Amigos, Fama, Ação! escrita por jduarte


Capítulo 33
Capítulo 33 - Eleven Records


Notas iniciais do capítulo

mais um capítulo. Não ficou AQUELAAAAA coisa, buuuuuuut...
Bom, como vocês sabem, eu amoooooo reviews e amei que vocês, minhas leitoras maravilhosas, vivem me mandando. Bom, caso eu tenha esquecido de responder algum, me manda um review shsuashuahsauhs
BEIJOOOOOS *3*
JuliaD.



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   Ficamos conversando até que Nikky teve a brilhante idéia de ir mexer no computador, só que, o único computador que tem na casa, é o meu!

- Tudo bem... – suspirei. – Ah, você não sabe quem eu encontrei no shopping hoje!

- Quem? – ela perguntou com os olhos brilhando.

- A sebosa e seu fiel cachorrinho! – disse rindo.

   Ela sorriu maliciosa.

- Nem pense em tocar nas fotos e mandar para o email dele. – ralhei pegando o caderno de debaixo do travesseiro.

   Nikky estendeu a mão.

- O que? – perguntei afastando o caderno de suas mãos.

- Posso ver? Sério, se eu não vou me vingar da Barbie plastificada, então preciso de alguma coisa para ler! – disse pegando e abrindo na página que eu deixei marcada. Ela leu por alguns segundo e começou a rir. – Amei a primeira parte: Que estive aqui e você nem ligou!

- Haha! – ri cínica. – Muito engraçado. Se for para ficar zoando, me devolve.

   Ela apontou para a cadeira do seu lado com as unhas pintadas de roxo escuro.

- E se...

   E se... É sempre assim!

-... Mandarmos algum cantor gravar essa música? – perguntou ela me olhando e sorrindo sacana.

   Coloquei o dedo na boca pensativa.

- Diz que siiiiiiim! – implorou fazendo cara pidona.

- Tá! Mas onde? – perguntei.

- A Eleven Records, trabalha com cantores pouco conhecidos, se nós vendermos para eles e fazemos um acordo de 10% de tudo que ele ganhar com essa música! Que tal? – ela perguntou.

   Estávamos lá na tal Eleven Records, sentadas na sala de espera. Nikky folheando uma revista e eu com a letra nas mãos. Era tão estranho olhar para aquilo na minha mão e estar prestes a entregar nas mãos de outra pessoa...

- Garotas, - disse um homem grisalho. – podem entrar.

   Sentamos em uma das cadeiras da sala, e ficamos ali esperando o homem que iria cuidar de minha música chegar. Nervosismo mata? Tô no inferno!

   A porta abriu-se num rompante e um cara desleixado entrou. Fiquei olhando para os lados, para ver se ele não tinha errado de sala e entrado por engano.

- Bom, o que vocês trouxeram para mim hoje? – perguntou.

- Uma nova música – disse. Pareceu uma pergunta. De novo!

   O cara riu e estendeu a mão pegando o caderno. Ele vasculhou e parou na página eu havia escrito a última música.

- Hmm... Bom. Muito bom! – avaliou. – Ótimo! Quem foi que a escreveu? – perguntou.

   Levantei a mão.

- Uhum. E o que você pretende fazer com ela?

- Ajudar um cantor, ou cantora, que possa cantá-la. – respondeu Nikky por mim. Agradeci mentalmente.

- Tá. Tudo bem. Vou ver o que posso fazer. – finalizou indo até uma copiadora na sala, e tirando várias cópias de minha música. Ele devolveu-me meu caderno e abriu a porta. – Venham aqui amanhã de manhã, que iremos assinar o contrato com a cantora.

   Fiquei de boca aberta. Era tão simples assim? Nossa! Que grandessíssima droga!

- Só isso? – perguntei quando vi Nikky levantando-se do assento.

- Sim! – respondeu puxando meu braço e quase me partindo ao meio. – Vamos logo! – exclamou.

   Ainda estava em choque. Tentei compor mais músicas, mas muitas vezes saiam algumas coisas desconexas, desenhos, nomes, xingamentos... Inventei várias piadinhas sobre a lambisgóia verde, mas fiquei com medo de que pegassem, rasguei em minúsculos pedaços e joguei no lixo. Só não ateei fogo, porque minha mãe bateu na porta de meu quarto.

- Rachel! – disse ela.

- Oi. – respondi abrindo a porta.

   Minha mãe estava com um moletom da Gap, um tênis da Nike cinza e o cabelo preso no alto da cabeça.

- Vamos? – perguntou.

- Onde?

- No médico. Eu disse que iria fazer uma ultra-sonografia, exames de sangue e coisas para saber se o bebê está bem e de quantos meses estou.

   Nossa mãe! Não saber de quantos meses está só de olhar para aquela barriga, é meio impossível. Eu chutaria uns quinze meses?

- Uhum... – respondi voltando para dentro do quarto, colocando uma calça jeans, uma blusa da Old Navy azul e laranja neon, um tênis all star branco, pegando o celular e saindo.

- Hmm... Filha, poderíamos ir com seu carro? – perguntou batendo um dedo no outro.

   Revirei os olhos e perguntei.

- Cadê o seu?

- É sabe aquela história da chapeuzinho vermelho...

- Mãe. Para de me enrolar! – exigi cruzando os braços.

-... aquele lobo é muito mal mesmo...

- Se você não falar o que aconteceu, não vou pegar as chaves.

   Ela bufou derrotada. Adolescente rebelde? Fala sério, mãe!

- O.k. Eu desisto. Estacionei em lugar errado e guincharam meu carro. – sussurrou ela quase inaudível.

- O que? – perguntei para ter certeza de que era isso que ouvira mesmo.

- Foi isso mesmo que você ouviu. – disse ela descendo a escada brava.

- Nossa! Calma. Acontece com qualquer um. Se eu fosse sua mãe, você já estaria ferrada na minha mão. Mas como eu sou a pessoa mais legal que... – eu ia dizer Luke. Oops! – você conhece, vamos logo!

   Ela entrou no banco do motorista.

- Nananinanão! Pro outro banco. Anda!

- Porque? – ela desafiou.

- Porque? Primeiro: O carro é meu. Segundo: O carro é meu e terceiro: O carro é meu.

   Eu parecia aquelas criancinhas no supermercado que querem uma bolacha, e fazem birra até conseguirem.

   Ela suspirou e arrastou a bunda e a barriga-balão para o banco do passageiro.

- A Cheer agradece. – disse eu.

- Quem? – perguntou mamãe me olhando com cara de louca.

- O carro, mamãe. – respondi fechando a porta que ficou emperrada.

- Ah. Que estranho dar nome para um carro.

   É, mas o carro é de quem? Pois é, meu! Não dê opinião sobre o que eu faço no carro! Que droga.

   Liguei o carro e o rádio. Passava uma música que ambas gostávamos e ficamos cantando. Passei pela frente da casa de Luke, era o único acesso para a rodovia, e vi que a Ferrari estava na garagem. Claro que isso só fez com que eu acelerasse mais, e mamãe grudasse no banco.

- Tá querendo voar, menina? – ela ralhou comigo procurando um lugar para se segurar.

   É tô sim.

- Não. Só não quero ficar aqui na rua. Sabe como é. Poluição. – disse eu. Tive que reprimir a vontade de bater na cabeça. Que idiota. O que eu estava falando? Nada com nada!

   Diminui a velocidade enquanto minha mãe gritava comigo. Meu celular tocou no bolso de trás. Olhei para frente e vi que o farol acabara de fechar.

- Alô?

“Oi. Aqui é da Eleven Records!” uma voz feminina e doce ecoou no outro lado da linha. Gelei.


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Notas finais do capítulo

continua?
Beijoooooos,
JuliaD. *-*



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