Tinha uns 40 minutos que eu havia chego, e nesses 40 minutos Charlie não parou de falar em como está feliz em me ver, ou em como eu estou crescida e bonita. E parando pra pensar, nos realmente sentimos falta um do outro, depois do que houve entre Ele e eu, eu sai da cidade como um foguete, sem pensar em nada, nem ninguém mais além dele. Nem em meu pai.

-E como vai a minha menina?-perguntou carinhosamente. –você está bem?O que tem feito todo esse tempo que não pode ver o seu pai?

Eu ri. Ele continuava o mesmo manhoso de sempre.

-Papai, o senhor sabe que eu estava trabalhando,é muito corrido lá no ateliê, só eu e Alice não damos conta. Mas essa semana nós contratamos mais duas estilistas. -Eu disse. Pensando nas duas garotas que contratamos. Rosálie e Renesmee. -São tão novas, mas tão talentosas, sei que se elas se esforçarem elas serão muito bem reconhecidas.

-Eu não entendo nada desse negócio de moda - Eu ri. -mas me parece bom.

-E é. Muito bom. -confirmei. -pros negócios e para elas mesmas porque pelo desempenho delas, estamos pensando  em aceitá-las como sócias.

-E Alice?Como está aquela baixinha?-disse ele sorrindo. Charlie sempre foi apaixonado por Alice. Ele era massa de modelar na mão dela.

O resto do interrogatório seguiu a tarde inteira. Estava tão feliz que ligou para uns amigos, convidando-os para jantarem aqui. Estava cansada então resolvi tomar um banho antes de preparar o jantar.

Subi as escadas indo direto para meu antigo quarto, continuava do mesmo jeito que eu tinha deixado antes de ir para NY. O chão de madeira, paredes azul-claras, o teto pontiagudo, as cortinas de renda amarelas na janela uma cama de casal e uma escrivaninha, para meus trabalhos escolares, um computador e a cadeira de balanço de meus tempos de bebê, era antiquando, mas ainda assim, muito aconchegante. Peguei uma toalha e fui para o banheiro tomar um banho bem demorado.

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Depois de ver meus dedos enrugados, resolvi que já estava na hora de sair do chuveiro. Enrolei-me na toalha e fui para meu quarto trocar de roupa. Mas minhas malas estavam na cozinha e fui buscar. No corredor ouvi uns barulhos vindos lá de baixo. Peguei o taco de baseball de Charlie comecei a descer a escada lentamente, o terceiro degrau ainda rangia depois de tanto tempo. Olhei a sala procurando alguma coisa estranha, e não achei  nada. Deve ser coisa da sua cabeça, Isabella. Você tem a imaginação fértil.

Fui até a cozinha pegar minhas malas, dei de cara com um homem alto forte e moreno, ele olhou pra mim, e num impulso eu gritei. Ele se assustou com meu grito e gritou também, eu gritei novamente por que ele gritou.Ele deu um passo pra traz com as mãos na frente do corpo, e eu levantei o taco de baseball para dar na cabeça dele,quando ele gritou:

-Para de gritar Bella, sou eu, Jacob Black. Abaixa isso!

Quando ele disse Jacob Black eu imediatamente abaixei o taco, e parecendo uma retardada disse:

-Jacob? Jacob Black? Filho de Billy?

Ele ainda de olhos arregalados, confirmou com um aceno de cabeça. Olhei melhor pra ele e... Puta que pariu que homem é esse?O Jacob Black que eu conhecia era magrelinho, cabeludo e esse... Era um deus do Olímpio.

-Que gritaria é essa?-disse alguém atrás de mim. Eu olhei pra trás vendo que era o dono daquela voz. Era um homem muito bonito, ele se parecia muito com o deus grego que estava atrás de mim, mas suas feições eram mais suaves.

Ele me deu uma olhada de cima a baixo, e deu um sorriso muito do safado. E soltou o clássico “fiu-fiu” Olhei pra baixo pra ver o que ele estava olhando e foi aí que eu me liguei com o que eu estava vestida. Ou eu deveria dizer despida. Senti meu rosto esquentar e murmurei um “merda” bem baixinho, me sentindo acuada e dando pequenos passos pra trás, quando braços fortes e quentes me seguraram. Engoli em seco.,imaginando aquele deus grego me agarrando. Juntei toda a coragem que me restava, guardei um pouco de vergonha no bolso  disse:

-Você pode, por favor, me soltar?

-Hmmm... É... Claro, claro. -disse Jacob e me soltou. Eu me virei e passei por ele pra pegar minhas malas, mas eram 4 então só deu para eu pegar uma média e a nécessaire.

-Você quer que eu te ajude?-perguntou jake. Olhando mais pro meu corpo do que pra mim.

-por favor. -disse apenas. E subi enquanto ele pegava as malas e subia logo atrás de mim. Cheguei no meu quarto e joguei as malas no chão.Ele entrou  colocou as malas do lado da porta.Eu agradeci.Ele sorriu...e menina, que sorriso,hein!

-Desculpe por Seth, ele sempre faz esses tipos de brincadeiras. -Ele disse.

-Sem problemas. -disse esperando ele sair do quarto. Mas parecia que ele nem se tocou. Então eu dei aquela olhada bem sugestiva. Dele pra porta, da porta pra ele. Aí ele pareceu se tocar. Suas bochechas parecia coradas quando ele disse:

-Ah! Sim... Eu vou... Descer pra você... Se despir-Eu arregalei os olhos-... Digo vestir.

Saiu praticamente correndo do quarto batendo a porta atrás de si. E do quarto eu pude o ouvir correndo na escada.

“Que vergonha, Isabella”

Balancei a cabeça pra esquecer os últimos acontecimentos, e fui me trocar.Rindo.