Elisabeth olhou novamente para o horizonte. A noite estava terminando e o sol surgia. Ela respirou fundo. Era quase poético ver o sol surgir para brilhar e aquecer aquela pequena cidade que ela ansiava conseguir esquecer. Mas ela nunca conseguiu. Mesmo após todos esses anos.

Fazia 146 anos desde a última vez que tinha estado em Mystic Falls. Seu corpo humano não doía mais, suas feridas já haviam cicatrizado, mas as lembranças de seus últimos dias ali ainda queimavam em seu coração.

O sol finalmente nasceu, anunciando o novo dia. "Um novo dia significa uma nova vida", Elisabeth pensou. Quando ela recebeu o telefonema que lhe acordara na noite anterior não pudera imaginar que, pela manhã, estaria tão perto de finalmente cumprir a promessa que havia feito, quase um século e maio atrás.

"Ajudem-me, meus queridos", foi a oração feita em silêncio por Elisabeth, olhando para o retrato que era sua única companhia. Era tão especial quanto era antigo. Ela o guardou novamente em sua mochila e, colocando-se de pé, rumou para um lugar que ela conhecia tão bem.

A casa de Giuseppe Salvatore.