Tudo por Um Presente escrita por GiullieneChan


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Observação: História se passa antes dos eventos no Casamento do Escorpião.

Personagens originais, Maeve, Dione, Juliana, etc... foram criados por mim e se encontram em meus demais fics.

Inspirado no filme "Um Herói de Brinquedo."

FELIZ NATAL!



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Shopping de Atenas...Véspera do Natal...8:52 h da manhã.

—Nunca mais eu deixo você ficar responsável pela lista de presentes de Natal, Milo Alessandros. -falava um furioso Camus preso a uma fila para entrar no Shopping.

—Eu já pedi desculpas por ter esquecido.

—Era para você ter comprado os presentes há mais de um mês atrás! -ainda inconformado.

—A gente esquece. E o Santuário esteve tão agitado estes dias por causa do meu noivado, que acabei esquecendo.

—Impiastro. -resmungou Máscara da Morte atrás deles. -Mas como é que você só lembra disso na véspera de Natal?

—Será um milagre acharmos algo. -resmungou Aiolia.

—Eu já pedi desculpas!

—MAS A GENTE NÃO TE DESCULPOU AINDA! -falaram todos os cavaleiros de ouro na fila.

—Se isso servir de consolo para vocês, também esqueci de comprar o presente de Natal da Dione. -defendeu-se.

—Não serve. Mas é bom saber. -falou Camus. -O duro foi ter que dar uma desculpa para sairmos do Santuário ao invés de ajudarmos na preparação da ceia de hoje à noite. Ainda bem que engoliram a desculpa de levarmos as crianças para verem o Papai Noel.

—Ah...o que pode dar errado passear no Shopping com os garotos? -perguntou Aldebaran, que recebeu de Camus, Máscara da Morte, Kanon, Milo e Saga olhares mortais. -Que foi?

—Bem... para que não aconteça o que houve no dia das crianças aqui, estabeleci um plano. Uma estratégia. -falou Saga. -Pais... fiquem de olho em seus filhos! -apontou para o irmão, Camus e Máscara da Morte que carregavam as crianças. -Vão tirar fotos com o Papai Noel, que Aiolia, Mu, Milo e eu cuidaremos de metade da lista dos presentes. A outra metade ficará por conta de Afrodite, Aiolos, Shura, Aldebaran e Shaka. Nos encontraremos na praça de alimentação do segundo andar ao meio dia. Cadê o Shaka?

—Saindo de fininho pela tangente. -avisou Shura pegando-o pela colarinho do terno.

—Isto é ridículo! Eu nem comemoro o Natal. Sou budista! O que estou fazendo aqui? Tenho coisas mais importantes para fazer. -reclamava.

—Dar apoio aos amigos. -esclarece Mu.

—E se notou... a maioria dos presentes cavaleiros não são cristãos. -falou Kanon segurando Junnon pelo colarinho, evitando que ele sumisse na multidão, depois olha ao redor. –CADÊ O KENNY?

—Aqui. –respondeu Aiolia, segurando o menino que esperneava debaixo do braço e em seguida entrega-o ao pai. –Pensou naquelas mochilas com guia que tá na moda?

—Pensei em usar o modelo com focinheira, mas avisaram que eu poderia ser preso.

—Já pararam com a palhaçada? –Saga perguntou. –Vai ajudar sim, Shaka! Você participa da ceia, come nela então tem que ajudar! Até Atena gosta da festa!

—Está bem. -falou Shaka fechando os olhos. -Mas eu me recuso a compactuar com esta manifestação que estão realizando em nome do consumismo selvagem e desenfreado no qual o ser humano se entrega nesta época do ano.

—Já comprou o presente da patroa? –Aldebaran perguntou.

—Já comprei o presente de Raga-Si há dias. Pela internet... Como é uma lembrancinha, entregaram rapidinho e sem problemas.

—O que ele disse? -perguntou Milo.

—Disse que não vai comprar nada. -respondeu Afrodite. –Que foi mais esperto que você.

—Que está bancando o mão de vaca, munheca, avarento, que está carregando um escorpião no bolso, que... -falava Aldebaran.

—Eles já entenderam! -sibilou Shaka ao amigo.

—Certo. -Camus entrega a lista de presentes para o Saga e cochicha. -Não se esqueça do item que eu grifei, o presente de Natal do Alexandre. É de extrema importância!

Saga olhou a lista e arqueou a sobrancelha.

—Capitão Frio?

—É... -olhou para o filho que estava distraído com Aldebaran, nos ombros dele. -Ele pediu isso de Natal. É o herói dele. Daquele seriado tosco de televisão.

—Tá...comprar um Capitão Frio. -e deu a lista para Milo. -Você fica encarregado do boneco.

—Com licença. -um senhor ao lado deles perguntou. -Vão comprar um boneco do Capitão Frio? Hoje? Na Véspera do Natal?

—Sim. -respondeu Milo.

—E já encomendaram? -o senhor perguntou novamente.

—Não. Vamos ver nas lojas agora. -respondeu Saga e o homem começou a rir como um louco, apontando para eles.

Ainda rindo, cutucou outro senhor.

—Eles... eles querem comprar um boneco...boneco do Capitão Frio. E na véspera do Natal!

De repente, todos que estavam perto começaram a rir.

—Qual é a graça? -perguntou Mu.

—HUAHAUAHAUAHAU! -o homem apontava para eles e continuava a rir.

—Ignore esses loucos! Já vão abrir as portas. -falou Saga.

—Eu podia nos teletransportar lá para dentro rapidamente. -comentou Mu.

—Chamaríamos muita atenção. -falou Saga.

—Senhores e senhoras... -falou o guarda que estava para abrir a porta, tentando controlar a multidão. -Agora, vamos nos organizar e...

O homem foi retirado pelas pessoas do caminho, que escancararam as portas e invadiram o Shopping center. Para não serem atropelados também, os cavaleiros tiveram que correr juntos.

—E agora? -perguntava Kanon, com os gêmeos embaixo de cada braço enquanto corria.

—WEEEEEEE!!!!! –gritavam os gêmeos adorando.

—Isso parece uma das ilusões diabólicas do Shaka. Mas é mais assustadora. -comentava Shura.

—Separem-se e sigam o plano. -falou Saga. –Equipe Afrodite, vão para o setor C. Equipe Saga, Setor B. Equipe Milo, lojas de brinquedo segundo andar. Pais, vão pra praça do Papai Noel. VÃO, VÃO, VÃO!!!

—Sim!

Todos concordaram, menos Shaka que sentou no primeiro banco que avistou e ficou na posição de flor de lótus. Logo meditava.

—Onde está Papai Noel? -perguntou Alexandre ao pai.

—Primeiro andar. -Camus apontou para uma multidão fazendo fila.

—Beleza. -falou Máscara desanimado. -Uma foto que vão cobrar caro e vamos comer algo.

—Não quelo tilar foto co o Papai Noel! -chorava Kenny. –Quelo chocoiate!

—Nade de chocolates para você! –respondeu Kanon.

—Quelo tilar foto com o Capitão Fio. -chorava Junnon. –E quelo chocoiate!

—Nada de chocolate! E quem é o Capitão Frio? –Kanon indagou.

—Ai, dai-me paciência, Atena. –suspirava Máscara da Morte. -É o super-herói do momento! Até a Ângela gosta do seriado!

—Onde está o tal de Capitão Frio? –novamente Kanon perguntou.

—Vai haver uma apresentação dele no shopping no fim da tarde. -explicou um senhor na fila com a filha.

—Vamos tirar foto com o velho gordo e barbudo e depois vamos ver o Capitão Frio, certo? -disse Kanon e os meninos concordaram pulando e comemorando.

—De teatros e shows de Shopping quero distância. -falou Camus, se lembrando da sua outra experiência.

—Ora, por que? -provocou Máscara da Morte.

—O roxo lhe cai tão bem. -continuou Kanon.

Camus olhou para os dois de modo ameaçador, os cavaleiros o ignoraram e começaram a cantar, abraçados.

—Amo você... você me ama... somos uma família feliz! Com um forte abraço, e um beijo que te dei... Meu carinho é... pra...você!

—Estão mortos e congelados! -ameaçou Camus.

—Não na frente das crianças. -Máscara mostra Ângela e os meninos.

—Sorte sua que ela está em seu colo! Quando menos esperarem, eu me vingarei. -voltou a ameaçar.

—Cadê seu espírito natalino, Camus? -brincou Kanon.

—Congelado, na Sibéria!

Eles se entreolharam e deram os ombros. Máscara começou a cantar.

—Amo você... você me ama... somos uma família feliz! Com um forte abraço, e um beijo que te dei... Meu carinho é... pra...você! -diante do olhar de Camus. -Estou cantando para a mia bambina.

—Por que essa fila não anda? -resmungou o aquariano. -Alex, fique com os seus tios humoristas aqui e não sai de perto deles.

—Tá. –respondeu de modo desanimado.

—Eu vou ver o que está havendo. -e saiu da fila.

—Aí, guri! Qual o problema? –Máscara da Morte pergunta a Alex, colocando a mão na cabeça do menino.

—Nada não, tio. –respondeu, com ar cheio de tédio.

Máscara da Morte e Kanon se entreolharam.

Camus chegou na frente, após passar por quase duzentas pessoas na fila e viu as ajudantes nervosas andando de um lado para o outro.

—O que houve? Cadê o Papai Noel?

—Não pode vir! Quebrou a perna numa festa ontem!

—E o substituto ligou, está preso no trânsito e vai se atrasar! –disse a outra.

—E justo no dia mais movimentado que é a Véspera de Natal! -uma delas estava a ponto de chorar.

—Vamos ter que avisar as crianças que ele  talvez não venha. -disse uma morena preocupada.

—Está louca? Vão nos linchar! -disse um anãozinho vestido de duende.

—Precisam pensar em uma alternativa. -comentou Camus.

O anãozinho olhou para Camus e seus olhos brilharam, Camus estremeceu e se viu acuado pelas meninas.

—Por favor! Por favor! Coloque a roupa e fique de Papai Noel até que o verdadeiro chegue! -pediam as garotas aos prantos.

—Por favor amigo!! Você tem o tamanho do fantasia! –pediu o anão, mostrando o gorro vermelho para ele. –Pense nas crianças na fila! Seus filhos estão na fila?

—Eu...eu... -olhou para as moças, para o anão e a fila enorme e engoliu em seco.

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Em outro piso do Shopping.

—Vejamos. -Aiolos olhava a lista. -Enquanto Saga e os outros compram os presentes das crianças. Nós compramos os outros.

—Pegamos a parte mais fácil. -comentou Afrodite. -Comigo aqui, vamos nas melhores lojas que eu conheço.

—Temos um expert em compras aqui. -falou Shura. -Bem, especialista. Onde vamos primeiro?

—Hum... -Afrodite analisou a lista. -Por que Kanon e Aiolia iam querer lingeries sexys? Essa lista está certa?

—São para as mulheres deles. -Aldebaran começou a rir.

—E quem vai comprar? -perguntou Aiolos vermelho.

Todos pararam para pensar e olharam para Afrodite.

—Por que eu?

—É o expert em compras. -disse Aiolos.

—Sabe quais as melhores lojas. -completou Aldebaran.

—E tem cara de mulher, então está tudo bem entrar numa loja de lingerie sem que pensem que é um tarado. -disse Shura.

—Olha como fala, cara de bode! –replicou Peixes.

—Do que me chamou? -Shura alterado.

—Cara de bode não. -pensou Afrodite. -É ofender os pobres bichinhos.

—Acho que vou fazer um sushi! -erguendo o braço para a Excalibur e Afrodite pega uma rosa vermelha.

—Ninguém vai fazer Sushi de cavaleiro aqui! -disse Aiolos alterado. -Contenham-se! Estamos em um local cheio de pessoas! Somos Cavaleiros de Atena! Temos dignidade! Podemos resolver quem vai comprar as lingeries de maneira bem democrática.

Os quatro se entreolharam e.

—Jo-Ken-Po! Jo-Ken-Po!

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Neste ínterim, Shaka ainda permanecia sentado em meditação no banco do Shopping. Um garotinho se aproxima e fica olhando para ele. Logo outro garoto aparece e fica também olhando.

Uma adolescente passa e para. Observa a cena e balança a mão diante do rosto do Cavaleiro e chama outras amigas.

—Um manequim vivo? –perguntou uma delas.

As garotas começaram a posar ao lado de Shaka para tirarem selfies, enquanto ele ainda estava em meditação profunda.

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Numa loja de brinquedos.

—Bem, estou olhando e nada deste tal de Capitão Frio. -falou Aiolia.

—Compramos os outros itens da lista. -falou Saga chegando com Milo. -Não acharam o boneco?

—Não. -respondeu Aiolia.

—Por que não perguntamos a algum funcionário da loja? -sugeriu Mu.

—Boa ideia. -Milo se aproxima de um dos funcionários. Um rapaz com roupas coloridas e crachá da loja. -Com licença. Poderia me ajudar a encontrar um brinquedo?

—Claro. A Brinquedolândia está aqui para ajudar! -se prontificou o rapaz sorridente.

—Que bom! Queremos um boneco do Capitão Frio. -pediu Milo.

O atendente começou a rir e apontou para a cara de Milo, e ainda rindo chamou um colega.

—Eles querem um... boneco do Capitão Frio. -ainda rindo.

O colega começou a gargalhar e a apontar o dedo para Milo, que não estava entendendo nada, e para os outros cavaleiros.

—Eles querem um boneco do Capitão Frio. E hoje! -falou para as pessoas próximas que começaram a gargalhar. -De onde vocês vieram? Moram isolados em alguma ilha?

—O Capitão Frio é a maior sensação de vendas em anos! Os bonecos estão esgotados há semanas! -gargalhando.

Aiolia perde a paciência e pega os atendentes pelas golas das camisas e eles param de rir na hora.

—Cadê o espírito natalino de vocês? -os dois sorriem na hora. -O filho de um amigo quer um boneco do Capitão Frio. Onde podemos achar um?

—Não vão achar facilmente! -disse.

—Talvez no Mercado negro dos brinquedos.

—Em alguma lojinha do centro. -deu os ombros o outro. –Não bate na gente...

—Então... Milo e eu iremos ao centro buscar o boneco. -Avisou Aiolia soltando os dois atendentes.

—Por que eu? -perguntou Milo.

—Porque você esqueceu de comprar este boneco mês passado. Porque você me fez sair do santuário e vir aqui, pois esqueceu do presente da Marin que eu confiei em você para comprar e assim economizaríamos tempo. Porque Camus irá congelá-lo se não achar o boneco e se não o fizer eu acabo com você se não for! -Aiolia ameaçando Milo.

—Com argumentos tão gentis...eu te acompanho.

—É uma missão impossível! –disse um dos atendentes.

—Vão arriscar a vida!

—Terão que enfrentar consumidores e pais desesperados pelo boneco! É suicídio ir ao centro comprar um boneco. -disse o outro com medo.

—E tem menos de 12 horas para conseguirem o boneco antes da ceia de Natal! –disse um outro.

Milo olha o relógio.

—Só doze horas! –para e pensa. –Onde já ouvi isso?

—Nós conseguiremos. Somos Cavaleiros de Atena! –Aiolia diz com ar de herói e algumas garotas suspiram próximo.

Aiolia pega Milo pelo braço e saem da loja.

—Mas não é garantido que eles encontrem o presente. -diz Mu.

—Ah, senhores. -diz o atendente. -Haverá um show do Capitão Frio esta tarde aqui.

—E? -Saga sem interesse.

—Vão sortear um boneco do herói. Quem sabe com um pouco de sorte.

Saga sorri e seus olhos brilham malignamente fitando o ariano, Mu estremece.

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No local onde Shaka ainda meditava...

—Ele tá vivo? -um menino cutucava Shaka com o canudinho de refrigerante.

—Acho que está respirando. -comentou uma senhora.

—Deve ser um artista performático. –comenta uma outra senhora com ar de intelectual.

—Deve ser um daqueles manequins vivos. É impressionante a capacidade que eles tem de ficarem imóveis por horas! -explicava um homem.

—Acho que ele roncou. -uma menina diz para a mãe.

—Deve ser impressão sua, amor. -responde a mãe. -Ninguém conseguiria dormir com esse barulho.

Shaka ressonou alto e gotas rolaram nas cabeças dos presentes.

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—E eu quero uma Barbie, a casinha da Barbie, o salão de beleza da Barbie, a clínica veterinária da Barbie, o submarino da Barbie, o cachorro da Barbie, a Ferrari da Barbie, o telefone celular da Barbie,... -uma menina sentada no colo de Camus, vestido de Papai Noel não parava de pedir todos os itens existentes da Barbie e o Cavaleiro de Aquário não estava mais aguentando aquilo. –E quero um cachorro!

—Tá, tá. Pedirei aos meus servos que providenciem tudo. -deu uma bala para ela.

—Papai Noel. -uma das garotas o chama. -Não são servos.

—Discípulos?

—Não. Somos duendes. Seus duendes que farão os brinquedos. –disse o anão balançando a cabeça negativamente.

—Ah... isso. Próximo. -retesou o corpo ao reconhecer o garoto enorme que o havia atacado quando havia se vestido de Barney no dia das Crianças. -Oh, não.

—Ei, velho! Não vou sentar no seu colo, então não vem que não tem. -avisou o menino.

—Acredite, não vou insistir.

—Quero ganhar de presente uma espingarda de chumbinho que atira de verdade. Munição e um novo kit para tirar pele dos gatos da vizinhança.

—Acho que você precisa de um colégio militar.

—O que disse? -olhou para uma senhora gorda que tirava fotos. -Mãe! O Papai Noel disse que não irei ganhar meu presente!

—Seu projeto de psicopata está na minha lista eterna de Meninos Malvados! –replicou Camus, fitando o garoto mortalmente.

—Oh, Rupert não se preocupe. Papai já comprou seus presentes." -disse a mulher. –Vou chamar seu patrão e ele vai te demitir!

—Rupert? -Camus aponta para a cara do menino e começa a rir. -Rupert?

—Mãe! Ele tá rindo do meu nome! -e chutou Camus na canela.

—Maldito! -sibilou Camus pulando de um pé só e segurando a perna machucada. -Esqueça os presentes do Papai Noel até a sua senilidade! Nem carvão merece ganhar!

—O senhor é um grosseiro! -a gorda deu-lhe uma bolsada antes de sair com o menino.

—Pelo menos meu problema eu resolvo com uma aula de etiqueta. O seu teria que nascer de novo! Arrume um bom advogado, vai precisar para ele quando estiver na prisão no futuro!

—Papai Noel! -pedia uma das ajudantes quase chorando. -Contenha-se... as crianças.

—Sacre Coeur. -bufou. -Quem é o próximo?

—Eu!

Camus olhou para quem estava na fila e não acreditou.

—Masc... -o cavaleiro de Câncer estancou e olhou bem para ele. -Quer dizer...Bem...eu...MAS Que coisa! Oh oh oh! FELIZ NATAL!

—Trouxe minha filha. -e colocou Ângela no colo do Papai Noel para as fotos, e a menina começou a puxar a barba dele.

—Deixa a minha barba...sua pestinha linda. -sorrindo falsamente.

—E cadê o Camus? -Kanon olhando para os lados.

—O francês preguiçoso nos largou o filho e deve estar vagabundeando por ai. -diz Máscara da Morte e recebe um chute do Papai Noel. -Ei!

—Desculpe. Eu estava me ajeitando na cadeira e te chutei sem querer.

—Não parece o Camus largar o menino assim. -comenta Kanon, colocando os gêmeos para tirar fotos, os dois começam a se chutar e a ameaçar se darem socos, acertando alguns em Camus, que conta mentalmente até 100.

—Ah, ele deve ter entrado numa loja de perfumes então.

—Perfumes?

—Esqueceu a fama que os franceses tem de não tomar banho? Aquele deve tomar banho de perfume para disfarçar a catinga. -riu Máscara, e recebeu outro chute do Papai Noel. -Ei! Você fez de propósito!

—Tenho uns problemas com essa perna. Ela faz esse movimento de chute involuntário. -da outro chute no Máscara da Morte. -Está vendo?

—Eu vou... -ergueu o punho, mas Kanon o segura.

—Pretende bater no Papai Noel? -falou o "bom velhinho". –E na frente da sua filhinha?

—Eu... vou...

—Sua filhinha linda? Deve ter puxado a mãe, por que o pai... tsc...

—Ele quer morrer! –Máscara aponta para o “Noel” olhando para Kanon.

—Tio. Vai bater no Papai Noel? -perguntou Alexandre com a cara mais piedosa do mundo.

—Não vou não. Hoje não! Uma hora eu te pego. -ameaçou Máscara pegando Ângela no colo e saindo, não antes de receber outro chute, no traseiro.

—Desculpe. -com falsidade, pediu o "Papai Noel". -Ei, garotinho... pode vir aqui e fazer seu pedido.

Camus chama Alexandre e o coloca no colo.

—Diz o que você quer de Natal?

—Nada. -falou o menino.

—Nada? -espantou-se. -Tem certeza? Não quer por exemplo... o boneco do seu herói preferido?

—Não. Tudo bem se eu não ganhar. -deu os ombros. -O que eu quero não sei se o senhor pode me dar.

—Fale. E eu vejo se posso dar ou não.

—Queria que meu pai ficasse mais tempo comigo.

Isso chocou Camus, a voz não saia, e depois de pigarrear prosseguiu.

—Seu pai? Ele é muito ocupado?

—Sim. Está sempre treinando ou treinando outros garotos. Quando não viaja de repente a trabalho, como a mamãe diz. A gente mora junto, mas eu o vejo muito pouco, fico muito tempo com meu tio Afrodite. Ele é meu sensei, como o tio Hyoga fala. -e suspirou. -E o papai não tem muito jeito com as crianças. O tio Milo e o tio Hyoga é que são legais e brincam comigo.

—E ele não passeia com você?

—Passeia. Mas eu acho que ele não gosta de sair do Santuário. -o menino coloca a mão sobre a boca e cochicha. -Eu não devia ter falado do Santuário. Papai falou que é segredo.

—Eu prometo a você, Alexandre... que seu pai e você terão muito tempo juntos.

—Como sabe meu nome?

—Sou o Papai Noel. Sei os nomes de todos os garotos bonzinhos do mundo. E você é o meu preferido!

Alexandre abraça o "Papai Noel" e se apressa em se juntar a Kanon, Máscara da Morte e os meninos. Camus fica observando-os se afastarem. Os amigos brincando com os pequenos e fica pensando, por que não consegue ser assim com o próprio filho?

—Senhor. -uma das atendentes o chama. -O nosso colega chegou. Se o senhor quiser se trocar?

—Obrigado. -diz se apressando em sair. -Tenho que correr se quiser alcançar meu filho.

Continua...


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