Expectativas escrita por Mayumi Sato


Capítulo 1
Expectativas


Notas iniciais do capítulo

Fiz essa história pensando em um possível desfecho para um dos - vários - loops que ocorreram no "Endless Eight". Afinal, seria bem natural que algo assim tivesse acontecido pelo menos uma vez em tantos anos. Essa é mais uma one-shot "Harukyon" e eu ficaria feliz se ela recebesse comentários.^^



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Aquela era uma noite muito estranha. Não havia dúvidas quanto a isso. E não me refiro ao fato de ser a milésima terceira vez que a repetia ou ao fato de Koizumi ter tido uma conversa particularmente incômoda comigo. A minha presença naquele clube me forçava a ter que conviver com coisas assim. Não era isso que me parecia estranho e no momento, não conseguia pensar, nem me incomodar com aqueles fatos. Meus mais desconfortáveis pensamentos eram direcionados a Haruhi naquele momento.

Não sou alguém facilmente impressionável. Na verdade, se um homem de roupas vermelhas que vinha em renas voadoras para me entregar presentes no natal não me impressionava, poucas coisas poderiam fazer o mesmo. Entretanto, as palavras de Koizumi sempre despertavam algum lado reflexivo que era secretamente escondido por meu consciente. Provavelmente, na busca pela interpretação das palavras estranhas dele, meu cérebro começava a encher minha mente de devaneios completamente desnecessários. Naquele momento, eu só podia estar vivenciando um deles. Enquanto Koizumi observava as estrelas pelo telescópio, Nagato observava o limite entre a existência e o vácuo e Asahina-san dormia no ombro de Haruhi, fui atormentado pela frase que vinha a minha mente com a irritante constância de uma pulsação.

Abrace Suzumiya-san por trás e sussure ""Eu te amo" no ouvido dela

Sério. Quem faria tal coisa? Perseu, talvez. Ulisses sob ameaças. Alguém mais nobre, corajoso e menos racional do que a média. O que Koizumi esperava ao me dizer isso? Convencer-me? Ele acreditava que eu diria "Sim, não sei como não pensei nisso antes!" e correria para os braços dela? Que tipo de shoujos ele andava lendo? A mentalidade de Koizumi sempre foi complexa, mas nunca a esse ponto. Talvez aquela eterna impressão de deja vu já estivesse corrompendo a mente dele. Ele estava se tornando irritante...

...Então, eu deveria tentar?

Extremamente irritante.

Acidentalmente, deixei meus olhos caírem sobre Haruhi. Observá-la dormir não era perigoso, nem recomendável. A minha sensação era comparável a de alguém visitando um urso em hibernação. Se ela acordasse, eu não saberia o que fazer, pois eu simplesmente não conseguia parar de encará-la. Suzumiya Haruhi, aquela que dormia a poucos passos de mim, era a deusa do universo, segundo Koizumi, ou o potencial evolutivo, segundo Nagato, mas por mais que me esforçasse eu só conseguia enxergar uma garota nornal. Isso se você pudesse usar o termo "normal" para alguém que usava os peitos de sua colega de brigada para subornar ou chantagear pessoas, queria conhecer aliens, viajantes do tempo e alienígenas, e invadia a propriedade alheia para roubar bambu e fazer desejos a estrelas baseando sua expectativa de tempo na teoria da relatividade. Ah. E o fato que graças a algum detalhe desagradável em nossas férias, estávamos sendo forçados a repeti-las por milhares de anos  e passando por momentos mais angustiantes do que o filme "Amnésia". Todavia, apesar desse grupo de características estranhas e desagradáveis, eu não conseguia ver Haruhi como algo diferente de "Haruhi". Eu não tinha um termo apropriado para defini-la ou para definir o que ela representava para mim.

Ela fez um pequeno e aborrecido som e virou o rosto. Continuava a dormir. Haruhi misteriosamente ficava ainda mais atraente quando dormia. Provavelmente, porque podíamos prestar mais atenção em seu rosto do que em suas ações ou nas possibilidades do apocalipse.

A noite prosseguia insuportavelmente silenciosa. É impressionante como o silêncio, às vezes, pode ser mais incômodo que o barulho, pois, quando estamos nele, sentimos a estranha necessidade de falarmos algo, mas, ao mesmo tempo, nos carecem as idéias do que poderíamos falar. Eu não me sentia confortável com aquilo. Com todo aquele silêncio, graças também às estúpidas colocações de Koizumi, eu não tinha outra coisa a fazer senão observar Haruhi. Por alguma razão, aquilo era terrivelmente constrangedor. Sentia-me terrivelmente tentado a observar qualquer outra coisa. Asahina-san, o céu estrelado, o Koizumi! Qualquer coisa! Contudo, irrelevante a direção em que eu voltava meu rosto, a direção de meu olhar era o mesmo. Eu não conseguia entender aquele terrível sentimento de estar fazendo algo errado, quando olhava para Haruhi. Meu olhar não era o que Páris lançou a Helena, ou Romeu a Julieta. Eu não estava cometendo um crime, muito menos um motivado por razões românticas. Então, por que eu não conseguia parar de encará-la? Autosugestão, devia ser isso. Se alguém diz a você "Não pense em um elefante amarelo!", invariavelmente você pensará em um elefante amarelo, ainda que momentaneamente. A cada minuto em que eu pensava que deveria parar de olhar para Haruhi, meu subconsciente, um rebelde que só serve para criar sonhos, obrigava-me a encará-la.

Koizumi começou a rir. Aquele desgraçado havia reparado no que eu estava fazendo. Como ele sempre conseguia perceber aquilo? Quis deixar claro que não eram essas minhas intenções. Que ele estava enganado.

- Eu estou enganado em relação ao quê? - perguntou ele, sorrindo. Creio que ele tinha real intuição para perceber algumas coisas, mas não para perceber intenções assassinas.

- Esqueça. - respondi, irritado e impaciente - Eu estou indo levar a Asahina-san para casa.

- Ah. Você está fugindo da Suzumiya-san?

Ele era realmente desagradável, não? Fugir? Como eu poderia fazer isso? Se eu soubesse como fugir, eu já teria o feito há muito tempo.

Fui na direção de Asahina-san, que dormia com uma expressão vulnerável e angelical em seu rosto. Ela sim, era linda dormindo. Eu deveria estar encarando aquela garota, não uma irritante chefe de brigada. O que havia de errado com os meus olhos? O que havia de errado com o meu cérebro?

Eu ia acordar Asahina-san, quando percebi os olhos de Haruhi me encararem. Eu levaria um susto menor se tivesse visto um dispositivo pronto para explodir em doze segundos. O sobressalto fez com que eu me levantasse, enquanto ela me observava com visível reprovação.

- O que você pretendia fazer com a Mikuru-chan, seu doente?

Que tipo de imagem você tem de mim?

- Não é óbvio que eu estava tentando acordá-la?

- O seu olhar parece totalmente mal intencionado.

Koizumi ria bastante, e por saber exatamente do que ele ria, eu me sentia francamente irritado.

- Pare de rir. Isso me dá vontade de sair do Japão e revolta por saber que não tenho idade para fazer isso. - declarei, aborrecido, diferente de antes, sem conseguir encarar Haruhi.

- Do que você está reclamando, Kyon? O Koizumi sempre ri!

Isso eu não nego, mas não é esse o ponto.

- De qualquer modo, eu estava acordando a Asahina-san para levá-la para casa. Não é bom que uma garota ande sozinha, a noite.

- Verdade. Nesse caso, eu irei com vocês.

- Ninguém está te convidando.

- A Yuki também irá conosco.

- Você pode parar de me ignorar?

- Do que você está reclamando? - ela estranhou - Se formos todos juntos correremos menos perigo, correto? 

Eu realmente não queria ir com a Haruhi e havia duas razões para isso. A primeira, seria o fato de que ela estava interrompendo um importante momento no meu relacionamento com Asahina-san como um daqueles personagens secundários que entram na sala bem no momento que o protagonista decide se declarar a uma garota. A segunda seria porque eu estava desconfortável em andar com ela, depois de uma situação tão estranha. Eu estava meio atordoado, naquela noite. Talvez eu estivesse exausto demais, não sei ao certo, mas certamente não era seguro estar perto de Haruhi, naquelas condições.

- Suzumiya-san, eu não acho que seja necessário você ir com a Asahina-san e com ele. Vocês moram em direções opostas, então você correria risco, andando a maior parte do caminho sozinha.

Isso! Koizumi, que impressionante! Mesmo você tem um bom coração! A história da sua súbita  mudança de atitude devia ser contada para as crianças, durante o natal!

Haruhi ia argumentar alguma coisa, quando Koizumi prosseguiu.

- A Nagato-san, a Asahina-san e o Kyon-kun devem ir juntos para casa. Eu, como vice-chefe da brigada, posso acompanhá-la.

Como eu dizia, o Koizumi era uma pessoa maléfica. Terrivelmente maléfica. Era assustador que existissem pessoas assim, na vida real. Como ele conseguia dizer aquela frase, com aquele sorriso descarado!? Haruhi, perceba as más intenções dele! Você deu um golpe no presidente do clube de pesquisa de computadores por muito menos!

- Ah, mesmo? Tudo bem por mim. Nesse caso, vamos logo, Koizumi-kun.

"Você não está percebendo o que ele planeja!?! Veja! Qual é o sentido dele lhe acompanhar, se ele mora nesta casa!?!"

Como posso descrever aquele momento? Muitas coisas passavam pela cabeça, em uma velocidade tão rápida que eu mal podia compreendê-las. Flashs como "Koizumi", "Haruhi", "Sozinhos", "Então, eu deveria tentar?" vinham evasivamente a minha mente, e eu não conseguia articulá-los, de tudo isso, somente pude extrair uma coisa.

- Haruhi!

Eu segurei o pulso de Haruhi, evitando que ela saísse. Por quê? Como se eu soubesse. Eu não queria que ela fosse com o Koizumi. Saber aquilo já era suficiente para mim. Questionar-me do motivo pelo qual eu não queria que aquilo acontecesse, apenas me traria reflexões desnecessárias, e eu nunca fui alguém filosófico. Desde que a minha vontade desencadeasse em uma ação prática, eu a aceitaria de bom grado.

Ela piscava os olhos, parecendo ao mesmo tempo atônita e ofendida, exigindo-me uma resposta, mesmo sem abrir a boca para dizer isso.

- Eu acompanho você. É melhor não acordarmos a Asahina-san, não é?

"Nem a luxúria do Koizumi." - complementei, mentalmente.

- Ah, mas o Koizumi-kun...

- Vamos.- eu disse essa palavra com tanta firmeza que mesmo eu me espantei. Também me espantei quando percebi que ainda não havia soltado o pulso dela.

"Ah, tanto faz." - pensei, levando-a comigo, antes que ela oferecesse alguma resistência. Eu realmente queria sair dali o mais rápido possível, pois realmente não suportaria olhar para a cara de Koizumi, naquele momento, pois sabia que ele deveria estar sorrindo. Ou rindo.

Andei com Haruhi até a casa dela. Ela falou diversas coisas nas quais não prestei atenção. Algo sobre as futuras atividades da brigada, eu presumo. Eu lutava de forma quase espartana para ignorá-la, mesmo sabendo que se não reagisse, eu seria a maior vítima das ideias dela. No entanto, aquela não era a minha preocupação.

- ...absolutamente, ninguém vencerá! O que você acha, Kyon?

Era bastante incômodo que ela me fizesse uma pergunta, quando eu estava tão compenetrado em meu monólogo mental. O que diabos eu poderia dizer? "Por favor, repita". "O quê?". "Tudo desde que saímos da casa do Koizumi". Pareceria suspeito. Resolvi, então, ser direto e dizer o que estava me incomodando. Eu realmente apreciaria dizer que fiz isso, pois amadureci e aprendi a lidar diretamente com os meus problemas, mas a verdade é que essa foi a maneira mais rápida em que pensei, para mudarmos de assunto.

- Haruhi, preste atenção, no que eu irei dizer.

Ela observava-me em silêncio.

- Não confie muito no Koizumi.

Ela fez um som irritado, seguido de uma expressão de total desprezo. Se ela lançasse aquele olhar para Luis XIV, ele se sentiria completamente menosprezado.

- Kyon, eu não acredito nisso! Como você pode desconfiar do Koizumi-kun, seu superior na hierarquia da brigada, que foi cuidadosamente selecionado por sua chefe!?!

- Por que há uma hierarquia? Onde a Nagato e a Asahina-san estão nessa hierarquia? Pelo que eu entendi, a única regra nessa hierarquia é que você é superior a todos e todos são superiores a mim.  Além disso, que critério de seleção foi esse? Você apenas pegou um aluno transferido e o colocou dentro do clube!

- Um misterioso aluno transferido!- ela corrigiu, irritada.

- Um adjetivo não irá mudar a realidade!

De repente, ela pareceu ter desistido de brigar comigo. Ela abaixou a cabeça e com isso, a sua guarda. Parecia envolvida por um sentimento de melancolia. Ela deu as costas e eu senti que precisava detê-la com urgência, mas antes que "My heart will go on" começasse a tocar, Haruhi voltou-se para mim, subitamente, acertando-me com sua bolsa. O que diabos...!?! Como uma bolsa conseguia ser tão pesada!?! O que a Haruhi poderia estar levando dentro dela!?! Um corpo!?!

- Ei! Isso realmente doeu!

Ela fez um som irritado e deu as costas novamente para mim.

Ela iria embora se eu não a detesse, mas que direito eu tinha de detê-la? Alguém precisava intervir, naquele loop. Se eu não tomaria nenhuma atitude, por que eu deveria impedir Koizumi de fazer algo? Na verdade, eu não tinha nenhuma razão racional para me aborrecer com aquilo. Sim, Koizumi não me parecia adequado para Haruhi, mas quem seria? Definitivamente, não seria eu. Na verdade, eu deveria ficar feliz por alguém querer fazer algo para parar aquela situação terrivelmente incômoda, agradecer a Koizumi e insistir que ele sobrevoasse a escola com um helicóptero jogando flores para Haruhi. Assim, todos ficariam felizes, tirando, talvez, os funcionários da limpeza do colégio.

Infelizmente, o meu lado racional não parecia ter ânimo para impôr sua decisão.

- Ei, Haruhi.

Depois que aquele loop acabasse, eu pensaria em uma forma de lidar com a situação, mas o prioritário era tentar evitar que aquele mês se repetisse de modo infinito ou que Koizumi o destruisse junto com algo importante dentro de nossa brigada. Aquela situação não era muito diferente da que eu havia passado em um espaço restrito. Meu senso de responsabilidade realmente me obriga a fazer coisas humilhantes e é impressionante como consigo lidar com isso. Impressiono-me com a modéstia do meu superego.

Abrace a Suzumiya-san por trás, e sussure "Eu te amo", na orelha dela.

Esse era meu plano original, mas, de algum modo, quando os olhos de ébano dela confrontaram os meus, a minha mente entrou em um misterioso estado catatônico. Eu não conseguia dizer nada ou fazer algo, e a angústia por saber que ela certamente estava começando a se questionar por que nós dois estávamos parados a tanto tempo em silêncio, apenas deixava minha mente em um espaço ainda mais vazio, como em uma sala sem móveis.

Ah, droga!

- Haruhi!

- O que é? Você parece horrível. O seu cérebro desenvolveu tamanha dificuldade em articular palavras?

- Eu quero te dizer algo.

- Eu devo me sentar? - ela perguntou com um sorriso irônico, visivelmente debochando do meu desespero. Como uma pessoa assim podia ser lider? Isso contradiz todos aqueles livros de autoajuda!

- Na verdade, eu deveria. - complementei, com sarcasmo.

Haruhi esperava pelo que eu diria. Eu esperava pelo que eu diria e, principalmente, pela reação dela. Não era exatamente como se ela fosse corar e gaguejar, não é? Será que ela iria me bater? Céus, o que diabos eu...!?!

- Haruhi...

- O que é!?!

-...boa noite.

Haruhi estava perplexa. Eu estava perplexo. O cupido também deveria estar.

"Boa noite"? Como as minhas palavras haviam passado de um "Eu te amo" para um "Boa noite"? Um suspense tão grande para terminar de forma tão idiota...O que era aquilo? "Lost"?

Droga. Droga. Droga.

- Boa noite. - ela respondeu, parecendo confusa e desconfiada. Bem, eu não poderia julgá-la. Agora, eu queria desesperadamente que ela fosse embora, e não a deteria se ela tentasse. - Ei, Kyon.

- O que é? - perguntei, sentindo toda a minha energia se esvair para um ralo imaginário. "Boa noite"? Depois de tanta ansiedade, foi isso que eu acabei dizendo? Eu estava muito ocupado com aquele terrível monólogo, quando fui despertado por um radiante sorriso de Haruhi.

- Amanhã, vamos nos divertir! Se algo der errado, cabeças irão rolar!

Quando o homem esgotar o petróleo e os recursos naturais não-renováveis, o sorriso dela definitivamente será bem aproveitado.

Eu estava exausto. Exausto a ponto de me sentar na rua, ignorando os crescentes índices de violência no Japão. Mesmo sabendo que a frase dela significava que eu e Asahina-san passaríamos por terríveis momentos...Sigh. O que eu poderia fazer? Eu era mais idiota do que previa. A minha primeira declaração a uma garota foi uma frase aparentemente desprovida de qualquer intenção romântica. Eu havia acabado de me declarar para Haruhi. A principal prova disso seria o fato de não ter me declarado para ela.

"O Kunikida estava certo." - pensei, enquanto meu coração ainda lutava para alcançar um ritmo regular. Meu ritmo respiratório havia deixado ser um ritmo para se tornar algo abstrato. Por mais que aqueles sentimentos me fizessem ter vontade de quebrar uma janela, meu sistema nervoso, um rebelde, mandava sinais intensos para o meu corpo, principalmente quando re lembrava do sorriso que há tão pouco eu havia visto. A realização havia caído sobre mim, como uma pesada pedra de gelo, que não poderia ser ignorada por mais incômoda que fosse. - "Eu realmente gosto de garotas estranhas."

Eu não poderia dizer algo mais direto a Haruhi. Ainda. Quem sabe, daqui a mil loops ou mil anos? Algo tão óbvio não poderia ser evitado por tanto tempo. Cedo ou tarde, eu descobriria aquilo novamente e dessa vez poderia fazer algo a respeito.

"Meu futuro, aparentemente, será interessante"- concluí. Por mais que eu não tivesse coragem para lidar com aquilo, naquele momento, certamente o dia chegaria. Mesmo que eu precisasse bater em Koizumi, quando a ocasião chegasse. Quem sabe seria interessante bater nele, mesmo que a ocasião não viesse? Pensando nisso, sorri com ironia para o céu noturno, preenchido por estranhas expectativas a respeito de uma garota ainda mais estranha.

FIM

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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem esta história, por todos os elogios e comentários! Por favor, deixem comentários! Caso gostem do casal, leiam outras histórias, na minha série "O excêntrico e o racional".