Imprinting a True Love escrita por diilira


Capítulo 7
Maldito ego


Notas iniciais do capítulo

Altas inspirações galera!!! Preparem-se para muitos capítulos o/



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  Depois do almoço, Leah recebeu um chamado de Jacob via comunicação de alcateia, ainda não fazia ideia de como isso funcionava. Ela me levou de volta para a casa de Billy e agora seu lar também. Comi os biscoitos de Sue e escutei Charlie falando sobre como o tempo para a pesca estava ótimo estes últimos dias, no meio da conversa ele disse:

  -Queria que você tivesse visto a Bella. Tem falado com ela?

   Olhei para Sue e ela me olhou em resposta.

  -Ahn, não, Charlie. Não falo com ela desde que tinha onze anos. 

  -Ah, claro, desculpe. É que estou preocupado com ela. Bella pegou uma grave doença durante sua lua de mel no Brasil, e os Cullen dizem que é melhor não ir vê-la por que pode ser contagioso.

  -Ah, nossa. Ela se casou?

  -É, eu sei. – disse Charlie tomando um gole da sua garrafa de cerveja – Não pense que concordei com isso.

  -Ah, não, eu imagino.

  -Mas se tiver notícias, se o Jake falar qualquer coisa, me avise, certo?

   Olhei para Sue mais uma vez, ela assentiu discretamente.

  -Claro, Charlie. Você será a primeira pessoa na qual irei informar.

  -Obrigada, Rachel.

   Sorri para ele do modo mais convincente que consegui. Uma hora depois, Charlie foi buscar Billy na reserva e agora estavam assistindo o jogo de futebol na sala e eu e Sue estávamos lavando louça na cozinha.

  -Eu não acredito que estão deixando o Charlie fora. – sussurrei a Sue

  -Eu sei, eu sei. Eu também não estou confortável com a situação, mas não posso arrastá-lo para este mundo. Esta é a chance de nós termos uma vida normal.

  -Sue, sem ofensa, mas seus filhos são lobisomens. Nunca terá uma vida normal.

  Ela parou de lavar um prato e virou-se apoiando as costas contra a pia, abaixou a cabeça e pude ver que ela estava chorando.

  -Eu sei.

  -Oh, Sue, me... me desculpa. – falei abraçando-a.

  -Não, você está certa.

  -Não, eu não estou. Eu sou uma idiota.

  -Você teve sorte de ter vivido longe daqui. Queria que Leah e Seth tivessem tido a mesma oportunidade quando puderam.

  -Hey, nunca é tarde demais.

  -Bem, agora é.

  -Sue, não diga isso, tá? Não deixe que as palavras idiotas que saem da minha boca te afetarem.

    Ela levantou a cabeça e me olhou.

  -Vejo muito da sua mãe em você, sabia?

  Eu sorri, sem graça.

   -Está tudo bem aqui?

   Nos viramos e vimos Charlie na porta da cozinha segurando uma garrafa de cerveja vazia.

   -Está, querido. Está tudo bem. – disse Sue limpando as lágrimas com a mão.

   -O que aconteceu? – perguntou Charlie preocupado

   -Nada, eu só estava olhando para Rachel e lembrei da mãe dela, só isso.

   -Ah, Sue. – ele disse aproximando-se

   -Não, está tudo bem, Charlie, de verdade.

  -Hey! – disse Billy da sala – A minha garganta está ficando seca aqui!

  -Já vou! – disse Charlie

   Charlie pegou duas garrafas na geladeira e se virou para nós antes de sairmos.

  -Está tudo bem mesmo?

  Nós duas assentimos com um sorriso. Ele assentiu e voltou para a sala.

  -Tenho pena dele. – disse Sue – Não saber o que está acontecendo com a própria filha. Não saber que ela está sendo morta aos poucos.

   Fiquei calada desta vez, mas concordava com ela, Charlie era bem apegado a Bella, dava para perceber isso quando ele falava dela. Lavei a louça com Sue, depois assistimos o restante do jogo com Billy e Charlie.

   Quando o jogo acabou, com a ajuda de Charlie, coloquei meu pai no carro e a cadeira de rodas no porta-malas. Sue disse para que eu voltasse logo, e que prometia ser menos manhosa.

  Estávamos a caminho da reserva quando meu pai resolveu quebrar o silêncio.

  -Paul apareceu hoje depois que você saiu.

   Uma felicidade imensa explodiu dentro de mim, mas resolvi me fazer de difícil, controlei a minha emoção para que parecesse tranquila.

  -Ah é? O que ele queria desta vez? – perguntei

  -Ele parecia determinado.

  -Ah.

  -Acho que você deveria ir vê-lo.

  Olhei para ele de relance com um sorriso

  -Desde quando você é o cupido? – caçoei

    Ele sorriu.

  -Acho que vocês deveriam conversar sobre ontem. Acho que você deveria se desculpar.

  -Me desculpar?! Você não pode estar falando sério.

  -Rach, não se desculpar por você, mas pelo vampiro...

  -Riley.

  -O quê?

  -O nome do vampiro é Riley.

  -Ah, bem, me parece que ele não irá se desculpar tão cedo, você deveria ir falar com Paul, e depois com este vampiro Riley.

  Fiquei calada e liguei o rádio.

  Deixei Billy em casa e segui a pé para a casa de Paul. Desta vez eu não me perdi, fui seguindo a trilha que me lembrava e cheguei a casa dos Lahote. Subi as duas escadinhas da frente e bati na porta, nenhuma resposta, bati na porta mais cinco vezes e ninguém atendeu. Escutei um barulho metálico vindo de trás da casa juntamente com um som de guitarra, circulei o lado direito da casa e vi uma pequena garagem coberta, um antigo Chevy Impala estava estacionado, o rádio estava ligado em cima da caixa de ferramentas, escutei o barulho metálico mais uma vez e vi pernas vestidas com jeans movimentando-se embaixo do carro.

  -Paul? – perguntei

  Ele deslizou e saiu debaixo do carro, ele estava sem camiseta, engoli seco.

  -Rach?

  Paul levantou-se e limpou as mãos sujas se graxa em um pano.

  -O que está fazendo aqui? Achei que não quisesse vir morar comigo.

  -Meu pai disse que você foi lá em casa mais cedo.

  -Ah, é, isso.

   Meus olhos iam para os músculos dele quando ele não estava olhando para mim e depois voltavam para o rosto dele quando ele voltava a olhar para mim.

  -Então? – perguntei – O que você queria?

  -Olha, Rach. Eu sei que você provavelmente vai me odiar, mas...

  -Vocês nunca sentem frio?

  -Como é?

  -Você... poderia colocar uma camiseta por favor?

  Paul deu um sorriso.

  -Isto te incomoda?

  -É, muito.

  -Ótimo.

  Ele começou a se aproximar de mim.

  -Paul, não. Olha, eu sou faixa preta em karatê.

  -Não, não é.

  -Paul, é sério.

  Ele parou, colocou o pano em cima de uma mesa pregada na parede e disse:

  -Tudo bem. Eu não me arrependo do que eu fiz ontem. Na verdade, eu me arrependo de não ter acabado com a vida daquele sanguessuga nojento.

  -Você não conhece ele.

    Ele me olhou perplexo.

  -Você está defendendo aquele monstro?

  -Não, Paul. Olha, eu não sei ainda o que está acontecendo, tudo bem? Eu não sei nem quem meu irmão é! Eu... Eu estou vendo pessoas nas quais eu conheço a vida toda se tornando lobos gigantes, tá? Eu não sei em quem confiar, eu... eu...

  -Desculpe. – ele murmurou

  -O quê?

  -Desculpe, tá? Me desculpe.

  -Paul...

  -Me desculpe se eu te dei motivos para não confiar em mim. Me desculpe se eu quero te proteger. Me desculpe se eu estou loucamente apaixonado por você. Me desculpe, Rachel. Era isso o que você queria ouvir?

  -Paul...

   Ele pegou a camiseta preta que estava no capô do carro e a colocou, depois passou por mim. Eu queria correr atrás dele e me desculpar, eu queria agarrá-lo ali mesmo e sentir o calor do corpo dele contra o meu, mas o meu ego falou mais alto. Voltei para o meu carro, virei a cabeça para trás e olhei para o teto. Eu faço tudo errado. 


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Notas finais do capítulo

Foi pouco, né? mas e aeeewww??? o que acharam? *u*



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