Quando o Amor Acontece escrita por Heloise_Yanki


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Gente desculpe pela demora,

Boa leitura...



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CAP 07

PDV EDWARD

Depois do jantar maravilhoso que a Bella fez para nós eu claro que como um bom moço ajudei ela arrumar a cozinha. Passei a noite intera pensando nela, e em como fazer para desvendar os mistérios do seu coração. Na manhã seguinte acordei um caco, sério eu não tinha forças nem mesmo para ficar com os olhos abertos, mas insistentes batidas na minha porta me obrigaram a levantar.

-O que foi? – Perguntei para a pessoa que estava insistentemente batendo à minha porta. Quando me dei conta que a pessoa em questão era a Bella, e não estava com a melhor das suas expressões faciais.

-Edward são quase dez da manhã, quer sair dessa cama e vir me ajudar. – Ela disse com uma calma controlada, mas a fúria era evidente em sua expressão. Nisso senti meus olhos se fecharem e uma súbita tonteira, então tudo escureceu. Quando eu abri meus olhos estava em cima da cama com a Bella sentada ao meu lado parecendo muito preocupada.

-O que aconteceu? – Perguntei meio desnorteado ainda.

-O que aconteceu pergunto eu, você não desceu para o café e estava demorando demais para aparecer, eu bati na sua porta, você atendeu e logo desmaiou.- Ela disse como se fosse a coisa mais obvia do mundo, logo em seguida colocou a mão na minha testa. – Você esta se sentindo bem? Está tão quente.

-Não me sinto muito bem. – Admiti

-Vou ligar para o médico. – Ela disse saindo do quarto antes que eu tivesse tempo para protestar a respeito. Minutos depois ela voltou com um copo de água e uma cara nada agradável. – O medico já vem, mas já disse de antemão que é para você beber muita água e ficar na cama.

Tomei a água que ela me trouxe não com muita vontade, mas não era sensato desafiar ela. Meia hora depois o médico chegou e foi trazido ao meu quarto por uma das moças que faziam a limpeza, visto que a Bella não saiu do meu lado. Sinceramente se for para ter a Bella ao meu lado eu não me importaria nem um pouco em ficar doente.

-O que está sentindo Edward? – O médico perguntou colocando o termômetro embaixo do meu braço.

-Um pouco de tontura, dor de cabeça. – Fui enumerando os meus sintomas, depois de me examinar por completo sempre sob os olhares atentos da Bella.

-Bem Edward ao que me parece você está com uma amidalite severa, deve ficar em repouso e tomar um antibiótico, sugiro que não sai da cama pelo menos por hoje e tome a medicação no horário certo. Qualquer coisa é só me chamar. – Ele disse estendendo uma receita à Bella e depois saiu. Fiz menção de me levantas mas duas mãos delicadamente me empurraram de volta para a cama.

-Você escutou o que o médico disse? – Ela perguntou quando viu a minha expressão de desentendido.

-Sim, que eu estou com dor de garganta e devo tomar uns remédios. – Falei obviamente.

-Acho que não escutou a parte que você deve ficar na cama Sr. Cullen. – Bem que eu queria ser ou certo outro Sr. Cullen, mas deixa pra lá.

-Bella temos muitas coisas a fazer, logo chega o lote de animais que você está esperando não podemos perder tempo. – Mais uma vez tentei me levantar, sem sucesso devo acrescentar.

-Com você doente não vai dar certo, primeiro cuidamos de você, os animais ficam para depois. – Não sei se pelo tom que ela usou ou pela forma que ela mais uma vez me deitou na cama, mas me senti realmente amado e cuidado por ela.

-Obrigado. – Murmurei sem conseguir encarar seus olhos, mas de repente senti sua mão em minha face, me obrigando a encará-la.

-Não precisa me agradecer. – Ela disse num sorriso e então aproximou o rosto do meu e quando pensei que finalmente ganharia um beijo dela, eu ganhei...um beijo na bochecha. Minha cara de frustração deve ter sido hilária, por que nem mesmo ela se segurou e riu da minha cara.

-Isso ria das desgraças alheias. – Falei me fazendo de coitadinho.

-Que dó. – Ela disse em meio a gargalhadas. Então se levantou novamente com o semblante serio, indo em direção à porta.

-Onde você vai? – Não me contive em perguntar.

-Providenciar a sua medicação.

-Pensei que você fosse veterinária. – Falei rindo.

-Por isso mesmo. – Ela disse com um sorriso sinistro nos lábios, só queria saber o que ela quis dizer com isso.

Passei a maior parte da manhã na cama, a Bella vinha a cada quinze minutos ver como eu estava, por mais que me doesse cada pedacinho do meu corpo eu estava extremamente feliz com a preocupação e o cuidado dela. Chegada a hora do almoço eu ainda não tinha conseguido colocar nada para dentro, mesmo com o estomago reclamando por comida minha garganta insistia em não deixar nada entrar. Bella entrou no meu quarto com uma bandeja que tinha um cheiro maravilhoso, cheguei a salivar.

-Trouxe o seu almoço. – Ela disse com um sorriso. – Espero que esteja com fome. – Se sentou na poltrona que agora estava ao lado da cabeceira da minha cama.

-Um pouco, mas não consigo engolir nada. – Falei meio rouco por causa da dor.

-Mas você tem que tentar Edward, se estiver fraco vai demorar mais para se curar. – Ela abriu o prato que estava coberto com uma tampa de prata. O cheiro vinha de uma saborosa sopa, não que eu goste de sopa, mas na minha atual situação até bife com batata frita batida no liquidificador me parece apetitoso.

-Tudo bem, acho que dá para encarar. – Falei me esforçando para sentar, ela prontamente me ajudou, colocando a bandeja no meu colo. No entanto quando eu fui pegar a colher ela já estava cheia e vindo na direção da minha boca, nem tive o tempo de perguntar o que ela queria fazer, ela já estava fazendo...me dando comida na boca.

-Isso abra bem a boca.... – Com esforço engoli a sopa, até que estava boa, mas desceu rasgando. – Muito bom.

-Bella eu estou doente e não invalido. – Reclamei sem forças.

-E eu te perguntei alguma coisa? Você está de cama e eu estou cuidando de você, então fique quietinho e coma. – Ela já vinha com outra colherada. Não discuti mais, na verdade eu estava adorando tudo isso.

-Obrigado. – Eu disse quando terminei de comer e estava tomando um pouco do suco de laranja que ela havia trazido.

-Não há de que. E outra tenho certeza que faria o mesmo por mim. – Completou já saindo de dentro do quarto com a bandeja.

Realmente eu faria isso e muito mais se pudesse, na verdade por ela eu faria qualquer coisa, principalmente para ficar com ela...Minutos depois de sair do quarto ela voltou e novamente se sentou na poltrona ao meu lado, dessa vez com um livro nas mãos.

-O que você está fazendo? – Perguntei já deitado de lado, virado de frente a ela.

-Cuidando de você, como você não pode falar muito, tenho que fazer alguma coisa para ocupar o meu tempo. – Ela disse levantando o livro.

PDV BELLA

Eu estava tão preocupada com o Edward que não conseguia me concentrar no livro, ele estava deitado com os olhos fechados, mas não estava dormindo. Sua testa um pouco úmida de suor por causa da febre que insistia em voltar sempre que passava o efeito da medicação. Ele se virou na cama e meu coração palpitou, levantei subitamente para ver o que estava acontecendo.

-Desculpe se te assustei, meu corpo está dormente. – Ele disse timidamente. – Não quer se sentar desse lado, assim não fico de costas para você. – Falou batendo na cama do outro lado. Fiquei temerosa, não queria tanta proximidade, muito menos machucá-lo de alguma forma.

-Acho melhor não Edward, eu posso te incomodar. – Falei meio sem jeito.

-Bella a minha dor é na garganta, venha, por mim... – Ele completou, nesse momento me senti mais apaixonada do que nunca, realmente não há como negar o que meu coração sente por esse homem. Sentei ao seu lado, com as pernas em cima da cama, com uma mão eu segurava o livro e a outra acariciava os seus cabelos, cuidando sempre da temperatura dele, ela não poderia subir demais.

Num certo momento deixei o livro de lado, observando como dormia tranquilamente me deitei definitivamente ao lado dele, de frente. Sua expressão serena me tranqüilizou, não sei quanto tempo passou só sei que acabei dormindo, que enfermeira eu sou...Dormir enquanto o paciente está sozinho... Despertei sentindo uma mão passando pelo meu rosto. Abri os olhos e vejo o Edward vestido, ou seja sem o pijama que ele estava pela manhã, e com uma bandeja com um lanche em cima da mesinha de cabeceira.

-Desculpe, que enfermeira você foi encontrar em?? – Ri da minha própria conclusão.

-Você estava cansada, nada mais natura que dormir um pouco. – Ele disse já não mais rouco como antes. – Trouxe um lanche para você.

-Obrigada... – Me sentei na cama e então percebi que ele tinha me coberto, e já era noite lá fora. – Que horas são? – Perguntei assustada.

-Dez e meia, mais ou menos. – Falou se sentando ao meu lado. – Você descansou pouco, fique deitada.

-Edward quem está doente aqui é você. – Falei tentando parecer brava.

-Tá bom, Bella então é melhor você comer ou não terá forças para cuidar de mim. – Falou brincando. Realmente ele parece estar melhor. Desconfio que os remédios fizeram efeito.

Comemos quase que em silencio, me senti tão bem com ele me fazendo companhia que me esqueci do Carlisle, só me lembrei quando ouvi o telefone tocar e atendi, sabendo de quem se tratava.

-Oi Bella, já estava dormindo? – Carlisle perguntou.

-Não, como estão as coisas por ai? A Esme já fez os exames?

-A maioria deles, falta uns dois que ela vai fazer pela manhã. Só que os resultados só saíram daqui quinze dias. – Ele disse com pesar e eu sabia bem por que disso.

-Fique calmo, tudo vai se resolver da melhor forma, você sabe bem disso. E outra sempre há uma outra alternativa Carlisle.

-Eu sei, mas você conhece a Esme Bella, ela é dura na queda, acha que esse tipo de tratamento é muito caro e outras bobagens.

-Mas não é impossível faze-la aceitar Carlisle.

-Eu sei Bella. – Senti que ele sorria. – E por ai como as coisas andam?

-Mais ou menos, o Edward está doente.

-É grave? – Agora Carlisle parecia muito preocupado.

-Segundo o médico não, apenas uma infecção de garganta, mas ele ficou o dia inteiro com febre, não consegue se alimentar por causa da dor. Mas está se esforçando tanto para comer quanto para tomar a medicação.

-Bella...eu sei que é pedir demais, dado o que aconteceu entre vocês. – Eu queria confrontá-lo neste momento, mas a dor da verdade não permitiu. – Por favor cuide dele, esqueça o resto, mas cuide dele como se fosse o maior dos tesouros da terra. – Carlisle suplicava, a angustia me dominou.

-Carlisle tem algo que eu deveria saber. – Foi uma afirmação, conheço Carlisle desde os meus cinco anos de idade, eu sei quando há algo por de trás de suas palavras.

-Bella é uma longa e antiga história.

-Estou sentada e sem um pingo de sono, pode começar. – Falei sem dar chances para ele recuar.

-Bella é difícil para mim relembra isso. – Senti a dor de suas palavras, mas não deixaria essa história para depois.

-Por favor, eu tenho que saber o que te incomoda, lembra de que prometemos nunca esconder nada um do outro? – Essa foi a nossa primeira promessa, feita dias antes do nosso casamento, seriam como o nosso laço eterno diante do que a vida preparava para ambos.

-Jogando sujo Sra. Cullen. – Tentou brincar, mas a risada era por demais falsa.

-Não adianta tentar disfarçar, me conta o que está acontecendo, por favor... – Era jogo sujo, e eu sabia que Carlisle nunca me negava nada, e isso era desde que nos conhecemos, e eu ainda era apenas uma criança recém saída das fraldas.

-Antes de eu ir trabalhar com o seu pai na fazenda eu cometi um dos piores erros da minha vida Bella, Me apaixonei pela esposa do meu irmão, eu era bem mais novo, quase uma criança, na época eu tinha dezesseis anos, o meu irmão tinha vinte e três e a mulher dele vinte, era uma coisa boba, mas eu pedi que Elizabete me ensinasse a ... – Ele fez uma pausa, e eu entendi bem o que ele queria dizer, mas mesmo assim ele continuou. – Me ensinasse a fazer sexo, na verdade eu queria sentir ela ao menos uma vez, não sei bem como nem mesmo o por que ela aceitou, meu irmão estava trabalhando e como nossos pais haviam morrido havia dois anos, eu morava com eles. Naquela manhã Elizabete entrou no meu quarto e me ensinou tudo o que eu precisava, no entanto no calor do momento não nos prevenimos.

-Carlisle eu ... nem sei o que dizer... – Na verdade eu estava em choque com a declaração dele, mas ele continuou.

- Eu não sabia, nem ela, mas meu irmão não podia ter filhos. Ela engravidou, meu irmão ficou uma fera quando soube, então Elizabete contou que a única vez que ela tinha traído ele era comigo, por pouco meu irmão não me matou. Nunca apanhei tanto na minha vida. Fiquei dois anos com eles, sem nunca mais falar com o meu irmão. Vi meu filho nascer sem poder chamá-lo de filho, vi a única mulher que tinha mexido comigo sofrer com a frieza do meu irmão, tudo por eu ser um inconseqüente.

-O Edward é seu filho? – Eu não conseguia acreditar, era muita informação para a minha cabeça.

-É, meu irmão não podia realmente ter filhos, mas cuidou do meu como se fosse dele. Eu não tinha onde cair morto e quando falei com o meu irmão pela ultima vez foi no dia que eu sai da casa dele e fui parar na fazenda para trabalhar com o seu pai. Você tinha quase cinco anos e eu via ali o amor de um pai com o filho que eu não pude dar ao meu.

-Sinto muito Carlisle, eu não sabia... – Ainda estava sem chão, tive pena do Carlisle, ele nunca falava de seu passado.

-Tudo bem Bella, só te peço que cuide dele, por mim. Mesmo que ele nunca venha saber a verdade eu quero o bem dele.

-Entendo, ele está melhor, a febre cedeu. Vou cuidar bem dele eu prometo. – Falei com sinceridade, eu devia muito ao Carlisle e cuidar do Edward enquanto ele estiver longe é o mínimo que eu posso fazer.

-Obrigado Bella.

-Não precisa agradecer, cuide da Esme para que ela faça todos os exames. – Falei mudando de assunto.

-Tá certo, qualquer coisa ligue no meu celular. Um beijo.

-Outro. – Desliguei o telefone ainda sem ação, talvez as coisas começassem a se encaixar, toda a divida que Carlisle julgava ter com o seu irmão era por isso, pelo cuidado e amor que ele tinha dado ao sobrinho como se fosse seu filho. Meu coração estava apertado, não conseguia imaginar essa situação. Levantei da cama e corri ao quarto do Edward, sem lhe dizer nenhuma palavra o abracei forte e sem querer, tá não foi sem querer, o beijei com todo o meu amor. Mesmo ele não sabendo da missa a metade eu me sentia mal com a história dele, ele passou praticamente a vida inteira longe do pai, e agora eu casada com o pai, amava loucamente o filho...Eu preciso de forças para agüentar essa situação. Me afastei dele, com a cabeça baixa.

-Desculpe por isso. – Falei sem conseguir encarar os seus olhos.

-Não precisa se desculpar por nada Bella, eu ... – Ele suspirou e passou a mão pelos cabelos. – Eu te amo, não sei como negar mais isso. – Nem precisava, apenas o abracei mais uma vez enterrando o rosto em seu peito. Eu não decepcionaria mais o meu marido, não ficaria com o seu filho, mas nesse momento eu tinha que acalentar o meu coração de alguma forma....


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Notas finais do capítulo

Gente esse cap eu fiz de todo o coração, para que vocês entendam um pouco os mistérios dessa familia. Provavelmente eu só volte no inicio do ano. Então Feliz natal e um ano novo cheio de realizações para todos.

Beijinhus

Heloise Yanki



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