Amigos, Fama, Ação! escrita por jduarte
Notas iniciais do capítulo
pequenininho também. Beijoooos.
No outro dia de manhã, acordei tarde e tomei um café bem rápido. Lavei a louça de qualquer jeito e dei um “tapa” na casa para ficar menos desarrumada. Dei comida, água e os brinquedos de Cooper e Winnie que estavam jogados por meu quarto. Peguei as chaves do carro e saí de casa torcendo para chegar logo.
Estacionei Cheer na garagem dos Malory’s e desci. Toquei a campainha e a mãe de Luke atendeu. Simpática como sempre.
- Olá, Rachel! Quanto tempo. Como vai? – perguntou ela.
- Vou bem Sra. Malory. – respondi educadamente. – Hmm... O Luke está? – perguntei.
Ela olhou dentro da casa e fechou um pouco a porta.
- Não, querida. Ele saiu. – disse claramente desculpando-se.
- Ah, tá. Tudo bem. A senhora poderia dizer que eu passei por aqui e que eu gostaria de falar com ele? – perguntei coçando a testa.
- Claro! Eu digo sim! – respondeu amigável.
- Muito obrigada. – sussurrei indo até o carro e apoiando a cabeça no volante.
Fechei os olhos lembrando-me da textura dos lábios de Luke nos meus, da sensação de seus braços ao meu redor, seu perfume viciante... Abrir os olhos e ver que tudo o que eu lembrei, eram mesmo lembranças, fez meu peito apertar.
Dirigi rápido até o hospital. Mamãe teria alta hoje. Finalmente veria meu irmão. Quando cheguei à porta, mamãe segurava um embrulho azul que choramingava e Victor estava ao seu lado radiante.
- Isso é bizarro. – sussurrei a mim mesma. – Oi gente! – gritei acenando.
Mamãe veio ao meu encontro e abraçou meus ombros com cuidado.
- Oi, meu amor! – disse ela beijando minha bochecha. – Já conhece o Masen? – perguntou.
- Quem?
- Seu irmão. – sussurrou estendendo-me o embrulho azul. – Vamos lá, segure-o.
Peguei... Masen nos braços e fiquei admirando-o. O tufo de cabelos loiros que cresciam no alto da cabeça, os olhos mel, o nariz pequenininho.
- Olá. – sussurrei enrolando o dedo mindinho em seu... Tufo de cabelo.
Masen resmungou piscando os olhinhos.
- Tudo bem, eu dirijo. – anunciou Victor indo para o banco do motorista do MEU carro.
- Nananinanão. – quase berrei entregando Masen à minha mãe. – Eu dirijo. Você – disse apontando para Victor que colocava as mãos para cima em um ato de rendição. – fica no banco de trás com Masen e mamãe.
Victor praticamente voou para fora do banco. Sorri.
Chegamos a nossa casa, alguns minutos mais tarde.
- Quem sabe se não convidássemos a família de Malory para vir almoçar conosco amanhã? – perguntou Victor.
Estou começando a gostar dele.
- Claro. – apoiei rápido demais e eles olharam para mim. – O que? Luke é meu amigo. – defendi-me pegando a mala com as roupas.
- Hmm... Só amigo? – perguntou mamãe.
Não. Sei lá. Talvez.
- É. Só amigos é uma boa definição. – respondi tentando dar de ombros.
Mamãe revirou os olhos e entro em casa. Subi as escadas e entrei no quarto de hóspedes. Meu queixo caiu. Aquele era o mesmo quarto? Até olhei pra trás para checar.
- O que aconteceu aqui? – perguntei.
- Eu me atrasei para ir ao hospital, porque estava terminando o quarto de Masen. – disse Victor pegando meu irmão no colo.
Sorri. Era bizarro, mas muito legal ter uma verdadeira... Família.
O telefone de minha mãe tocou e ela atendeu.
- Bob? – perguntou ofegando. – Não. – respondeu rude. – Não!
Os pelos de meu braço se eriçaram ao ouvir esse nome. Estendi a mão para o telefone e fiquei esperando. Mamãe passou-me o telefone e eu só ouvi.
“... Eu te amo. E você sabe disso!” implorava meu pai do outro lado da linha.
- Ah, é mesmo? Pena que você está oito anos atrasados! Já disse para nos deixar em paz. Viva sua vida onde você estiver, seja feliz e nos deixe em paz! – gritei a última parte desligando.
Resisti ao impulso de jogar o celular na parede só para ter o prazer de vê-lo se estilhaçar em milhões de pedaços.
Fechei os olhos e apertei a ponte do nariz inspirando fundo.
– Mãe, ligue para Luke, Rocco e Grace Malory vir comer aqui. – disse eu já recuperada da irritação.
- O.k. – disse mamãe pegando o celular de minha mão, com cautela.
Eu NÃO sou um bicho! Pode pegar o telefone sem que eu amasse-o em sua cabeça, o.k?
Mamãe ligou para eles e confirmou o almoço de amanhã. Já eram o que? Seis horas da tarde?
- Tudo bem, o que vamos fazer amanhã para o almoço? – perguntou Victor.
- Churrasco. – disse sem pensar.
- Boa idéia. – disse mamãe batendo palmas. – Amor, - ela dirigiu-se a Victor que estava parado admirando o filho. – será que você poderia ir comprar as coisas para não nos atrasar? – perguntou doce como sempre.
- Claro. – respondeu Victor colocando Masen no berço e plantando um sereno beijo nos lábios de minha mãe.
Quando Victor saiu, mamãe sentou-se na cadeira de balanço e cruzou os braços.
- Pode falar. – resmungou.
- O que? – perguntei sem entender nada.
- O que aconteceu com você e Luke? – rebateu.
Engoli seco. O que ele tinha falado com sua mãe?
- Na-nada. – gaguejei.
Quando mamãe estava prestes a fazer mais uma pergunta intimidadora, Masen começou a chorar. Antigamente eu diria salva pelo gongo, mas o caso agora é “Salva pelo Masen!” Viva!
- Aham. Vou fingir que acredito. – sussurrou pegando meu irmãozinho do berço. – Agora eu vou alimentar Masen e...
- Tchau, mãe! – disse eu a interrompendo.
- O.k. Mais tarde nós conversamos. – sussurrou antes de eu fechar a porta.
Desci as escadas esperando encontrar Winnie e Cooper correndo e pulando, mas para meu alívio, ambos estavam deitados no sofá (coisa que minha mãe abomina), e mordiam bolinhas babadas de plástico.
Comecei a rodar as chaves de Cheer nos dedos, e percebi que meu celular andava muito calmo. Peguei do bolso. Realmente ele estava muito quieto!
Disquei o celular de Nikky.
“Hey, girl!”
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continua....