- Ah, oi! – disse eu.

   Sem querer apertei o botão de viva-voz e Luke começou a escutar comigo.

“Sua música vai tocar nas rádios a partir de hoje. Não é nada pessoal, mas sobre quem fala? É tão... Tocante.”

- Hmm... Experiências próprias – perguntei no subconsciente.

- O que? – sussurrou Luke ao meu lado.

“O.k. Olha, se você colocar na rádio 102.4, pode ouvir a música começando! Boa sorte! Estamos esperando mais músicas. Tchau!” ela se despediu.

   Luke me olhava inexpressivamente.

- O que foi isso? – ele perguntou.

- Vamos assim dizer que eu gravei uma música e bom, hoje ela vai ao ar. – disse dando de ombros.

- Hmm... É essa? – perguntou estendo a folha.

- Não. É outra. – disse sintonizando na rádio de Savannah falou.

   Coloquei e esperei. Ah, Deus! Minha música! Fiquei de boca aberta.

- Quem canta? – ele perguntou. Sério? Nossa! Consideração zero! O olhei estarrecida. – Nossa! Você canta bem. – Luke elogiou.

   Ficamos em silêncio um tempo. O refrão começou e... Bom, tá na cara que é sobre ele. Desliguei a música.

- Ei! – Luke gritou me segurando. – Porque você desligou?

- Sei lá. Só que não é tão legal assim. – disse eu. – Bom Luke, eu preciso ir. Mamãe vai ficar uma fera se souber que passei a noite fora.

- Tá. Tudo bem. Posso passar na sua casa depois? – perguntou com os olhos no pé.

- Aham. Tudo bem. – respondi pegando a bolsa e dando um beijo em sua bochecha. Mordi o lábio inferior e sorri.

- Cadê seu sapato? – perguntou ele divertido.

- Eu joguei fora entre o momento em que estava carregando você para o carro, ou o que eu estava ameaçando matar os paparazzi. – respondi.

- Desculpe-me. Nunca mais na minha vida eu vou beber de novo. Não serve para nada! – disse ele. Eu ri.

- Concordo com você. E, sério, Luke, se você não sair dessa cama, eu venho jogar água em você! – ameacei.

   Ele riu cínico.

- Tá legal. Você não conseguiria. É muito pequena! – disse revirando os olhos.

- Se você não sair da cama, não falo mais com você. – disse decidida partindo para o ponto fraco.

   Luke resmungou e levantou-se.

- Muito melhor. – disse eu.

   Desci as escadas, acompanhada de Luke que abriu a porta para mim mesmo de pijama e ignorando tudo e todos. Ele me beijou carinhosamente no pescoço, e distribuiu beijos pela minha face (menos na boca). Entrei no carro e dirigi delirando pelas ruas, até que cheguei em casa. Wednesday e Cooper pularam em mim fazendo-me cair.