pai, descobri também uma cadeia de parentes. Tenho meus avós da parte dele sabia? – seu riso era debochado e não mostrava emoção. – E tenho um tio, irmão da minha mãe. Uma criatura sem importância.

- Como sem importância, Tom? – a garota sentou-se levando Riddle consigo. – É sua família também!

- De todos o que mais importa é meu pai, miss Granger. – Tom acariciou seu rosto. – Você quer conhecê-lo?

- É claro que sim! – Hermione riu com gosto. – Tenho que pedir a sua mão para ele, como manda o protocolo.

- Isso me faz lembrar uma coisa. – ele levantou-se da cama e abriu o armário. – Feche os olhos, querida juíza. Tenho um artefato muito interessante para comprar-lhe minha liberdade.

Hermione fechou os olhos. Sabia bem do que se tratava, mas mesmo assim não conseguia sustentar a emoção que tomava-lhe as pernas e roubava-lhe o ar. Tom daria o anel para ela.

- Hermione Granger. – começou, com um lindo sorriso nos lábios. – Já que tocou no assunto...

- Posso abrir os olhos? – exasperou-se.

- Ainda não. É mais fácil dizer sem você me olhar. – disse envergonhado.  – Não sei o que dizer, mas... nos últimos meses eu tenho vivido de uma forma que pensei ter esquecido. Ansiei pelos dias que se passavam e não me prendi ao que passava...só desejava mais dias e, bem, eu nunca fui assim. Sempre tive medo do tempo.

- Tom – pediu. – me deixe abrir os olhos!

- E então... – continuou ele, desfazendo do pedido dela. – com você aqui eu...me sinto bem. Muito bem, pra falar a verdade. – ele deu um suspiro profundo e aproximou-se dela. – Abra os olhos.

Os rostos de Riddle e Granger estavam a milímetros de se tocarem.

- Eu queria lhe pedir, e talvez seja muito cedo para isso, mas... eu sempre fui bem precoce e imagino que não há coisa que eu queira mais...

Hermione estava tremendo. Aquilo não estava parecendo um pedido formal de namoro, mas...

- Quer se casar comigo, Hermione? – perguntou com seus lábios colados aos dela.

O que? Lord Voldemort tinha acabado de pedi-la em casamento! CA-SA-MEN-TO! Não era possível! Não fazia sentido algum! Tom jamais tinha se casado, nem Voldemort!

Mais uma vez a dúvida e a culpa invadiram-lhe o peito, e a única coisa que conseguia sentir eram as mãos de Tom subindo por seu vestido, deitando-a delicadamente na cama e arrancando-lhe leves suspiros enquanto aprofundava o beijo. Naquela situação, já estaria se afogando.

“É, Hermione,” pensou ela “tem certas coisas que vão além do destino”. Convenceu-se.

Tom beijava-lhe o pescoço, o rosto, o busto...todas as partes que pudesse alcançar sem se livrar do vestido dela. Hermione estava estática, uma verdadeira boneca sendo manipulada nas mãos dele.

Assim como ele fez com Ginny Weasley. Só que ali a situação era bem diferente. Já era uma mulher e não uma criança. Poderia muito bem fazer esse tipo de coisa, tomar essas decisões.

E ela o amava, muito. E doía-lhe o peito saber que, mesmo aceitando o maravilhoso pedido, ele jamais se realizaria. Ela jamais se casaria com Tom, jamais teria filhos com ele.

Uma lágrima escorreu em seu rosto.

- O que houve? Fiz alguma coisa? – perguntou Tom, sem folego algum.

- Você fez sim. – ela acusou. – Fez o que eu mais temesse que fizesse.

- Hermione... – ele ia começar quando ela calou-o com um beijo.

- Fez com que eu me apaixonasse perdidamente por você, que eu o amasse com todas as forças. Não há mais o que julgar, Tom, você venceu a causa. Você sempre vencerá.

- Eu não compreendo. – ele disse tristemente. – Isso é ruim?

- É péssimo. – disse ela. – É culpa do destino.

Tom riu. A última ação que Hermione poderia esperar.

- Já entendi. Só que, mennya liublie (N/A: meu amor, em russo), eu nunca acreditei em destino. Somos como o gato e o violino, Hermione. Mas eu, como o gato, sou muito mais esperto.

E, dizendo isso, recomeçou o que tinha interrompido. Beijos, carinhos e suspiros. Não haveria mais dúvidas a partir do momento em que estava feito. E depois que o momento chegou, nenhum dos dois suportou o êxtase e relaxaram, lado a lado, como um casal de verdade.

- Tom? – chamou a menina, com o rosto no peito do rapaz.

- Sim?

- O que você quis dizer com “somos como o gato e o violino?” – perguntou levantando o rosto e olhando nos olhos dele. Estavam azulados e brilhantes.

- Não conhece a história? – Tom questionou confuso, com expressão curiosa.

- Não.

- Bem, - ele começou. – é um filme trouxa que assisti quando criança, no orfanato. Foi meu primeiro contato com a televisão. – ele sorriu. – O filme retrata a história de amor entre um compositor talentoso e de uma moça bonita, que também compunha, mas não era tão boa quanto ele. – Tom brincava com os cachos da garota e sorria. – A moça, porém, era muito bela, e conquistou o coração dele e de mais mil homens. Tendo os poderosos nas mãos, deu um jeito de sua música fazer sucesso.

- O que é o violino?

- A maior paixão do rapaz: a mocinha bonita. – Tom gargalhou. – Eu quis dizer que, bonita como é, pode ter tudo de qualquer homem, até mesmo mulher. Poder, dinheiro, fama... O rapazinho do filme era meio bobo mesmo, porém no final ela se entrega a ela e deixa de lado tudo o que havia conquistado.

- Eu não sou assim. – ralhou ela. – Não sou gananciosa nem nada disso.

- É claro que não é. – ele riu. – Pois foi por isso mesmo que disse que sou muito mais esperto como gato. Você jamais será de outra pessoa, pode ter tudo o que quiser comigo. – ele a beijou de leve, sem desencostar os lábios. – Estaremos sempre juntos para compor nossos concertos.

- Sim, Tom Riddle. – disse simplesmente, com um sorriso enorme.

- Sim? – perguntou confuso.

- Eu aceito me casar com você. – ela o abraçou.

- Eu já sabia disso antes de você sequer falar. – Tom a beijou, recomeçando tudo o que haviam terminado.

Pelo visto, as férias dos dois seriam longas. Ao amanhecer, Hermione não sentiu seu antigo anel sendo colocado de volta em seu dedo, pois ainda dormia.

A diferença era a mão em que estava colocado. Agora, ela não era mais namorada de Tom Riddle.

Hermione Jane Granger era noiva dele, compromissada seriamente, e não gostava nem de imaginar o que seus amigos diriam se um dia contasse a eles.


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Notas finais do capítulo

Bon jour! Espero que me perdoem pelo tempo que demorei para postar (2 dias, ooooh), como nunca deixei vocês tanto tempo sem capítulo fiquei muito mal. :(
Mas eis que posto mais este, e o 14º está prontinho também! Hoje a noite eu o coloco aqui!
Então abigos, estou tendo mil provas de piano e canto pra orquestra da minha cidade e não tive tempo de entrar antes. Pra variar, o NYAH ficava "Overload" quando eu tentava conectá-lo! >.
Bem, eu prometi ter NC-17, mas fiquei tão envergonhada de escrever, e saiu essa porcaria. Podem tacar os tomates. :~
O GATO E O VIOLINO: Jeannette MacDonald e Ramon Novarro, 1932. É muito bonitinho, sou fanática por filmes antigos. Tenho todos os que vocês imaginarem desde 1925! *---*
É isso aí. Tenho aula de piano agora, volto de noite. Beijos e até daqui a pouco!