Rock Me escrita por GrabMeStabMe


Capítulo 50
Capítulo 50 - The Reason


Notas iniciais do capítulo

-x-



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/111829/chapter/50

Eu encontrei uma razão para mim

Para mudar quem eu costumava ser

Uma razão para começar de novo

E a razão é você

Eu sinto muito ter te magoado

É algo com que devo conviver todos os dias

E toda a dor que eu te fiz passar

Eu gostaria de poder retirá-la completamente

E ser aquele que apanha todas as suas lágrimas

É por isso que eu preciso que você escute

Hoobastank – The Reason

...

Eu a segui. Ela foi pra o lado da casa, e falava ao telefona agoniada. Andava de um lado para o outro, falando baixo. Me aproximei devagar dela, e ela nem percebeu

- Larissa, o que foi? Fala logo de uma vez!- disse pegando pelos ombros depois que ela terminou o telefonema

Ela olhou pra mim e respirou fundo

- É o Tom- ela me disse

- O que tem ele?!- quase gritei

- Fala mais baixo!- ela me pediu

- Desculpa, me fala o que houve com ele?- insisti

- Ele está aqui- ela me disse, rindo

As três palavras que ela disse, fizeram meu corpo congelar, parar... senti que tive um principio de infarto. Meu coração batia rápido

- C-como assim?- gaguejei

- Ele ta aqui.- ela confirmou

- Eu não acredito...- sussurrei

- Acredite. Foi isso que eu e sua mãe tanto cochichávamos.- ela me explicou

Lagrimas surgiram, mas meus músculos estavam paralisados.

- Fernanda! Tudo vai finalmente acabar!- ela dizia entusiasmada.

- Mas como? Onde ele ta? Porque fizeram isso sem me contar nada?- eu reclamava

- Fernanda, ele esta no Hotel. Tem um motorista lá na frente, o que sua mãe veio. Ele sabe o endereço. Ele vai te levar. Agora vá!- ela me incentivava, mas meus músculos não me obedeciam. Só lagrimas corriam por meu rosto.

Com um estalo, me toquei. Minhas pernas resolveram obedecer aos meus comandos. Eu corri, não sei como mas corri de salto alto.

Acho que nem respirava direito, cheguei ao carro arfante. O motorista me reconheceu, e logo deu partida.

Eu só chorava, não conseguia assimilar que a pouco tempo, eu estaria com ele... porque ele não me contou?

Eu chorava, e o caminho parecia mais longo... mais longo... os segundos se recusavam a passar, pareciam horas!

- Com licença, - disse secando um pouco as lagrimas- Em qual Hotel ele...- disse

O motorista sorriu

- Copacabana Palace - ele apenas me respondeu

- Ahn.... obrigada- agredeci.

Me lembrava vagamente do Hotel. Mas se estivéssemos chegando eu saberia.

Chegando na avenida atlântica, um congestionamento imenso nos aguardava.

- Óh... got!- suspirei

- Desculpa, mas não tem outro caminha pro Hotel. Teremos que esperar- ele se desculpou

Eu observei aquilo

- Destino maldito!- resmunguei baixo- O Hotel está muito longe daqui?- perguntei olhando pela janela, tentando localizar o Hotel

- Na verdade, não. Esta logo ali na frente- ele apontou para um Hotel cheio de carros na frente, alguns quilômetros adiante- O congestionamento é por causa desse Hotel.- explicou-me

- Ah, obrigada!- disse abrindo a porta e me lançando para fora do carro.

- Senhorita, onde vai?- ele perguntou surpreso

Eu nem o respondi, comecei a correr. Entre carros e pessoas... Eu não aguentava mais um segundo se quer, ele esta ali tão próximo! Não seria um congestionamento que ia atrasar esse reencontro.

No caminho, quase cai com o salto alto. Dei uma pequena pausa e tirei-os. Voltei para o meu caminho... pouco tempo. Poucos metros, poucos minutos... toda essa dor acabaria. Seria o começo de uma nova vida... com ELE.

Em meio aos pensamentos, pessoas e obstáculos, cheguei ao Hotel.

Fui até o balcão perguntar onde os Kaulitz estavam.

- Qual seu nome?- o carinha que estava identificado por um plaquinha na roupa branca com o nome de Carlos, perguntou

- Fernanda- respondi arfante

- Quarto 483- ele disse- 5 andar

- Você esta brincando né?- disse sem ar

Ele não respondeu. Na verdade, respondeu mas eu já tinha ido desesperada até os elevadores.

O primeiro elevador que chegou, eu entrei. Estava vazio.

A porta se fechou. Calcei novamente os sapatos enquanto cada andar era um pequeno trecho de eternidade.

Mais um minuto.

Tom*

Bateram a porta. Será que era ela?

- Entra!- falei esperançoso

- Não, ainda não é a Fernanda.- o chato do meu irmão disse. Fechei a cara- MAS ela já está aqui no Hotel.- me disse rindo

- EIN?! Onde?!- perguntei levantando

- Bom, o carinha lá não me disse nada.

- DROGA!- disse passando por ele e sai correndo pelo corredor, em direção ao elevador

Um estalo do próprio fez meu coração parar.

A porta se abriu, e lá estava ela.

Minha menina... meu amor...

Narrador*

O elevador parou. Fernanda percebeu. Lagrimas ainda rolavam pelo seu rosto. Apenas mais alguns metros, ela pensou. Seu coração palpitava tão rápido e forte, que era audível.

Ela respirou fundo, e a porta se abriu.

Ambos se olharam, e os olhos se encontraram e assim ficaram fixados.

Ele, sem perceber, tinha os olhos vermelhos. Ela já chorava abertamente.

Seus pés não conseguiam  se mover, e fazer aquela pequena distancia finalmente acabar.

Ambos tinham a respiração rápida e intensa.

Ele sentia o calor que emanava dela, aquele calor que faria toda a dor se dissipar. E ela sentia seu cheiro... seu cheiro que ela achava que tinha esquecido, apagado de sua memoria, mas assim que o sentiu,  reconheceu sendo próprio dele.

Em busca um do outro, passos foram dados, lentos e precisos. Logo, a distancia entre os dois era praticamente nula.

Eles se abraçaram. Ele fechou os olhos, ao sentir o contato que tanto sentiu falta: suas peles tocando-se e produzindo pequenas vibrações que era impossível descrever; seus olhos conectados; a batida dos corações, que ele ouvia.

O abraço foi curto demais, mas eles precisavam se encarar mais um pouco. Estavam próximos, tão próximos que agora, a respiração dele banhava o rosto dela. Ela chorava, ainda.

Ambos os corações, batiam juntos, ritmados.

Ele tocou-lhe o rosto, secando-lhe o rosto das lagrimas e a pele dela inteira se arrepiou.

- Não chore- ele disse

Ela riu e respondeu:

- Você também está chorando- respondeu, sem em momento algum desviar o olhar

Tudo, naquele momento, deixou de existir: era apenas Fernanda e Tom ali, no meio do corredor deserto.

As feridas foram totalmente cicatrizadas, como se nunca tivessem existido. O coração dela, parecia novamente inteiro, sem danos, batia com vigor. O dele, agora estava despreocupado e feliz, afinal, não estava mais longe de seu amor e tinha certeza que cuidaria muito bem dela. E ela, finalmente, estava feliz e nunca mais sofreria.

- Eu te amo- ele lhe disse

- Eu te amo- ela retribuiu

- Para sempre- disseram a mesmo tempo arrancando sorrisos


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

-x-



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Rock Me" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.