A Little Miracle Or a Big Mistake? escrita por Between the moon and the sun


Capítulo 2
Uma visita inesperada




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Eu fui até o quarto com uma bandeja com panquecas e tudo mais. Olhei pro Nico que ainda dormia. Coloquei a bandeja na mesinha do quarto e fui até ele.

-Bom dia. - Eu disse sorrindo e beijando a bochecha dele. Ele olhou pra mim e sorriu.

-Bom dia, meu anjo. - Então eu fui até a mesinha e peguei a bandeja. Ele olhou pra mim. -Olha só, café da manhã na cama? Não precisava, amor. - Eu coloquei a bandeja perto dele e ele se sentou, eu me sentei do lado dele na cama. 

-São 7 e meia já.

-Ué, como eu não ouvi o desper... Ah. Outro pesadelo? - Ele sabia que eu acordava dos meus sonhos ruins e não dormia mais. Eu assenti. Ele olhou pra mim e beijou os meus lábios. -Vai ficar tudo bem. Eu não vou deixar ninguém mexer com você. Se alguém tentar a sorte, vai parar no tártaro.

Eu ouvi a campainha tocar.

-Eu vou atender. - Eu sorri pro Nico e andando do corredor pra sala.

-Quem é? - Eu disse pegando as chaves.

-Lady Ruby, oi... - Era a Clara. Mas a voz dela estava... Estranha. Eu abri a porta e ela estava com a mão segurando a barriga, ela estava curvada e a mão estava ensanguentada.

-Oh meus deuses! O que aconteceu? - Eu disse segurando ela e colocando ela no sofá da sala.

-Um monstro... Eu matei ele, mas antes de morrer, ele me cortou. - Eu olhei pro ferimento e eu ia tentar curar aqui com água, espero que ajude. Coloquei uma das mãos por cima da ferida, meu colar brilhou e eu tentei fazer a ferida desaparecer. Ela era muito profunda pra desaparecer, mas pelo menos estava melhorando, se fechando. Nico chegou à sala e correu até a irmã.

-Meus deuses! Clara! - Ele se ajoelhou do lado dela e ficou ali, segurando a mão dela, enquanto eu tentava fazer o ferimento melhorar. Eu consegui fechar ele e fazer o sangue parar de sair. Então olhei pro Nico.

-Ela perdeu muito sangue, vai precisar ir pro hospital. Tudo o que eu podia fazer, eu já fiz. - Ele assentiu e foi correndo até o telefone, ele ligou pro hospital. Eu foquei meus pensamentos em Apolo, o deus da cura. Por favor, Apolo, por favor, nos ajude.

Então eu ouvi uma voz ecoando no fundo da minha mente. Eu odiava esse negócio de telepatia de deuses, mesmo não sendo uma deusa completa, eu tinha essa coisa, que agora era privilégio. A voz no fundo da minha mente disse:

Relaxa gata, eu vou ajudar. Ela vai pro hospital e vai ficar bem, eu vou manter ela bem até ela chegar lá. Depois ela só vai precisar de alguns cuidados.

Obrigada, Apolo.

De nada, babe.

Quando ele falava comigo, sempre flertava comigo. Esse Apolo, viu... Olhei pra Clara e ela não estava tão branca. Ainda estava fraca, mas não estava tão mal quanto antes. A ambulância chegou rápido e levou Clara pro hospital. Parecia que eu e Nico faltaríamos na escola essa manhã...

Acompanhamos Clara até o hospital e eles fizeram uma transfusão de sangue nela. O médico se surpreendeu como ela melhorou rápido. Então eu agradeci Apolo de novo. Quando ela estava mais lúcida no hospital, eu e Nico estávamos ao lado da cama dela, olhando pra ela. Ela olhou pra gente.

-Parece que eu não estou morta.

-Clara! - Nico olhou pra ela sorrindo. -Nunca mais me assuste desse jeito, ouviu bem?

-Eu preferia não ter assustado nem da primeira vez. Caramba, isso dói! Enfim, obrigada Ruby e obrigada, Nico.

Como ela estava diferente... Ela estava com um piercing no lábio inferior e tinha uma tatuagem no pescoço. A tatuagem era uma imagem de uma garotinha de cabelos escuros e compridos, com um rosto triste, olhando pela janela do quarto em uma noite escura. Acho que aquela era uma representação dela de noite, quando era pequena. Mas mesmo assim, perguntei da tatuagem.

-Na verdade, é que eu sonhei com essa garotinha e ela era tão linda, e estava tão sozinha, como eu já estive um dia. Então eu fiz a tatuagem inspirada nela. - Disse ela olhando pra mim.

-Ah...

-Gente desculpa pelo incomodo, eu vou embora assim que eu puder andar.

-Não vai mesmo! Depois do susto que você me deu hoje... Um meio sangue não pode morar sozinho, Clara. - Disse Nico, olhando pra ela.

-Pro acampamento eu não volto.

-Então você vai morar com a gente. - Ele olhou pra mim, pra ver se eu concordava.

-Nico tem toda razão, você não pode ficar sozinha por aí, tão longe de Nova York, onde você poderia encontrar ajuda. Você vai morar com a gente.

-Mas Lady Ruby, eu...

-Sem mas. Você vai morar com a gente. - Eu disse olhando nos olhos dela, com o olhar de "Você vai e fim de papo." Isso sempre funcionava, mas eu odiava mandar nas pessoas. Ela suspirou.

-Tudo bem...

Ela estava vestindo roupas escuras, roupas estilo punk mesmo. Ela estava com a maquiagem escura, lápis de olho preto, sombra preta.

-Você trouxe suas coisas? Roupas, alguma coisa? – Eu perguntei pra ela.

-Sim, eu ia ficar algumas semanas na cidade, resolvendo alguns probleminhas. – Então ela deve ter sentido dor no ferimento na barriga e colocou a mão ali.

-Porque não avisou antes?

-Porque eu... Eu não queria trazer problemas pra vocês, vocês nem saberiam que eu estava aqui. Mas aí, eu estava perto do prédio de vocês quando o monstro me atacou. A última coisa que eu quero é ir pro submundo, ficar perto de Hades. – Ela disse o nome “Hades” com muita raiva.

Eu disse que as coisas costumavam complicar depois de um tempo de calma na vida de meio-sangues e... De coisas como eu, não disse?

Então. Agora que começou vai ser um problema atrás do outro. Não que a Clara fosse um problema, eu estava preocupada com essa sumida. Mas a questão dela quase morrer foi um problema.

Pai, me ajuda.

Filha, eu estou tentando... – Eu suspirei. Agora eu sabia que algum problema mais sério estava por vir. A voz do meu pai parecia sem muitas esperanças.

Eu não sei bem o porquê, mas nesses últimos dias, eu estava mais sensível a problemas, mais assustada, talvez. Mas vai ficar tudo bem... Afinal, já passei por problemas antes. Sentia que algo grande estava por vir.


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