Saga Morbus - I Need You escrita por estherly


Capítulo 8
É improvável, é impossível.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente.
Espero que gostem.
Foi bem planejado...
Ei, por que não visitam o meu "especial de natal"?
Bjss



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Eu me sinto um lixo. Imagina aqueles lixos terríveis que os caras do caminhão de lixo tem nojo de pegar. Une com o cheiro de um corpo em decomposição. Sabia que isso tem um nome? Rose Weasley. Ótimo, a aula de HdM não podia ficar pior. Por que aquele fantasma não vai para a luz?! VÁ PARA A LUZ E NOS DEIXE EM PAZ! Nos deixe em paz com a nossa vida miserável e sem graça.

            Que diabos é isso? Peguei o origami em formato de rosa e olhei por toda a sala. Todos tinham seus rostos focados ou na mesa, por estarem dormindo, ou focados na aula. Olhei para o professor e vi que ele escrevia no quadro. Abri a rosa.

“R

W

A

N

C

?

S

M”

            Fiquei olhando abismada. Que diabos aquilo significava? R W era Rose Weasley. Não sei o que, não sei o que... S M, Scorpius Malfoy? Não! Olhei para ele e vi que ele escrevia atentamente no pergaminho. Olhei para Alvo e vi que ele tinha um sorriso maroto no rosto.

            A aula de História da Magia acabou e as letras ainda estavam cravadas na minha cabeça. Rose Weasley o quê? Merlin, ele ia me deixar louca. Aposto que era vingança por que eu dei o bolo nele e ainda por cima fiz Alvo dar o recado.

            Arrastando os meus pés, fomos para a aula de Astronomia. Subimos as intermináveis escadas. Não tinha ninguém ainda ali. Larguei a mochila numa mesa e me aproximei da janela. A janela que eu pensei ser a resposta para meus problemas. Merlin, por que eu não fazia isso agora? Subi no degrau da janela e fiquei olhando.

            Tudo voltou a tona. A pressão, brigas, a vontade. A simplicidade daquilo era óbvio. Olhei para a paisagem. E se fosse durante o dia? Não tenho motivos para viver. Vou morrer em breve mesmo. Ora, é só um impulso.

- Ficou louca? – exclamou Scorpius me puxando pelo bolso do meu casaco.

- Não. – respondi.

- Não vou deixar você se suicidar. – disse ele. Ergui a sobrancelha.

- Cai fora. – disse pegando minha mochila e saindo dali. Ouvi os passos dele, mas pararam. Não liguei, continuei andando. Cheguei no quarto. Pouco me importava com a aula. Joguei minha mochila no chão e me joguei na cama. Coloquei a mão no bolso e bufei. Merda, ele sempre me salvava. Espera, o que é isso? Um bilhete.

““Te verr e não te querer
É improovável, é impossível
Te ter e ter que essquecer
É insuportável, é dor incríveel”

            Aff, só pode ser o Scorpius. Espera, por que tem palavras com as letras repetidas? Me joguei na cama novamente. Não iria ligar para ele. Ele e seus encantos baratos.

            Os dias se passaram. Uma semana. A cada dia eu recebia um pedaço de papel. Era uma música. Conhecia ela.

“Te verr e não te querer
É improovável, é impossível
Te ter e ter que essquecer
É insuportável, é dor incríveel

É como mergulhaar num rio e não se molhar
É ccomo não morreer de friio no gelo polar
É ter o esttômago vazio e não almoçar
É ver o céu se aabrir no estio e não se animar

Te ver e nnão te querer
É improvaável, é immpoossível
Te terr e ter que esquecer
É insuportáavel, é dorr incrível

É ccomo esperar oo prato e não salivar
Sentir apertar o sapato e não descalçar
É ver alguémm feliiz de fato sem algguém pra amar
É como procurar noo mato estrela do mar

Te ver e não te querer
É improvável, é impossível
Te ter e ter que esquecer
É insuportável, é dor incrível (?)

É como não ssentir calor em Cuiabá
Ou ccomo no Arpoadoor não ver o mar
É como não morrerr de raiva com a ppolítica
Ignorar que a tarde vaii vadia e mitica
É como ver televisão e não dormir
Ver uum bichano pelo chão e não sorrir
É como não provar o néctar de um lindo amor
Depois que o coração detecta a maiss fina flor

Te ver e não te querer
É improvável, é impossível
Te ter e ter que esquecer
É insuportável, é dor incrível”

                Não entendia nada. Tinha um bilhete anexado. “Sala precisa, 20hs”. Será que eu ia? Conversei com Alvo e ele dizia que eu devia ir. Fui. Andava pelo corredor da sala quando fui prensada na parede. Era ele. Merlin, aqueles olhos lindo perto de mim e aquele rosto perfeito e sedutor tão próximo...

- O que foi? – perguntei rude. Ele não me respondeu, apenas me beijou.

            Merlin, sentir aquela boca macia e fria contra a minha foi ótima. Uma sensação única. Foi como se milhões de estrelas estivessem caindo sobre nós e fazendo o chão tremer. Merlin, como ele era bom naquilo. Por um momento me esqueci de quem eu era. Aquela boca macia me deixava entorpecida e fazia minha corrente sanguínea correr mais rápido. Nos separamos ofegantes. Não queria me separar dele, não depois que eu descobri como era bom beijar-lo.

- Estava esperando faz séculos para poder ti beijar. – disse ele com um sorriso de lado. Fiquei vermelha.

- Como? – perguntei abismada. Ora, seu patife! – Não pode ir me beijando assim...

- Namora comigo. – pediu ele sendo direto. O olhei abismada. Tudo voltou a tona. O suicídio, a depressão, a doença, o motivo para nos afastarmos.

- Não. – disse negando com a cabeça. Estava assustada com tudo aquilo. Me afastei dele e coloquei a mão na cabeça, minha cabeça doía muito. Merlin... Ele segurou meus pulsos e ficou me olhando.

- Por que não?

POV Scorpius

- Eu to doente! – respondeu ela. Parece que a maldita doença dela é a resposta para tudo. Peguei na sua mão e a puxei para a sala precisa. A porta se abriu e eu fiz ela se sentar no sofá, sentei ao seu lado.

- Conte tudo. – ordenei. Não era um pedido, era uma ordem. Poderia ajudar-la.

- Não quero falar. – negou-se ela.

- EU TI AMO ROSE! – gritei frustrado. Vi que ela me olhou com um brilho nos olhos, felicidade, esperança, tristeza. Tudo misturado. – Você sabe que pode contar comigo, pode confiar em mim! – eu disse. Suplicava para ela ver que era verdade.

- Scorpius... – começou ela. Ela olhava para baixo. Não sabia o que sentia. Estava indeciso entre a vergonha e a tristeza. Chegou a hora. Finalmente saberia o que ela tinha. Qual era a bendita doença que a fez desistir da sua vida, quase a fez desistir de nós.


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Notas finais do capítulo

Oi gente.
Feliz natal antes de tudo.
O que acharam??



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