Em 15 Anos escrita por Cathy Thesaurus


Capítulo 1
Capítulo 1




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Em 15 anos

Cuddy era "bicho" da escola de medicina, enquanto House era sênior.
Cuddy estava fazendo as anotações devidas da aula de anatomia.
Ela vira um corpo que o professor disse que seria o próximo a ser usado na aula.
Quando ela levanta o lençol o corpo levanta.
Cuddy pula para trás e deixa a prancheta cair, fazendo com que voem os papéis para um lado e a sua caneta para outro, causando grande estrondo na sala.
Todos param e olham para a pobre coitada.
Cuddy: quem é você?
O professor, Dr. Harrisson solta um grito do outro canto da sala.
Dr. Harrisson: H O U S E!
House: Prazer Gregory House pode chamar de Greg agora...Estou indo pq o Harrisson vai me matar! Tchau velho!
E sai correndo pelos corredores.
Uma amiga de Cuddy chega até ela e diz: Deve ter sido algum tipo de trote!
Cuddy: eu achando estranho que ninguém fez trote comigo ainda.
Ava Stabler(a amiga): está vendo? Foi trote!
Cuddy: e muito bem distribuído...
Ava: ele é uma lenda aqui!
Cuddy: nunca ouvi falar dele!
Ava: ele sempre faz brincadeirinhas com todos e... é o ser mais mal-humorado do planeta!
Cuddy: ele me pareceu, simpático...
Ava: ah não! Uma amiga minha no Greg's Fan Club?
Cuddy: hã?!?!?!?!?!
Ava: todas as metidinhas filhinhas de papai dessa joça são apaixonadas por ele!
Cuddy: eu só o achei bonito!
Ava: você se viu nele!
Cuddy: como assim?
Ava: na escola você era a "garota TPM", sempre fazia brincadeiras com todo mundo, e ele tem olhos iguais aos seus...

Cuddy: eu lembrei da vovó Valoska.
Ava: pq?
Cuddy: os que foram feitos um pro outro, se parecem e se completam....
Ava: sonha Lisa, Sonha!
A aula acaba e Cuddy perdida em meio aos livros sai toda atrapalhada em direção ao outro prédio.
Um moço alto passa por ela, correndo feito criança, fazendo com que ela derrubasse seus livros.
Logo o Dr. Harrisson passa por ela.
Mas o moço volta.
House: desculpa, eu tava fugindo do "Power Renzo".
Cuddy( faz cara de interrogação): Power Renzo?
House: o primeiro nome dele é Renzo, acredite!
Ela então sorri, com certa cara de louca.
House: você é nova não é?
Cuddy: sou, eu até pensei que sua brincadeirinha fosse um trote!
House: não, era só pra irritar o "Power Renzo".
Cuddy (pegando os livros): Você é mais sem noção do que dizem sabia?
House (dando um livro que estava com ele): e você é mais chata do que pensa!
Cuddy vira para sair.
House: eu nem poderei saber sua graça?
Cuddy: Lisa Cuddy(e sai)
Passam-se os dias.
E House cada vez piora suas brincadeiras com Cuddy.
Um belo dia...
Cuddy está na biblioteca lendo um livro sobre doenças contagiosas mais perigosas do século XX.
House chega e pega ela no colo.
Cuddy: me deixa no chão H O U S E!
House vai levando-a para fora da biblioteca até que chegam no jardim.
Então, House deixa-a.
Cuddy: o que você quer House?
House: transar com você!
Cuddy: o que? Você pensa que eu sou o que?
House puxa-a pela cintura e ri com o rosto no cabelo dela.
House: eu estou brincando amor.
Cuddy ri também.
Parece tão impossível aquela cena tão confortável.
House: vamos almoçar?
Cuddy e House caminham de mãos dadas até o restaurante.
E almoçam conversando e rindo.
House se aproxima de Cuddy, mas dá-lhe um selinho e um beijo no rosto.
Cuddy ficou furiosa.
*Dormitório*
Ava: e aí, rolou alguma coisa?
Cuddy: se selinho e beijo no rosto for algo!
Ava: aaaaahhhh vocês estão praticamente juntos!
Cuddy: praticamente, não é junto!
E se joga na cama.
Cuddy: UM SELINHO!QUE ÓÓÓDIOOOOOOOO!!!!

Ava fica furiosa e vai atrás de House.
*Dormitório de House*
Ava adentra sem ao menos bater a porta.
Ava: GREGORY HOUSE!
House: que medo mamãe.
Ava: você acha que a Lizie é o que? Um brinquedo? Você quer ou não?
House: só pq foi só um selinho você está irritada?
Ava: Claro, vocês estão enrolando há semanas!
House: muito, muito medo mamãe.
De repente aparece Lisa no quarto.
Cuddy: Ava, tchau!
Ava: mas eu...
Cuddy: TCHAU!
Ava sai.
Cuddy: desculpa minha amiga ela...
House: gosta de resolver os problemas inexistentes dos outros.
Cuddy: não poderia dizer melhor!
Ambos riem.
House: já que você veio, sente-se.
E ambos sentaram na cama dele, e começaram a conversar.
House: você é judia não é?
Cuddy: como você sabe?
House: as únicas bonitas desse lugar são as judias.
Cuddy fica boquiaberta.
House: sabia que existem vários tipos de insetos aqui?
Cuddy: é mesmo?
House: a maioria gosta de entrar em bocas abertas...
Cuddy: ¬¬°

"Ali começavam hábitos, manias, maneiras..."

Após conversarem por muitas horas, sobre inutilidades, futilidades, eles sabiam tudo o que havia para se saber do outro, as vezes um pouco além do que deviam.
Lisa então olha o relógio e já passam das 5 da manhã.
Cuddy: MEU DEUS DO CÉU! H O U S E!
House: que foi? Quer me matar do coração? Eu sou frágil sabia? (e põe a mão contra o peito fazendo-se de vítima)
Cuddy: nós temos aula hoje! São 5 horas da manhã e a aula começa às 8! Em três horas é impossível descansar!
House: tive uma idéia!
Cuddy: qual Einstein?
House: vamos tomar café da manhã!
Pega Cuddy pela Mão e vão caminhando pelas ruas do Campus.

Eles tomam um café da manhã conversando e rindo muito.
Quando se dão conta já passam das 7.
Cuddy: eu preciso ir no meu dormitório, trocar de roupa e pegar meu material!
Cuddy sai e deixa House a ver navios.
No Final de semana...
Cuddy logo cedo vai até ao quarto de House.
E bati na porta um toque, que eles inventaram.
House abre a porta, estava com um lençol envolto à sua parte inferior.
Cuddy: você tem visita não?
E abre mais a porta podendo então avistar uma moça cobrindo seu corpo com uma coberta.
Cuddy sai furiosa, aos prantos.
Emily: quem é Greg?
House: não te interessa, agora VAZA!
Emily: como assim?
House: V A Z A! Quer que eu soletre?
Emily pega suas roupas, veste-se e sai.
Lisa fica vagando pelo campus.
Ela não queria ir ver sua família em Princeton esse Final de Semana, ela sinceramente queria ficar com o Greg, passearem juntos...Esse tipo de coisa.
Cuddy: como eu sou tola.
Lisa senta-se no banco do jardim.
E fica olhando o sol batendo nas flores, mudando-lhe as cores...
Ao fundo Lisa escutava uma música, tão melancólica e suave.
Tocava no café atrás dela.
Cuddy: esse café me persegue.

"...O que você possivelmente poderia gostar em mim?
você gosta da minha habilidade de desviar?
eu acho que meu medo de intimidade
modelou o tempo que gastamos

Não é você
Sou eu
Não somos nós
São eles
E não é ela
É apenas o jeito que ela mexe com você
E ela beija mais severamente do que eu
bem, ela beija mais severamente do que eu..."


Lisa não agüenta nem ao menos ficar no jardim.
Vai então caminhando de volta ao seu dormitório.

"...Capazes de limpar as sujeiras..."

Lisa está sozinha no dormitório, Ava tinha ido pra Princeton.
House entra no quarto.
Cuddy: Sai daqui seu desgraçado misantrópico (e joga a almofada nele).
House: não mommy.
Cuddy: oq você quer?
E fica em pé, cruza os braços.
Seus olhos se encontram, House está furioso consigo mesmo.
Nem ele acredita que quando ele finalmente encontra a garota perfeita ele sai com outra.
Ele não está acostumado a ter alguém.
House: eu vim te pedir perdão.
Cuddy: me disseram que você nunca admitiu estar errado!(seus olhos já estão lacrimejantes)
House: você é diferente.
Cuddy abaixa a cabeça para deixar uma lágrima rolar, ela já havia sido traída antes, mas dessa vez doeu muito mais.
Cuddy (em meio a um suspiro): você também é diferente.
House: que bom podemos transar agora?(e tenta segurar o riso)
Cuddy: você não tem jeito.
House: fiquei sabendo que você é de Princeton, vamos lá, a cidade é há 40 min de carro daqui, não que eu queira conhecer seus pais...mas é que eu quero mostrar algo que eu aprecio muito naquela cidade.
Cuddy: okay.
Cuddy e House saem de mãos dadas e Cuddy se depara com uma moto ao invés de um carro.
Cuddy faz uma careta (sabe aquela careta que ela sempre faz quando o House faz besteira na frente do povo? ELA!)
House: sim você vai andar de moto!
Ela ri.
Ele entrega o capacete para ela, ela se recusa a pôr, ele senta-se na moto e ela senta na garupa.

"...De um passado não muito querido
De sons há muito ouvidos..."


Enquanto estavam a caminho House fazia gracinhas na moto, ultrapassava um carro e eles faziam caretas.
As vezes ele soltava e começava a conversar com ela, ela gritava com ele, morrendo de medo deles baterem, ela se arrependia de ter recusado o capacete.
Até que eles estavam sozinhos na estrada e ela soltou, o vento batia em seu cabelo.
House olhou para ela e sorriu, um sorriso sincero e doce.
House: não vai se empolgar Lisa.
Ela agarra nas costas dele e ri.

Eles chegam na cidade.
E House vai direto à Um Hospital.
Cuddy: você está bem?
House: estou! Vamos ao Café No outro quarteirão.
Eles vão.
Cuddy: por que você me trouxa aqui?
Eles estão sentados na janela, com vista para o Hospital.
House: esse é o hospital que eu quero trabalhar, é um excelente hospital.
Cuddy: por que toda essa admiração pelo Princeton Plainsboro?
House: não sei, sempre quis trabalhar ai, sempre achei que algo iria acontecer ai.
Cuddy: que besteira Greg!
House: pois é, eu também tenho o direito de sonhar okay? Sou uma pessoa sensíveeeeeeel!(fingindo que ia chorar, e aos berros)
Todos do café olham para os dois.
Cuddy fica vermelha.
House: você fica bem nessa cor! Vermelho é definitivamente sua cor!
Ela começa a rir.
Eles passam a tarde andando pela cidade.
Pelo Parque, conversaram horas.
House se sentia tão bem.
Ambos sentiam-se completos.

"Minha canção é amor
Amor para o que se mostra sem amor
E isso sobe
Você não tem que estar sozinha

Seu coração pesado
É feito de pedra
E é tão difícil ver claramente
Você não tem que ficar por conta própria

E eu não vou pegar isso de volta
E eu não vou dizer que eu não quis dizer isso
Você é o alvo para o qual estou mirando
E eu vou levar essa mensagem pra casa

Minha canção é amor
Minha canção é amor desconhecido
E eu estou pegando fogo por você claramente
Você não tem que ficar por conta própria...”

Eles passam os meses divertindo-se.
Curtindo a vida juntos.
Um belo dia...
House: Lila...Precisamos conversar.
Cuddy: sobre o que Greg?
House: você sabe que eu já terminei a faculdade não, é?
Cuddy: esse é seu último semestre, eu sei. pq?
House: eu arrumei um trabalho, em Boston, como interno.
Cuddy: Boston?
House: eu sei, mas foi o único lugar que eu achei amor...
Cuddy começa a chorar, ela sai pela porta do Dormitório de House e vai para o seu, no outro prédio.
House: melhor do que eu pensei.
Eles continuam saindo juntos, normal.
No dia da Formatura.
Cuddy: bem, acho que você vai embora hoje não é?
House: infelizmente...
Cuddy abaixa a cabeça.
Cuddy: acho que simplesmente não era pra ser...
House: que tal uma promessa? Ou melhor uma certeza, se era ou não pra ser?
Cuddy: como assim...
House: se em 15 anos nos virmos, daqui a 15 anos, se nos encontrarmos, em qualquer situação que a vida criar para nós, é por que somos almas gêmeas, do jeito que eu acho que somos.
Cuddy: feito...
Ela puxa o rosto dele para mais perto do seu e beija-o, com calma, um beijo de "Adeus". Um beijo de "sentirei sua falta".

"...Paixões vem e vão,
As memórias de nós dois jamais passarão..."

Cuddy senta-se em seu dormitório, pensando em House.
Cuddy: será que eu agüento 15 anos sem ele?
Os dias passam, Cuddy sente uma falta tão grande, como se tivesse um buraco dentro dela, como se lhe faltasse um braço, uma perna...Seu coração.

"...Eu sempre preciso de tempo comigo mesma
Eu nunca imaginei que eu precisaria de você
Quando eu choro
E os dias parecem como anos
Quando eu estou sozinha
E a cama onde você deita
Está arrumada do seu lado

Quando você caminha pra longe
Eu conto os passos que você dá
Você vê o quanto eu preciso de você agora?

Quando Você foi Embora
Os pedaços do meu coração sentem a sua falta
Quando Você foi Embora
O rosto que eu conhecia está perdido também
Quando Você foi Embora
As palavras que preciso ouvir
Para sempre conseguir ir adiante com meu dia
E fazer tudo estar bem
'Eu sinto a sua falta'..."

15 anos depois...

Lisa está sentada em sua sala.
Ela olha um álbum antigo.
Eles fizeram-no juntos, fotos deles no shopping, aquelas que tiram várias de uma vez só.
Naquele dia, completavam exatos 15 anos.
Ela estava depressiva naquela semana, e aquele dia estava um inferno.
Ela ri lembrando delas.
Sua secretária entra em sua sala.
Molly: Dra. Cuddy pediram por uma consulta sua.
Cuddy: marcada?
Molly: disseram ser urgente e pediram pela sua presença.
Cuddy desce de elevador e vai até a emergência.
Stacy: Olá, meu nome é Stacy, e, eu sei que você vai achar estranho, mas meu marido está com um problema na perna e eu vi uma foto num álbum dele, e eu vi o nome na legenda, falava sobre este hospital, e...eu achei melhor chamá-la. E ele disse que só aceita ser atendido se for por você.
Cuddy: foto minha?
Stacy: sim...
Cuddy entra no consultório, e dá de cara com House, com olheiras, algumas marcas de expressão, alguns cabelos brancos surgindo, mas, com certeza era o seu Greg.
Cuddy: Greg?
House: olá Dra.
Cuddy.
Cuddy (pensando): pq será q ele me chamou de Cuddy? O que aconteceu?
House: eu estou com dores na perna, você poderia, por favor, me dar os remédios?
Cuddy (pega a fixa dele): aqui diz que você veio aqui ontem pedindo remédios, não posso sem fazer os devidos exames.
House (gritando): ME DÁ A PORCARIA DOS REMÉDIOS!
Cuddy: pára de ser ridículo House, você conhece o protocolo!
House: você está toda estressadinha por que hoje faz 15 anos não é?(Cuddy está quase interrompendo ele quando ele diz isso, ela pára, Stacy olha para os dois sem entender) Get Over me!
This ship has sailed long ago.(Me supere! Esse barco zarpou há muito tempo.)
Cuddy: eu vou chamar minha equipe para examinarem vocês.
E com isso ela sai.

House está no quarto com algumas enfermeiras.
House: enfermeira chama a Cuddy, eu irei enfartar em 3 minutos...
A Enfermeira olha para ele não acreditando.
House: oooh...my mistake.
O monitor cardíaco começa a dar sinais de fibrilação.
Batimentos acelerados ao ponto extremo.
Pressão altíssima.
A Enfermeira chama no interfone e alerta código azul.
A Cuddy entra na sala.
Cuddy: desfibrilador.
E começa a dar choques repetidos.
Tentando reaminar House.
Ele está em estado clínico de morbidade há 5 minutos.
Enfermeira: Dra. Cuddy, ele se foi.
Cuddy: não!
E continua tentando reanimá-lo.
Cuddy dá choques e mais choques.
Até que ela pára, tinha sido sua última tentativa.
O Monitor começa a acusar batimentos tímidos ressurgindo com a vida de seu amado.
Seus olhos enchem de lágrimas, mas ela não as permite caírem.
A situação de House está critica.
Cuddy: bem, as células dos músculos da perna dele estão morrendo, se não amputarmos ele irá morrer.
Stacy contou isso para House e ele decidiu que prefiria morrer.
Stacy foi falar com Cuddy.
Stacy: bem, ele pediu para induzí-lo ao coma. Para ele não sentir à dor. Com ele em coma, sou eu que tomo as decisões por ele?
Cuddy: sim, mas você não irá amputar a perna dele sem o consentimento, irá?
Stacy: Não existe um meio termo?
Cuddy: nós podemos cortar a parte necrosada do músculo. E limpar tirando as células mortas, mas ele terá dores alucinantes, e estará preso à analgésicos o resto da vida.
Stacy: ou é isso ou ele morre.
Cuddy então vai até o quarto.
Stacy está do lado de fora.
Cuddy: você tem 25 minutos, então você irá dormir.
Quando ela vai sair ele, puxa-a a mão.
House: Lila...Antes de eu morrer...
Cuddy: você não vai morrer.
House: antes de eu morrer, eu quero dizer que mesmo com a minha esposa, e com todos esses anos, sem querer hoje faz 15 anos, nós somos mesmo feitos um pro outro.
Cuddy deixa uma lágrima cair.
Cuddy: eu vou chamar a Stacy para vocês conversarem.
Ela vai lá fora, chama Stacy.
Cuddy: você tem 5 minutos.

House: eu te amo...(Para Stacy)
Stacy: eu também te amo.
Cuddy abaixa a cabeça.
E o vê dormir aos poucos.
Stacy: Você consegue salvá-lo?
Cuddy: acho que sim...(ela diz para Stacy) Principalmente pela minha saúde mental, acho que sim (ela pensa)
Após a cirurgia, Stacy permaneceu alguns meses, e se foi.
House: e agora?
Cuddy: você pode ficar aqui.
House: por que?
Cuddy: eu estou te contratando.

"Hei, você,
Não desista
Não é tão ruim
Ainda há uma chance para nós

Hei, você,
Apenas seja você mesmo
Não tenha vergonha
Há motivos, por isso é difícil..."


Passaram-se bons 4 anos.
Ele havia mudado, ficado mais ranzinza, mais diferente de quem ele era, o brincalhão irônico, tornou-se um mau-humorado sarcástico e infeliz.
House entra na sala de Cuddy.
House: eu realmente tenho que ir?
Cuddy: ficamos uns 5 minutos e saímos.
House: promete?
Cuddy: você me prometeu que hoje não iria me encher o saco.
House: eu dei aula hoje! Você me deve uma! Das Grandes!
Cuddy: não foi tão ruim assim.
House: Eu vi você na saída, eu vi como você estava! Você me ouviu contando a história da perna!
Cuddy: e me machucou mais ainda pq você nem me citou!
House: você queria o que? Que eu dissesse 'Ah é, a minha médica é minha ex-namorada, nós quase ficamos noivos, mas eu tive que ir pra Boston e ela ficou na faculdade'.
Cuddy fica quieta.
Ela então tira a gravata dele, e a põe novamente, agora certo.
Cuddy: por uma noite, seja gentil, seja humano.
House concordou com a cabeça.

Eles vão até a festa, Cuddy sorri para um moço que está por lá.
House: outro que você pegou?
Cuddy: House!
House: eu já vi, todos os sobrinhos/filhos de doadores muito ricos você já teve algo, não é? Um Bônus?
Cuddy se sentiu ofendida com o comentário.
Com 5 minutos exatos que eles estavam ali, ela sai.

"...Palavras foram duras, cerradas, doídas
Em meio às gravatas e roupas polidas..."


House vai atrás dela.
House: desculpa se eu te ofendi.
Cuddy: você sempre tem que me machucar, de alguma maneira. E agora que a Stacy está aí, como vai ser? Vai me botar de escanteio, ou me magoar um pouquinho mais?
Começa a cair uma chuva forte.
Cuddy: maravilha, lá se vai a chapinha!
House: você fica melhor com seus cachos.
Cuddy abaixa a cabeça.
House: me lembra daquela tolinha, romântica que estudava medicina. Ela era um doce de menina, a melhor amiga dela chamava Ava, você chegou a conhecer?
Cuddy: ouvi falar.
Os dois riem.
Ele chega perto dela.
Eles sentem suas respirações, seus narizes se encontram.
Cuddy: é melhor não Greg...
House: você também quer...
Eles entram no carro.
Cuddy dirige até sua casa.
Eles entram numa fúria, arrancando suas roupas.
House acaricia o rosto de Cuddy, tirando o cabelo molhado dela de sua face.
Então ele puxa seu rosto para um beijo, retomando o ritmo frenético de ambos.
Ela finca seus dedos no cabelo dele.
Ele faz com que a saia dela desça pelas pernas.
Ela abre o zíper da calça dele.
Eles sobem até o quarto dela, ele a põe no centro da cama.
E eles se amam.
Quando terminam eles deitam, ela do lado esquerdo e ele do direito.
E ficam olhando-se, por horas em silêncio.

Eles começam um relacionamento.
Mas, nunca combinaram, nunca conversaram sobre isso, era tudo subentendido.
Chase e Foreman suspeitaram quando um empregado de Cuddy caiu do telhado e House sabia onde ficava a chave reserva dela.
Quando ele teve algo com a stacy, durante a viagem, Cuddy sabia, ela conhece ambos demais.
Naquela noite, House chegou em casa.
Cuddy: it's over.
House: como assim?
Cuddy: eu cansei de ser seu brinquedo.
Ela estava na mão todas as suas coisas que estava na casa do House, e na outra todas as do House que estavam em sua casa.
House: você não pode fazer isso comigo Lisa.
Cuddy: você fez pior, não só comigo como com o Mark.
O sorriso do rosto de House desaparece.
Cuddy: eu disse que quando ela voltasse você ia me jogar de escanteio de novo.
House: perdão...
Cuddy: eu não vou fazer como a tola romântica da faculdade, que te perdoou, eu cansei, sou a Dra.
Cuddy, de hoje em diante...It's all over now, Baby Blue.
House pára, ela fez uma alusão à música que ele mais ama no mundo, pra terminar com ele? Ele conhece a música, ela está certa, ele pisou feio na bola com ela.
Ela sai, ele então põe o CD da trilha sonora de Crossing Jordan e deixa a voz da Jill Hennessy preencher a sala agora vazia, e provavelmente vazia por um bom tempo ela ficará, as caixas de pizza vazias jogadas pela sala, alguns copos jogados pela casa com claros sinais de vinho, ele estava cansado, ela estava certa toda vez que a Stacy chegava ele a punha de escanteio, como um brinquedo que cansa.

Jill Hennessy - It's All Over Now, Baby Blue

Você deve deixar agora, pegue o que você precisar, você pensa que irá durar.
Mas tudo que você deseja guardar é melhor você pegar rápido.
Aquele mais longe mantem-se órfão com sua arma,
Chorando como um fogo no sol.
Olhe lá fora os santos estão vindo
E está tudo acabado agora, Bebê azul.

A rodovia é para gângsters, melhor usar seu bom-senso.
Leve o que você tem juntado por coincidência.
O pintor de mãos vazias da sua rua
Está desenhando estampas malucas em seus lençóis.
Este céu, também, está dobrado embaixo de você
E está tudo acabado agora, Bebê azul.

Todos os seus marinheiros enjoados, eles estão remando para casa.
Todos os seus exércitos rendidos, eles estão todos indo para casa.
A amante que acabou de sair pela sua porta
Levou todas as cobertas do chão.
O tapete, também, está se mexendo embaixo de você
E está tudo acabado, Bebê Azul.

Deixe seus colchões de ginástica para trás, algo chama por você.
Esqueça os mortos que você deixou, eles não irão seguir você.
O vagabundo que está batendo na sua porta
Estão usando as roupas que uma vez você usou.
Golpeie outro competidor, vá começar de novo
E está tudo acabado, Bebê Azul.

Ele iria botar um ponto final nessa situação.
Foi então que decidiu botar o real final na relação dele com a Stacy.

*Alguns meses depois*

Cuddy: House, eu to querendo engravidar e o protocolo pede injeções, para o tratamento de fertilidade. Você tem que prometer não contar pra ninguém.
House: minha boca é um túmulo, o Wilson me disse que tá afim da nova enfermeira, mas eu não contei isso pra ninguém.
Cuddy: House isso é sério.
House: eu sei.
*Ao fim da semana*
Cuddy está querendo pedir que House seja o doador, mas ela tinha vergonha, apesar de tudo o que passou, tudo que ele fez ela sofrer.
Cuddy entra na sala dele.
Cuddy: obrigada pelas injeções.
Eles ficam olhando-se alguns minutos, ela tenta dizer, mas não conseguia proferir as palavras.
Ela vai até a porta.
House: era só isso que você ia dizer?
Cuddy: não.
E sai.
House sabia o que ela ia pedir, ia pedir para ele ser o doador, mas ele conhece muito bem,aquela baixinha, ela não iria dar o braço a torcer "it's over" significa "it's over" com um grande ponto final.
Cuddy entra em sua sala, fecha a porta e escorrega pela mesma, deixando algumas lágrimas caírem.
Tudo aquilo que ela andou tentando guardar dentro de seu peito retorna.
Aquele amor, que ela jurava ter morrido com sua juventude.
Nunca morreu, nunca deixou de existir estava apenas entorpecido por tudo que ela viu, sentiu e passou com os anos.

"...Um navio que supostamente zarpara
Anos atrás, aponta no horizonte
Com uma nova cara..."

*6 meses depois*

Cuddy está num encontro e House atrapalhou, ela não sabe por que, mas nos últimos tempos ele está querendo se aproximar dela, cada vez mais.

Ela estava pensando a caminho de sua casa nisso, nele.

Ela está em altos amassos, quando toca a campainha.

Cuddy: House o que você está fazendo aqui?(bem essa conversa vocês já sabem o resto)

Cuddy fecha a porta e quando entra vê seu encontro pondo os sapatos, pronto para sair.

Cuddy: fica mais um pouco.

John (eu não lembro o nome do cara[:P]): Eu tenho uma reunião. E eu não sei porque você não consegue esquecer seu trabalho, se é por ele em si, ou por algo/alguém lá dentro. Você devia ouvir-se falando com o House, não existe mais nada no mundo. Eu queria ter um encontro com aquela mulher.

Cuddy: eu posso te arrumar o telefone dela.

Ela sabe que nunca irá esquecer o seu Greg, essa era mais uma das provas.

Naquela noite ela dormiu novamente solitária em seu canto esquerdo da cama.

Ela podia mecher-se e ocupar todos os cantos daquela cama, mas não tinha a mesma graça, não era a mesma coisa.

Ela prendia-se ao lado esquerdo, que ficava intacto a noite inteira, esperando por alguém que nunca vinha.

"Eu gosto de olhar você dormindo a noite
Ouvir a sua respiração do meu lado
Embora o seu sono me deixe para trás
Não há outro lugar que eu queira estar.

E agora a nossa cama está tão fria
Sinto minhas mãos vazias, não tem ninguém para abraçar
E eu posso dormir do lado que eu quiser
Mas não é a mesma coisa sem você..."

A campainha toca.

Cuddy: será que ele esqueceu alguma coisa?

Ela pega seu roupão, veste-o.

Abre a porta e encontra ele, seu Greg.

Cuddy: o que você faz aqui, House?

House: desculpe por ter te atrapalhado o dia inteiro. Se bem que essa era minha intenção, eu sinto muito.

Cuddy: entra.

Dando espaço para ele entrar.

House: perdão...

Cuddy sorri.

Cuddy: perdão porque? Por qual das razões?

House: ter me livrado da cadeia eu não ter agradecido mesmo sabendo que você arriscou sua carreira e sua liberdade nisso. Por ter dito que você era um fracasso como mãe. Por ter atrapalhado seu encontro hoje...

Cuddy: você nunca pede perdão...

Fica um longo silêncio.

House: Perdão por não ter me candidatado como doador, mesmo sabendo que ambos queríamos isso. Perdão por ter te traído com a Stacy (os olhos de Cuddy cresceram, ela não esperava por isso). Perdão por ter dito que não tínhamos mais nada. Perdão por ter te deixado em Michigan...

Cuddy começa a sentir uma onda de emoções, ele tava indo longe demais.

Cuddy: House vai embora...

House: porque?

Cuddy: VAI EMBORA!

Ele sai e ela bate com força a porta.

*Passasse um mês*

Após uma longa conversa House ficou abismado ao ouvir as mesmas palavras ditas por ele, tantos anos antes, da boca de Cuddy... "The ship has sailed long ago..."

Naquelas semanas o relacionamento deles ficava mais forte, e ele mesmo não entendeu sua reação ao ver seu melhor amigo saindo com sua amada.

O ciúmes subiu-lhe a cabeça, ele só sabia perseguir Wilson e ... Ficou mais chateado ainda, quase...Magoado, partido, quando Cuddy além de rejeitar o seu convite para um encontro, disse que ele não era uma aposta confiável para ser amigo, e o que aconteceu na faculdade? Não era nada para ela?

Cuddy: você tinha um brinquedo, você se cansou dele, outro pegou e você quer de volta...E De qualquer jeito, nós não iremos nos casar...

House: é isso que todas dizem...

Nem ele acreditara no que acabara de dizer...

Ele agiu como se ela fosse qualquer uma...

Mas ele sabe q ela não é.

Como lhe doeu convidar sua amada para um encontro e ele trocar-lhe por seu melhor amigo... Talvez ela realmente procurasse um amigo, e nele a única confiança que possuíra era daquele que um dia ele foi.

Ele então entra na casa dela com a chave que ele sabe onde ela guarda.

Ela estava jogada no sofá com um braço jogado e o outro segurando no encosto como se apenas ele suportasse o seu corpo de cair sem volta num abismo em que ela se encontrava.

Todos os dias quando ele a via ela estava tão forte e confiante, mas seus olhos confidentes contavam-lhe segredos, mostravam que sua alma e emoções entorpecidas pelo seu coração que partira mais uma vez mesmo que já estivesse suas feridas que abriam e punham-se a ulcerar, como se nunca pudessem elas ser cauterizadas nem pelo mais moderno maquinário, apenas um ser nesse mundo todo podiam pegar-lhe os pedaços, juntá-los e fazê-los puros e amantes novamente.

Ela nem ao menos se importara em olhar para quem entrou com o barulho, apesar de suave, da porta.

Ela apenas deixa-se chorar ainda mais amargamente com soluços que ecoavam através das paredes frias da casa tão grande de construção e tão vazia de risos e amores, a decoração primorosa e tão clássica fazia mais triste a visão que embriagava a visão de House.

Cuddy: não bate mais?

House: não sabia que precisava...

Cuddy: é o normal de pessoas que não habitam a casa...

House: até mesmo os que já habitaram tem de bater?

Cuddy: imagina se os primeiros donos pudessem entrar a hora que quisessem nas casas que lhes pertenceram uma vez a confusão que seria.

Sem nem ao menos oportunar-se de virar sua face ao rosto conhecido de expressões como as suas cansadas pelo tempo.

Ele sentou-se num espaço ainda livre da mesa no centro da sala, que estava cheia de papéis de trabalho, ele achava, mas então ele virou os papéis para o lado de cima e vira que eram fotos, memórias que se eternizam com um flash cheio de jogo de luzes, fotos tão antigas quanto lembrava, festas de natal no hospital, a distância que reinava entre eles, a festa beneficente com o Poker, aquela foto que tiraram tão docemente e escondido dos dois com ele tocando para ela ouvir a sua voz embalando uma música qualquer que os dedos grossos de House que parecia nem encostar nas teclas.

Então algumas fotos mais velhas, como do ano em que se conheceram, fotos tão singelas, em seus olhos e sorrisos havia um brilho inocente que não existia mais, então viu ele, uma foto mais recente, muito mais, do último aniversário de House onde Cuddy deu-lhe um presente e contou-lhe sobre os cartões que jogara fora tantas vezes pelo jeito com que ele tratava do dia em que comemorava um ano a mais dele na Terra, ou como ele preferia ver, um ano a menos.

Nessa foto havia um sorriso tão mais doce do que os dos anos anteriores, era o sorriso que habitava junto à felicidade petulante da jovem estudante de medicina que ele conhecera.

Naquele aniversário ela não deu presente algum, dizendo que prometia dar algo que ele não esperasse...

Ele então volta à realidade põe seus olhos naquela imagem que à certa luz mostrava apenas o contorno daquela alma atormentada por um amor que tentava retirar de seu peito oprimido, mas não conseguia.

"Quis evitar teus olhos
Mas não pude reagir
Fico à vontade, então
Acho que é bobagem
A mania de fingir
Negando a intenção (faça não)
Quando um certo alguém
Cruzou o teu caminho
E te mudou a direção
Chego a ficar sem jeito
Mas não deixo de seguir
A tua aparição
Quando um certo alguém
Desperta o sentimento
É melhor não resistir
E se entregar
Me dê a mão, vem ser a minha estrela
Complicação tão fácil de entender
Vamos dançar, luzir a madrugada
Inspiração pra tudo que eu viver."

Ele podia ver apenas o brilho da pele dela, sem conseguir ver seus detalhes artísticos apenas o esboço, ela parecia tão cansada.

House: o que aconteceu?

Cuddy: estou apenas cansada...

House: disso já sabia, mas qual o motivo de tal cansaço?

Cuddy: um certo alguém que só me dá trabalho e não se cansa e rejeitar meus conselhos e ordens...

House: ouvi dizer sobre esse ser...

Disse com um brilho de melancolia nos olhos e um sorriso sincero, porém apenas com os lábios entreabertos, um verdadeiro sorriso não oferecia há anos.

Ela levantou-se sem pressa, devagar, com requinte não querendo descer do pedestal no qual subira tanto atrás.

Ele olha em seus olhos e sabe o motivo do cansaço dela, além de suas atitudes como médico como amante não fora diferente, se não pior.

Cuddy: meu fardo que não posso livrar-me dele, é você, único e exclusivamente você...

House: por que de tantos homens você logo me escolheu?

Cuddy: por que não sou eu quem faz a escolha e sim um tolo coração...

House: digo-lhe o mesmo...

Cuddy: você não sente nada por mim além de uma plena atração sexual.

House: como você se engana fácil não?

Cuddy: afinal, por que veio até aqui?

House veio para contar-lhe seu amor, mas a aspereza melancólica da doutora fez-lhe repensar e desistir do ato.

House: vim buscar meu presente, já tem quase um ano querida...

Cuddy (pensando): querida?

House: quer dizer... Cuddy...

Ela fica perplexa ao que ele disse, mas levanta-se em busca da caixa...

Cuddy: como você é interesseiro...

E entrega-lhe uma caixa grande de madeira talhada à mão com o símbolo da medicina e ao lado o da faculdade que ambos residiram tantos anos atrás.

Quando ele abriu ficou perplexo ao ver seu agasalho da faculdade, ele sabia que era o seu por, principalmente, possuir atrás bordado seu nome.

No primeiro final de semana dos dois juntos, na época de faculdade, na volta para casa, esfriou consideravelmente, e House emprestou à lisa seu agasalho, essa por sua vez esqueceu-se de devolvê-lo no dia seguinte e no seguinte a esse, até que com a promessa de se reencontrarem, na formatura de Greg, Lisa prometeu devolver-lhe quando achasse que essas memórias eram necessárias de serem reascendidas dentro de ambos.

Ele olhou para ela e lembrou-se do ano que estava já pela metade e dos que antecederam à esse, da ânsia de Cuddy por ser mãe e da busca inútil por um doador sendo que ambos sabiam que não era preciso procurar apenas olhar para o lado, então os casos, as pessoas que passavam a cada dia provando mais que a vida é como o mar que leva a sujeira da praia embora, mas um dia essa sujeira volta às vezes triplicada.

House: acho que melhor presente não havia de existir...

Cuddy: se é que ainda lhe serve...

House: como você está palhaça hoje!

Cuddy: Sempre fui, você que não notou(com ar de gracejo e brincadeiras)

House: ai meu Deus, seção sonhos de um palhaço...

Cuddy: aiiiii que horror!

E deu-lhe um tapa leve no braço esse por sua vez começou a dizer que ela o havia machucado severamente.

Cuddy: ai como você é chato...

House: um chato que você ama.

Mostrando total infantilidade mostrando-lhe a língua.

"Mudaram as estações, nada mudou

Mais eu sei que alguma coisa aconteceu,

Tá tudo assim, tão diferente..."

Ele começa a fazer cócegas nela que gargalhava estrondosamente com sinceridade.

Como ele conseguira fazer ela passar de uma profunda depressão ao ápice de sua felicidade nos últimos anos.

Ele põe se em cima dela para facilitar as cócegas que fazia nela, e imobilizá-la de fugir, ele não teria como correr atrás dela.

Quando se encontram nessa posição param para ver o que estão fazendo, não aproveitam um à presença do outro há muito tempo, aquele agasalho parecia que trazia sorte, ou apenas isso sempre esteve lá e eles em silêncio prometeram deletar de si essa parte tão... FELIZ.

Cuddy(num tom baixo, quase inaudível): eu senti sua falta...

House: mas eu sempre estive aqui...

Cuddy: não do mesmo jeito... Depois da cirurgia, mesmo quando estávamos juntos, você não era mais assim brincalhão, bobinho, esse palhaço que eu amo...

Ela disse puxando ele pelos cabelos e deixando com que seus narizes encostassem, ela estava com um sorriso lindo e sincero, o movimento era tão natural que ela nem percebeu.

"...Se lembra quando agente chegou um dia acreditar

Que tudo era pra sempre, sem saber,

Que o pra sempre, sempre acaba..."

Então olhando dentro dos olhos de seu amado, e vendo-se afogar naquele oceano em que ela sabia que não tinha mais volta.

Ela percebe o passo que deu com olhos vendados, por instinto.

E saí do sofá na posição sugestiva em que estavam.

Ele levanta-se, ela poderia correr, ele sabe disso, mas ela não correu da presença dele, apenas sentiu-o chegando por trás dela e abraçando-a, num abraço apertado, cheio de emoções e afetos, mas ao mesmo tempo tão inocente que não perecia estar vindo dele.

Ela tenta segurar as emoções que guardou dentro de si, numa tentativa frustrada de não amá-lo ou de fingir que não...

Ele não chora há tanto tempo...

"...Mais nada vai conseguir mudar o que ficou

Quando penso em alguém, só penso em você

E aí então, estamos bem..."

Ele deixa uma única lágrima rolar pelo canto do seu rosto.

Ele sabe assim como ela que, nada é igual, apesar deles serem os mesmos, Lisa Cuddy e Gregory House, eles não se tocavam da mesma forma, não agiam mais como eles mesmos.

Ele preferia tanto mais seguir em frente e fingir que NADA acontece, aconteceu ou ainda estava por acontecer...

Era mais fácil, menos errado, uma reitora e um médico líder de uma das equipes, que se amam?

Fora que, tantas coisas aconteceram nos últimos anos que...

Eles eram tolos um pelo outro...

Mas era bom sentir seus toques assim, sentir um ao outro...

Cuddy vira, põe as mãos singelamente nas bochechas de House.

E dá um beijo calmo, um selinho mais duradouro.

O mais começa a esquentar, levando-os para o quarto dela...

Ela está tão cansada, ele também.

Eles deitam, cada um em seu lugar...

Ficam se olhando, até que House quebra o silêncio...

House: Eu nunca mais dormi do lado esquerdo da cama...

Cuddy: acho que isso é um sinal, eu nunca mais dormi no lado direito...

"...Mesmo com tantos motivos pra deixar tudo como está

Nem desistir nem tentar agora tanto faz

Estamos indo de volta pra casa."

Acho que aquela foi a primeira noite desde a segunda separação, na verdade, desde a primeira...

Em que eles dormiram o sono mais tranqüilo.

Ah, vocês devem imaginar como que eu sei de tantos detalhes, desconhecidos dessa história, meu nome?

Claire Elizabeth Cuddy-House, essa história minha mãe me contou, para mostrar como que o amor, não tem fim, e mesmo com 15 anos os separando, nada pode separar...

UM VERDADEIRO AMOR.

“... Seu beijo e seu gosto pungem alarmantes

Em meu peito cerrado que te ama, te amou, te amará

O navio retornou, com a diferença e o amor de antes."

*~*~* FIM *~*~*

By Nina Webster


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