Geisha escrita por Najayra


Capítulo 15
Capítulo 15 - Dance com água, brinque com fogo


Notas iniciais do capítulo

Depois de muito tempo, meus amores, mais ação para vocês. Espero que gostem do capítulo ^^



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[Narrado por Marine]

- Então... Até daqui a quatro dias? – me despedia de Aniya.

- Uhum. Voltarei mais rápido do que imagina. – ela abriu seu sorriso iluminado.

- Estarei te esperando. – eu a abracei e logo ela montou o cavalo.

- Tenha cuidado. – Rika disse para Shizuka.

- Sim, senhora. – ela montou seu cavalo.

- Não vá tentar “convence-los”, ok? – Shizuka riu.

- Nem mesmo por violência? – ela fazia uma carinha inocente para Rika.

- Não, Shizuka. – ela riu – Diga apenas o necessário. Se aceitarem bem, senão... Esqueça-os.

- Ah, que pena. – ela voltou o cavalo para a saída – Vamos, Aniya.

E as duas partiram em busca dos novos soldados da Guarda Real.

- Só fico preocupada com o que pode acontecer à Aniya. – comentei com Rika.

- Sabemos que é mais fácil terem medo dela do que o contrário.

- Renka está descontrolado ultimamente.

- Suzaki está furiosa. Tem me incomodado muito à noite. – ela foi em direção ao seu quarto.

- Quer que eu dê uma olhada?

- Por favor. – eu a segui.

Entramos no quarto e fechamos a porta. Rika desfez o laço da yukata e a abaixou. Sua marca estava em relevo e, quando a toquei, percebi que estava quente.

- Converse com ela. Isso aqui está pura brasa.

- Ah, aprendi a não me incomodar. – ela puxou a yukata novamente – E Seiryuu? Como está?

- Ele tenta não me machucar. É muito gentil...para um dragão.

- Meu medo é quando ele se mostrar não tão gentil. Amarre para mim? – peguei o laço dourado e o amarrei apertado em sua cintura.

Neste exato segundo, Kimura entrou no quarto.

- Er... O que vocês estavam fazendo? – ele me viu com as mãos na roupa de Rika.

- Tentávamos um pouquinho de privacidade, mas você atrapalhou. – Rika riu de minha ironia.

- Aham... – ele não viu graça – Os soldados estão esperando. Vamos?

- Claro. Por que não? – passei por ele sorridente. Rika veio logo atrás.

- Nossas armas... – Rika foi logo interrompida.

- Já estão lá.

- Ótimo. – respondi.

=§=

Kimura nos guiou até um terreno, aos fundos do palácio, que a Guarda utilizava para treinos. Um bando de babuínos babões gritando uns com os outros. Homens... Colocamo-nos em fila à frente deles, esperando por um pouco de ordem.

- Vocês ensaiaram essa palhaçada? – estava irritada.

- Não, eles são sempre assim. – Kimura respondeu.

- Tendo você como exemplo, até eu... – Rika sentiu a necessidade de retrucar. Eu ri. Ele fez cara feia e assoviou.

Seu assovio ecoou e os soldados ficaram nos fitando. Kimura começou:

- Senhores. Tenho uma notícia...impactante para vocês. A partir de hoje, serão divididos em quatro regimentos. E quem irá liderar cada um deles será Marine, Rika e suas outras irmãs. – ele apontou para nós ao dizer os nomes – Desde então, conheçam seus novos generais.

Fez-se um silêncio sepulcral, seguido do estrondo de trovão formado por risadas masculinas em bom tom.

- Eu avisei que iriam rir. – Kimura sussurrou em meu ouvido.

- É, ele avisou. – Rika enfatizou ainda olhando para os babuínos.

Eu respirei fundo, virei a cabeça estalando o pescoço, peguei minhas katanas e olhei para Kimura.

- Quem ri por último, ri melhor. – segui para a multidão de babuínos.

Rika sentou-se sobre a cerca da varanda onde nos encontrávamos, apoiando as costas no pilar.

Eu ia adentrando o antro e os homens babavam à imagem de meus ombros e pernas.

- Você é muito lindinha para governar um regimento. – um deles cutucou.

- Sou boa em muitas coisas. – todos se exaltaram.

- Que tal mostrar sua especialidade? – os outros riram e ele me secou.

- Claro... Pegue sua espada.

- Qual das duas você quer? – que lindo. Um piadista.

- A de metal e que tem desempenho garantido. – levantei uma sobrancelha e me afastei dois passos. Todos vaiaram o soldado.

- Farei você engolir... – ele riu baixinho – O que disse.

- Aham. No três. – ele se posicionou – Um, dois, três.

Avancei contra ele, usando as duas katanas de forma rápida e aleatória, o que o confundiu. Fiz um corte em sua perna, outro na cintura, até que consegui que a espada voasse de sua mão. Chutei-lhe a barriga, ele caiu no chão, ajoelhei com as pernas ao redor de seu corpo e, com as duas katanas cruzadas e fincadas no chão, coloquei seu pescoço em uma bonita enrascada. Um centímetro e cabeças iriam rolar.

- Eu avisei que era boa. – sorri e levantei. Os outros soldados me aplaudiram.

Rika abriu um sorriso. Achava muita graça na situação do soldado derrotado.

- Mas permita-me apresentar o melhor da casa. – estendi a mão para Rika.

Ela estendeu o braço para pegar a bisento e saltou a cerca, vindo até mim e colocando sua mão sobre a minha.

- Faço um desafio! – gritei a todos – Quem a jogar no chão por meio segundo... Terá uma noite de muito prazer com ela. – ela revirou os olhos ao ouvir o entusiasmo dos homens.

- Odeio você. – ela continuou com seu sorriso discreto.

- Eu sei. – eu também sorria – Então, quem aceita lutar contra minha irmã? – houve silêncio.

- Eu aceito. – vinha de trás. Rika e eu fechamos a cara e nos viramos.

Kimura descia lentamente as escadas da varandinha, com um ar petulante.

- Saiba que... Se ganhar, quero meu prêmio. – ele tocou uma mecha de seu cabelo.

- Só tem um problema na frase. – ela respondeu.

- E qual é?

- SE ganhar. – ela sorriu cinicamente.

- Vamos ver. – ele desembainhou a espada e se pôs em posição.

Rika inclinou levemente a bisento, segurando com as duas mãos, em frente ao corpo.

- Quantos? – perguntei.

- Hum... Cinco.

- Tudo isso?

- Cinco, o quê? – Kimura quis saber.

- Cinco movimentos. – ela respondeu.

- Contagem regressiva e... Chão. – ele riu.

- Três, dois, um.

Kimura avançou a espada pela esquerda de Rika.

1º - Ela soltou a mão de trás da bisento, fazendo com que ela fincasse no chão e defendesse o golpe.

2º - Segurando na parte superior, ela girou rapidamente e o calcanhar da perna esquerda acertou o rosto de Kimura.

3º - Segurando próximo da lâmina, puxou a bisento retirando-a do chão. Girou-a e bateu o bastão entre o ombro e o pescoço de Kimura, fazendo-o cair de joelhos com a dor.

4º - Chutou, com a perna direita, a mão de Kimura e ele soltou a espada. Então, colocou a mesma perna è frente.

5º - Girou a bisento e a apontou para a garganta de Kimura.

Os soldados olharam perplexos.

- Mas o que é isso? – ele estava furioso.

- Estou só te enfrentando, Kimura. Como você me aconselhou. – ela sorria. Afastou a bisento e se dirigiu para a varandinha.

- Nunca brinque com fogo. – disse para Kimura e a segui.

Olhamos para os soldados.

- Façam duas filas. Iremos direcioná-los a quatro especialidades. Lutarão conosco e lhe diremos para qual regimento irão. – Rika deu as ordens e eles obedeceram.

Kimura passou por nós e seguiu para dentro do palácio.

- Achei lindo. – sussurrei para ela.

- Também. – olhamos uma para a outra e demos risadinhas.


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Notas finais do capítulo

Espero reviews e matta ne ^^v



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