- Ele esta vindo! Disse gritando para minha avó

- Querida, não tem ninguém a...! Nesse instante minha avó levou um tiro pelas costas atingindo seu pulmão.

- Vóoooo, meu Deus responde vó! O sangue saia com muita velocidade de sua boca fazendo a mesma afogar-se com o próprio – Socorrooo! Alguém me tira daqui! Disse gritando.

- Abra essa porcaria de porta! Disse o homem, e sem pensar duas vezes ele arrombou – Cadê você pivetinha, vou-te mostar o que é bom.

Fiquei bem quieta escondida em meu guarda-roupa que tinha uma pequena frestinha aberta que levava a uma escada que parava no porão. Sem pensar fui correndo para o porão me esconder atrás das bugigangas da minha avó.

- Eu sinto seu doce aroma minha doçura, eu sei onde você esta! Disse o homem descendo a escada do porão – estou sentindo seu perfume.

Estava com muito medo de ele me pegar, mas não podia sair correndo dali.

- Doçura! Cadê você meu anjo? Disse ele.

- bem aqui idiota! Joguei uma velha garrafa de vinho em sua cabeça que o fez gritar de dor. Por sorte fugi pela escada enquanto estava destraido. Porém não deu muito certo.

Quando eu estava subindo as escadas e o homem pegou minha perna me fazendo cair.

- Me solta seu assassino imundo. Disse gritando.

- Toma isso! O homem batia em meu rosto como se fosse um saco de pancadas. Chutava meu corpo. Até que fiquei inconsciente.

Quando eu acordei estava sendo arrastada pelo mato pelo homem que havia assassinado minha avó, fingi ainda estar inconsciente para que ele não me matasse ali mesmo. Ele parou na frente de uma cachoeira e jogou um saco pela água abaixo. Deveria ser o corpo de minha avó. Quando ele percebeu que eu estava acordada ele veio em minha direção, com medo peguei e fui correndo com a mão em minha barriga que doía muito até o outro lado do rio. Na hora que eu pulei eu só ouvi um estouro muito alto. O canalha tinha me acertado minhas costas.

- Cai no rio, e a única coisa que eu ver foi a água azul ficando toda vermelha. Meus olhos estavam pesados me fazendo fechá-los dando adeus aquela vida imunda que eu tinha. Quando me dei conta eu estava ao lado de minha avó, todos de branco menos eu por causa do meu casaco, e lá me apelidaram de Chapeuzinho Vermelho.