Escolhas escrita por kathleen_Shadow


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Hora de responder algumas perguntas!
Adorei escrever esse capítulo, não ficou bem como eu gostaria mas fiquei satisfeita com o resultado.
Boa leitura!



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Era mais ou menos uma da manhã quando Dumbledore aparatou com Harry para A Toca. O garoto entrou, trocou algumas palavras com a Sra. Weasley comeu e foi dormir. No dia seguinte Rony e Hermione invadiram seu quarto para matar a saudade e colocar a conversa em dia. Assim que colocou os óculos pode analisar melhor os amigos. Ficou surpreso, como Rony, ao ver a mudança da amiga, ele também reparou que apesar de mais bonita ela parecia um pouco aflita, como se tivesse tomado uma decisão difícil e temesse algo. Rony continuava o mesmo, um pouco maior e mais forte, mas ainda assim o mesmo. Eles falaram sobre a viagem de Harry com Dumbledore, sobre o novo professor, Horácio Slughorn, e Harry ficou sabendo sobre o casamento de Gui e Fleur, e a estadia da mesma na casa da família Wesley (o que parecia não agradar as três mulheres que estavam na casa também). Após a Sra. Weasley e Fleur terem levado o café para Harry a conversa voltou-se para a morte de Sirius e como Tonks aparentava se culpar por isso. Ao ouvir isso Harry não se conteve e perguntou:

- E como é que ela chegou a essa conclusão?

- Era ela que estava enfrentando Belatriz, acredito que Tonks pensa que, se tivesse acabado com Belatriz, ela não poderia matar Sirius. - Respondeu Hermione.

- Que idiotice - comentou Rony, que se arrependeu ao ouvir a resposta da amiga.

- É o sentimento de culpa de quem sobrevive. - Disse a garota, pensativa.

Harry notou que ela parecia estranha desde que entrara, sabia que logo ela iria explicar o porquê da viagem repentina, e isso parecia incomodar a garota. E assim que Gina saiu do quarto ele resolveu falar algo que havia esquecido, mas que o deixava apreensivo quanto a reação dos amigos. Contou sobre as aulas com Dumbledore e sobre a profecia, assim que terminou seu relato os três ficaram em silêncio perdidos em seus próprios pensamentos. Harry observando a reação dos amigos e torcendo para que eles não se afastassem dele ou o tratassem de forma diferente. Rony parecia admirado, Harry pensou que ele não devia ter entendido corretamente. Mas Hermione estava séria, parecia estar repassando tudo mentalmente, procurando respostas para perguntas que só ela sabia, estava disfarçando seu espanto com as novas informações fingindo observar um telescópio produzido pelos gêmeos Weasley, mas sua atenção com certeza estava longe dali. Até ouvirem um forte estampido e virem Hermione desaparecer por trás de uma cortina de fumaça negra e reaparecer ainda segurando o telescópio e com um olho roxo berrante.

A garota não deu importância para isso, estava mais preocupada em saber como Harry estava se sentindo sobre isso. Junto com Rony ela tentava animar o garoto, eles estavam falando sobre o que Dumbledore ensinaria para ele e da certeza de que ele conseguiria derrotar Voldemort quando chegasse a hora.

Harry não tinha palavras para descrever o que sentia ao perceber que mesmo tão preocupados e assustados quanto ele, estavam ao seu lado, tentando ser fortes, oferecendo apoio e palavras encorajadoras para que ele se sentisse melhor. Mas ao voltar seu olhar para Hermione achou que não deveriam adiar mais, haviam explicações a ser dadas e essa era a hora. Com cautela e medindo as palavras ele resolveu começar a falar:

- Hermione... - a garota virou-se para ele e quando o olhar deles se encontrou ela entendeu o que ele queria. Era visível o desconforto do amigo para abordar um assunto tão delicado e ela achou melhor livrá-lo dessa responsabilidade.

- Harry eu já entendi, não precisa ficar nervoso. - ela sorriu tranqüilizando o amigo - Eu sei que vocês têm muitas perguntas sobre o que aconteceu desde aquele dia. Bom vocês são meus melhores amigos, e agora são tudo o que eu tenho, então vocês merecem saber de tudo. Para esclarecer melhor eu vou contar tudo o que aconteceu aquele dia. Como vocês sabem meus pais são trouxas, eu havia contado para eles sobre Voldemort e seus seguidores, suas crenças e as coisas horríveis que eles fizeram, mas quando ele retornou eu não quis que eles ficassem preocupados comigo, então não falei para eles. Como não queria eles totalmente no escuro, para segurança deles, disse que ainda havia comensais soltos e que eles deviam tomar cuidado. Tudo estava indo bem, mas depois do que aconteceu no ministério eles receberam uma carta da escola explicando o que havia acontecido e contando tudo para eles, vocês podem imaginar o choque e a raiva que eles ficaram quando souberam que eu havia mentido para eles e ainda arriscara minha vida indo atrás dos comensais. Eles ficaram muito preocupados comigo e não queriam me deixar voltar para Hogwarts, desde que voltamos para casa nós discutíamos todos os dias e eu sempre saia para aliviar a cabeça. Naquela noite eles tinham falado em ir embora do país para nossa segurança, eu disse que era o melhor para eles fazerem, mas eu não abandonaria Hogwarts e nem os meus amigos, principalmente em meio a uma guerra, eles disseram que a escolha não era minha e nós começamos a discutir novamente, até que chegou minha prima para convidar a gente para um almoço que teria na casa da minha avó no dia seguinte, o clima lá em casa estava muito tenso e eu resolvi sair. Eu estava longe quando ouvi a explosão, depois tudo aconteceu muito rápido, eu pensei que pudessem ser comensais atacando então corri para casa, quando cheguei lá eu vi as luzes, as sirenes e as pessoas rodeando minha casa, eu fiquei em choque, acompanhando tudo de longe. Eu vi retirarem os corpos dos meus pais dos escombros, vi eles serem identificados pelas alianças e ouvi um vizinho que sabia que estávamos em casa contar que o último corpo só poderia ser meu pois só nós morávamos naquela casa. Depois disso eu comecei a pensar, ninguém havia me visto sair, nem minha prima chegar, eu sabia que seria cruel, mas resolvi deixar que o mundo trouxa pensasse que eu estava morta, e ela desaparecida, sabia que teria que desmentir a notícia para o mundo bruxo pois não pretendia me esconder, só fiz isso para que os comensais não fossem atrás deles. Quando eu saí de lá estava com a cabeça cheia de coisas, não tive que me preocupar com dinheiro porque desde que eu entrei para Hogwarts meus pais descobriram que era mais seguro e vantajoso guardar dinheiro em Gringotes, de forma que todo o dinheiro da família estava no meu cofre. Eu passei a noite em um hotel e na manhã seguinte recebi o Profeta Diário com a nota sobre minha morte. Mas quando vi a manchete no jornal trouxa eu realmente acordei, meus pais estavam mortos, e a última conversa que eu tive com eles fora uma briga, eu nunca mais poderia dizer o quanto eu amava eles, que eu sabia que eles queriam o melhor pra mim, mas que eu também fiz tudo que fiz para que eles não sofressem. Agora eu estava sozinha, todos acreditavam que eu havia morrido, eu não sabia o que fazer, então resolvi viajar, ir para algum lugar onde as lembranças não estivessem tão vivas. Eu peguei um avião para a França e fiquei lá nesse último mês. Logo que cheguei escrevi para vocês e para Dumbledore, eu contei tudo pra ele e pedi que mantivesse segredo para a comunidade bruxa, só alguns membros da Ordem sabem que eu estou viva por enquanto. - concluiu a garota com lágrimas correndo pelos olhos castanhos.


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Notas finais do capítulo

Bom, espero que tenham gostado, adoraria saber a opinião de quem leu. Por hoje é só mas manhã tem mais!



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