Anoitecer escrita por Gragra


Capítulo 14
13. Noite (Alec)




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13. Noite

Alec

Mesmo depois que Renesmee partiu, seu rosto continuou em minha mente, em especial os olhos castanhos – iguais aos da mãe dela.

Ela havia crescido, não era mais aquela menina que sete anos atrás que estava nas costas de Isabella. Nessie já era uma mulher, e agora ia se casar! Surpreendi-me, pois quando me lembrei deste fato eu fiquei com raiva, mas eu não tinha motivos para isso.

Suspiro tentando tirar Nessie da minha cabeça e depois começo a correr, mas no meio do caminho algo me fez parar... Senti uma fragrância meio humana e meio vampira, minha mente voou para Renesmee e simplesmente segui esta fragrância deliciosa.

Quando saio da floresta, vejo os cabelos de Nessie esparramados ao chão e cheguei mais perto para vê-la. Seu nariz estava vermelho, com certeza ela andou chorando e isso fez com que eu sentisse um aperto por dentro.

Inspirei o ar e – além do cheiro de Reneesme – eu não pude sentir mais nenhum cheiro... Ora, onde estaria o lobisomem?

Nessie agora estava se encolhendo, rapidamente tirei o meu manto e o pus sobre ela.

Depois de alguns momentos ela começou a murmurar:

Jacob... Por favor, não me deixe... Jake, por favor! – ela implorava.

Fiquei magoado quando ouvi o nome dele saindo dos lábios dela, pois percebi que eu queria que fosse o meu nome saindo da boca dela.

Os lábios dela... Os lábios dela chamavam os meus e percebi que me inclinava sobre ela, mas não conseguia parar... Meus lábios encostaram-se aos dela delicadamente, durou apenas poucos segundos, mas foi o melhor beijo de minha longa vida. Gostaria que ela estivesse acordada para poder sentir também.

Já era noite, as sombras nos tocavam e provavelmente o lobo já estaria voltando. Suspiro, eu não queria ter que me afastar dela, mas era necessário.

Encosto novamente os meus lábios aos dela e sussurro em sua orelha:

− Tchau... Nos veremos de novo.

Sua pele se arrepiou e pude me imaginar encostando meus lábios em seu pescoço e tomando o sangue delicioso dela... Minha garganta arde derrepente e lembro que esqueci que eu precisava me alimentar.

Afasto-me dela rapidamente e saio correndo em direção à floresta.

Eu teria que me alimentar e rápido! Saio da floresta e me encaminho para a cidade... Agora estaria melhor para ninguém me notar e nem aos meus olhos vermelhos carmesins.

Ando calmamente, escolhendo minha presa e vejo uma garota solitária, e vou até ela. Assim que ela vê que eu me aproximo, seus olhos se arregalam diante da minha beleza e falo para ela:

− Boa noite senhorita, não gostaria de dar uma volta comigo?

Ela apenas assentiu e eu seguro a mão dela, agora a sede era demasiada!

Quando estávamos totalmente fora de olhares eu a viro de frente para mim e beijo os seus lábios, e vou seguindo até o seu pescoço, onde cravo os meus dentes em sua carne macia e começo a sugar todo o sangue dela. Anestesio-a para que ela não sentisse nenhuma dor e nem gritasse ou chorasse.

Quando eu acabo com ela a sede já estava adormecida e logo após alguns minutos pude ouvir um pequeno som de passos, já sabendo quem eu encontraria ao me virar: Jane

− Hora de nós voltarmos para Volterra. – fala ela com sua voz infantil.

− Tudo bem. – respondo com um suspiro.

− Fiquei a tarde toda te procurando, onde você estava? – seus olhos rubis estavam me sondando.

− Você nem faz ideia! – falei e seus olhos estavam curiosos.

− Vamos e você me conta no caminho.

Acompanhei-a, somente com meu corpo presente, minha cabeça estava em Renesmee. Não consegui deixar de sorrir quando pensei nela e os olhos de Jane passaram da curiosidade para a preocupação para com a minha sanidade.

Realmente, eu deveria estar louco.


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