Slytherin Pride escrita por Gaia


Capítulo 1
Prólogo




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/112607/chapter/1

Acordei com um susto e ofegando, provavelmente tinha tido um pesadelo no qual não me lembrei de manhã, satisfeita com a minha conclusão brilhante, levantei-me e bati a cabeça no móbili a cima da minha cama como de costume. Resmunguei como sempre e  olhei para o relógio na esperança de que eu não estivesse atrasada. Ótimo, não estava. O que foi um certo milagre, vindo de mim…

Enfim, vi minha mala perto da porta e Rustie em sua gaiola, tentando fazer alguma coisa na qual não consegui identificar e finalmente percebi que dia era aquele. Primeiro dia de aula.

Bom, aparentemente seria só mais um ano ordinário em Hogwarts aprendendo como levitar coisas. Quer dizer, não estou reclamando, é bem legal ser uma bruxa e tal, mas não sou nenhum Harry Potter se é que você me entende. Deixe-me explicar, a sua percepção de ser um bruxo deve ser magnífica, porque vejamos, com Harry Potter, o famosinho de Hogwarts, acontece tudo, a vida dele é eletrizante, divertida e medonha ao mesmo tempo.

E a minha vida de bruxa? É um tédio, eu só vou à escola para contar quanto tempo falta para ir para o dormitório. Na verdade, tem um motivo em especial que me faz gostar de Hogwarts, mas vamos deixar isso pra depois…

Eu sei, eu sei, qual é o meu problema, certo? Bom, eu não sei. Só sei que esse ano estou determinada a fazer com que a minha vida em Hogwarts seja decente, assim como a de Harry Potter.

Olha, não me levem a mal, eu realmente não tenho nada contra ele, mas a vida do cara é, de fato, bem melhor que a minha. Ainda mais agora que acham que ele é o Eleito e…

Enfim, desci e tomei café-da-manhã com meus pais,  eu não estava prestando atenção na conversa, mas tenho certeza que ouvi frases como “Cuidado com…” , “Se comporte e…”, “E aquele professor novo…”, sabe? As coisas típicas que seus pais devem dizer no começo do ano letivo em uma escola de bruxaria.

Após uma manhã comum, finalmente chegamos na Estação King Cross e, depois de me despedir calorosamente dos meus pais, parei na plataforma nove e três quartos, que, por mais patético que seja, ainda tenho anseio de atravessar. Pois é, depois de cinco anos. Bom, obviamente tive que atravessar de uma forma ou de outra e quando cheguei ao outro lado, me deparei com as minhas duas melhores amigas berrando o meu nome.

- LIZ! – Suzanna, ou como a chamo, Su, gritou. – Quanto tempo! Por quê não nos escreveu nas férias?

- Pois é! -  Beatrice, ou Cece, disse. – Nós sentimos sua falta!

- Perdão, meus pais queriam passar as férias na nossa casa de campo, junto com meus avós. – olhei-as com cara de dor. Elas riram da minha desgraça e entramos juntas no trem.

Demoramos pouco tempo para achar um vagão, o que nos serviu muito bem para olhar o quanto as pessoas haviam mudado nas férias enquanto passavam por nós procurando vagões vazios.

Depois de longas observações e comentários nem sempre bondosos, olhei para as duas e logo começamos a colocar as novidades das férias em dia. Passou um tempo e, de repente, Su me surpreendeu perguntando:

- Liz, seus pais deixaram você voltar a Hogwarts mesmo depois de saber da volta do Você-sabe-quem?

Arregalhei os olhos com a menção do assunto e sussurrei ansiosa;

- O diretor Dumbledore os convenceu que Hogwarts seria mais seguro que qualquer outro lugar, então sim. Mas que eles ficaram com medo, ficaram. – completei.

Cece nos olhou assustada e murmurou:

- Acho melhor não falarmos dele e além do mais, Harry Potter pode estar por perto.

- O que isso tem a ver? – Su falou em um tom alto demais.

- Ah, sabem o que dizem, que ele é o único que pode derrotar Você-Sabe-Quem. – Cece esclareceu. – Qual é? Ele deve estar sofrendo com tanta pressão. – concluiu depois de ver nossas faces confusas

- Eu não acredito nisso, quer dizer, só porque ele sobreviveu a um feitiço da morte, não significa que ele pode salvar todos nós. – Su comentou abaixando novamente o tom.

- Não foi só isso! Você não ouviu falar que ele lutou pessoalmente com Você-Sabe-Quem quatro vezes?! Não sei se é verdade, mas que o garoto tem algo especial, tem. – Cece argumentou agitada.

- Isso não quer dizer que…

- Dá para pararmos de falar de Harry Potter? – interrompi angustiada. Quer dizer, eu já sabia de tudo isso, e ficar repetindo os atos heróicos do cara não estava ajudando em nada na minha auto-estima.

- Ui, alguém não gosta do Eleito. – caçoou Cece.

- Não é isso, é que… Sei lá, falar sobre ele me faz notar que minha vida é mesmo uma droga. – comentei cabisbaixa.

- Elizabeth! Sua vida não é uma droga! Você tem pais ótimos e apesar deles serem trouxas, você é bruxa! Sabe a sorte que tem? – perguntou Suzanna tentando me consolar. - E além de tudo, tem amigas muito legais. – riu.

Rimos e falamos besteiras por um tempo, quando finalmente fomos interrompidas por um menino ruivo que abriu a porta do nosso vagão. O reconheci imediatamente.

- Vamos, coloquem os uniformes, estamos chegando e… Ei, vocês não são da Grifinória! Droga, acho que estou no corredor errado, Hermione vai me matar… - continuou resmungando depois de fechar a porta.            

- Aquele era o melhor amigo do Harry Potter, certo? – perguntou Suzanna encantada.

Como o assunto foi para Harry Potter de novo?

- Sim, acho que sim. – disse Cece. – Eu o acho uma gracinha. – corou.

- Bom, ouviram o que ele disse, vamos por os uniformes. – avisei antes que a conversa mudasse de rumo novamente.

É, aquele ano seria longo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Oláa

Eu sou a Mu e essa é a minha nova fic: Slytherin's Pride - que quer dizer Orgulho da Sonserina ou algo assim. Achei que soaria melhor em inglês e de fato soou HEAOIUHAE

Enfim, espero que gostem, comentem me dizendo o que acharam, seja algo bom ou ruim, eu aceito críticas, elas são boas pra melhorar.

Beeijos :*