Don't you lose your trust and your belief

Just trust me

We have to go a thousand oceans wide

One thousand dark years when time has died

A thousand stars are passing by

We have to go a thousand oceans wide

A thousand times against an endless tide

We'll be free to live our life

Tokio Hotel- 1000 Oceans

A véspera de natal chegou e fui acordada pelos meninos.

- Bom diaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!- os quatro gritaram assim que atendi o telefone grogue.

- Bom dia meninos!- disse rindo

- O que houve?!- Larissa acordou no susto

- Nosso presente já chegou?!- Georg perguntou

- QUE. PRESENTE?!- perguntei

- Georg seu linguarudo!- Tom o repreendeu

- Tom, responde- pedi

- Ér né....- ele estava enrolando

- Diga!- pedi

- Tom, fala logo senão ela atravessa esse celular e vem voar no teu pescoço- Bill disse

- Menininho exagerado esse ein?- Larissa disse

- CALEM-SE!- gritei- Tom, responde a merda da minha pergunta!

O silencio reinou

- Larga mão de ser curiosa! Ele vai chegar hoje, espere- ele disse

- Chato- resmunguei

- Reclamona- ele disse

- Convencido- devolvi

- Linda- ele falou

- Te amo- eu disse rindo

- Tambem te amo....- ele disse

- Essa é a briga deles?- Georg perguntou

- Espero que daqui pra frente sejam só assim mesmo- Larissa desejou

- Que assim seja!- Bill reforçou

- Então né...- disse- Quais são os planos pro natal?- perguntei

- Estamos na Alemanha, e vamos reunir as famílias.- Bill anunciou

- E vocês?- Tom perguntou

- Argh!- resmunguei e me joguei na cama

- E o que esse ‘argh’ representa?- Georg perguntou

- Representa que vamos passar o natal com a família dela- Larissa respondeu

- Não! Significa ter que ser simpática com todo mundo quando na verdade eu quero mandar todo mundo pra puta que pariu, simples.- respondi

- Saquei...- Tom disse

- Como é o natal de vocês, brasileiros?- Gustav perguntou

- Chato- resmunguei

- Para de reclamar!- Larissa me repreendeu e eu lhe mostrei a língua

Ela revirou os olhos e respondeu pra ele

- Ah, sei lá. Nós normalmente reunimos as famílias, as mães fazem 2 toneladas de comida. Depois trocamos presentes ANTES da meia-noite. Fim.- ela resumiu tudo

- Ah... não tem nenhum ritual, cultura ou costume de vocês?- Georg perguntou

- Em que sentido você se refere?- ela perguntou confusa

- Tipo, nenhuma tradição

- Não, pelo menos não comigo- ela respondeu

- Ah ta.

- Priminha? Você ta ai? Que vozes são essas?- Felipa bateu na porta

- Não, eu não estou aqui, e tem 4 garotos super gostosos sentados na minha cama- oi sarcasmo- Vai embora- pedi

- Aaaaaah! Deixa eu entrar vai? Só um pouquinho...- ela pediu com aquela voz irritante

- Vai. Embora- repeti

-Eu não vou embora, vou ficar aqui até você me deixar entrar- ela disse

- Então vai mofar, lamento- dei minha ultima palavra em relação a ela- Então, qual o próximo pais que você vão?- perguntei um pouco mais baixo pra a sem noção da Felipa não ouvir

O telefone ficou mudo, ai tem coisa, ah se tem....

- J-japão- Tom respondeu gaguejando

- Não sei porque mas consigo acreditar nisso- oi ironia

- É sim ok? Você deveria confiar mais na gente né Bill?

- Com certeza- ele afirmou

- Aham, ok. Eu acredito.- disse por fim

De repente ouço Felipa cantando na porta do meu quarto

- Essa peste ainda ta ai?- resmunguei

- Que peste?- Tom perguntou

- Felipa- respondi

- Ah, claro, eu conheço a Felipa... –Tom disse enquanto eu me levantei pra abrir a porta

- É a prima da Fernanda- Larissa esclareceu

- Ah bom.

Abri a porta

- Felipa, eu to conversando serio com a Larissa. Pode me dar licença por favor?- pedi educada, e inventando uma mentirinha qualquer

- Mas eu posso te ajudar também- ela se levantou e tentou passar por mim pra entrar no quarto

- NÃO. Você não pode- repeti- E por favor, estou sendo educada contigo...

- EU. QUERO. ENTRAR.- ela repetiu pausadamente

- Se você continuar com isso, eu vou ter que te mandar tomar no seu orifício oricular rugoso e ainda não te dar o seu presente de natal- falei difícil e chatageei. Ela não ia entender lhufas, só a ultima parte

- Ta bom sua chata- bufou, bateu o pé e saiu

- Graças a Deus!- bati a porta

- Se livrou da coisa foi?- Larissa falou

- Claro! Começo a duvidar da idade mental desse ser seriamente- disse irritada

- Agora nós vamos desligar- Bill disse

- Ok, nós também temos que descer - respondi- Beijos garotos, amo vocês.- me despedi

-Tchau meninos!- Larissa disse

- Beijos Fernanda, também te amo. Tchau Larissa, beijos- Bill disse

- Beijos meninas- Georg despediu-se

- Tchau garotas- Gustav disse

- Tchau Fernanda, te amo muito. Larissa obrigada de novo, fique bem. Beijos- Tom falou e o telefone ficou mudo

-Agora vamos descer que as mulheres dessa casa já devem estar cobrando nossa presença- Larissa me apressou

- Quero que se danem!- respondi

- Você anda muito irritada ultimamente...- ela reclamou

- Tudo culpa do Tom! Quero ele aqui!- disse e peguei sua mão para acompanha-lá ao andar de baixo

- Isso logo vai acabar- ela disse enquanto descíamos as escadas

- Assim espero- desejei

Descemos as escadas. O movimento na cozinha e por toda a casa era intenso. Pelo que eu entendi, iam vir umas 100 pessoas, talvez mais. Odeio tudo isso de gente. Ta, mentira, eu adoro gente. Só odeio porque to sem paciência pra isso no momento, e ainda por cima não estou na MINHA casa. Pensei

Larissa e eu resolvemos fazer cookies de gotas de chocolate, para ‘contribuir’ com a ceia. Mentira, eu queria comer cookies e pedi pra ela me ajudar a fazer, ponto.

Pra variar fizemos muita bagunça, só que Tia Letícia não deixou a gente limpar. Ótimo. Haha, ok vou parar de ser má.

Depois disso, pulei na piscina de roupa mesmo e Larissa e minhas primas acompanharam. Até que eu não me incomodei, elas não estavam mais me irritando taaaanto assim.

Como já tinha anoitecido, subimos e fomos nos arrumas pois os convidados logo chegariam.

Tomamos banho e eu comecei a me vestir primeiro, quando Larissa saiu do banheiro e viu a roupa que eu estava, arregalou os olhos e exclamou

- Meu. Deus.- disse enquanto passava a toalha nos cabelos

- O que?- perguntei inocente

- Que roupa é essa?- ela perguntou

- Ah, nada demais...- me fiz de indiferente

- Você gosta de provocar mesmo ein- ela comentou

- É o melhor que eu faço nessa festa entediante- falei passando rímel

- Então por favor, coloca uma meia-calça pelo menos. Tom quando ver as fotos vai ter outro ataque de ciúmes- ela pediu

- Pensando bem vou fazer isso mesmo. Quero ficar bem e viva por enquanto- acabei cedendo

Coloquei a meia-calça e me maqueei. Larissa se vestiu bem mais simples que eu e ela também estava de short.

- Fernanda, me maqueia?- ela pediu

- Claro- disse

Ela sentou na cadeira da penteadeira e tombou a cabeça pra tras. Passei uma sombra com glitter e depois um delineador com um traço mais grosso, gloss um pouco rosado.

- Pronto- disse quando terminei de passar a ultima camada de rímel

- Pra que tanto rímel Fernanda?- ela perguntou

- Pra isso- a virei pro espelho e seus cílios curtos estavam compridos e extensos

- WOW- ela exclamou

- Você deveria usar mais disso sabia?- brinquei com ela

- Eu uso ta? Só não sou acostumada a passar varias e varias vezes como você- ela se defendeu

- Eu sei, só to zoando. Então pronta?- perguntei dando uma ultima checada no espelho, com ela ao lado

- Sim- ela sorriu- Você sabe que isso- ela apontou pra minha roupa- vai dar o que falar né?

- É eu sei. Mas quem liga?- disse

- Eu ligo, não quero ter que te salvar de novo da morte- ela disse séria

- Larissa, para com isso. Já ta enchendo. Até parece que o Tom vai ter outro ataque daquele, e outra, não preciso mais me matar. Fica tranquila ok?

- Tudo bem...- ela disse vaga

- Agora vamos- peguei sua mão e levei porta afora

Logo chegamos a escada e dava de ouvir uma musica agitada vindo do lado de fora da casa, mas pude ver um pequeno grupo ali perto, a maioria homens

Continua...