Opera Paris escrita por Lauren Reynolds, Jéh Paixão


Capítulo 8
Capítulo 6 - A Bailarina e o Mascarado


Notas iniciais do capítulo

Ola ola ola!! :)

Conversamos lá embaixo! o/

Beijinhos



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Capítulo 06 – A bailarina e o mascarado.

Bella estava em seu camarim, passando uma escova de cerdas macias em suas madeixas castanhas, quando ouviu uma baixa voz, já muito conhecida por ela. Era pouco depois do meio dia, automaticamente, Bella se levantou e passou pela passagem do espelho. Agora, já não temia andar por aqueles corredores. Quando chegou ao final, viu o corcel negro a sua espera no início das escadas largas.

Você deve ser louca, Bella. Ela pensava. Claro, com um visconde e um Conde aos seus pés, você fica com um fantasma. Ela se debatia.

Bella subiu habilmente no corcel. Ainda vestia sua roupa de ensaio, um vestido bem evasê, típico de bailarinas, bem como as sapatilhas. Dessa vez, guiou o corcel rapidamente entre os corredores cobertos com a luz dourada. Não demorou em avistar o lago subterrâneo e o pequeno barco.

- Esse lugar ainda em dá arrepios. – Ela disse baixo, erguendo o pé e sentando no barco.

Não era preciso usar os remos, por algum motivo, a correnteza estava mais forte aquele dia, levando-a em segurança na direção que precisava. Bella só usou o longo remo com a pá em formato de folha, quando chegou à bifurcação, desviando assim, para a caverna do fantasma.

Ela vislumbrou a figura furtiva dele descendo a escadaria de pedra. Seu coração saltou do peito e uma estranha felicidade se apossou de seu ser. Como posso ficar feliz em vê-lo? Ela se questionava, quando a mão coberta pela luva preta era estendida a sua frente.

- Seja bem vinda. – Ele lhe disse singelamente.

- Obrigada. – Ela disse sem jeito, com o rosto corado. – Como posso esquecer de tudo quando ouço você cantando, Monsieur Fantôme?

- Este é um bom mistério, - A voz do fantasma soou brincalhona. – realmente um bom mistério.

Bella sentou-se na banqueta do piano e começou a deslizar seus dedos pelas teclas de marfim. Uma composição simples, porém delicada, ornamentava aquele estranho lugar. Ela deixara sua mente vagar, porém a única coisa que conseguia pensar era nele, no Fantasma da Ópera. Então, lembrou-se do encontro agradável com o Conde Cullen e do ciúme do Visconde James. Seus dedos pesaram sobre as teclas interrompendo a música agradável.

- O que houve minha cara? – O Fantasma perguntou, aparentemente preocupado com a expressão séria dela. Porém, ela não respondeu. Estava metida em um rolo dos maiores que podia imaginar, isso sim. Estava muito encrencada.

O Fantasma não sabia o que se passava na cabeça da jovem, afinal, ele não era nenhum leitor de mentes. Mas tinha uma pequena noção. É provável que aquele Visconde esteja em seus pensamentos. Ele disse para si mesmo. Não pôde evitar a raiva crescendo dentro de si e o sentimento de ciúmes tomando-o por completo. Minha! Só minha! Ele dizia mentalmente.

- O que está acontecendo, minha bailarina? – Ele perguntou novamente. A voz aveludada era como uma carícia para os ouvidos de Bella.

- Esse é o problema. – Ela falou baixo, levantando-se e sentando no divã.  – Eu não sei.

- Aquele Visconde está te incomodando. – O Fantasma disse baixo. – Ele não entendeu o meu recado.

- Não! Quer dizer... Que recado? – ela perguntou. – Aquele de que eu não tenho permissão alguma para sair com qualquer outro que possa ser um pretendente? O que pensa de mim, Monsieur Fantôme?

- Sou um monstro, mademoiselle. Disse-lhe certa vez que era só minha. Sou um monstro obcecado pela senhorita. – Ele aproximou-se dela, traçando círculos em torno de suas maçãs do rosto.

- Que pensa de mim, senhor Fantasma? – Bella arfou, porém tentava manter o foco. Havia algo de familiar naqueles olhos.

O Fantasma se afastou e virou-se de costas. Debatia-se entre mostrar a ela sua verdadeira identidade e acabar com isso de uma vez por todas, ou continuar com aquele mistério. Isabella iria querer o fantasma sabendo da verdade? Sabendo de toda a verdade?

- Penso que é a dama mais bonita e formosa que já vi em toda minha vida, Signoritta. – Ele falou suavemente. – És uma dama jovem e habilidosa bailarina, de uma beleza exótica e inigualável, além de magnífica cantora.

- Sinto-me lisonjeada. – Bella admitiu. Mas não era só isso que queria ouvir do Fantasma.

- Não permito que outros a tenham porque a quero para mim, jovem bailarina. – Ele falou de novo.

- Me... Queres? – Ela ergueu uma sobrancelha e não pôde conter o broto de esperança que nascia em seu peito.

- Sim.

O Fantasma se aproximou da jovem e com delicadeza, depositou um beijo casto em seus lábios. Bella sentiu seu coração disparar e o rosto arder em chamas, porém, não podia evitar sentir-se completamente apaixonada pelo fantasma. Ele aprofundou o beijo. Suas línguas brincavam uma com a outra. Bella elevou seus dedos e brincou com as madeixas bagunçadas do Fantasma. Ele deslizava uma de suas mãos pelo corpete bordado de Bella, colando-a mais ao seu corpo.

Por um instante, pensou no que queria fazer. Deslizou seus dedos pelo cabelo bagunçado e então arrancou a máscara que cobria metade do rosto do ser misterioso. Quando abriu os olhos, ele lhe empurrara com uma mão e numa velocidade surpreendente, esquivara-se dela, virando-se de costas.

- Como ousa?! – Ele perguntou irritado.

- Quem é o gênio musical por detrás da máscara? Beijei um ser misterioso que nem se quer sei o nome ou o rosto. – Ela murmurou.

- Você sabe quem sou, mas ainda não se deu conta. – Ele disse suavemente, recolocando a máscara. Só então se virou para ela.

- Sei?

- Sabe. Porém. Não quero que descubra. – ele disse suavemente. – Por enquanto, se contentará só com este misterioso ser?

Bella ponderou. Mas no fundo, não se importava se ele tinha uma máscara ou não. Ela gostava do Fantasma e seu coração se alegrava por ele também querê-la. Porém, não negava que saber dos segredos obscuros do fantasma era agradável. Ela deu alguns passos a frente e beijou-lhe levemente os lábios, encostando sua cabeça no peito largo do ser.

- Me contento. – Ela disse de olhos fechados e sorrindo. – Me contento porque foi vossa senhoria que me ensinou tudo o que sei e o que sou hoje. Contento-me porque meu coração simplesmente se alegra na sua presença.

O Fantasma beijou-lhe a testa e virou Bella de costas, passando por seu pescoço, uma pequena correntinha de ouro com um pingente, uma pequena máscara. Atrás do pescoço fechou-a e deixou-a cair sobre o colo descoberto da jovem. Depois, desceu os lábios e beijou gentilmente a pele fina do pescoço de Bella, que arfou.

(...)

- Onde estava, Edward? – Perguntou Emmett, enquanto folheava um dos livros de registro da vinícola Cullen.

- Estava tratando de assuntos pessoais. – Edward respondeu num sorriso, entregando seu casaco para o mordomo. – Pois bem, do que falavam?

- Recebi hoje uma carta vinda de Londres, de Carlisle. – Jasper disse.

- Presumo que ele queira tratar das vinícolas, afinal, já faz alguns anos que saí de lá e só costumo mandar uma cópia dos livros de registro por um empregado. – Edward passou as mãos pelos fios cobre.

- Exato. – Jasper concordou. – Em breve ele virá para dar uma olhada. Mas não é nada alarmante.

- Vamos ter que cuidar disso, quase que pessoalmente. Se as disputas aumentarem, vamos ter problemas. – Edward estava parado em frente à janela, observando o sol, que já se punha. – E quanto às safras especiais?

- Sem problema algum. – Jasper falou.

- Na verdade, andam muito bem. – Emmett disse. – Carlisle está por trás da administração de várias empresas e isso só aumenta nossa pequena fortuna. As vendas da safra especial vão muito melhor do que imaginam. Eu mesmo acompanhei uma das vendas.

- O que podemos dizer... Um negócio em família. – Jasper concordou e levantou sua taça. – Brindemos!

(...)

- Bella! – Alice sorriu assim que a viu. – Você desapareceu!

- Eu estava ocupada. Tocando. – Bella sorriu.

Alice e Bella caminhavam por uma das escadarias luxuosas do teatro, admirando as belas obras de artistas renomados. Quando chegaram à galeria, Alice ficara admirando o retrato de sua mãe. O quadro era pintado por um artista russo; havia uma bailarina esticando a mão até a ponta do pé, num movimento claramente delicado, enquanto a outra perna estava flexionada. A saia da bailarina era longa, mais comprida da parte traseira, porém delicada.

- O que é isso no seu pescoço? – Alice perguntou, virando-se para Bella e pegando a pequena máscara.

- Ele me deu. – Bella sorriu. – Vai parecer estranho se eu disser que gosto daquela criatura?

- Hum, talvez não. – A pequena bailarina riu. – Isso nos mostra que ele não deve ser qualquer um. Isso é folheado a ouro, se não for de ouro.

- Como tem tanta certeza, Allie?

- Bem, durante o tempo em que vivi vendo condes e condessas, aprendi a ver estas coisas. – Ela sorriu. – Isso é um sinal de que ele também sente algo por você...

- E não está só a fim da minha voz, certo?

- Certo! – Alice riu.

(...)

Numa parte erma da cidade de Paris, a carruagem do Visconde James de Chagny parava em frente a um estabelecimento de aparência bem deplorável. O cocheiro abriu a porta e o Visconde desceu, empunhando sua bengala negra, com um pequeno adorno de prata no topo. A luva branca do visconde ficou empoeirada quando abriu a porta, logo que entrou, percebeu a figura de um homem rechonchudo e de baixa estatura.

- Presumo que seja J. Jenks? – O Visconde perguntou.

- Em carne e osso. – J. Jenks disse. – Uma honra recebê-lo em meu humilde estabelecimento, Visconde de Chagny. – Ele fez uma reverência.

- Realmente humilde, meu caro. – O Visconde disse baixo. – Porém, disseram-me que é o melhor no ramo da investigação nesta cidade.

- Não creio que sou o melhor, porém... Eu tento. – J. Jenks disse sorrindo, exibindo seus dentes amarelados. – Sente-se Visconde, se achar necessário.

O Visconde se sentou não se intimidando pelo estado meio repugnante daquele lugar. Mas não era de se esperar que fosse um escritório de luxo como o seu no centro de Paris, era?

- Preciso que descubra tudo sobre uma pessoa. – O Visconde disse.

- E quem seria?

- Já ouviu falar sobre O Fantasma da Opera?

- Não creio que seres assim possam ser achados, meu caro senhor, talvez num cemitério, mas mesmo assim-

- Ele não é um fantasma. É provável que seja alguém se aproveitando da boa fama da opera, porém, ele tem algo que eu quero. – O Visconde estreitou os olhos.

- O que ele tem que te pertence?

- Algo valioso. Pagarei muito bem, se cumprir o trato. Por hora, deixarei um adiantamento. Alguns mil francos devem lhe servir.

- Servirão. Com toda certeza. O que quer saber dele? Como ele é? – J. Jenks perguntou.

- Muitos não sabem quem ele realmente é, embora ele seja homem. Carne e osso, como você mesmo disse.

- Então ele tem uma identidade secreta?

- Exatamente. Com toda certeza deve ter ouvido falar sobre algum ser misterioso. Ele anda geralmente com uma capa preta e uma máscara branca... é o que dizem.

- Olha, vou ser sincero, Visconde... – J. Jenks suspirou. – O que está me pedindo não é fácil. Mas posso tentar. Se eu falhar, lhe passarei tudo o que eu descobrir, é claro que tem um preço... Só para constar... E então procurará outra pessoa. Ficará tudo em sigilo.

O Visconde ponderou. Descobrir quem era o fantasma não seria fácil, mas se conseguisse fazê-lo, seria útil. Desmascará-lo na frente de todos. Talvez ele fosse um aproveitador, quem sabe. Mas se descobrisse que qualquer palavra referente a aquele assunto saiu dos lábios do Sr. Jenks, James se certificaria de que ele seria um homem morto.

- Lhe deixarei cinqüenta mil francos, como adiantamento. – O Visconde disse ao homem. – Mas se eu souber que falou qualquer coisa sobre isso com alguém, não verá nunca mais a cor do dinheiro.

- Com toda certeza. Um mensageiro meu irá até o senhor. Sabe, não posso deixar que saibam que faço este tipo de serviço.

- Fico grato, Barão Jason. – O Visconde sorriu sarcasticamente e saiu da espelunca. Vou descobrir quem você é, Monsieur Fantôme.


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram? :P
Todas vocês já sabem quem é o Fantasma, então, agora vamos apimentar um poucos as coisas e dar problemas para todos! :) hihi

Bem queridas, primeiramente, quero desejar a todas um FELIZ NATAL e um ano novo liindo, cheio de paz, amores, paqueras, beijos, abraços. amassos, reliações, dinheiro, emprego, felicidade, alegria e tudo o que todas voc~es tem direito. Que deus esteja com todas neste final de ano! Um super feliz natal para vocês e suaS famílias! ♥

e claro, avisinhos:

Comentem, porque agora só volto aqui no ano novo. Vou viajar e em janeiro não vou ter tanto tempo on. Então já sabem. Capitulos virão, mas só quando eu tiver on. ^^

Beijinhos ;*



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