Those Eyes - Dean Thirteen escrita por mari_p


Capítulo 8
Fique comigo, juntos, viveremos para sempre.


Notas iniciais do capítulo

*Músicas "Stay With Me" e "Together we will live forever" - Clint Mansell (músicas instrumentais).

Neste último capítulo, eu não vou entrar no assunto de "o que acontece quando morremos", pois cada um acredita no que quiser, certo?! Eu só escrevi o que eu acredito e acho que ficou bonito para terminar a fic. Eu particularmente me emocionei escrevendo este último capítulo, ainda mais que eu estava ouvindo as músicas enquanto escrevia! É isso! XD



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/112241/chapter/8

Dois anos depois…

 Dean recebeu um telefonema.

- Alô? Sim, sou eu. Ah, claro, eu vou o mais rápido possível!

Ele desligou o celular e começou a arrumar suas coisas.

- O que foi? - perguntou Sam confuso.

- É a Remy! Me ligaram do hospital!

- O que aconteceu?

- Não sei direito, mas ela me chamou, tenho que ir lá!

- Estamos um pouco longe do hospital…

- Não importa, se sairmos agora, dá para chegar lá em menos de dois dias.

- Mas Dean…

- Eu vou! Você vai?

- Tá bom, eu vou.

Como ele havia planejado, um dia e meio depois, eles chegaram ao hospital.

- Eu sou Dean Winchester, vim visitar Remy Hadley.

- Ah… é você - disse a enfermeira com cara de dó - venha comigo, por favor.

Dean, Sam e a enfermeira pegaram o elevador e foram até o último andar, andaram por um longo corredor até chegar a um quarto. Na frente dele, Chase, Foreman e Taub estavam do lado de fora, os três olharam para ele e presumiram que era o tal "Dean". Quando abriram a porta de vidro, o caçador viu uma cena que cortou o seu coração, Thirteen deitada na cama, mais magra, abatida e sem o controle de seus movimentos. House, Wilson e Cuddy estavam no quarto.

- Quem é o Dean? - perguntou House olhando para os irmãos.

- Sou eu.

- Ele chegou - disse Cuddy, segurando a mão de Thirteen.

Na hora, com uma certa dificuldade, ela virou a cabeça e viu o caçador. Ela esboçou um sorriso, ele se aproximou dela e pegou sua mão.

- Você me chamou, eu vim - disse ele com os olhos cheios de água.

- Ela só conseguia falar "Dean", olhei nas coisas dela e achei o seu telefone - disse Cuddy.

- Obrigado por me chamar.

- Desculpa, mas ela não tem mais muito tempo - disse House já preparando a eutanásia.

- Tudo bem, eu fico aqui até o fim. Remy… hey, olha pra mim - a médica virou a cabeça - você deve estar cansada, eu sei, mas isso tudo vai acabar logo, tá? Eu tenho certeza de que você vai para um lugar lindo, muito melhor…

Já não era mais possível segurar as lágrimas, Dean falava com dificuldade. Quem assistia à cena, também estava emocionado ou chorando.

- Você lembra daquele parque que nós fomos? Tinha árvores lindas, altas, o dia estava lindo, o céu limpo, lembra? - continuou Dean - então, feche os olhos, imagine que você está lá, andando, livre.

- Eu não agüento isso - disse Foreman saindo da porta do quarto.

- Agora você está entrando naquele túnel de cerejeiras. Elas eram o que? Rosas, não é? Sim, bem rosas, lindas como você - continuou o caçador - agora imagine… que… que eu estou lá no fim do túnel. Eu estou te esperando, pode vir, pode correr até mim, você tem o controle do seu corpo.

Thirteen estava com os olhos fechados e realmente imaginando tudo aquilo. Dean olhou para House e autorizou a eutanásia.

- Você me alcançou… me abrace, pode me abraçar, tudo vai… dar certo - foram as últimas palavras que Thirteen ouviu Dean dizer.

House injetou a droga e ela dormiu, desta vez, para sempre. Seu corpo relaxou, suas feições ficaram serenas e seu sofrimento havia acabado. Todos estavam chorando, até House que tentou disfarçar.  Dean se levantou e chorando, beijou a testa e os lábios de Thirteen.

- Eu sinto muito - disse House.

- Obrigado por me chamarem.

Dean saiu do quarto enxugando as lágrimas, Sam agradeceu e foi atrás.

- Dean! Dean! 

- O que foi Sam?

- Você não vai ficar para o enterro?

- Não, eu não vou agüentar. 

Antes de entrar no elevador, Cuddy alcançou os dois.

- Espera! Eu tenho uma coisa para te dar - disse ela pegando a mão de Dean.

- O que é isso? - perguntou ele abrindo a mão.

- É uma corrente que a Thirteen usava. Eu acho que você merece ficar com ela.

- Obrigado.

Os dois entraram no elevador e foram embora. Já no hotel, Sam ouviu uns barulhos vindo do banheiro.

- Dean? O que foi?

Quando ele abriu a porta, viu Dean com a mão sangrando.

- O que você vez? Droga! Você socou o espelho!

- Dane-se! Não é justo! A Remy morreu e tem tanta coisa ruim viva por aí! Não é justo, porra! - gritou ele chorando.

- Eu sinto muito cara, mas tem certas coisas que não dá para explicar. Vamos, você precisa de um curativo.

Um ano e meio depois...

- Dean! Dean! Não, por favor! Fica firme! Não desista! - pedia Sam.

Dean estava muito machucado e muito fraco após ser capturado e torturado por demônios. Deitado no sofá velho de uma casa abandonada, o  caçador se esforçou para falar.

- Sam… por favor, me prometa… uma coisa.

- Não, não é hora de prometer nada! O Castiel vai chegar e vai te curar!

- Sam… chegou minha hora.

- Não! Não!

- Por favor… me prometa… que você não vai me trazer de volta.

- Dean! Você é meu irmão, não vou conseguir caçar sem você!

- Você aguenta, você é mais forte… do que imagina… por favor… me prometa.

- Droga… tá bom!

- Eu estou cansado… já… não agüento mais.

- Não por favor, Dean! Por favor!

O mais velho desistiu da batalha e morreu. Sam parecia não acreditar.

- Não! Não pode ser! - chorava.

Castiel apareceu.

- Agora que você aparece? - perguntou Sam bravo.

- Desculpa, Sam, eu não queria ver o Dean morrer.

- Traga-o de volta!

- Você não pode quebrar uma promessa e eu não posso.

- Por que não?

- Eu já o salvei uma vez. E outra coisa, um dia vocês todos vão morrer mesmo, para sempre. Chegou a hora do Dean.

- Eu não acredito… é sério dessa vez?

- Sim. O seu irmão descansou.

Como um bom Winchester, Sam resolveu cremar Dean. Antes de cremá-lo, Sam viu a corrente de Thirteen no pescoço do irmão, na hora ele lembrou do dia no hospital. 

Em um outro lugar, um outro plano espiritual, em outra dimensão, Dean abriu os olhos, ele vestia roupas brancas, se sentia leve e livre.

- Eu acho que conheço este lugar.

De repente ouviu alguém chamar o seu nome.

- Dean?

Ele virou a cabeça para trás e não viu ninguém, quando se virou para frente, era Thirteen, que também estava de branco, usava um vestido branco.

- Remy! - disse ele emocionado.

- Oi, Dean!

Os dois se abraçaram.

- Eu morri? - perguntou ele.

- Sim, morreu. Descansou.

- Ah…. - suspirou ele olhando para Thirteen - Você está tão linda!

- Estou livre! E agora você também!

- Onde nós estamos? Eu acho que conheço este lugar.

- É o parque, Dean! Nosso parque, venha!

Ela o puxou pela mão e os dois começaram a andar pelas árvores, ele olhou para cima e viu pássaros voando, viu os raios do sol entre as copas das árvores, olhou novamente para sua eterna amada, que corria sorridente, tão feliz.

- Vem, Dean! Vem!

Ele correu atrás dela e os dois entraram no belíssimo túnel de cerejeiras. Ela parou e ficou olhando para ele.

- Eu sabia que nós íamos nos encontrar de novo - disse ela colocando os braços ao redor do pescoço dele.

- É tão bom te ver novamente! 

- Agora podemos descansar! Sem hospital, doença, monstros… só nós dois!

- Tem alguma coisa pendurada na minha mão - quando ele olhou, era a corrente de Thirteen - ah sim, acho que isso te pertence.

Ela se virou de costas, levantou o cabelo e ele colocou a corrente. Ele sorriu emocionado e a beijou. Começou a ventar o que causou uma "chuva" de flores, era o  paraíso, finalmente… a eterna paz.

 FIM


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu demorei para acabar, mas acabei! Obrigada à todos que leram e comentaram!