Geisha escrita por Najayra
Notas iniciais do capítulo
Depois de muito tempo, meus amores, mais ação para vocês. Espero que gostem do capítulo ^^
[Narrado por Marine]
- Então... Até daqui a quatro dias? – me despedia de Aniya.
- Uhum. Voltarei mais rápido do que imagina. – ela abriu seu sorriso iluminado.
- Estarei te esperando. – eu a abracei e logo ela montou o cavalo.
- Tenha cuidado. – Rika disse para Shizuka.
- Sim, senhora. – ela montou seu cavalo.
- Não vá tentar “convence-los”, ok? – Shizuka riu.
- Nem mesmo por violência? – ela fazia uma carinha inocente para Rika.
- Não, Shizuka. – ela riu – Diga apenas o necessário. Se aceitarem bem, senão... Esqueça-os.
- Ah, que pena. – ela voltou o cavalo para a saída – Vamos, Aniya.
E as duas partiram em busca dos novos soldados da Guarda Real.
- Só fico preocupada com o que pode acontecer à Aniya. – comentei com Rika.
- Sabemos que é mais fácil terem medo dela do que o contrário.
- Renka está descontrolado ultimamente.
- Suzaki está furiosa. Tem me incomodado muito à noite. – ela foi em direção ao seu quarto.
- Quer que eu dê uma olhada?
- Por favor. – eu a segui.
Entramos no quarto e fechamos a porta. Rika desfez o laço da yukata e a abaixou. Sua marca estava em relevo e, quando a toquei, percebi que estava quente.
- Converse com ela. Isso aqui está pura brasa.
- Ah, aprendi a não me incomodar. – ela puxou a yukata novamente – E Seiryuu? Como está?
- Ele tenta não me machucar. É muito gentil...para um dragão.
- Meu medo é quando ele se mostrar não tão gentil. Amarre para mim? – peguei o laço dourado e o amarrei apertado em sua cintura.
Neste exato segundo, Kimura entrou no quarto.
- Er... O que vocês estavam fazendo? – ele me viu com as mãos na roupa de Rika.
- Tentávamos um pouquinho de privacidade, mas você atrapalhou. – Rika riu de minha ironia.
- Aham... – ele não viu graça – Os soldados estão esperando. Vamos?
- Claro. Por que não? – passei por ele sorridente. Rika veio logo atrás.
- Nossas armas... – Rika foi logo interrompida.
- Já estão lá.
- Ótimo. – respondi.
=§=
Kimura nos guiou até um terreno, aos fundos do palácio, que a Guarda utilizava para treinos. Um bando de babuínos babões gritando uns com os outros. Homens... Colocamo-nos em fila à frente deles, esperando por um pouco de ordem.
- Vocês ensaiaram essa palhaçada? – estava irritada.
- Não, eles são sempre assim. – Kimura respondeu.
- Tendo você como exemplo, até eu... – Rika sentiu a necessidade de retrucar. Eu ri. Ele fez cara feia e assoviou.
Seu assovio ecoou e os soldados ficaram nos fitando. Kimura começou:
- Senhores. Tenho uma notícia...impactante para vocês. A partir de hoje, serão divididos em quatro regimentos. E quem irá liderar cada um deles será Marine, Rika e suas outras irmãs. – ele apontou para nós ao dizer os nomes – Desde então, conheçam seus novos generais.
Fez-se um silêncio sepulcral, seguido do estrondo de trovão formado por risadas masculinas em bom tom.
- Eu avisei que iriam rir. – Kimura sussurrou em meu ouvido.
- É, ele avisou. – Rika enfatizou ainda olhando para os babuínos.
Eu respirei fundo, virei a cabeça estalando o pescoço, peguei minhas katanas e olhei para Kimura.
- Quem ri por último, ri melhor. – segui para a multidão de babuínos.
Rika sentou-se sobre a cerca da varanda onde nos encontrávamos, apoiando as costas no pilar.
Eu ia adentrando o antro e os homens babavam à imagem de meus ombros e pernas.
- Você é muito lindinha para governar um regimento. – um deles cutucou.
- Sou boa em muitas coisas. – todos se exaltaram.
- Que tal mostrar sua especialidade? – os outros riram e ele me secou.
- Claro... Pegue sua espada.
- Qual das duas você quer? – que lindo. Um piadista.
- A de metal e que tem desempenho garantido. – levantei uma sobrancelha e me afastei dois passos. Todos vaiaram o soldado.
- Farei você engolir... – ele riu baixinho – O que disse.
- Aham. No três. – ele se posicionou – Um, dois, três.
Avancei contra ele, usando as duas katanas de forma rápida e aleatória, o que o confundiu. Fiz um corte em sua perna, outro na cintura, até que consegui que a espada voasse de sua mão. Chutei-lhe a barriga, ele caiu no chão, ajoelhei com as pernas ao redor de seu corpo e, com as duas katanas cruzadas e fincadas no chão, coloquei seu pescoço em uma bonita enrascada. Um centímetro e cabeças iriam rolar.
- Eu avisei que era boa. – sorri e levantei. Os outros soldados me aplaudiram.
Rika abriu um sorriso. Achava muita graça na situação do soldado derrotado.
- Mas permita-me apresentar o melhor da casa. – estendi a mão para Rika.
Ela estendeu o braço para pegar a bisento e saltou a cerca, vindo até mim e colocando sua mão sobre a minha.
- Faço um desafio! – gritei a todos – Quem a jogar no chão por meio segundo... Terá uma noite de muito prazer com ela. – ela revirou os olhos ao ouvir o entusiasmo dos homens.
- Odeio você. – ela continuou com seu sorriso discreto.
- Eu sei. – eu também sorria – Então, quem aceita lutar contra minha irmã? – houve silêncio.
- Eu aceito. – vinha de trás. Rika e eu fechamos a cara e nos viramos.
Kimura descia lentamente as escadas da varandinha, com um ar petulante.
- Saiba que... Se ganhar, quero meu prêmio. – ele tocou uma mecha de seu cabelo.
- Só tem um problema na frase. – ela respondeu.
- E qual é?
- SE ganhar. – ela sorriu cinicamente.
- Vamos ver. – ele desembainhou a espada e se pôs em posição.
Rika inclinou levemente a bisento, segurando com as duas mãos, em frente ao corpo.
- Quantos? – perguntei.
- Hum... Cinco.
- Tudo isso?
- Cinco, o quê? – Kimura quis saber.
- Cinco movimentos. – ela respondeu.
- Contagem regressiva e... Chão. – ele riu.
- Três, dois, um.
Kimura avançou a espada pela esquerda de Rika.
1º - Ela soltou a mão de trás da bisento, fazendo com que ela fincasse no chão e defendesse o golpe.
2º - Segurando na parte superior, ela girou rapidamente e o calcanhar da perna esquerda acertou o rosto de Kimura.
3º - Segurando próximo da lâmina, puxou a bisento retirando-a do chão. Girou-a e bateu o bastão entre o ombro e o pescoço de Kimura, fazendo-o cair de joelhos com a dor.
4º - Chutou, com a perna direita, a mão de Kimura e ele soltou a espada. Então, colocou a mesma perna è frente.
5º - Girou a bisento e a apontou para a garganta de Kimura.
Os soldados olharam perplexos.
- Mas o que é isso? – ele estava furioso.
- Estou só te enfrentando, Kimura. Como você me aconselhou. – ela sorria. Afastou a bisento e se dirigiu para a varandinha.
- Nunca brinque com fogo. – disse para Kimura e a segui.
Olhamos para os soldados.
- Façam duas filas. Iremos direcioná-los a quatro especialidades. Lutarão conosco e lhe diremos para qual regimento irão. – Rika deu as ordens e eles obedeceram.
Kimura passou por nós e seguiu para dentro do palácio.
- Achei lindo. – sussurrei para ela.
- Também. – olhamos uma para a outra e demos risadinhas.
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Espero reviews e matta ne ^^v